Prezado José, Mais uma dica sobr o ponto1- Cobertura com plastico do lisimetro.
Embora se possa chegar a uma cobertura eficaz do lisimetro em termos de tornar cativa a evaporação do terreno, ficaria ainda uma necessidade de reproduzir com fidelidade as condições térmicas desse lisimetro tampado com plástico e sombreado com outra cobertura a uma pequena altitude. Ou seja: Os materiais a usar nessa cobertura deveriam ser previamente testados para conferência da efectiva temperatura no solo coberto, o que se conseguiria fáclmente trabalhando com diferentes espessuras de plastico; plastico dupla face; ou diversas camadas de tela sombreadora de 90%, 80% 70; 50%, enfim até conseguir que os termómetros colocados no terreno comprovassem homogeneidade de temperaturas com a testemunha. É um trabalho de acerto que uma vez encontrado o ponto certo, não teria necessidade de modificações. Depois deste acerto, que deveria também medir a influência da temperatura nas beiradas, ( Talvez necessite de um sombreamento maior que a projeção da copa), a leitura dos termómetros o dirá, poderia se partir para a comparação dos dados de medição do Kc Em 2 por enquanto não vejo nada contra. Quanto á colocação de gotejadores ,4 como foi referido, penso que são poucos emissores. Veja porquê: Os emissores são muito baratos. Mas o agricultor sempre acha caro. Em função disso, as decisões de muitos agricultores têm se pautado por economismos absurdos, restringindo ao mínimo a área molhada e o volume umedecido do bolbo irrigado. Os exageros vão ao ponto de isolar as raizes das plantas, cada uma planta em seu bolbo molhado o que tem como consequência a morte das plantas onde o único gotejador servia água entupiu. Há uma forte influência comercial em cima dos interessados em irrigação o que leva a medidas extremas de concorrência que não se interessa pelo resultado final da cultura. Por vezes, fala mais alto essa infuência comercial do que o conselho técnico correto. Em muitas regiões leva a vantagem a maioria dos que praticam o errado, e se assume como correto o tradicional, até que acordamos para o problema quando já é muito tarde. Bom não estamos falando de exageros deste tipo mas ainda não está plenamente definida a quantidade de terreno que é suficiente para uma dada cultura se desenvolver sem deixar manchas de fertilidade no solo. O que se tem feito com algum sucesso em períodos de exportação de nutrientes é algo diferente em que se aceitam razoáveis certas condições que permitem produções aparentemente normais em períodos que têm mais a ver com a esperança de vida do empresário do que com a continuidade da fertilidade e do equilibrio ecoloógico sustentável. Assim estamos longe de saber se a produtividade que se obtém de certos pomares é aquela que corresponde ao potencial máximo da variedade ou se foi aquela que a decisão do agricultor e do projetista condicionaram por reduzida quantidade de água servida á cultura. Por isso, penso que, embora algumas recomendações se façam em cima da prancheta para ciclos produtivos curtos, 10; 15 anos, sabemos também que as culturas tipo industrial sempre deixam coisas para consertar. Uma das quais deve ser o desequilibrio deixado entre uma área intensamente explorada e a outra área quase sempre seca, ali do lado, á espera que se alternem as linhas de ruas com as linhas de plantas , ou outra composição qualquer, para continuar a exploração no mesmo terreno. Você sabe onde quero chegar. O que penso é que para áreas tão pequenas, o número de emissores deveria ser maior, com menor área por emissor, localizando a lâmina com maior CU. A forma de fornecimento de água ás áreas em observação deveria ser, não por tempo de bombeamento, mas por medição rigorosa de litros adicionados a um pequeno reservatório ligado ás mangueiras de distribuição, com uma malha de distribuição igual em diâmetros e comprimentos que exerçam zero ou equivalente a zero de perda de carga no trajeto até cada emissor. Pode ser mais trabalhoso mas seria muito mais rigoroso. Pequenos erros de abertura e fecho de irrigação, podem significar diferenças percentuais sensíveis que comprometeriam os resultados finais. Mesmo que fosse usada automatização, correm-se os mesmos riscos de imprecisão ao nível de estudos como este do Kc Um Abraço a todos Engº Jorge de Sousa [EMAIL PROTECTED] ----- Original Message ----- From: "Jose Alves Junior" <[EMAIL PROTECTED]> To: <[EMAIL PROTECTED]> Cc: <[EMAIL PROTECTED]> Sent: Monday, September 01, 2003 9:21 AM Subject: [irriga-l] Discussão da semana: Ke + Kcb = Kc > Na semana passada virou consenso entre os debatedores da lista, que o > problema de determinação do consumo de água de uma planta isolada > estará resolvido se conseguirmos separar os dois fatores: evaporação > (Ke) e transpiração (Kcb). > Para isso foi sugerido: > 1- Uso de cobertura plástica no lisímetro, para se isolar a > evaporação e obter a transpiração da planta; > 2- Uso de 2 lisimetros, um na linha de plantio com planta, e outro na > entre linha com solo nu. O lisímetro com solo nu, determinará a > evaporação do solo, com a diferença entre os dois lisímetros, obtém-se > a transpiração da planta; > > Qual a sua opinião a respeito do que foi sugerido? Qual é a > metodologia correta, ou as duas estão corretas? Você sugere alguma > outra metodologia para se fazer essa separação? > > Bom debate para todos... > > Jose Alves Junior > Engenheiro Agronomo pela FEIS/UNESP e Doutorando em Irrigacao e > Drenagem na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da > ESALQ/USP, Departamento de Engenharia Rural. 13418-900. > Piracicaba - SP. Fone: res:(19) 34326043, sala: (19)34294217 - ramal: > 266. E-mail: [EMAIL PROTECTED] > http://www.sivie.hpg.ig.com.br/jose.htm > ============================================================================ ========== > Saiba o que já foi discutido na IRRIGA-L em: > http://www.agr.feis.unesp.br/irriga-l.htm > > > Para sair da lista IRRIGA-L, envie um e-mail para: > [EMAIL PROTECTED] > e no corpo da mensagem digite: > > unsubscribe irriga-l (seu endereco eletronico) > > Nao envie mensagens com este conteudo diretamente para a lista. > ============================================================================ ========== ====================================================================================== Saiba o que já foi discutido na IRRIGA-L em: http://www.agr.feis.unesp.br/irriga-l.htm Para sair da lista IRRIGA-L, envie um e-mail para: [EMAIL PROTECTED] e no corpo da mensagem digite: unsubscribe irriga-l (seu endereco eletronico) Nao envie mensagens com este conteudo diretamente para a lista. ======================================================================================