[irriga-l] comentário sobre kc
Jose Alves... Antes de entrar nessa questão (tamanho do lisimetro, sistema)...gostaria desugerir Por que nao estudarmossomente a evaporação do solo, via lisimetro sem planta...sobossistemas de irrigação...e para dois tipos de solo como arenoso e argiloso, por exemplo? De posse desse valor conseguiriamos isolar o componte transpiraçãono lisimetro?? O que vcs acham? ---Outgoing mail is certified Virus Free.Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).Version: 6.0.507 / Virus Database: 304 - Release Date: 04/08/03
[irriga-l] Re: [irriga-l] RES: [irriga-l] Fórum de Discussão sobre Kc...
Olá pessoal da lista: Estava apreciando a discussão sobre Kc em plantas chamadas isoladas em lisímetro, nesses dias passados. Concordo com todas as observações feitas pelo colega Flávio Arruda do IAC. Também acho que falta muita definição no que está sendo proposto. Uma planta de laranjeira com apenas dois anos, dentro de um lisímetro que está no meio de uma área de 10 hectares plantada com a mesma variedade, da mesma idade, é uma planta isolada? E quando estas plantas tiverem 15 anos, em que não há mais espaçamento livre entre plantas na linha, mas há na entre-linha? E a influência da textura da camada superficial do solo na velocidade de secamento da superfície? E a influência do próprio lisímetro no desenvolvimento do sistema radicular em uma condição e na outra? Que tamanho deverá ter o lisímetro? Quantos espaçamentos diferentes se usa hoje em dia em pomares de citros (5 x 4m; 6 x 4m; 7 x 3m; 8 x 4m, etc.), por exemplo? Quantos tipos de manejo da cobertura vegetal do solo (sem cobertura, com grama, com leguminosas como adubo verde, com cultura intercalar, etc.)? Quais os métodos de irrigação que podem ser utilizados: sulcos, bacias de infiltração, aspersão convencional, autopropelido, pivô-central, microaspersão, gotejamento com linha simples ou linha dupla, gotejadores na superfície ou em subsuperfície? O pomar onde está o lisímetro está sendo nutrido como, via água de irrigação ou a lanço, manualmente? Como esta adubação está sendo parcelada? e ela foi baseada na análise de solo e planta e será aplicada conforme a curva de exigência nutricional da cultura? E as diferentes combinações de porta-enxerto/copa? E agora com a subenxertia em função do Morte Súbita dos Citros? E a CVC, que antes de se manifestar visualmente já está compromentendo o fluxo de seiva da raiz para a copa? Como será obtida a ETo: será medida em lisímetro com grama, com bordadura suficiente (que no nosso inverno não se mantém nas condições preconizadas para uma cultura de referência) ao mesmo tempo que será medida a evapotranspiração diária da cultur no lisímetro, ou será estimada por meio do método de Penman-Monteith parametrizado por ALLEN et al. (1998), no Boletim 56 da FAO; ou será estimado pelo método do Tanque Classe A com valores diários de evaporação, ou com médias de cinco dias, ou de dez dias, ou mensais; será estimada pelo método de Hargreaves, Penman ou qualquer outro dos tantos que existem? E a precisão, exatidão dos sensores e outros erros embutidos nos métodos, nos sensores e nos equipamentos utilizados? Vejam que as variáveis que podem estar interferindo nos valores finais do Kc podem não ser locais e nem serem percebidas. Por isso muitas pesquisas já foram feitas sobre evapotranspiração e muitas ainda serão. Como disse Stanhill, se pegarmos todas as folhas dos trabalhos que já foram publicados sobre evapotranspiração e as espalharmos sobre a superfície do planeta, cobriríamos uma grande parte dela e diminuiríamos em muito a evapotranspiração. Acho que o Boletim 56 da FAO é uma grande contribuição e um grande passo para um manejo mais inteligente da irrigação. Como diz o ditado a perfeição é uma meta. O grande problema, com a escassez de água batendo à nossa porta, é de como viabilizarmos operacionalmente o conhecimento que já temos engavetado, publicados em periódicos científicos e técnicos, em boletins, em congressos, etc. transformando-os em programas de extensão. Será que os programas para financiamento de eauipamentos de irrigação não deveriam exigir também uma proposta de manejo de irrigação para a(s) cultura(s) que o irrigante pretende irrigar, assinada por um profissional competente? Esse programa sendo efetivamente implantado não poderia servir de desconto na futura (em algumas regiões já é atual) cobrança pelo uso da água? E olha que a irrigação será taxada quase que em dobro, pelo volume de água captado e não devolvido (estimado em + ou - 93% do volume captado). Se nós conseguíssemos que os irrigantes medissem decentemente pelo menos a chuva já não seria um grande passo? Sei que minha intervenção foi muito longa, mas espero ter colocado mais um pouco de lenha na fogueira para que ela não se apague. Abraços e continuemos evapotranspirando em busca da solução! Luiz Carlos Pavani FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal Fone: (0 16) 3209-2637 Fax: (0 16) 3203-3341 [EMAIL PROTECTED] - Original Message - From: Flavio Arruda [EMAIL PROTECTED] To: [EMAIL PROTECTED] Sent: Tuesday, August 19, 2003 10:05 AM Subject: [irriga-l] RES: [irriga-l] Fórum de Discussão sobre Kc... Caro José A discussão sobre o consumo de água de planta isola está um tanto vaga e seria bom que fosse especificado melhor o problema. Em primeiro lugar seria muito bom que fosse definido o que é planta isolada, qual espécie vegetal e qual o objetivo das determinações. São questões fundamentais pois dão indicativas de como deverão ser tratados os resultados e qual a precisão necessária. Veja por
[irriga-l] Re: [irriga-l] Re: [irriga-l] RES: [irriga-l] Fórum de Discussão sobre Kc...
Pavani, Você não se deteve apenas na evapotranspiração nem nos lisimetros. Deu uma passeada federal no âmbito geral e lembrou a todos nós que a produção de alimentos é uma equação muito mais complexa. Vimos como a discussão de um iten, a evapotranspiração, moveu a discussão também para a globalidade da questão. Poderia também ter passado pela abundância atual de alimentos e poderia ter conjecturado sobre se a fome zero de facto existe na dimensão politica espanejada, ou se por alguma razão é mais um degrau para alguns subirem no palco. Por enquanto, parabéns pela sua abordagem e também parabéns pelo diálogo entre o grupo que está bem mais aquecido e interessante. Acrescentaria ainda, sem esquecer que estamos centrados na evapotranspiração , um reforço á sua ideia de se cuidar da agricultura com profissionais competentes. Iria mais longe, competentes e bem pagos, empenhados em profundidade na produtividade, no bem estar social , na ecologia de sistemas económicos, produtivos auto sustentados. Mais do que a assinatura fugidia de um profissional competente, a agricultura exige um esforço maior e mais atento in loco. Mais do que 2% de comissãop pela assinatura, um empenho premiado com produtividade, economicidade e representatividade da Agricultura Brasileira no Cenário Mundial. Mais do que estabelecer as bases teóricas para o calculo do Kc, será importante que seja o mesmo entendido e aplicado pela classe de agricultores ou de seus executores de campo, no sentido do melhor uso da escassa água. Um lembrete: A Agricultura é séria demais para ser apenas o último reduto empregatício dos que não encontram emprego nas outras áreas da economia. Também o facto de se nascer na zona rural não me parece, tal fato por si só, suficiente para qualificar o cidadão como agricultor. A terra como a água, é também um património escasso e em acelerado processo de exaustão de fertilidade, se não invertermos certos procedimentos exploratórios. Se não cuidarmos dela com profissionais competentes, talvez sobre Àgua e falte Terra! Abraços a todos. Jorge de Sousa [EMAIL PROTECTED] - Original Message - From: Luiz Carlos Pavani [EMAIL PROTECTED] To: [EMAIL PROTECTED] Sent: Tuesday, August 19, 2003 4:18 PM Subject: [irriga-l] Re: [irriga-l] RES: [irriga-l] Fórum de Discussão sobre Kc... Olá pessoal da lista: Estava apreciando a discussão sobre Kc em plantas chamadas isoladas em lisímetro, nesses dias passados. Concordo com todas as observações feitas pelo colega Flávio Arruda do IAC. Também acho que falta muita definição no que está sendo proposto. Uma planta de laranjeira com apenas dois anos, dentro de um lisímetro que está no meio de uma área de 10 hectares plantada com a mesma variedade, da mesma idade, é uma planta isolada? E quando estas plantas tiverem 15 anos, em que não há mais espaçamento livre entre plantas na linha, mas há na entre-linha? E a influência da textura da camada superficial do solo na velocidade de secamento da superfície? E a influência do próprio lisímetro no desenvolvimento do sistema radicular em uma condição e na outra? Que tamanho deverá ter o lisímetro? Quantos espaçamentos diferentes se usa hoje em dia em pomares de citros (5 x 4m; 6 x 4m; 7 x 3m; 8 x 4m, etc.), por exemplo? Quantos tipos de manejo da cobertura vegetal do solo (sem cobertura, com grama, com leguminosas como adubo verde, com cultura intercalar, etc.)? Quais os métodos de irrigação que podem ser utilizados: sulcos, bacias de infiltração, aspersão convencional, autopropelido, pivô-central, microaspersão, gotejamento com linha simples ou linha dupla, gotejadores na superfície ou em subsuperfície? O pomar onde está o lisímetro está sendo nutrido como, via água de irrigação ou a lanço, manualmente? Como esta adubação está sendo parcelada? e ela foi baseada na análise de solo e planta e será aplicada conforme a curva de exigência nutricional da cultura? E as diferentes combinações de porta-enxerto/copa? E agora com a subenxertia em função do Morte Súbita dos Citros? E a CVC, que antes de se manifestar visualmente já está compromentendo o fluxo de seiva da raiz para a copa? Como será obtida a ETo: será medida em lisímetro com grama, com bordadura suficiente (que no nosso inverno não se mantém nas condições preconizadas para uma cultura de referência) ao mesmo tempo que será medida a evapotranspiração diária da cultur no lisímetro, ou será estimada por meio do método de Penman-Monteith parametrizado por ALLEN et al. (1998), no Boletim 56 da FAO; ou será estimado pelo método do Tanque Classe A com valores diários de evaporação, ou com médias de cinco dias, ou de dez dias, ou mensais; será estimada pelo método de Hargreaves, Penman ou qualquer outro dos tantos que existem? E a precisão, exatidão dos sensores e outros erros embutidos nos métodos, nos sensores e nos equipamentos utilizados? Vejam que as variáveis que podem estar interferindo nos valores finais do Kc podem não ser
[irriga-l] Re: Kc é igual
Caros colegas da lista do kc igual Acredito que a definio de planta isolada proposta pelo Jos Alves est relacionado irrigao localizada e seu efeito quanto a determinao do kc, objeto desta discusso. A necessidade de cada planta literalmente isolada ter que ser atendida independentemente dela estar fazendo parte de um vasto pomar de plantas jovens ou formando renques, no caso de plantas adultas. A grande contribuio de Allen (1998) atravs do boletim 56 sem dvida uma valiosa referncia, quando no dispomos de kc obtidos localmente e, portanto, sujeitos s nossas condies climticas, do solo, de fertilidade, de pragas e doenas. Concordamos parcialmente com o Prof. Pavani quanto capacidade de nossos irrigantes em pelo menos determinar a precipitao para poder ento manejar melhor sua rea irrigada, porm, no podemos deixar de buscar novas informaes, aguardando que os irrigantes aprendam a medir chuva. Mtodos de fluxo de seiva por sonda trmica ou balano de calor necessitam de lismetros para sua validao, voltando ao mesmo ponto de questionamento proposto pelo coordenador, no sendo soluo imediata para o problema. Alm disso, culturas como pupunha, maracuj, e outras frutas tropicais de importncia econmica no Pas, ainda no so citadas pela FAO (Boletim 56). Qual kc que utilizaremos para estas culturas? Aproveitando as questes sugeridas, pergunto: Ser que no est na hora de tentar estabelecer critrios na determinao do kc? Alguns falam que planta isolada deve ter seu consumo determinado em litros. Onde vou aplicar estes litros? Prximo ao caule, na projeo da copa ou no espaamento da cultura? Vejam quantos questionamento j foram feitos evidenciando a necessidade de uma parametrizao para determinao de kc e lisimetria. Tonny Jos Arajo da Silva Eng. Agronomo, Mestre em Agronomia / Cincia do Solo pela UFRPE, Doutorando em Agronomia / Irrigao e Drenagem pela USP-Esalq Rep. Discente do PPG em Irrigao e Drenagem == Saiba o que já foi discutido na IRRIGA-L em: http://www.agr.feis.unesp.br/irriga-l.htm Para sair da lista IRRIGA-L, envie um e-mail para: [EMAIL PROTECTED] e no corpo da mensagem digite: unsubscribe irriga-l (seu endereco eletronico) Nao envie mensagens com este conteudo diretamente para a lista. ==