A seguir extratos da matéria publicada no Milkpoint pelo Dr. Cláudio Nápolis Costa, Zootecnista Phd da Embrapa Gado de Leite, sob o título:
Reflexões sobre a gestão zootécnica: o controle leiteiro na raça Holandesa. Alguma lição? Uma análise retrospectiva aponta que em 1985 o então Ministério da Agricultura (MA) decidira estimular o melhoramento genético dos rebanhos, com uma diretriz focada no controle leiteiro, inseminação artificial e organização de bancos de dados (foram criados os Arquivos Zootécnicos Nacionais para espécies e aptidões - bovinos de corte e de leite, caprinos e bubalinos, entre outras). Algumas associações de criadores se mobilizaram e obtiveram apoio financeiro para organizar a sua infra-estrutura computacional e implementaram os seus serviços de controle leiteiro. O Ministério da Agricultura reteve para si a incumbência de realizar as avaliações genéticas oficiais, com o apoio de Unidades da Embrapa. Estas, por sua vez, associaram-se às Universidades para desenvolver importantes projetos de pesquisa para implementar novos métodos nos processos das avaliações genéticas. Estava instalada a base para se desenvolver os programas de registro de desempenho e melhoria genética das raças criadas no País. As mudanças estruturais da década de 90 resultaram, para as Associações de Criadores, na retirada do apoio financeiro do então Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa, sob alegação de dificuldades ou limitações orçamentárias. A despeito disso, as Associações de Criadores mantiveram os seus Serviços de Controle Zootécnico (além do tradicional Registro Genealógico), certamente com aumento de seus custos, mas com raras exceções, sem as necessárias atualização e inovação nos processos computacionais e gerenciais. Neste cenário, os criadores, quando afetados pelo baixo preço do leite, reclamavam da qualidade dos serviços; de relatórios não informativos para suas decisões de manejo e controle dos custos da atividade, e se afastavam, com descontinuidade e perda de informações nos controles zootécnicos. O Mapa introduziu em 2002 a normatização dos processos de identificação e registro de animais, por exigência dos países importadores, particularmente da União Européia, implementando o SISBOV na pecuária de corte. Desafortunadamente foi ignorada as atividades inerentes às Associações de Criadores, experientes em registro e identificação animal, na implementação deste importante processo, caracterizado por inúmeros equívocos e muita polêmica. A pecuária leiteira ainda está à margem, com a vantagem de ter na aquisição de experiência e superação de equívocos, uma maior flexibilidade e ajustes para a possível participação das associações de criadores quando de sua extensão à cadeia produtiva do leite. A rastreabilidade é uma das condições necessárias para a competitividade de qualquer produto no mercado internacional, face às questões sanitárias e da segurança alimentar. É atributo fundamental para a certificação de origem e qualidade e rotulagem dos produtos ofertados ao consumo. Expectativas As orientações oficiais sobre a rastreabilidade e a IN 51, associadas ao aumento do tamanho dos rebanhos e à necessidade de modernizar os processos de controle zootécnico e acompanhamento de custos da atividade, indicam que o produtor de leite, para gerenciar com eficiência o seu negócio, depende de informações para a tomada de decisões. Informações demandam que se registre os fatos, os dados! É preciso que se busque uma forma de se fortalecer as ações do controle zootécnico e a prestação deste serviço aos produtores de leite. As associações de criadores têm vasta experiência nos registros de animais - genealogia e controle leiteiro - o que vêm de encontro às orientações para a rastreabilidade e IN 51. Há uma oportunidade para se fortalecer a sua tradicional atuação, estimulando a inserção dos produtores associados às cooperativas e indústrias de laticínios no universo de suas atribuições. O aumento da escala na prestação de seus serviços pode resultar na redução de seu custo unitário, o que estimularia a sua adoção por mais produtores, criando um circulo virtuoso. Além dos benefícios na gestão da atividade, no acompanhamento dos indicadores técnicos, pode-se lograr maior eficiência econômica ao se obter maior remuneração pelo pagamento por melhor qualidade do leite, cujo maior rendimento no processamento e atendimento aos padrões do mercado internacional de lácteos, é de interesse das indústrias. Milkpoint outubro de 05. No meu modo de entender, tudo plena e igualmente aplicável na ABCB para gestão total dos búfalos de corte e de leite. Roberto [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas] ___________________________________________________________________ Lista de discussao sobre bubalinocultura: Inscrição: envie mensagem para [EMAIL PROTECTED] (sem assunto nem nada no texto) Para sair da lista: enviar mensagem para [EMAIL PROTECTED] (sem assunto nem texto) Página do grupo: http://br.groups.yahoo.com/group/bufalos Links do Yahoo! Grupos <*> Para visitar o site do seu grupo na web, acesse: http://br.groups.yahoo.com/group/bufalos/ <*> Para sair deste grupo, envie um e-mail para: [EMAIL PROTECTED] <*> O uso que você faz do Yahoo! Grupos está sujeito aos: http://br.yahoo.com/info/utos.html