Caro Roberto, Suas colocações são sempre bem fundamentadas e enriquecedoras, demonstrando um enorme domínio desta atividade (bubalinocultura) e do setor rural em geral. Estas questões da RASTREABILIDADE e implantação do SISBOV´são de uma importância e de uma oportunidade ímpar para nos motivar a ampliar nossos registros genealógicos. Só espero que não caiamos na fobia de exigir até exame de DNA dos animais para confirmar parentesco, como fazem certas associações. Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar. Estamos estagnados, precisamos aluir, mas não podemos disparar afoitos e sem controles. Vamos planejar, avaliar nossos recursos e nosso potencial de crescimento. Vamos fazer a CAMPANHA: "Você tem búfalos? Vale a pena associar-se e registrar seus animais no SRG e, simultaneamente, executar a rastreabilidade de sua criação." (Ficou muito grande essa chamada.) Simplificando, o slogan poderia ser assim: "QUEM TEM BÚFALOS PODE SE ASSOCIAR E OS REGISTRAR, EXECUTANDO SUA RASTREABILIDADE." Ou ainda: "ASSOCIE-SE E REGISTRE SEUS BÚFALOS PARA EXECUTAR SUA RASTREABILIDADE." A idéia é essa. O pessoal da publicidade, mais criativo, pode fazer melhor. Mas a ABCB deve decidir o que deseja para seus associados; ou seria o contrário? Seja como for, precisamos agir. Temos muito a fazer e devemos começar logo. Ronaldo C.Garcia ROBERTO <[EMAIL PROTECTED]> escreveu: Caro Ronaldo,
Sua proposta vem num momento muito oportuno pois com a implementação do Novo SISBOV, abriu-se uma oportunidade excelente para as Associações de Criadores adequarem a estrutura dos SRG para conceitos novos de Certificação e Rastreabilidade que atendam às exigências crescentes dos consumidores por garantia de qualidade e segurança alimentar. Primeiro é importante lembrar que na sua implantação o SRG objetivou preliminarmente certificar a origem, a pureza e o padrão racial das diferentes raças de bovinos e bubalinos por delegação do MAPA. Isso fez com que as Associações de Criadores, inclusive a ABCB, se especializassem nesse ofício cartorial, desenvolvendo uma logística bem estruturada para atendimento dessa atividade de certificação racial e genealógica. Paralelamente elas foram se aperfeiçoando no gerenciamento dos resultados econômicos gerados pelos animais registrados, implementando as provas de controle ponderal e controle leiteiro, para certificar do ponto de vista do melhoramento genético os animais puros e cruzados originariamente certificados do ponto de vista meramente racial. Na atual conjuntura, com a implantação do SISBOV via certificadoras credenciadas pelo MAPA e não via SRG, passamos para uma situação muito parecida pela sua interessante proposta, pois essa Norma exige que se faça a identificação (ou registro) dos indivíduos objetivando meramente a certificação da origem, sanidade e das boas práticas produtivas para fins de asseguramento da absoluta segurança alimentar aos consumidores dos seus produtos. Como não houve a integração dos Serviços de Registro Genealógico ao sistema SISBOV, além da perda de toda a logística dessa importante rede de informação arquivada nas Associações de Criadores, o mesmo duplicou diversos procedimentos para implantação da sua BDN (Base de Dados Nacional) mantida pelo MAPA, com a inevitável perda de eficiência e oneração dos custos de gerenciamento da rastreabilidade, principalmente afetando a rentabilidade das fazendas de criação dos rebanhos comerciais. Por último, como é assegurado na Norma SISBOV a possibilidade de usar como identificação dos animais rastreados o certificado de registro do mesmo, bastando para tanto a aposição no mesmo do No. SISBOV, fica muito fácil implementar na ABCB algo muito próximo da sua proposta, pela simples unificação dos procedimentos do SRG com um absolutamente viável credenciamento do mesmo como Certificadora SISBOV no MAPA. Assim, é possível convencer dos pontos de vista operacional, legal, promocional e principalmente de agregação de valor à criação bubalina de que se "VOCÊ TEM BÚFALOS, Vale A PENA ASSOCIAR-SE À ABCB E REGISTRAR NO SRG E SIMULTANEAMENTE EXECUTAR A RASTREABILIDADE DA SUA CRIAÇÂO. Abraços, Roberto --- Em bufalos@yahoogrupos.com.br, Ronaldo Garcia <[EMAIL PROTECTED]> escreveu > > > Os recentes debates aqui na lista me levaram a pensar em EVOLUÇÃO. > Creio que toda Associação deve estar sintonizada nos anseios de seus associados ou potenciais associados, acompanhando o desenvolvimento de seus negócios e avançar, modernizar e atrair novos membros para se reestruturar com solidez, tornando-se realmente representativa. > Com a ABCB não pode ser diferente. > Sempre que alguma entidade fica estagnada e inflexível, motiva dissidências ou a busca de outra "casa" para se abrigar. > Vejamos o exemplo da ABCCMM (Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador), que surgiu de um racha com a Associação do Criadores do Mangalarga em São Paulo, por discordarem de certos conceitos, em especial a marcha. > Recentemente, criou-se uma nova Associação, a dos Criadores do Cavalo Pampa, que incorporam animais de várias raças que apresentam determinada característica hereditária, no caso a pelagem pampa. > A ABCZ também se viu forçada a criar a categoria de Gir Leiteiro. > Enfim, o mundo é dinâmico e novos olhares sempre devem ser lançados ao quadro instalado. > Vejo o papel da ABCB como órgão competente para promover os registros dos búfalos e fomentar a sua exploração de forma eficiente no Brasil. > Já foi dito aqui na lista que grande parte dos animais não são registrados, o que nos leva a questionar e a buscar explicações para essa elitização da ABCB. A resposta é óbvia, engessamos a ABCB com limitações que ao invés de incluir, excluem animais do controle genealógico. > Acredito que estamos agindo errado. > Não sei o que podemos fazer, mas sei que precisamos fazer alguma coisa. > Me atrevo a sugerir que abramos um livro destinado ao registro de BÚFALOS, a espécie e não a raça. > A campanha seria algo assim: > VOCÊ TEM BÚFALOS? ENTÃO ASSOCIE-SE À ABCB E REGISTRE OS SEUS ANIMAIS. > Com preços promocionais para pequenos produtores e taxas menores para incentivar o registro. > Dirão que a ABCB não tem recursos humanos ou financeiros para tal empreitada. > Ora, se quisermos crescer, teremos que investir no nosso negócio, não é mesmo? > As adesões certamente compensarão os investimentos. > Amigos, pensar grande dá o mesmo trabalho que pensar pequeno. A ABCB é grande e não pode pensar pequeno, jamais. > Vou mais longe ainda, dentro dessa ABERTURA, podemos incentivar os registros específicos sobre as seleções das aptidões desenvolvidas, por exemplo: o BÚFALO LEITEIRO. > Salvo os criadores que se mantêm fiéis às raças puras, o número de criadores à margem da ABCB e que possuem búfalas mestiças, é grande e continuam esquecidos e sem o amparo associativo. > Se resolverem criar sua própria associação, direito assegurado pela Constituição Federal em seu artigo 5º, incisos XVII, XVIII, XIX E XX, podem se tornar mais representativos que nós por sua flexibilização e objetividade. > Claro que é importante manter as raças puras, que servem de banco genético. > Mas esta não é a realidade do nosso país. A miscigenação é a regra, inclusive em nosso povo, não é mesmo? > Vamos debater e pensar nessas questões que não são tão absurdas, pelo contrário, são necessárias. > Abraços a todos, > Ronaldo C.Garcia > > __________________________________________________ > Fale com seus amigos de graça com o novo Yahoo! Messenger > http://br.messenger.yahoo.com/ > > [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas] > __________________________________________________ Fale com seus amigos de graça com o novo Yahoo! Messenger http://br.messenger.yahoo.com/ [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas] ___________________________________________________________________ Lista de discussao sobre bubalinocultura: Inscrição: envie mensagem para [EMAIL PROTECTED] (sem assunto nem nada no texto) Para sair da lista: enviar mensagem para [EMAIL PROTECTED] (sem assunto nem texto) Página do grupo: http://br.groups.yahoo.com/group/bufalos Links do Yahoo! 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