Re: [bufalos] Montando lotes...
Sergio, A idéia era justamente que se pudesse discutir um pouco algumas opções de manejo: - Vale a pena dividir os animais em lotes de manejo alimentar ou mesmo suplementar individualmente ? - Em caso positivo, como deveriam ser formados tais grupos ? - O manejo alimentar durante a lactação deve variar conforme a produção ? - Há vantagens/desvantagens em utilizar os níveis proteícos recomendados, por exemplo pela NRC ? O Alberto Couto em trabalho que disponibilizou ao grupo há algum tempo (Manejo de Búfalas Leiteiras - Circular Técnica nº 2) afirma que a distribuição de concentrados individualmente ou em lotes resulta em cerca de 20% de aumento no leite em relação à distribuição indiscriminada. Isto ocorre, como destaca o Zicarelli em função do comportamento social dos animais, com as dominantes e mais velhas se sobrepondo às mais fracas, principalmente novilhas de primeira cria ou, ainda, quando de alterações na composição dos animais nos lotes, quando existe um certo stress até que as relações sociais se ajustem novamente e tralahos neste sentido mostram que a búfalas é particularmente sensível a mudanças bruscas de manejo. Como ressalta o Sergio, a alimentação deve ser compatível com o nível produtivo do rebanho, porém conforme observou Zicarelli, (Manejo de búfalas leiteiras- ABCB -2007)comparando a produção de fazendas que mantinham um grupo de manejo com alimentação constante durante toda a lactação com outro em que a alimentação variava em função de alterações dos níveis produtivos durante a lactação verificou-se que, com alimentação uniforme, os animais elevaram constantemente o teor de gorduras do leite e mantiveram uma melhor persistencia de produção e as com alimentação variável, a elevação de gorduras foi mais tardia e tiveram uma persistencia produtiva menos favorável. Com relação aos níveis proteicos da dieta, verifica-se que as búfalas necessitam, teoricamente, de menores teores proteicos para produção de leite corrigido para energia que bovinos. Por outro lado, constatou-se na Itália o aprecimento de animais de elevados níveis produtivos (acima de 20 litros) apenas quando os teores proteicos na dieta superaram as recomendações usuais (mais de 15% na matéria seca) e, além disso, refere Zicarelli que na Itália as búfalas a pasto na primavera consomem até 30% mias proteínas que o recomendado sem que isto acarrete os danos que se observam nas bovinas (danos podais, mastite, alcalose e hipofertilidade). Outro aspecto que me parece muito relevante em nosso sistemadec riação é a baixa qualidade e grande variabilidade dos alimentos volumosos oferecidos às búfalas, cujos picos ed lactação coincidem com o período de pior oferta alimentar e, diversamente de bovinos de alta produção, é pouco usual a utilização de suplementos volumosos de qualidade. Otavio - Original Message - From: Sérgio Fernandes To: bufalos@yahoogrupos.com.br Sent: Tuesday, September 25, 2007 9:36 PM Subject: Re: [bufalos] Montando lotes... Caros amigos Entro nessa seara em função de ter tido a oportunidade de ter trabalhado com o plantel do Otávio Bernardes em 2002. Sem sombra de dúvidas o trbalho por ele desenvolvido é importante, como todos sabem, para a bubalinocultura brasileira e mundial. Os produtores têm que por na cabeça a importância de se trabalhar com nutrição para a obtenção de melhores resultados, em especial com búfalos, que demosntram excelentes resultados quando bem nutridos. Assim, fica o exemplo do Otávio que tem trabalhado há anos com formualção de dietas. Quero com isso dizer que todos os produtores devem buscar ajuda de técnicos com experiência em nutrição para desenvolverem seus plantéis. Em relação a PB do leite, este é um dos componentes em que se observa grande estabilidade no teor. De forma geral, ocorre uma curva, na qual se observa queda no teor de PB do leite ao se caminhar para o meio da lactação, voltando a se elevar no final. Nutricionalmente falando alterações no teor de PB do leite são muito tênues. Assim, dietas com níveis de PB maiores que a exigência do animal resultarão em elevação dos teor de Nitrogênio uréico no leite (popularmente chamada de uréia), pois a microbiota ruminal não conseguindo metabolizar completamente esta PB deitética (transformada em aminoácidos, pepitídeos e amônia no rúmen),determinará excesso de amônia no rúmen que será absorvido para a corrente sanguínea, sendo transformada em uréia (amônia é tóxica ao organismo) e assim expelida (no sangue e no leite). Em função desse fator, é importante se utilizar níveis adequados de PB na dieta para se evitar elevação do teor de nitrogênio uréico no leite. Por sua vez, níveis baixos de PB na dieta, determinarão outras cosnequências, especificamente sobre a microbiota ruminal, causando diminuição da digestibilidade da fibra da dieta. Também, acarretará diminuição do teor de PB do leite, em função da queda do fornecimento de
Re: [bufalos] Montando lotes...
aprecimento de animais de elevados níveis produtivos (acima de 20 litros) apenas quando os teores proteicos na dieta superaram as recomendações usuais (mais de 15% na matéria seca) e, além disso, refere Zicarelli que na Itália as búfalas a pasto na primavera consomem até 30% mias proteínas que o recomendado sem que isto acarrete os danos que se observam nas bovinas (danos podais, mastite, alcalose e hipofertilidade). Outro aspecto que me parece muito relevante em nosso sistemadec riação é a baixa qualidade e grande variabilidade dos alimentos volumosos oferecidos às búfalas, cujos picos ed lactação coincidem com o período de pior oferta alimentar e, diversamente de bovinos de alta produção, é pouco usual a utilização de suplementos volumosos de qualidade. Otavio - Original Message - From: Sérgio Fernandes To: bufalos@yahoogrupos.com.br Sent: Tuesday, September 25, 2007 9:36 PM Subject: Re: [bufalos] Montando lotes... Caros amigos Entro nessa seara em função de ter tido a oportunidade de ter trabalhado com o plantel do Otávio Bernardes em 2002. Sem sombra de dúvidas o trbalho por ele desenvolvido é importante, como todos sabem, para a bubalinocultura brasileira e mundial. Os produtores têm que por na cabeça a importância de se trabalhar com nutrição para a obtenção de melhores resultados, em especial com búfalos, que demosntram excelentes resultados quando bem nutridos. Assim, fica o exemplo do Otávio que tem trabalhado há anos com formualção de dietas. Quero com isso dizer que todos os produtores devem buscar ajuda de técnicos com experiência em nutrição para desenvolverem seus plantéis. Em relação a PB do leite, este é um dos componentes em que se observa grande estabilidade no teor. De forma geral, ocorre uma curva, na qual se observa queda no teor de PB do leite ao se caminhar para o meio da lactação, voltando a se elevar no final. Nutricionalmente falando alterações no teor de PB do leite são muito tênues. Assim, dietas com níveis de PB maiores que a exigência do animal resultarão em elevação dos teor de Nitrogênio uréico no leite (popularmente chamada de uréia), pois a microbiota ruminal não conseguindo metabolizar completamente esta PB deitética (transformada em aminoácidos, pepitídeos e amônia no rúmen),determinará excesso de amônia no rúmen que será absorvido para a corrente sanguínea, sendo transformada em uréia (amônia é tóxica ao organismo) e assim expelida (no sangue e no leite). Em função desse fator, é importante se utilizar níveis adequados de PB na dieta para se evitar elevação do teor de nitrogênio uréico no leite. Por sua vez, níveis baixos de PB na dieta, determinarão outras cosnequências, especificamente sobre a microbiota ruminal, causando diminuição da digestibilidade da fibra da dieta. Também, acarretará diminuição do teor de PB do leite, em função da queda do fornecimento de proteína microbiana oriunda do rúmen, principalmente a caseína. Assim, tanto o excesso como a deficiência de PB na dieta podem causar efeitos negativos sobre o rendimento de industrial do leite. É reconhecido o efeito positivo da suplementação sobre extensão da lactação. De forma geral, animais bem nutridos tendem a apresentar maior extenão de lactação. Sugiro oas interessados que leiam meu artigo publicado na Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes volume 60, números 346-347, página 71-78: Componentes do leite de bubalinos ao longo da lactação no Estado de São Paulo. Neste artigo são comentados estes aspectos nutricionais e a qualidade do leite. Otavio [EMAIL PROTECTED] escreveu: Prezado Prof. Willian, No meu caso, não disponho de análise de gossipol no caroço de algodão que adquiro a granel. De qualquer forma, utilizamos o produto em quantidades de até 3 kg/animal/dia (normalmente 2 kg) e o fornecemos à búfalas em lactação e inclusive ao touro. Apesar das referencias na literatura de eventual comprometimento reprodutivo potencial, na prética de pelo menos 10 anos de utilização contínua, não observamos nenhum problema (nos ultimos anos, nossa taxa de fertilidade tem sido superior a 90% e tivemos touro que consumiu o produto por vários anos e mesmo assim, aos 20 anos foi doador de semen na Cebran e aos 21 anos ainda cobria a campo). Costumamos expressar o teor de energia em kg de Nutriente Digestivos Totais (NDT), cuja equivalencia de forma grosseira poderia ser expressa: 1 kg de NDT = 1,28 UFL = 4,4 Mcal ED = 3,6 Mcal EM e 1 Mcal = 4,18 MJ Em função dos elevados teores de gordura e proteínas do leite de búfalas em relação ao leite bovino, para expressão da produção em equivalente de energia do leite bovino (leite ECM), é utilizada a fórmula da Dra Di Palo: {(gordura(g) -40) + (proteina (g) -31) x 0,01155} x leite produzido, que expressa pois quantos litros de equivalete energético de leite bovino a búfala produz, lembrando que o leite bovino corrigido para 4% de gordura tem 740 kcal ou 3,1 MJ. Estima-se que são necessário cerca de
Re: [bufalos] Montando lotes...
Estimado Nelson Otávio, É realmente fabuloso esse trabalho que vocês estão fazendo dentro do sistema de produção leiteira da linhagem WB. Entretanto tenho alumas dúvidas sobre o assunto e gostaria de que vcs. nos as clareassem: 1. Qual o teor de gossipol existente no caroço de algodão que vcs. estão adicionando na ração ? 2. Quantas Kilokal ou Kilojoules são gastos vcs.para cada litro de leite produzido? 3. Qual a relação Leite ECM mobilizada pelas búfalas de melhor produção para a produção de 1 litro de leite ? Vcs. têm a dosagem no leite do teor de gordura e de Proteína ? Gostaria de vcs. me tirassem essas dúvidas. SDS William Vale Citando Laguna [EMAIL PROTECTED]: Otavio, É certo que utilizarei as informações que voce disponibiliza para confrontar com o que estamos praticando e colhendo por aqui. Além das 80 g de mistura mineral de injestão forçada os animais tem livre acesso a cocho com mistura mineral ? Porque motivo voce limita a oferta de ureia a 150 g / animal / dia ? Porque voce deixa de considerar a ureia no consumo de PB/kg/leite? Um maior teor de proteina na dieta do animal, mesmo que sem elevar a produção, não contribui para aumento dos niveis de proteina do leite com consequente melhora de rendimento na produção de derivados lacteos? Os animais do grupo 3 apresentaram consumo de NDT/ kg leite similar aos grupos 1 e 2 dos quais só se destacaram pelo maior consumo de PB por litro produzido; foi observada melhora qualitativa neste leite ? Mesmo havendo os animais do grupo 3 ja entrado no terço final de suas lactactações ainda apresentaram melhora de 5% no volume de leite e GMD de prox. 0,550 kg voce espera que a suplementação venha a contribuir tambem para uma mais longa lactação ? Abusando de meu acesso aos arquivos da Paineiras verifico que Gilete esta em sua 15ª lactação o que faz dela, pelos dados que voce apresenta, valioso exemplo da longevidade produtiva ECONOMICA da especie bubalina. Nelson -Mensagem Original- De: Otavio Para: bufalos@yahoogrupos.com.br Enviada em: segunda-feira, 24 de setembro de 2007 17:13 Assunto: [bufalos] Montando lotes... Falando em comida de búfalas leiteiras e, enfrentando uma seca danada e tentando racionalizar um pouco a alimentação, além de tentar reduzir o efeito das búfalas dominantes no rebanho, dividimos mes passado os animais em 3 lotes em função do estágio de lactação e produtividade: (a) 18 animais, 135 dias pós parto, produção média de 11,1 kg/dia (b) 17 animais, 188 dias pós parto, produção média de 7,3 kg/dia (c) 14 animais, 208 dias pós parto, produção média de 4,0 kg/dia Usamos aquela planilha que disponibilizei ao grupo e calculei uma dieta respectivamente para produção de 12 kg/dia, 7 kg/dia e 4,0 kg/dia, tendo por base de cocentrados caroço de algodão, cevada (residuo umido de cervejaria) e polpa cítrica. Além disso o volumoso base era 60-65% de cana + 35-40% de silo de capim (panicum). Acrescentei uma mistura contendo 80 g/vaca/dia de sal mineral + 100 g de calcáreo + 150 g de uréia. Em teoria, a dieta média por animal foi: grupo (a)- 1,5 kg de caroço + 4 kg de cevada (20 kg úmida) + 3 kg de polpa = 13,3% de PB e 66% de NDT (um pouco a menos de energia que recomendado) grupo (b) - sem caroço + 2 kg de MS cevada (10 kg umida) + 1 kg de polpa = 9,73 de PB e 59% fr NDT (adequado para 7 litros/dia) grupo (c) - sem caroço + 1,7 kg de MS cevada (8,5 kg umida) e sem polpa= 8,48% de PB e 57% de NDT Cálcio e fósforo, pela planilha, pareciam adequados. Um mês depois, o resultado observado foi o seguinte: grupo (a)- produção média de 10,6 kg/dia, vacas ganharam em média 1,9 kg no período. Em média, consumiram de concentrado 0,59 kg NDT e 0,15 kg de PB por litro produzido. grupo (b)- produção média de 7,7 kg/dia, vacas gaharam em média 5,3 kg no período. Em média, consumiram de concentrados 0,57 kg de NDT e 0,16 kg de PB por litro grupo (c)- produção média de 4,2 kg/dia, vacas gaanharam em média 17,6 kg no ´período. Em média, consumiram de concentrados 0,57 kg de NDT e 0,22 kg de PB por litro. No cálculo de consumo de proteínas/litro produzido, não incluimos a uréia. Praticamente todos os animais já estavam teoricamente em balanço positivo, com mais de 100 dias pós parto (ou seja, eram capazes de consumir a quantidade de alimentos que necessitavam), exceto uma no primeiro grupo com 20 dias pós parto que foi a búfala Gilete, que perdeu 26 kg neste mês além da ração para poder produzir 17,2 kg/dia aos 36 dias pós parto e 20,3 kg/dia aos 51 dias pós parto. Chama a atenção os valores muito próximos de energia por litro, considerando que as recomendações são da ordem de 0,34 kg de NDT por litro ECM (cerca de 0,51 kg de NDT/kg de leite in natura). Fica o registro... Otavio
Re: [bufalos] Montando lotes...
Prezado Prof. Willian, No meu caso, não disponho de análise de gossipol no caroço de algodão que adquiro a granel. De qualquer forma, utilizamos o produto em quantidades de até 3 kg/animal/dia (normalmente 2 kg) e o fornecemos à búfalas em lactação e inclusive ao touro. Apesar das referencias na literatura de eventual comprometimento reprodutivo potencial, na prética de pelo menos 10 anos de utilização contínua, não observamos nenhum problema (nos ultimos anos, nossa taxa de fertilidade tem sido superior a 90% e tivemos touro que consumiu o produto por vários anos e mesmo assim, aos 20 anos foi doador de semen na Cebran e aos 21 anos ainda cobria a campo). Costumamos expressar o teor de energia em kg de Nutriente Digestivos Totais (NDT), cuja equivalencia de forma grosseira poderia ser expressa: 1 kg de NDT = 1,28 UFL = 4,4 Mcal ED = 3,6 Mcal EM e 1 Mcal = 4,18 MJ Em função dos elevados teores de gordura e proteínas do leite de búfalas em relação ao leite bovino, para expressão da produção em equivalente de energia do leite bovino (leite ECM), é utilizada a fórmula da Dra Di Palo: {(gordura(g) -40) + (proteina (g) -31) x 0,01155} x leite produzido, que expressa pois quantos litros de equivalete energético de leite bovino a búfala produz, lembrando que o leite bovino corrigido para 4% de gordura tem 740 kcal ou 3,1 MJ. Estima-se que são necessário cerca de 0,39 kg de NDT por litro de leite ECM produzido (além da energia necvessária para manutenção). Com relação à proteína/gordura do leite, não efetuamos as análises de rotina, sendo a ultima vez que controlomos em toda a lactação foi em 2002 quando o Dr. Sergio Fernandes, coletou material para sua tese e a mesma mostrou a ampla variação observada na espécie durante a lactação, com tendencia a se elevar ao final da lactação. Um trabalho do Prof. Campanille mostra que o teor de energia da dieta necessário para produção de um litro de leite ECM independe do nivel produtivo do animal. Otavio - Original Message - From: [EMAIL PROTECTED] To: bufalos@yahoogrupos.com.br Sent: Tuesday, September 25, 2007 9:45 AM Subject: Re: [bufalos] Montando lotes... Estimado Nelson Otávio, É realmente fabuloso esse trabalho que vocês estão fazendo dentro do sistema de produção leiteira da linhagem WB. Entretanto tenho alumas dúvidas sobre o assunto e gostaria de que vcs. nos as clareassem: 1. Qual o teor de gossipol existente no caroço de algodão que vcs. estão adicionando na ração ? 2. Quantas Kilokal ou Kilojoules são gastos vcs.para cada litro de leite produzido? 3. Qual a relação Leite ECM mobilizada pelas búfalas de melhor produção para a produção de 1 litro de leite ? Vcs. têm a dosagem no leite do teor de gordura e de Proteína ? Gostaria de vcs. me tirassem essas dúvidas. SDS William Vale Citando Laguna [EMAIL PROTECTED]: Otavio, É certo que utilizarei as informações que voce disponibiliza para confrontar com o que estamos praticando e colhendo por aqui. Além das 80 g de mistura mineral de injestão forçada os animais tem livre acesso a cocho com mistura mineral ? Porque motivo voce limita a oferta de ureia a 150 g / animal / dia ? Porque voce deixa de considerar a ureia no consumo de PB/kg/leite? Um maior teor de proteina na dieta do animal, mesmo que sem elevar a produção, não contribui para aumento dos niveis de proteina do leite com consequente melhora de rendimento na produção de derivados lacteos? Os animais do grupo 3 apresentaram consumo de NDT/ kg leite similar aos grupos 1 e 2 dos quais só se destacaram pelo maior consumo de PB por litro produzido; foi observada melhora qualitativa neste leite ? Mesmo havendo os animais do grupo 3 ja entrado no terço final de suas lactactações ainda apresentaram melhora de 5% no volume de leite e GMD de prox. 0,550 kg voce espera que a suplementação venha a contribuir tambem para uma mais longa lactação ? Abusando de meu acesso aos arquivos da Paineiras verifico que Gilete esta em sua 15ª lactação o que faz dela, pelos dados que voce apresenta, valioso exemplo da longevidade produtiva ECONOMICA da especie bubalina. Nelson -Mensagem Original- De: Otavio Para: bufalos@yahoogrupos.com.br Enviada em: segunda-feira, 24 de setembro de 2007 17:13 Assunto: [bufalos] Montando lotes... Falando em comida de búfalas leiteiras e, enfrentando uma seca danada e tentando racionalizar um pouco a alimentação, além de tentar reduzir o efeito das búfalas dominantes no rebanho, dividimos mes passado os animais em 3 lotes em função do estágio de lactação e produtividade: (a) 18 animais, 135 dias pós parto, produção média de 11,1 kg/dia (b) 17 animais, 188 dias pós parto, produção média de 7,3 kg/dia (c) 14 animais, 208 dias pós parto, produção média de 4,0 kg/dia Usamos aquela planilha que disponibilizei
Re: [bufalos] Montando lotes...
Otavio, É certo que utilizarei as informações que voce disponibiliza para confrontar com o que estamos praticando e colhendo por aqui. Além das 80 g de mistura mineral de injestão forçada os animais tem livre acesso a cocho com mistura mineral ? Porque motivo voce limita a oferta de ureia a 150 g / animal / dia ? Porque voce deixa de considerar a ureia no consumo de PB/kg/leite? Um maior teor de proteina na dieta do animal, mesmo que sem elevar a produção, não contribui para aumento dos niveis de proteina do leite com consequente melhora de rendimento na produção de derivados lacteos? Os animais do grupo 3 apresentaram consumo de NDT/ kg leite similar aos grupos 1 e 2 dos quais só se destacaram pelo maior consumo de PB por litro produzido; foi observada melhora qualitativa neste leite ? Mesmo havendo os animais do grupo 3 ja entrado no terço final de suas lactactações ainda apresentaram melhora de 5% no volume de leite e GMD de prox. 0,550 kg voce espera que a suplementação venha a contribuir tambem para uma mais longa lactação ? Abusando de meu acesso aos arquivos da Paineiras verifico que Gilete esta em sua 15ª lactação o que faz dela, pelos dados que voce apresenta, valioso exemplo da longevidade produtiva ECONOMICA da especie bubalina. Nelson -Mensagem Original- De: Otavio Para: bufalos@yahoogrupos.com.br Enviada em: segunda-feira, 24 de setembro de 2007 17:13 Assunto: [bufalos] Montando lotes... Falando em comida de búfalas leiteiras e, enfrentando uma seca danada e tentando racionalizar um pouco a alimentação, além de tentar reduzir o efeito das búfalas dominantes no rebanho, dividimos mes passado os animais em 3 lotes em função do estágio de lactação e produtividade: (a) 18 animais, 135 dias pós parto, produção média de 11,1 kg/dia (b) 17 animais, 188 dias pós parto, produção média de 7,3 kg/dia (c) 14 animais, 208 dias pós parto, produção média de 4,0 kg/dia Usamos aquela planilha que disponibilizei ao grupo e calculei uma dieta respectivamente para produção de 12 kg/dia, 7 kg/dia e 4,0 kg/dia, tendo por base de cocentrados caroço de algodão, cevada (residuo umido de cervejaria) e polpa cítrica. Além disso o volumoso base era 60-65% de cana + 35-40% de silo de capim (panicum). Acrescentei uma mistura contendo 80 g/vaca/dia de sal mineral + 100 g de calcáreo + 150 g de uréia. Em teoria, a dieta média por animal foi: grupo (a)- 1,5 kg de caroço + 4 kg de cevada (20 kg úmida) + 3 kg de polpa = 13,3% de PB e 66% de NDT (um pouco a menos de energia que recomendado) grupo (b) - sem caroço + 2 kg de MS cevada (10 kg umida) + 1 kg de polpa = 9,73 de PB e 59% fr NDT (adequado para 7 litros/dia) grupo (c) - sem caroço + 1,7 kg de MS cevada (8,5 kg umida) e sem polpa= 8,48% de PB e 57% de NDT Cálcio e fósforo, pela planilha, pareciam adequados. Um mês depois, o resultado observado foi o seguinte: grupo (a)- produção média de 10,6 kg/dia, vacas ganharam em média 1,9 kg no período. Em média, consumiram de concentrado 0,59 kg NDT e 0,15 kg de PB por litro produzido. grupo (b)- produção média de 7,7 kg/dia, vacas gaharam em média 5,3 kg no período. Em média, consumiram de concentrados 0,57 kg de NDT e 0,16 kg de PB por litro grupo (c)- produção média de 4,2 kg/dia, vacas gaanharam em média 17,6 kg no ´período. Em média, consumiram de concentrados 0,57 kg de NDT e 0,22 kg de PB por litro. No cálculo de consumo de proteínas/litro produzido, não incluimos a uréia. Praticamente todos os animais já estavam teoricamente em balanço positivo, com mais de 100 dias pós parto (ou seja, eram capazes de consumir a quantidade de alimentos que necessitavam), exceto uma no primeiro grupo com 20 dias pós parto que foi a búfala Gilete, que perdeu 26 kg neste mês além da ração para poder produzir 17,2 kg/dia aos 36 dias pós parto e 20,3 kg/dia aos 51 dias pós parto. Chama a atenção os valores muito próximos de energia por litro, considerando que as recomendações são da ordem de 0,34 kg de NDT por litro ECM (cerca de 0,51 kg de NDT/kg de leite in natura). Fica o registro... Otavio [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas] [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas] ___ Lista de discussao sobre bubalinocultura: Inscrição: envie mensagem para [EMAIL PROTECTED] (sem assunto nem nada no texto) Para sair da lista: enviar mensagem para [EMAIL PROTECTED] (sem assunto nem texto) Página do grupo: http://br.groups.yahoo.com/group/bufalos Links do Yahoo! Grupos * Para visitar o site do seu grupo na web, acesse: http://br.groups.yahoo.com/group/bufalos/ * Para sair deste grupo, envie um e-mail para: [EMAIL PROTECTED] * O uso que você faz do Yahoo! Grupos está sujeito aos: http://br.yahoo.com/info/utos.html