Na verdade estou mais perto do centro da cidade que ele. Rs Mas obrigado pela lembrança!
;) 2010/8/24 Carlos Antônio <ccarl...@uol.com.br> > > > > E não é que eu pensei que fosse o Caíto! > ** > *23/08/2010 - 00h05 * > Professor brasileiro dá aulas gratuitas de capoeira no centro de Madri > [image: El País] <http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/elpais/> > > O mestre Dirceu Aquino da Silva, chamado por seus alunos de contramestre > Dirceu de Angola, arqueia uma vara comprida chamada beriba, fazendo pressão > entre o chão e o interior de seu braço. Ele a tensiona com um arame entre > suas mãos calejadas e incorpora meia cabaça oca em um dos extremos. O > instrumento que construiu se chama berimbau, e com a ajuda de uma baqueta, > uma moeda e uma caxixi, ele o faz soar no círculo formado por seus alunos, a > roda. “Ieeeee”, grita o mestre. Os alunos respondem em coro. E o som de seus > instrumentos musicais transforma o entorno numa festa tribal. Começa a aula > de capoeira angola, a versão mais antiga desta tradição afrobrasileira. > Estamos na praça de Tirso de Molina. > > Dirceu chegou a Madri vindo de uma favela do Rio de Janeiro há seis anos. > Desde os 16, ele se dedica a treinar a arte da capoeira, e em cima disso já > tem 43 anos. Ou embaixo. Porque a verticalidade do mestre se inverte com uma > facilidade espantosa diante de seu círculo de discípulos. Durante o ano ele > é professor de uma academia de dança, mas ao chegar o tempo bom, Dirceu > gosta de dar suas aulas ao ar livre para que os alunos e outros atrevidos > possam se iniciar nessa arte. Totalmente grátis. “Já fazemos isso na rua há > quatro anos. Começamos na praça Dos de Mayo, mas nos mudamos para Tirso. > Vimos de segunda, quarta e quinta-feira das oito às dez da noite, e aqui as > pessoas podem aprender a fazer seus instrumentos, ensaiar os passos da > capoeira angola e até cantar ladainhas (canções que acompanham a capoeira), > convida Dirceu. > > Gloria de la Maza, uma engenheira industrial que se transformou numa das > jogadoras - como se chamam os que praticam a capoeira - mais veteranas de > Dirceu, explica com as palavras do mestre a origem da técnica: “A capoeira > angola é diferente da capoeira regional”, explica. “Esta modalidade é mais > antiga. A mais pura. Vem de um ritual africano no qual dois adolescentes > lutavam com as mãos atadas às costas. O que ficasse em pé, escolhia a > esposa. O mestre Pastinha a consolidou no Brasil. Embora as pessoas conheçam > mais a capoeira regional, que incorporou elementos das artes marciais que > servem inclusive como técnica para lutar. Mas a angola não é para competir”, > explica. “É um diálogo corporal com o seu oponente”, esclarece o mestre. > > Como De la Maza, para esta aula se reuniram uma dezena de jogadores que > pouco têm a ver uns com os outros. Como David Sánchez, um forte militar, ou > Noelia Pérez, uma orientadora baixinha. “A capoeira angola relaxa. Você > desaparece. Conecta-se com os outros jogadores. Pode conhecer a > personalidade da pessoa com quem está jogando sem trocar uma palavra com > ela”, explicam os praticantes. > > Dirceu vai ainda mais além quanto às funções da técnica. “Eu nasci pobre. > Numa favela do Rio. E hoje, quase todos os amigos que tive ali estão mortos. > A droga, o tráfico, tentar conseguir dinheiro fácil...”, conta com a > expressão firme. “Aprendi capoeira, e ela foi minha salvação para sair > disso. Agora meu sonho é economizar para poder voltar ao Brasil e construir > uma escola de capoeira fora da favela, e que as crianças saiam de lá para > aprender, para viver, para jogar, para dar um passo para fora da miséria. > Porque são crianças”, lembra-se. “Não merecem a vida que têm, e como meus > alunos daqui, sei que podem fazer algo divertido ao mesmo tempo que se > afastam da vida ruim”, acrescenta. “Porque a capoeira não é uma dança. É um > jogo”. > > Em: 23/08/2010 - 00h05Professor brasileiro dá aulas gratuitas de capoeira > no centro de MadriEl PaísO mestre Dirceu Aquino da Silva, chamado por seus > alunos de contramestre Dirceu de Angola, arqueia uma vara comprida chamada > beriba, fazendo pressão entre o chão e o interior de seu braço. Ele a > tensiona com um arame entre suas mãos calejadas e incorpora meia cabaça oca > em um dos extremos. O instrumento que construiu se chama berimbau, e com a > ajuda de uma baqueta, uma moeda e uma caxixi, ele o faz soar no círculo > formado por seus alunos, a roda. “Ieeeee”, grita o mestre. Os alunos > respondem em coro. E o som de seus instrumentos musicais transforma o > entorno numa festa tribal. Começa a aula de capoeira angola, a versão mais > antiga desta tradição afrobrasileira. Estamos na praça de Tirso de > Molina.Dirceu chegou a Madri vindo de uma favela do Rio de Janeiro há seis > anos. Desde os 16, ele se dedica a treinar a arte da capoeira, e em cima > disso já tem 43 anos. Ou embaixo. Porque a verticalidade do mestre se > inverte com uma facilidade espantosa diante de seu círculo de discípulos. > Durante o ano ele é professor de uma academia de dança, mas ao chegar o > tempo bom, Dirceu gosta de dar suas aulas ao ar livre para que os alunos e > outros atrevidos possam se iniciar nessa arte. Totalmente grátis. “Já > fazemos isso na rua há quatro anos. Começamos na praça Dos de Mayo, mas nos > mudamos para Tirso. Vimos de segunda, quarta e quinta-feira das oito às dez > da noite, e aqui as pessoas podem aprender a fazer seus instrumentos, > ensaiar os passos da capoeira angola e até cantar ladainhas (canções que > acompanham a capoeira), convida Dirceu.Gloria de la Maza, uma engenheira > industrial que se transformou numa das jogadoras - como se chamam os que > praticam a capoeira - mais veteranas de Dirceu, explica com as palavras do > mestre a origem da técnica: “A capoeira angola é diferente da capoeira > regional”, explica. “Esta modalidade é mais antiga. A mais pura. Vem de um > ritual africano no qual dois adolescentes lutavam com as mãos atadas às > costas. O que ficasse em pé, escolhia a esposa. O mestre Pastinha a > consolidou no Brasil. Embora as pessoas conheçam mais a capoeira regional, > que incorporou elementos das artes marciais que servem inclusive como > técnica para lutar. Mas a angola não é para competir”, explica. “É um > diálogo corporal com o seu oponente”, esclarece o mestre.Como De la Maza, > para esta aula se reuniram uma dezena de jogadores que pouco têm a ver uns > com os outros. Como David Sánchez, um forte militar, ou Noelia Pérez, uma > orientadora baixinha. “A capoeira angola relaxa. Você desaparece. Conecta-se > com os outros jogadores. Pode conhecer a personalidade da pessoa com quem > está jogando sem trocar uma palavra com ela”, explicam os praticantes.Dirceu > vai ainda mais além quanto às funções da técnica. “Eu nasci pobre. Numa > favela do Rio. E hoje, quase todos os amigos que tive ali estão mortos. A > droga, o tráfico, tentar conseguir dinheiro fácil...”, conta com a expressão > firme. “Aprendi capoeira, e ela foi minha salvação para sair disso. Agora > meu sonho é economizar para poder voltar ao Brasil e construir uma escola de > capoeira fora da favela, e que as crianças saiam de lá para aprender, para > viver, para jogar, para dar um passo para fora da miséria. Porque são > crianças”, lembra-se. “Não merecem a vida que têm, e como meus alunos daqui, > sei que podem fazer algo divertido ao mesmo tempo que se afastam da vida > ruim”, acrescenta. “Porque a capoeira não é uma dança. É um jogo”. > > Em: 23/08/2010 - 00h05Professor brasileiro dá aulas gratuitas de capoeira > no centro de MadriEl PaísO mestre Dirceu Aquino da Silva, chamado por seus > alunos de contramestre Dirceu de Angola, arqueia uma vara comprida chamada > beriba, fazendo pressão entre o chão e o interior de seu braço. Ele a > tensiona com um arame entre suas mãos calejadas e incorpora meia cabaça oca > em um dos extremos. O instrumento que construiu se chama berimbau, e com a > ajuda de uma baqueta, uma moeda e uma caxixi, ele o faz soar no círculo > formado por seus alunos, a roda. “Ieeeee”, grita o mestre. Os alunos > respondem em coro. E o som de seus instrumentos musicais transforma o > entorno numa festa tribal. Começa a aula de capoeira angola, a versão mais > antiga desta tradição afrobrasileira. Estamos na praça de Tirso de > Molina.Dirceu chegou a Madri vindo de uma favela do Rio de Janeiro há seis > anos. Desde os 16, ele se dedica a treinar a arte da capoeira, e em cima > disso já tem 43 anos. Ou embaixo. Porque a verticalidade do mestre se > inverte com uma facilidade espantosa diante de seu círculo de discípulos. > Durante o ano ele é professor de uma academia de dança, mas ao chegar o > tempo bom, Dirceu gosta de dar suas aulas ao ar livre para que os alunos e > outros atrevidos possam se iniciar nessa arte. Totalmente grátis. “Já > fazemos isso na rua há quatro anos. Começamos na praça Dos de Mayo, mas nos > mudamos para Tirso. Vimos de segunda, quarta e quinta-feira das oito às dez > da noite, e aqui as pessoas podem aprender a fazer seus instrumentos, > ensaiar os passos da capoeira angola e até cantar ladainhas (canções que > acompanham a capoeira), convida Dirceu.Gloria de la Maza, uma engenheira > industrial que se transformou numa das jogadoras - como se chamam os que > praticam a capoeira - mais veteranas de Dirceu, explica com as palavras do > mestre a origem da técnica: “A capoeira angola é diferente da capoeira > regional”, explica. “Esta modalidade é mais antiga. A mais pura. Vem de um > ritual africano no qual dois adolescentes lutavam com as mãos atadas às > costas. O que ficasse em pé, escolhia a esposa. O mestre Pastinha a > consolidou no Brasil. Embora as pessoas conheçam mais a capoeira regional, > que incorporou elementos das artes marciais que servem inclusive como > técnica para lutar. Mas a angola não é para competir”, explica. “É um > diálogo corporal com o seu oponente”, esclarece o mestre.Como De la Maza, > para esta aula se reuniram uma dezena de jogadores que pouco têm a ver uns > com os outros. Como David Sánchez, um forte militar, ou Noelia Pérez, uma > orientadora baixinha. “A capoeira angola relaxa. Você desaparece. Conecta-se > com os outros jogadores. Pode conhecer a personalidade da pessoa com quem > está jogando sem trocar uma palavra com ela”, explicam os praticantes.Dirceu > vai ainda mais além quanto às funções da técnica. “Eu nasci pobre. Numa > favela do Rio. E hoje, quase todos os amigos que tive ali estão mortos. A > droga, o tráfico, tentar conseguir dinheiro fácil...”, conta com a expressão > firme. “Aprendi capoeira, e ela foi minha salvação para sair disso. Agora > meu sonho é economizar para poder voltar ao Brasil e construir uma escola de > capoeira fora da favela, e que as crianças saiam de lá para aprender, para > viver, para jogar, para dar um passo para fora da miséria. Porque são > crianças”, lembra-se. “Não merecem a vida que têm, e como meus alunos daqui, > sei que podem fazer algo divertido ao mesmo tempo que se afastam da vida > ruim”, acrescenta. “Porque a capoeira não é uma dança. É um jogo”. > > Em: 23/08/2010 - 00h05Professor brasileiro dá aulas gratuitas de capoeira > no centro de MadriEl PaísO mestre Dirceu Aquino da Silva, chamado por seus > alunos de contramestre Dirceu de Angola, arqueia uma vara comprida chamada > beriba, fazendo pressão entre o chão e o interior de seu braço. Ele a > tensiona com um arame entre suas mãos calejadas e incorpora meia cabaça oca > em um dos extremos. O instrumento que construiu se chama berimbau, e com a > ajuda de uma baqueta, uma moeda e uma caxixi, ele o faz soar no círculo > formado por seus alunos, a roda. “Ieeeee”, grita o mestre. Os alunos > respondem em coro. E o som de seus instrumentos musicais transforma o > entorno numa festa tribal. Começa a aula de capoeira angola, a versão mais > antiga desta tradição afrobrasileira. Estamos na praça de Tirso de > Molina.Dirceu chegou a Madri vindo de uma favela do Rio de Janeiro há seis > anos. Desde os 16, ele se dedica a treinar a arte da capoeira, e em cima > disso já tem 43 anos. Ou embaixo. Porque a verticalidade do mestre se > inverte com uma facilidade espantosa diante de seu círculo de discípulos. > Durante o ano ele é professor de uma academia de dança, mas ao chegar o > tempo bom, Dirceu gosta de dar suas aulas ao ar livre para que os alunos e > outros atrevidos possam se iniciar nessa arte. Totalmente grátis. “Já > fazemos isso na rua há quatro anos. Começamos na praça Dos de Mayo, mas nos > mudamos para Tirso. Vimos de segunda, quarta e quinta-feira das oito às dez > da noite, e aqui as pessoas podem aprender a fazer seus instrumentos, > ensaiar os passos da capoeira angola e até cantar ladainhas (canções que > acompanham a capoeira), convida Dirceu.Gloria de la Maza, uma engenheira > industrial que se transformou numa das jogadoras - como se chamam os que > praticam a capoeira - mais veteranas de Dirceu, explica com as palavras do > mestre a origem da técnica: “A capoeira angola é diferente da capoeira > regional”, explica. “Esta modalidade é mais antiga. A mais pura. Vem de um > ritual africano no qual dois adolescentes lutavam com as mãos atadas às > costas. O que ficasse em pé, escolhia a esposa. O mestre Pastinha a > consolidou no Brasil. Embora as pessoas conheçam mais a capoeira regional, > que incorporou elementos das artes marciais que servem inclusive como > técnica para lutar. Mas a angola não é para competir”, explica. “É um > diálogo corporal com o seu oponente”, esclarece o mestre.Como De la Maza, > para esta aula se reuniram uma dezena de jogadores que pouco têm a ver uns > com os outros. Como David Sánchez, um forte militar, ou Noelia Pérez, uma > orientadora baixinha. “A capoeira angola relaxa. Você desaparece. Conecta-se > com os outros jogadores. Pode conhecer a personalidade da pessoa com quem > está jogando sem trocar uma palavra com ela”, explicam os praticantes.Dirceu > vai ainda mais além quanto às funções da técnica. “Eu nasci pobre. Numa > favela do Rio. E hoje, quase todos os amigos que tive ali estão mortos. A > droga, o tráfico, tentar conseguir dinheiro fácil...”, conta com a expressão > firme. “Aprendi capoeira, e ela foi minha salvação para sair disso. Agora > meu sonho é economizar para poder voltar ao Brasil e construir uma escola de > capoeira fora da favela, e que as crianças saiam de lá para aprender, para > viver, para jogar, para dar um passo para fora da miséria. Porque são > crianças”, lembra-se. “Não merecem a vida que têm, e como meus alunos daqui, > sei que podem fazer algo divertido ao mesmo tempo que se afastam da vida > ruim”, acrescenta. “Porque a capoeira não é uma dança. É um jogo”. > Carlos Antônio. > > -- (^_^)
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