Keny,

        o assunto é amplo, mas vou tentar falar um pouco do básico, se mais alguém puder acrescentar...

        O SNMP é um protocolo desenvolvido há anos, quase nos primórdios (rs) do TCPIP com a funcionalidade de prover uma infra-estrutura de gerenciamento. Mais do que fornecer informações, ele pode ser usado para comandar o dispositivo em questão, você pode tanto ler quanto escrever uma determinado dado, desde que o equipamento esteja preparado para trabalhar dessa forma. Entenda preparado como estando configurado e mais que isso, o fabricante tem que ter disponível um conjunto de variáveis que aceitem se mudadas. Logicamente que nem tudo pode ser RW, alguns parâmetros como a taxa de utilização da CPU só pode ser lida, RO portanto.
        Para padronizar a forma com que as intermináveis informações que um dispositivo IP pode ter, possam ser acessadas, criou-se uma estrutura de árvore, onde as folhas são as informações. Assim como um diretório, você tem então uma organização para poder achar melhor o que se quer.
        As comunidade, são como senhas, você as define e configura os computadores remotos para informar essa "senha" ao tentar ler ou escrever a informação desejada. Nós temos comunidade de Leitura (RO), escrita (RW) e de envio de mensagens (TRAP). Complementar à comunidade, você geralmente pode configurar quem (endereço IP) pode acessar as informações, não bastando portanto, informar somente a comunidade. No SNMP v3 foi introduzida a autenticação, onde alem de tudo que já falei, você ainda pode requerer uma autenticação.

        MIBs

        Quando o SNMP foi padronizado, criou-se uma estrutura básica de árvore, onde informações comuns seriam disponibilizados. Um exemplo disso são utilização de CPU (descrição, índice, utilização), interfaces (descrição, índice e utilização), dispositivos de armazenamento (descrição, índice, utilização), etc.
        Logicamente que com o decorrer do tempo, novos dispositivos seriam lançados e informações novas precisariam ser disponiblizadas, assim, uma área "privada" foi definida e os fabricantes começaram a criar novos "galhos" na árvore do SNMP. As MIBs são bibliotecas que nos informam quais os galhos existem e para que servem (tanto os galhos quantos as folhas).

        Quando você usa aplicativos tipo SNMPWALK e GETIF, entre inúmeros outros, você consegue ver o conteúdo completo da árvore, mas muitas vezes não entende patavina do que está lá, as MIBs é que nos ajudam nessa tarefa. Muita coisa é básica e já está configurada, você precisará adicionar as novas MIBs somente quando for necessário.

        OID

        Quando dizendo "OID", estamos falando do "endereço" de um galho com diversas folhas ou da própria folha. Se executarmos o comando smnpwalk informando a "OID" .1.3.6.1.2.1.2.2.1.8 estaremos lendo o status operacional de todas as interfaces definidas em um dispositivo, mas de executarmos o snmpget com a oid .1.3.6.1.2.1.2.2.1.8.1 estaremos pegando o status operacional da interface número 1 deste mesmo dispositivo.

        Vale a pena baixar e instalar o GETIF (procure assim no google e você acha de cara) por ser visual e fácil de inserir novas mibs, bastando colocar o novo arquivo no diretório mibs e apagar o arquivo .index
        Navegue em algum dispositivo disponível e comece a levantar as informações, com o tempo vai ficando mais fácil e "inteligível" de se "brincar" com o snmp, mas é só o início, o SNMP é um mundo.

        O maior problema é conseguir MIBs novas. Os fabricantes, sei lá por que motivo idiota, ficam regulando as MIBs mais específicas, mas as mais comuns são encontradas em diversos repositório pela Internet.

        Um site que eu uso muito é o http://asn1.elibel.tm.fr/ mas basta buscar por "SNMP MIB FILE" ou algo equivalente e você verá a enxurrada de informações.

        Bom, essa foi só uma introdução, bem superficial, só um ponta pé inicial :-)

Um abraço


Alexandre Xavier de Oliveira Macedo
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