Nelson, aconselho a quem quizer começar: -registre uma marca boa, interessante, porque você vai trabalhar a marca; -comece pequeno, sem SIF, abascecendo a um mercado regional; -quando sua marca se firmar, seu mercado se firmar, cresça. Fidencio Maciel
Em (10:26:28), bufalos@yahoogrupos.com.br escreveu: >Amigo Fidencio, > >Muito valida sua preocupação em alertar o Roberto e outros companheiros >quanto alguns dos provaveis complicadores que pode encontrar quem estuda a >oportunidade de investir na exploração de bufalos, leite ou carne. >Complicadores normais quaisquer que sejam os empreendimentos. >Cabe, porem, esclarecer que seu negocio, pelos numeros ja apresentados de >investimento total, imobilizado em maquinario especifico, ou capacidade de >absorver prejuizo ( investimento? ) de tão alta monta por longo periodo, >etc, tem dimensão unica dentre os laticinios que trabalham exclusivamente >com leite de bufala, no Brasil. >Com certeza sua experiencia empresarial, e a capacidade financeira do grupo, > garantirão sucesso para o empreendimento representado pelo Laticinio >Caroba, como ja sinalizam a citada melhora de resultados e a consecução do >ponto de equilibrio. >A Caroba devera vir a servir de referencia para futuros empreendedores em >projetos de maior porte. >Temo que os numeros apresentados possam desistimular potenciais novos >investidores que poderão obter bons resultados a partir de projetos mais >simples, negocios que nasçam menores, dimensionados a partir de oferta >disponivel, propria ou de terceiros, para serem transformadas em pequenas >instalações, submetidos inicialmente somente a fiscalização estadual, com >produção focada para poucos mercados. >Para quem quer começar, uma pequeno laticinio direcionado para mercado >regional, pode ser um bom negocio, precursor de um grande empreendimento. > >Um abraço >Nelson > >----- Original Message ----- >From: bufalos >To: bufalos@yahoogrupos.com.br >Sent: Wednesday, March 23, 2005 9:09 PM >Subject: Re: RES: [bufalos] leite suspeito > >Roberto, >o negócio pode ser muito lucrativo. Mas é necessário um certo volume. É >necessário trabalhar na escala apropriada. Quando a gente monta o projeto, >as vendas começam de zero. Os clientes são conquistados um a um. O fato de >iniciarmos a venda em um supermercado significa pouco. Nosso cliente não é o >dono do supermercado. É quem vai lá comprar. Conquista-se um por um, através >de degustação. Veja bem, no primeiro ano, nosso prejuizo foi de 20.000,00 >por mês. No segundo ano, o prejuizo baixou para 10.000,00 por mês. Estamos >agora ultrapassando o ponto de equilíbrio, em termos de mussarela. (não >estamos contando a produção de búfalos). Assim, >a gente cresce com o mercado, que tem preferências. O seu raciocínio é muito >válido, quando o mercado já tiver sido criado. Aí, sim, poderemos escolher >um mix de produtos. Mas, no início, a gente produz o que está vendendo. >Assim, a Caroba tem muita búfala, mas não pode produzir porque o mercado >ainda não está desenvolvido. Nosso faturamento cresceu em 2004, 28%. >Esperamos crescer mais 40% em 2005. Cresce vendas, cresce a estrutura de >vendas, organiza-se, cresce a produção. Estamos criando um hábito alimentar. >Quando vamos a uma feira, a gente serve mussarela, de graça, sem parar um >minuto. Quem nunca comeu não compra. O produto é caro. Conquistar o >consumidor, montar a rede de vendas, firmar a marca são as tarefas mais >pesadas e mais difíceis. E bancar tudo isto não é fácil. Assim, ao montar o >seu projeto hipotético, comece pelas vendas. Desenhe o seu desenvolvimento e >veja os buracos no caixa. É por aí. O custo fixo da produção é alto. Ter SIF >é caro. Firmar a marca leva uma vida. Tem duas vantagens: estamos criando um >hábito alimentar amarrado em uma marca; as multinacionais não se interessam >pelo negócio, por ser muito pequeno. >Fidencio > >Em (19:48:13), bufalos@yahoogrupos.com.br escreveu: > >>Fidencio, >> >>Obrigado pela atenção, mas eu continuo buscando as margens de >>contribuição dos diferentes produtos do agribusiness com búfalos. Por >>"ossos do ofício" e da fase de transição na minha vida de produtor rural >>e gestor de agronegócios, eu visualizo para 2.006 a oportunidade para >>investir na pecuária de renda máxima, os recursos que serão angariados >>a partir do loteamento fechado a ser implantado aqui em Itupeva-SP, na >>Fazenda Matão. >> >>Essa pecuária de renda máxima, segundo o meu feeling, é com búfalos e os >>seus produtos com maior valor agregado e potencial de comercialização >>são: >> >>1. Vitelo de búfalo, o bezerro das búfalas de leite criados em >>aleitamento artificial com sucedâneos à base do soro da fabricação de >>queijos até atingirem 225 quilos de peso vivo, que imagino deve ocorrer >>aos 3 meses de idade (o vitelo holandês chega a esse peso aos 4 meses)e >>com rendimento de carcaça da ordem de 65% (holandês=63%). >> >>2. Queijos, com o mix de produção definido em função da margem de >>contribuição (essa é a grande questão), da demanda regional efetiva e >>principalmente da qualidade nutricional do soro para composição da dieta >>líquida ideal para os vitelos. >> >>3. Calda de sorvete (o derivado de leite de maior valor agregado) para >>comercialização direta ou terceirizada de sorvetes "soft" (tipo >>Macdonald). >> >>O rebanho bubalino dessa minha fazenda hipotética de renda máxima será >>100% comercial, ou seja, composto por lotes de matrizes voltadas >>exclusivamente para a produção dos vitelos e do leite e seus derivados. >> >>O laticínio vai processar apenas o próprio leite, dentro do paradoxo da >>tecnologia artesanal. >> >>A carne de vitela será inicialmente processada terceirizadamente com >>marca própria, ViTELO.BR e comercializada sempre que possível >>diretamente junto ao consumidor final. Atingida a escala comercial, >>monto um micro-frigorífico próprio ou cooperativado, o mais próximo >>possível do centro consumidor regional e com "loja de fábrica" anexa. >> >>Sem querer ser pretensioso, a última informação que falta levantar está >>ligada a margem de contribuição dos queijos com leite de búfalas, razão >>pela qual insistentemente (mesmo correndo o risco de ser o "chato da >>lista") participo de todas as discussões que dêem margem a essas >>descobertas. >> >>Eu já até ofereci, inclusive diretamente a você, rodar a custo zero o >>meu software que tem um módulo (cashflow) para a "gestão pelo caixa" das >>alternativas de produção com objetivos de máxima agregação de renda a >>partir da comercialização de produtos com alto valor agregado. >> >>Se até lá (2.006) eu não conseguir decifrar as vantagens comparativas do >>agribusiness com búfalos, não desisto, mas vou investir nesse mesmo >>projeto com bovinos. >> >>Um abraço, >> >>Roberto T.P.de Mesquita >> >>___________________________________________________________________ >>Lista de discussao sobre bubalinocultura: >>Inscrição: envie mensagem para [EMAIL PROTECTED] >>(sem assunto nem nada no texto) >>Para sair da lista: enviar mensagem para >>[EMAIL PROTECTED] (sem assunto nem texto) >>Página do grupo: http://br.groups.yahoo.com/group/bufalos >> >>Links do Yahoo! 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