José,

Penso que resolvendo detalhes um por um, se chegará a uma composição que
dará seus resultados.

Falou em plástico para cobertura do solo, que seria uma boa idéia SE, ...não
aquecesse o solo.
Que tal reunir algumas coisas que se sabem sobre o plástico? talvez
removamos a inconveniência que hoje sabemos ter de aquecimento do solo
quando usado de certa forma.
Bom aqui vai:

Plástico Negro absorve os raios solares e transmite calorias em profundidade
no solo;
Plástico Cinzento deixa passar mais raios solares e a penetração de calor é
mais direta;
Plastico Transparente, como sabem é usado justamente para aquecer estufas
etc.

Até aqui, se estamos pensando em aplicar o plástico como vedante da
transpiração, conforme se faz no multching de morangos por exemplo, nesta
forma não resolvemos o problema pois de todas as maneiras aquecemos o solo.

Mas existem outros tipos de plástico especiais por suas caracteristicas de
isolamento térmico, enquanto outros são refletores dos raios solares;
Existem mantas de isolamento térmico com sandwiche de fibra de vidro ou
isopor, enfim, as indústrias de refrigeradores e de construção de ambientes
refrigerados , câmaras refrigeradoras, telhados refletores de calor etc,
terão certamente um acervo de informação de materiais climatizantes.
Afinal pretende-se uma sombra, que não aqueça um plastico, o qual deve
segurar a transpitação.
È aparentemente um problema fácil de resolver em climatologia.
Temos aqui um grupo de funções que pode ser conseguido por exemplo com as
seguintes camadas:
Primeira camada de plastico impermeável justaposto ao solo com suas bandas
enterradas de modo a vedar a saida da evaporação;
Segunda camada aplicada sobre esta com um espaço de uns 20 ou 30 cm sobre a
primeira com o objetivo de promover sombra pelo que teria de ser opaca,
talvez uma lona dupla de cor negra por baixo e cor branca por cima;
O espaço entre as duas serviria para manter uma temperatura ambiente igual
ao restante ambiente sombreado, permitindo uma varredura de eventuais
calorias, pelo vento;
Existe plástico espelhado que reflete práticamente 100% dos raios sollares
mas talvez seja já um exagero pois aumenta a insolação na parte inferior da
planta o que pode até danificar a planta e comprometer o resultado.
Outra idéia para a parte exposta ao sol  seria de uma manta que tivesse o
mesmo coeficiente de absorção e reflexão do solo, pelo que não seria de todo
estranho uma lâmina de plástico coberta por colagem de terra ou substrato
vegetal seco.
Assim o calor absorvido pelos materiais de cima seria arrastado em parte
pelo vento na proporção normal de outro terreno exposto ao sol;
A camada de solo em experiência não seria aquecida, como se de fato
estivesse completamente sombreada pela planta;
e a evaporação seria retida pela lâmina impermeável e sombreada.
A fixação das lonas superiores seria feita por arames finos esticados sobre
estacas ou o plastico seria apoiado em pequenos cavaletes que não
transmitissem calor ao solo.
Se isto resolver o isolamento e o não aquecimento, poderá distribuir a água
por um sistema de gotejamento numa malha suficientemente densa para atingir
uma uniformidade desejada.
Depois disso, resolver os detalhes seguintes que se apresentem.
Obrigado
Engº Jorge de Sousa





----- Original Message -----
From: "Jose Alves Junior" <[EMAIL PROTECTED]>
To: <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Thursday, August 28, 2003 3:49 PM
Subject: Re: RES: RES: [irriga-l] Kc? novas perguntas...


> Caro Flávio e demais colegas da lista:
>
> Concordo plenamente que esta questão estará resolvida se conseguirmos
> separar a evaporação de água do solo da transpiração de água pela
> planta...Mas, como fazer isso? Como sugerido pelo Flávio, esse
> problema poderia ser resolvido, cobrindo o lisímetro com plástico e
> isolando a evaporação. Apesar de muito interessante a ideia, existe
> trabalhos que mostram que o plástico aumenta a temperatura do solo,
> aumentando assim, a transpiração da planta...Mas, gostaria de saber
> mais sobre o uso desse plástico e não descarto a possibilidade do seu
> uso. Mas, acho que teríamos que tomar alguns cuidados e ter conciência
> dos possíveis erros...Outra saída sugerida pelo Flávio, foi o uso de
> Fluxo de Seiva. Esse método tem sido bastante estudado aqui na EsalQ,
> mas ainda precisa de  calibrações mais confiáveis para se recomendar
> esse método para estimativa da transpiração.
>
> Eu sugiro o seguinte:
> Podemos instalar dois lisímetros na área, um com a planta de
> interesse, e outro lisímetro com solo nú.
> Dessa forma, sabendo o consumo de água de um solo nú, por diferença
> podemos separar, dentro do lisímetro com planta, a evaporação, da
> transpiração... extrapolando o consumo de água do solo nú para toda
> área do espaçamento da cultura (28 m2) teremos o consumo evaporado em
> toda área do espaçamento...somando o valor evaporado com a
> transpiração, teremos a tão sonhada evapotranspiração da cultura em
> litros...que se dividida pela área do espaçamento, teremos a ETc em
> mm. Feito isso, Kc=ETc/ETo
>
> E digo mais...com o estudo de solo nú, teremos o que a FAO chama de Ke
> (consumo de água evaporado do solo dividido também pela ETo)...Como
> Kc=Ke+Kcb, por diferença termos o valor de Kcb (consumo de água por
> transpiração)...
>
> José Júnior
>
>
> > Caro José e demais colegas:
> >
> > A questão não é propriamente a transformação para mm, mas a
> separação
> > entre a evaporação e a transpiração. Tem razão ao dizer que é
> problema
> > ter um lisímetro com área menor que o espaçamento da cultura e que
> > apresenta evaporação direta do solo. Agora é tarde para mudar
> espaçamento
> > ou área do lisímetro!
> >
> > Vejo duas possibilidades simples:
> > 1. Tratar o consumo de água no lisímetro como transpiração. Para
> tanto,
> > vc. deve impedir a evaporação direta do solo no lisímetro.
> > 2. Continuar fazendo como está, mas medir também a variação da
> umidade do
> > solo
> > na área fora do lisímetro.
> >
> > Há outras soluções mais complexas. Refiro-me a uma modelagem mais
> adequada
> > do
> > seu sistema e a medição direta da transpiração por fluxo de seiva.
> Sugiro
> > que
> > converse, pessoalmente, com o Prof. Angelocci sobre esse assunto.
> >
> > Grande abraço à todos
> >
> > Flávio Arruda
> >
> >
> > -----Mensagem original-----
> > De: [EMAIL PROTECTED]
> [mailto:[EMAIL PROTECTED]
> > nome de Jose Alves Junior
> > Enviada em: Quarta-feira, 27 de Agosto de 2003 17:45
> > Para: [EMAIL PROTECTED]
> > Assunto: Re: RES: [irriga-l] Kc? novas perguntas...
> >
> >
> > -------------------
> > Caro Flávio...obrigado pelas sujestões...mas, já descuti sobre
> > determinação do consumo de água com muitas pessoas inclusive meu
> > orientador e não conseguimos chegar a um consenço...Chamamos de
> planta
> > isolada, toda vez que temos uma única planta dentro do lisímetro e
> que
> > a área do lisímetro (5,7 m2) é menor ou igual ao espaçamento da
> > cultura (28m2) no caso o citros plantado no espaçamento 7x4m.
> >
> > etc...
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> Jose Alves Junior
> Engenheiro Agronomo pela FEIS/UNESP e Doutorando em Irrigacao e
> Drenagem na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da
> ESALQ/USP, Departamento de Engenharia Rural. 13418-900.
> Piracicaba - SP. Fone: res:(19) 34326043, sala: (19)34294217 - ramal:
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