Re: [bufalos] Estruturação pode alavancar cadeia produtiva de búfalos
Parabéns Otávio Grande abraço Nelcio Citando Otavio Bernardes ota...@ingai.com.br: Do Jornal Cruzeiro do Sul de Sorocaba-SP, disponível em http://www.cruzeirodosul.inf.br/acessarmateria.jsf?id=375954 Região de Itapetininga se destaca na produção leiteira, mas criação para corte ainda é pouco difundida Amilton Lourenço mailto:amilton.loure...@jcruzeiro.com.br amilton.loure...@jcruzeiro.com.br A pecuária de alguns municípios da região de Itapetininga, como Sarapuí, Alambari, Pilar do Sul e São Miguel Arcanjo, vem se destacando pela expansão na criação de búfalos. A maior motivação para a aposta em criadouros bubalinos se justifica pela absorção da produção leiteira pelos laticínios, que usam toda a produção para a fabricação de derivados, transformando a microrregião na maior bacia leiteira bubalina das Américas. No pico da produção, que se inicia no outono e termina com a chegada do verão, são 30 mil litros diários, que totaliza uma média de 5 milhões de litros por ano. O búfalo é um animal de aparência rústica, se adapta facilmente às condições climáticas, não exige excelentes pastagens para se alimentar e pode se transformar em ótima opção financeira. De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Búfalos, Otávio Bernardes, que possui 80 cabeças em sua propriedade em Sarapuí, o leite de búfala rende muito mais do que o de vaca para fabricação de derivados como muçarela, queijo frescal, provolone e doce de leite. Ele (o leite) tem o dobro de gordura e muito mais proteína. Para fazer um queijo frescal, o produtor gasta aproximadamente de 6 a 8 litros de leite de vaca, enquanto que para fazer o queijo com o mesmo peso utilizando leite de búfala, ele gastaria de 3 a 4 litros, exemplifica. A produtividade do leite de búfala é quase dobro do leite de vaca, complementa. No entanto, um dos problemas para a produção leiteira de búfala é a sazonalidade. A reprodução da espécie acontece basicamente durante o outono e inverno, que culmina em distribuição descompassada na produção de leite. Segundo Bernardes, pesquisas estão sendo realizadas para permitir uma oferta mais regular do produto durante o ano. Mas, diante das vantagens da produção leiteira das búfalas, o preço pago pelo litro do produto precisa melhorar. Isso é o que considera o diretor da Casa da Agricultura e Abastecimento de Sarapuí, o engenheiro agrônomo Márcio José Ricardo Sturaro. Hoje, os laticínios estão pagando R$ 0,85 pelo litro de leite bovino e R$ 1,15 pelo bubalino. Para motivar os produtores a investirem na bubalinocultura, o ideal é que o preço por litro se aproxime de R$ 1,50, declara o engenheiro. Estamos formando uma cooperativa e muitos produtores têm vontade de iniciar a produção de leite de búfalo, mas o preço pago pelo litro na região precisa melhorar. Ser pelo menos 80% maior do que o produto bovino, insiste. Animal dócil Funcionário da propriedade de Otávio Bernardes, o encarregado Antônio Marcos Gomes, diz que não encontra dificuldades em lidar com os bubalinos. Todas as tardes, a partir das 16h, ele prende os animais para a ordenha. Após higienização do ambiente em menos de uma hora, o serviço está concluído, São animais dóceis, fáceis de tratar. Eu já trabalhei com gado normal, mas esses animais são bem mais fáceis de cuidar porque são mais tranquilos, atesta o colaborador da Fazenda Paineiras da Ingaí, que fica a 5 quilômetros da cidade de Sarapuí. Criação para abate Apesar das vantagens econômicas na produção leiteira, a criação de búfalos para corte é um negócio ainda pouco estruturado. A carne de búfalo apresenta baixo teor de gorduras e colesterol e tem mais proteínas. Mas, de acordo com Otávio Bernardes, a criação para produção de carne, precisa ser organizada para que o produto se torne uma alternativa mais rentável. Os búfalos se adaptam a qualquer pasto e levam menos tempo - entre 18 e 22 meses - para chegar ao peso de abate que é de cerca de 450 quilos, levando a uma redução de custo de produção, diz Bernardes, que destaca que é necessário estruturar a cadeia produtiva bubalina desde o produtor até o consumidor final. No caso dos frigoríficos é preciso adaptá-los para o abate. Em seguida, é preciso incentivar o consumo de carne de búfalo e apresentá-la como uma alternativa à bovina, destacando suas vantagens nutricionais. Para isso, poderiam ser feitas campanhas publicitárias. Existem comentários de que a carne de búfalo é mais dura que a de boi. Entretanto, do mesmo modo que acontece na bovinocultura, quando os búfalos são abatidos jovens, a carne também mantém sua maciez. O sabor, a textura e a consistência são idênticos à carne bovina, porém, é muito mais saudável. Chega a ser dez vezes mais magra do que a bovina, explica. Início do rebanho Otávio Bernardes conta que desde da década de 70 sua família se dedica à exploração desta espécie. Inicialmente na região do Vale do Ribeira, no Estado de São
[bufalos] Estruturação pode alavancar cadeia produtiva de búfalos
Do Jornal Cruzeiro do Sul de Sorocaba-SP, disponível em http://www.cruzeirodosul.inf.br/acessarmateria.jsf?id=375954 Região de Itapetininga se destaca na produção leiteira, mas criação para corte ainda é pouco difundida Amilton Lourenço mailto:amilton.loure...@jcruzeiro.com.br amilton.loure...@jcruzeiro.com.br A pecuária de alguns municípios da região de Itapetininga, como Sarapuí, Alambari, Pilar do Sul e São Miguel Arcanjo, vem se destacando pela expansão na criação de búfalos. A maior motivação para a aposta em criadouros bubalinos se justifica pela absorção da produção leiteira pelos laticínios, que usam toda a produção para a fabricação de derivados, transformando a microrregião na maior bacia leiteira bubalina das Américas. No pico da produção, que se inicia no outono e termina com a chegada do verão, são 30 mil litros diários, que totaliza uma média de 5 milhões de litros por ano. O búfalo é um animal de aparência rústica, se adapta facilmente às condições climáticas, não exige excelentes pastagens para se alimentar e pode se transformar em ótima opção financeira. De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Búfalos, Otávio Bernardes, que possui 80 cabeças em sua propriedade em Sarapuí, o leite de búfala rende muito mais do que o de vaca para fabricação de derivados como muçarela, queijo frescal, provolone e doce de leite. Ele (o leite) tem o dobro de gordura e muito mais proteína. Para fazer um queijo frescal, o produtor gasta aproximadamente de 6 a 8 litros de leite de vaca, enquanto que para fazer o queijo com o mesmo peso utilizando leite de búfala, ele gastaria de 3 a 4 litros, exemplifica. A produtividade do leite de búfala é quase dobro do leite de vaca, complementa. No entanto, um dos problemas para a produção leiteira de búfala é a sazonalidade. A reprodução da espécie acontece basicamente durante o outono e inverno, que culmina em distribuição descompassada na produção de leite. Segundo Bernardes, pesquisas estão sendo realizadas para permitir uma oferta mais regular do produto durante o ano. Mas, diante das vantagens da produção leiteira das búfalas, o preço pago pelo litro do produto precisa melhorar. Isso é o que considera o diretor da Casa da Agricultura e Abastecimento de Sarapuí, o engenheiro agrônomo Márcio José Ricardo Sturaro. Hoje, os laticínios estão pagando R$ 0,85 pelo litro de leite bovino e R$ 1,15 pelo bubalino. Para motivar os produtores a investirem na bubalinocultura, o ideal é que o preço por litro se aproxime de R$ 1,50, declara o engenheiro. Estamos formando uma cooperativa e muitos produtores têm vontade de iniciar a produção de leite de búfalo, mas o preço pago pelo litro na região precisa melhorar. Ser pelo menos 80% maior do que o produto bovino, insiste. Animal dócil Funcionário da propriedade de Otávio Bernardes, o encarregado Antônio Marcos Gomes, diz que não encontra dificuldades em lidar com os bubalinos. Todas as tardes, a partir das 16h, ele prende os animais para a ordenha. Após higienização do ambiente em menos de uma hora, o serviço está concluído, São animais dóceis, fáceis de tratar. Eu já trabalhei com gado normal, mas esses animais são bem mais fáceis de cuidar porque são mais tranquilos, atesta o colaborador da Fazenda Paineiras da Ingaí, que fica a 5 quilômetros da cidade de Sarapuí. Criação para abate Apesar das vantagens econômicas na produção leiteira, a criação de búfalos para corte é um negócio ainda pouco estruturado. A carne de búfalo apresenta baixo teor de gorduras e colesterol e tem mais proteínas. Mas, de acordo com Otávio Bernardes, a criação para produção de carne, precisa ser organizada para que o produto se torne uma alternativa mais rentável. Os búfalos se adaptam a qualquer pasto e levam menos tempo - entre 18 e 22 meses - para chegar ao peso de abate que é de cerca de 450 quilos, levando a uma redução de custo de produção, diz Bernardes, que destaca que é necessário estruturar a cadeia produtiva bubalina desde o produtor até o consumidor final. No caso dos frigoríficos é preciso adaptá-los para o abate. Em seguida, é preciso incentivar o consumo de carne de búfalo e apresentá-la como uma alternativa à bovina, destacando suas vantagens nutricionais. Para isso, poderiam ser feitas campanhas publicitárias. Existem comentários de que a carne de búfalo é mais dura que a de boi. Entretanto, do mesmo modo que acontece na bovinocultura, quando os búfalos são abatidos jovens, a carne também mantém sua maciez. O sabor, a textura e a consistência são idênticos à carne bovina, porém, é muito mais saudável. Chega a ser dez vezes mais magra do que a bovina, explica. Início do rebanho Otávio Bernardes conta que desde da década de 70 sua família se dedica à exploração desta espécie. Inicialmente na região do Vale do Ribeira, no Estado de São Paulo, e a partir de 1983 em Sarapuí. Paralelamente à nossa própria exploração, desenvolvemos um projeto mais ambicioso de fomento para consolidação da