Re: [gl-L] Conter favelas? E logo a Rocinha? Fala sério.

2007-01-28 Por tôpico Fabricio Augusto Souza Gomes

Concordo totalmente. A criação desses programas de maquiagem, como foram o
Favela-Bairro e afins, são apenas subterfúgios para: 1) Enganar a população;
2) Amealhar mais votos nas comunidades; e 3) Torrar dinheiro público em
obras inócuas.

Abs,

Fabrício/RJ


On 1/22/07, ccarloss [EMAIL PROTECTED] wrote:


   Urbanizar favela? Criar a Favela Bairro? Impossível. Um dos factóides
mais imbecis do Cesar Maia e o carioca embarca.
Há cinqüenta anos ainda era possível impedir a criação e expansão delas.
Hoje, só explodindo.

Carlos Antônio.

Retirdo de http://ponteaerearj.nominimo.com.br/


[image: no mínimo volta à primeira página] http://www.nominimo.com.br/ [image:
Ponte aérea/RJ]
[image: Xico Vargas]


Conter a Rocinha? Então, tá

Incontáveis brasileiros (e estrangeiros) ainda hoje recusam-se a crer que
em 1969 - ou em qualquer outra data - o homem tenha pisado na Lua. É uma
espécie de *viagem* a que se entregam também defensores da tese segundo a
qual John Kennedy é mantido por aparelhos numa base secreta dos Estados
Unidos. Poderiam juntar-se (talvez se juntem) aos que confessam ter sido
abduzidos por alienígenas e a outros.

Surge agora no Rio de Janeiro o grupo dos que botam fé na construção de um
anel viário, uma pista de rolamento, como essas esburacadas que pontilham
a cidade, para conter a expansão horizontal da favela da Rocinha. Logo a
Rocinha, que transbordou e destruiu o Parque da Cidade e que, mesmo cercada
por cabos de aço ancorados em trilhos, continua descendo sobre as encostas
da Gávea.

A Rocinha vai receber R$ 60 milhões para obras de urbanização e
saneamento. Deveria receber muito mais. Essa grana não dá conta de oferecer
vida digna para as quase duzentas mil pessoas que estão encarapitadas
naqueles morros. Sessenta milhões não canalizam todo o esgoto que enlameia
as vielas nem acabam com o Valão. A prefeitura, em uma década, enterrou
seiscentos milhões de dólares no Favela Bairro e o jogou no ralo por falta
de manutenção.

Anel viário? Pura bobagem. *Conter* é verbo que freqüenta o projeto para
agradar aos jornais e à classe média, que se enche de brotoejas quando ouve
falar em expansão de favelas. Só quem acredita em disco-voador desconhece
que a expansão das favelas é responsabilidade da prefeitura que, como temos
visto nos últimos 12 anos, não está propriamente preocupada com o fenômeno.

O projeto é bom no que venha a levar de infra-estrutura para a Rocinha. O
resto é confeito de bolo. Pousadas no Laboriaux, no alto da favela? Então,
tá. Com ar-condicionado, telefone, TV, frigobar e coletes à prova de bala,
certamente.

Tirar a favela das páginas policiais dos jornais, como sugere o presidente
Lula - cujo partido as freqüentou intensamente nos últimos meses - não
depende apenas das pessoas de bem que moram na Rocinha. É iniciativa do
Estado, don0 de uma polícia que até há pouco só subia o morro para dar tiros
e tomar um dinheirinho.

Obra, urbanização, cidadania tudo isso é bom e o carioca acredita. Conter
a expansão é cascata. As favelas continuarão crescendo, porque são parte
integrante do metabolismo da cidade. Quem tem dúvidas pode comparar o que
era com o que se transformou a região Metropolitana, hoje uma favela única.
Cheia de votos.











[gl-L] Conter favelas? E logo a Rocinha? Fala sério.

2007-01-21 Por tôpico ccarloss
Urbanizar favela? Criar a Favela Bairro? Impossível. Um dos factóides mais 
imbecis do Cesar Maia e o carioca embarca.
Há cinqüenta anos ainda era possível impedir a criação e expansão delas. Hoje, 
só explodindo.

Carlos Antônio.

Retirdo de http://ponteaerearj.nominimo.com.br/


 



Conter a Rocinha? Então, tá

Incontáveis brasileiros (e estrangeiros) ainda hoje recusam-se a crer que em 
1969 - ou em qualquer outra data - o homem tenha pisado na Lua. É uma espécie 
de viagem a que se entregam também defensores da tese segundo a qual John 
Kennedy é mantido por aparelhos numa base secreta dos Estados Unidos. Poderiam 
juntar-se (talvez se juntem) aos que confessam ter sido abduzidos por 
alienígenas e a outros.

Surge agora no Rio de Janeiro o grupo dos que botam fé na construção de um 
anel viário, uma pista de rolamento, como essas esburacadas que pontilham a 
cidade, para conter a expansão horizontal da favela da Rocinha. Logo a Rocinha, 
que transbordou e destruiu o Parque da Cidade e que, mesmo cercada por cabos de 
aço ancorados em trilhos, continua descendo sobre as encostas da Gávea.

A Rocinha vai receber R$ 60 milhões para obras de urbanização e saneamento. 
Deveria receber muito mais. Essa grana não dá conta de oferecer vida digna para 
as quase duzentas mil pessoas que estão encarapitadas naqueles morros. Sessenta 
milhões não canalizam todo o esgoto que enlameia as vielas nem acabam com o 
Valão. A prefeitura, em uma década, enterrou seiscentos milhões de dólares no 
Favela Bairro e o jogou no ralo por falta de manutenção.

Anel viário? Pura bobagem. Conter é verbo que freqüenta o projeto para agradar 
aos jornais e à classe média, que se enche de brotoejas quando ouve falar em 
expansão de favelas. Só quem acredita em disco-voador desconhece que a expansão 
das favelas é responsabilidade da prefeitura que, como temos visto nos últimos 
12 anos, não está propriamente preocupada com o fenômeno.

O projeto é bom no que venha a levar de infra-estrutura para a Rocinha. O resto 
é confeito de bolo. Pousadas no Laboriaux, no alto da favela? Então, tá. Com 
ar-condicionado, telefone, TV, frigobar e coletes à prova de bala, certamente. 

Tirar a favela das páginas policiais dos jornais, como sugere o presidente Lula 
- cujo partido as freqüentou intensamente nos últimos meses - não depende 
apenas das pessoas de bem que moram na Rocinha. É iniciativa do Estado, don0 de 
uma polícia que até há pouco só subia o morro para dar tiros e tomar um 
dinheirinho.

Obra, urbanização, cidadania tudo isso é bom e o carioca acredita. Conter a 
expansão é cascata. As favelas continuarão crescendo, porque são parte 
integrante do metabolismo da cidade. Quem tem dúvidas pode comparar o que era 
com o que se transformou a região Metropolitana, hoje uma favela única. Cheia 
de votos.




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