Re: [bufalos] Estruturação pode alavancar cadeia produtiva de búfalos

2012-04-30 Por tôpico NELCIO ANTONIO TONIZZA DE CARVALHO
Parabéns Otávio
Grande abraço
Nelcio

Citando Otavio Bernardes ota...@ingai.com.br:

 Do Jornal Cruzeiro do Sul de Sorocaba-SP, disponível em
 http://www.cruzeirodosul.inf.br/acessarmateria.jsf?id=375954



 Região de Itapetininga se destaca na produção leiteira, mas criação para
 corte ainda é pouco difundida



 Amilton Lourenço
  mailto:amilton.loure...@jcruzeiro.com.br
 amilton.loure...@jcruzeiro.com.br


 A pecuária de alguns municípios da região de Itapetininga, como Sarapuí,
 Alambari, Pilar do Sul e São Miguel Arcanjo, vem se destacando pela expansão
 na criação de búfalos. A maior motivação para a aposta em criadouros
 bubalinos se justifica pela absorção da produção leiteira pelos laticínios,
 que usam toda a produção para a fabricação de derivados, transformando a
 microrregião na maior bacia leiteira bubalina das Américas. No pico da
 produção, que se inicia no outono e termina com a chegada do verão, são 30
 mil litros diários, que totaliza uma média de 5 milhões de litros por ano.

 O búfalo é um animal de aparência rústica, se adapta facilmente às condições
 climáticas, não exige excelentes pastagens para se alimentar e pode se
 transformar em ótima opção financeira. De acordo com o vice-presidente da
 Associação Brasileira de Criadores de Búfalos, Otávio Bernardes, que possui
 80 cabeças em sua propriedade em Sarapuí, o leite de búfala rende muito mais
 do que o de vaca para fabricação de derivados como muçarela, queijo frescal,
 provolone e doce de leite. Ele (o leite) tem o dobro de gordura e muito
 mais proteína. Para fazer um queijo frescal, o produtor gasta
 aproximadamente de 6 a 8 litros de leite de vaca, enquanto que para fazer o
 queijo com o mesmo peso utilizando leite de búfala, ele gastaria de 3 a 4
 litros, exemplifica. A produtividade do leite de búfala é quase dobro do
 leite de vaca, complementa.

 No entanto, um dos problemas para a produção leiteira de búfala é a
 sazonalidade. A reprodução da espécie acontece basicamente durante o outono
 e inverno, que culmina em distribuição descompassada na produção de leite.
 Segundo Bernardes, pesquisas estão sendo realizadas para permitir uma oferta
 mais regular do produto durante o ano.

 Mas, diante das vantagens da produção leiteira das búfalas, o preço pago
 pelo litro do produto precisa melhorar. Isso é o que considera o diretor da
 Casa da Agricultura e Abastecimento de Sarapuí, o engenheiro agrônomo Márcio
 José Ricardo Sturaro. Hoje, os laticínios estão pagando R$ 0,85 pelo litro
 de leite bovino e R$ 1,15 pelo bubalino. Para motivar os produtores a
 investirem na bubalinocultura, o ideal é que o preço por litro se aproxime
 de R$ 1,50, declara o engenheiro. Estamos formando uma cooperativa e
 muitos produtores têm vontade de iniciar a produção de leite de búfalo, mas
 o preço pago pelo litro na região precisa melhorar. Ser pelo menos 80% maior
 do que o produto bovino, insiste.

 Animal dócil

 Funcionário da propriedade de Otávio Bernardes, o encarregado Antônio Marcos
 Gomes, diz que não encontra dificuldades em lidar com os bubalinos. Todas as
 tardes, a partir das 16h, ele prende os animais para a ordenha. Após
 higienização do ambiente em menos de uma hora, o serviço está concluído,
 São animais dóceis, fáceis de tratar. Eu já trabalhei com gado normal, mas
 esses animais são bem mais fáceis de cuidar porque são mais tranquilos,
 atesta o colaborador da Fazenda Paineiras da Ingaí, que fica a 5 quilômetros
 da cidade de Sarapuí.

 Criação para abate

 Apesar das vantagens econômicas na produção leiteira, a criação de búfalos
 para corte é um negócio ainda pouco estruturado. A carne de búfalo apresenta
 baixo teor de gorduras e colesterol e tem mais proteínas. Mas, de acordo com
 Otávio Bernardes, a criação para produção de carne, precisa ser organizada
 para que o produto se torne uma alternativa mais rentável.

 Os búfalos se adaptam a qualquer pasto e levam menos tempo - entre 18 e 22
 meses - para chegar ao peso de abate que é de cerca de 450 quilos, levando a
 uma redução de custo de produção, diz Bernardes, que destaca que é
 necessário estruturar a cadeia produtiva bubalina desde o produtor até o
 consumidor final. No caso dos frigoríficos é preciso adaptá-los para o
 abate. Em seguida, é preciso incentivar o consumo de carne de búfalo e
 apresentá-la como uma alternativa à bovina, destacando suas vantagens
 nutricionais. Para isso, poderiam ser feitas campanhas publicitárias.
 Existem comentários de que a carne de búfalo é mais dura que a de boi.
 Entretanto, do mesmo modo que acontece na bovinocultura, quando os búfalos
 são abatidos jovens, a carne também mantém sua maciez. O sabor, a textura e
 a consistência são idênticos à carne bovina, porém, é muito mais saudável.
 Chega a ser dez vezes mais magra do que a bovina, explica.

 Início do rebanho

 Otávio Bernardes conta que desde da década de 70 sua família se dedica à
 exploração desta espécie. Inicialmente na região do Vale do Ribeira, no
 Estado de São 

[bufalos] Estruturação pode alavancar cadeia produtiva de búfalos

2012-04-28 Por tôpico Otavio Bernardes
Do Jornal Cruzeiro do Sul de Sorocaba-SP, disponível em
http://www.cruzeirodosul.inf.br/acessarmateria.jsf?id=375954

 

Região de Itapetininga se destaca na produção leiteira, mas criação para
corte ainda é pouco difundida

 

Amilton Lourenço
 mailto:amilton.loure...@jcruzeiro.com.br
amilton.loure...@jcruzeiro.com.br


A pecuária de alguns municípios da região de Itapetininga, como Sarapuí,
Alambari, Pilar do Sul e São Miguel Arcanjo, vem se destacando pela expansão
na criação de búfalos. A maior motivação para a aposta em criadouros
bubalinos se justifica pela absorção da produção leiteira pelos laticínios,
que usam toda a produção para a fabricação de derivados, transformando a
microrregião na maior bacia leiteira bubalina das Américas. No pico da
produção, que se inicia no outono e termina com a chegada do verão, são 30
mil litros diários, que totaliza uma média de 5 milhões de litros por ano.

O búfalo é um animal de aparência rústica, se adapta facilmente às condições
climáticas, não exige excelentes pastagens para se alimentar e pode se
transformar em ótima opção financeira. De acordo com o vice-presidente da
Associação Brasileira de Criadores de Búfalos, Otávio Bernardes, que possui
80 cabeças em sua propriedade em Sarapuí, o leite de búfala rende muito mais
do que o de vaca para fabricação de derivados como muçarela, queijo frescal,
provolone e doce de leite. Ele (o leite) tem o dobro de gordura e muito
mais proteína. Para fazer um queijo frescal, o produtor gasta
aproximadamente de 6 a 8 litros de leite de vaca, enquanto que para fazer o
queijo com o mesmo peso utilizando leite de búfala, ele gastaria de 3 a 4
litros, exemplifica. A produtividade do leite de búfala é quase dobro do
leite de vaca, complementa.

No entanto, um dos problemas para a produção leiteira de búfala é a
sazonalidade. A reprodução da espécie acontece basicamente durante o outono
e inverno, que culmina em distribuição descompassada na produção de leite.
Segundo Bernardes, pesquisas estão sendo realizadas para permitir uma oferta
mais regular do produto durante o ano.

Mas, diante das vantagens da produção leiteira das búfalas, o preço pago
pelo litro do produto precisa melhorar. Isso é o que considera o diretor da
Casa da Agricultura e Abastecimento de Sarapuí, o engenheiro agrônomo Márcio
José Ricardo Sturaro. Hoje, os laticínios estão pagando R$ 0,85 pelo litro
de leite bovino e R$ 1,15 pelo bubalino. Para motivar os produtores a
investirem na bubalinocultura, o ideal é que o preço por litro se aproxime
de R$ 1,50, declara o engenheiro. Estamos formando uma cooperativa e
muitos produtores têm vontade de iniciar a produção de leite de búfalo, mas
o preço pago pelo litro na região precisa melhorar. Ser pelo menos 80% maior
do que o produto bovino, insiste.

Animal dócil 

Funcionário da propriedade de Otávio Bernardes, o encarregado Antônio Marcos
Gomes, diz que não encontra dificuldades em lidar com os bubalinos. Todas as
tardes, a partir das 16h, ele prende os animais para a ordenha. Após
higienização do ambiente em menos de uma hora, o serviço está concluído,
São animais dóceis, fáceis de tratar. Eu já trabalhei com gado normal, mas
esses animais são bem mais fáceis de cuidar porque são mais tranquilos,
atesta o colaborador da Fazenda Paineiras da Ingaí, que fica a 5 quilômetros
da cidade de Sarapuí.

Criação para abate 

Apesar das vantagens econômicas na produção leiteira, a criação de búfalos
para corte é um negócio ainda pouco estruturado. A carne de búfalo apresenta
baixo teor de gorduras e colesterol e tem mais proteínas. Mas, de acordo com
Otávio Bernardes, a criação para produção de carne, precisa ser organizada
para que o produto se torne uma alternativa mais rentável.

Os búfalos se adaptam a qualquer pasto e levam menos tempo - entre 18 e 22
meses - para chegar ao peso de abate que é de cerca de 450 quilos, levando a
uma redução de custo de produção, diz Bernardes, que destaca que é
necessário estruturar a cadeia produtiva bubalina desde o produtor até o
consumidor final. No caso dos frigoríficos é preciso adaptá-los para o
abate. Em seguida, é preciso incentivar o consumo de carne de búfalo e
apresentá-la como uma alternativa à bovina, destacando suas vantagens
nutricionais. Para isso, poderiam ser feitas campanhas publicitárias.
Existem comentários de que a carne de búfalo é mais dura que a de boi.
Entretanto, do mesmo modo que acontece na bovinocultura, quando os búfalos
são abatidos jovens, a carne também mantém sua maciez. O sabor, a textura e
a consistência são idênticos à carne bovina, porém, é muito mais saudável.
Chega a ser dez vezes mais magra do que a bovina, explica.

Início do rebanho 

Otávio Bernardes conta que desde da década de 70 sua família se dedica à
exploração desta espécie. Inicialmente na região do Vale do Ribeira, no
Estado de São Paulo, e a partir de 1983 em Sarapuí. Paralelamente à nossa
própria exploração, desenvolvemos um projeto mais ambicioso de fomento para
consolidação da