Bom dia!

Olha a situação da nosss Agricultura. Deus na Folha de Sao Paulo
de hoje
(http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi1510200504.htm).

Abracos e bom final de semana.

Fernando Tangerino
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Ministro da Agricultura elenca problemas do setor, como juros
elevados, câmbio e o "trágico evento da febre aftosa"

"Estamos no fundo do poço", diz Rodrigues
MAURO ZAFALON
ENVIADO ESPECIAL A PIRACICABA

Na mesma sala em que se formou há 40 anos, na Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba (SP), o ministro
Roberto Rodrigues fez ontem um dos mais pessimistas desabafos à
frente do Ministério da Agricultura, ao avaliar a situação atual
da agropecuária nacional.
Os termos mais comuns de seu discurso, em tom emocionado, feito
em um seminário sobre agroenergia, foram: crise, fantasmas,
juros elevados, câmbio pressionado e o atual "trágico evento da
febre aftosa".

Resumindo tudo em poucas palavras, o ministro disse: "Estamos no
fundo do poço".

O agronegócio, motor da economia nos últimos anos, vai viver um
cenário sombrio no próximo ano, segundo a avaliação de
Rodrigues.
Na análise do ministro, a crise é fruto da conjugação de vários
fatores, que começaram com a forte elevação dos custos de
produção no ano passado, com o excedente de produção, com a seca
sem precedentes no Sul do país neste ano, com a elevação dos
juros e com a política de manutenção do real valorizado.

Tudo isso levou os produtores a perder R$ 17 bilhões em renda. O
ministro admite que parte dessa perda ocorreu exatamente pelos
recursos limitados do governo. Em março, o Ministério da
Agricultura solicitou R$ 1 bilhão que seriam destinados a
programas de apoio à comercialização, o que garantiria melhores
preços aos produtores. Apenas 40% desse valor foi repassado pela
área econômica ao ministério.

Os custos de produção, o principal problema do ano passado, não
afligem tanto os produtores neste ano, mas, sem renda, eles vão
diminuir a área plantada em pelo menos 5%. Essa queda de área
plantada, mais a redução no uso de tecnologia no plantio deste
ano, deve reduzir a produção.

E a crise da agricultura deve chegar também ao consumidor em
2007, quando os efeitos da produção menor e os estoques
reduzidos de alimentos vão pressionar a inflação.

"Trágico evento"

Esse cenário de crise já se espalha por toda a cadeia do
agronegócio, segundo o ministro. As vendas no setor de
fertilizantes caíram 40%; as de calcário, 16%; e as de
defensivos, 20%.

Outro setor que sofre as conseqüências da perda de renda dos
produtores é o de máquinas e equipamentos, que está com vendas
40% menores.
Como se não bastassem todos esses problemas na agricultura,
"veio esse trágico evento para complicar ainda mais", disse o
ministro, referindo-se ao foco de febre aftosa em Mato Grosso do
Sul. E esse acontecimento "vai reduzir a rentabilidade em um
setor que vinha muito bem".

Segundo Rodrigues, não é hora de discussões desnecessárias sobre
os culpados, mas de buscar uma retomada da imagem do produto
brasileiro -no caso, a carne bovina.

Sobre o orçamento da defesa sanitária, o ministério tinha
inicialmente R$ 169 milhões, valor que foi reduzido para R$ 37
milhões com o contingenciamento de verbas, mas que voltou para
R$ 91 milhões. Desses, R$ 50 milhões foram utilizados e outros
R$ 41 milhões ainda estão disponíveis.

O ministro disse que o orçamento inicial deste ano, de R$ 169
milhões, é o maior que o ministério já teve nesta década e que,
talvez, mesmo se não tivesse ocorrido a redução da verba, o foco
de aftosa poderia ter aparecido.
Rodrigues deixou claro que a tarefa de controlar a aftosa
depende não só do governo federal, mas também de programas
específicos dos Estados e dos próprios pecuaristas, que são a
ponta final da cadeia produtiva.
"Estou frustrado com essa crise monumental. Não consegui
resolver toda ela", afirmou o ministro. "Mas tenho esperança de
poder resolver esse quadro para que o agricultor volte a
investir."

Mas os problemas da agricultura não se resumem apenas à queda da
produção e à febre aftosa. O ministro destacou que há uma série
de outras questões a serem resolvidas. Entre elas, a de
logística, a Lei da Biossegurança, o código florestal e a
consolidação de uma legislação que garanta o cumprimento dos
contratos.

Minimizar os estragos

O governo tenta, agora, reduzir os estragos feitos à imagem da
pecuária brasileira após o foco de febre aftosa em Mato Grosso
do Sul.

Uma missão do Ministério da Agricultura está em Paris (França)
para dar todas as explicações à OIE (Organização Mundial sobre
Saúde Animal).

Depois, a missão vai a Bruxelas (Bélgica).

O ministro estará na terça-feira em Moscou para tratar do
assunto com os russos. A intenção do governo é encurtar ao
máximo as restrições impostas pelos importadores da carne bovina
brasileira.
Sobre as possíveis perdas que o país terá com o embargo dos
importadores, o ministro diz que o cálculo é imprevisível porque
depende da duração. Ele informou que o setor privado já trabalha
com perdas entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão.

O ministro disse que o governo está preocupado também com a
possível chegada da gripe aviária e há um mês está elaborando um
plano emergencial de defesa.


--
Fernando Braz Tangerino Hernandez
Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira - UNESP
Chefe do DEFERS
Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos
Area de Hidraulica e Irrigação (Hydraulics and Irrigation
Division)
Caixa Postal 34 (P.O. Box 34)
15.385-000  -  ILHA SOLTEIRA - SP - BRASIL
Phone / Fax: (0##18) 3742-3294 / 3743-1180
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