Candido,

> > Alguém tem alguma experiência com esse tipo de situação?

Bom, em todas as empresas que trabalhei nos últimos 15 anos, os clientes
sempre tiveram acesso total à estrutura do banco de dados deles.

Aliás, normalmente o que ocorre no meu caso é que nós somos agraciados com
uma senha com poucas permissões para ter o privilégio de criar nossas
tabelas no espaço que o cliente alocar a gente (esses tempos tivemos um que
resolveu  nos dar 5% da CPU do monstruoso servidor dele para cuidar do nosso
schema). O máximo que conseguimos é pedir ao cliente para ele não colocar
muitas tabelas e triggers no nosso schema senão complica nosso trabalho de
manutenção nas nossas tabelas devido à integridade referencial imprevista,
complicações na replicação e triggers inesperadas. Em empresas grandes
acho para lá de improvável que um fornecedor só consiga atender a todas as
necessidades de banco de dados de uma empresa, o que implica em integrações
e conviência com outros fornecedores de software, tornando assim praticamente
impossível trabalhar num ambiente em que o schema não seja público.

Considerando o aspecto de distribuir a estrutura do banco de dados por aí,
estou convencido de que de tudo o que o cliente tem que lhe pareça valioso, a
estrutura provavelmente nem entra na lista. Deixar vazar o banco de dados com
os dados do cliente (como a carteira de clientes, volume de faturamento, a
lista de fornecedores ou meramente preços de custo ou venda) é um desastre
para qualquer empresa, e duvido muito que algum cliente queira perder tempo
tentando lucrar com a venda da estrutura expondo qualquer informação dessas.
Normalmente o cliente guarda a base a 7 chaves assim que consegue entender
para que ela serve e o que acontece se o concorrente dele fizer um SELECT lá
dentro. 

Ao menos no meu caso (ERP), o cliente por definição tem seu negócio no que
não é informática, e portanto entende muito pouco de SQL para saber como
tirar os dados sigilosos antes de distribuir a base por aí, mesmo que alguém
oferecesse dinheiro a ele para fazer isso.

Além do mais, com mais de 800 tabelas e uns 95% de todos os cálculos de
negócio fora do banco, a utilidade da base para nossos concorrentes é tão
pequena que nem esquentamos a cabeça com isso. Acho que mesmo se alguém
projetasse toda a regra de negócio na base (a ponto dela por sí só
representar um percentual relevante da solução como um todo), via triggers,
sequences, functions e views, o trabalho que alguém teria montando um sistema
para se comunicar com essa parafernália toda seria tão grande que ninguém
perderia tempo com isso.


Mozart Hasse


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