O livro é muito interessante mesmo e o autor Ludwig Schwennhagen teve
um fim de vida um tanto obscuro e seria interessante descobrir quando
e onde ele faleceu.

Márcio Abreu de POA.



--- Em ufoburn@yahoogrupos.com.br, Eduardo Meireles
<[EMAIL PROTECTED]> escreveu
> 
> Interessantíssimo!!! Imprimi e encadernei todo o livro para minha
biblioteca.
> 
>  
> 
> Eduardo.
> 
>  
> 
> http://www.vidhya-virtual.com/Vidhya2/inicio.htm
> 
>  
> 
>  
>  
>  
> Antiga História do Brasil - de 1100 a. C. a 1500 d. C.
>  
> Ludwig Schwennhagen 
>  
> 
>  I. Introdução 
> 
> 
>      Capítulo I - O Estudo da História do Brasil Antigo
> 
>      Capítulo II - Lista Cronológica dos Fatos Históricos, desde
1100 a.C. até 1500 d.C.
>  
>           I - O Primeiro Descobrimento
>           II - As Frotas de Hirã e Salomão no Rio Amazonas (de 993 a
960 a.C.)
>           III - A Chegada dos Egípcios e a Imigração dos Povos Tupis
(de 940 a 900 a.C.)
>           IV - A Participação dos Cartagineses na Colonização do Brasil
>           V - Testemunhos Literários do 4º Século a.C.
>           VI - A Destruição de Tiro, em 332 a.C. e a Expedição da
Frota de Alexandre Magno para a 
>                 América do Sul,   em 328 a.C.
>           VII - O Domínio Cartaginês no Brasil (324 a 147 a.C.)
>           VIII - As Relações Cortadas
>           IX - As Viagens do Apóstolo São Tomé ao Brasil (50 a 60 d.C.)
>           X - A Navegação Árabe dos Séculos II a VII
>           XI - A Origem da "Ilha das Sete Cidades
>           XII - O Sipanga, respectivamente, Cipango, de Marco Polo e
Paulo Toscanelli
> 
> 
>      III - Origem, Língua e Religião dos Povos Tupis
> 
> 
>      IV - A Imigração dos Cários ao Brasil - de 1100 a 700 a.C.
> 
> 
>      V - A Estação Marítima "Pedra de Sal", a Fundação de Tutóia e
as Sete Cidades de Piaguí
> 
> 
>      VI - O Rio Parnaíba, a Distribuição dos Tupis e a Grande Lagoa
> 
> 
>      VIII - Diversos Pontos de Vida Pré-histórica do Piauí
> 
> 
> FENÍCIOS, DESCOBRIDORES E COLONIZADORES DO BRASIL
>  
> 
> ilhares de obras já foram escritas apresentando a tese de que os
pré-egípcios teriam saído da América do Sul, e que foi também aqui o
berço da civilização européia. Freqüentemente vemos surgirem aqui e
ali indícios que reavivam essa tese, e volta a manchetes o assunto,
seja devido a escavações, quando se descobrem prováveis cidades
soterradas, túneis e cavernas com objetos de origem antiga, ou
inscrições petrolíficas, seja porque algum cientista vem a países
sul-americanos.
> 
> O Brasil tem sido, talvez, o menos estudado em assuntos
arqueológicos ou, esporadicamente, um cientista estrangeiro descobre
aqui e ali um indício e chama nossa atenção, olhe aqui... ali...
> 
> Mas ultimamente tem sido despertada a consciência dos brasileiros
para a necessidade de conhecer melhor a sua terra, a sua origem. Tem
havido, mesmo, grande interesse em tudo o que se relaciona com a nossa
terra. O dizer-se que os índios brasileiros nasceram autóctones há 50
ou 100 mil anos é teoria já não muito aceita, ou dizer-se que os
primeiros habitantes da terra surgiram na África ou na Ásia, e um
bocadinho no Brasil, é assunto para estudar-se com maior profundidade.
Mas o afirmar-se que os primitivos brasileiros emigraram do lendário
continentes Atlântida, via Venezuela, ou chegaram em pirogas, ou
desceram dos Andes, ou são pré-egípcios, ou grande parte descende dos
Fenícios, ou por que nossos índios possuem uma memória do Dilúvio, é
assunto para estudar-se mais ainda. A História existe, mas ela é
também uma teoria que poderá ser ampliada ou até renegadas algumas de
suas verdades. As teorias e verdades aristotélicas dominaram a
civilização durante mais de mil anos e, tentando
>  reformular essas verdades, muitos cientistas morreram em fogueiras,
quando os senhores da verdade oficial achavam que a nova verdade poria
em perigo sua hegemonia sobre os homens. Se tivermos que amanhã
reformular a História brasileira, por que não o fazermos, a bem da
verdade?
> 
> Se aqui e ali aparecem indícios de que os Fenícios descobriram e
colonizaram parte do Brasil há 3.000 anos, estudemos os indícios, os
sinais de sua passagem, as escritas cuneiformes, as inscrições
petroglíficas, a mão encarnada que alguém deixou gravada na pedra ou a
marca noutra pedra que deixaram para indicar que por aqui passaram outros.
> 
> A obra que ora apresentamos, ANTIGA HISTÓRIA DO BRASIL (de 1100 a.C.
a 1500 D.C.), de LUDWIG SCHWENNHAGEN, é um desafio. Desafio aos
arqueólogos, geógrafos, geólogos, aos antropólogos, filólogos,
etimólogos, indianistas, aos prefeitos de Municípios, governos de
Estados brasileiros, desafio a todos os brasileiros, para que estudem
e expliquem melhor a sua terra, a sua gente, suas heranças mais remotas.
> 
> Desafio lançado por esse austríaco em 1928 e que se perdeu na
restrita área do Piauí, quando a Imprensa Oficial de Teresina lançou
essa obra em primeira edição e seus poucos exemplares desapareceram no
manuseio de mão em mão.
> 
> Desafio que volta a ser lançado na reedição desta obra de
excepcional valor para os estudos da origem brasileira, quando as
teses de seu autor vêm despertando intensa curiosidade e está
merecendo até apoio oficial.
> 
> Ao tomar o leitor este livro às mãos, por certo se fará perguntas
que talvez nunca tenha ouvido, como, por exemplo: foi Pedro Álvares
Cabral quem descobriu o Brasil em 1500 d.C. ou navegadores Fenícios em
1100 a.C.? Cabral o terá descoberto por acaso como narram os
compêndios de história, ou ele já conhecia, detalhadamente, a
descrição feita pelo historiador grego Diodoro, no século I, antes de
Cristo, na sua História Universal? Ou teria Cabral em mãos a carta de
navegação, descrevendo as costas do Brasil, confeccionada por
Toscanelli, a mando de Fernando Teles, em 1473? Onde fica a lendária
Insula Septem Civitatum, ou Ilha das Sete Cidades, que os romanos
tanto buscavam, e já aparecia a sua descrição em latim numa crônica de
Porto-Cale (Porto), em 740 d.C., como sendo um novo Éden, a ilha dos
Sete Povos, onde existiam ouro e muitas outras riquezas? Ficaria nos
Açores, na Ilha da Madeira, nas Antilhas ou nas costas do Piauí, no
Brasil? Quais os primeiros mineradores que exploraram
>  ouro e pedras preciosas no Brasil? Os portugueses ou engenheiros
egípcios? Buscavam apenas ouro e metais preciosos ou também salitre
para o embalsamamento de seus mortos? Ou engenheiros mandados pelso
reis Davi e Salomão, em aliança com o rei Hirã, nos anos 991 a 960
antes da era cristã? Quem primeiro oficiou funções religiosas aos
índios brasileiros? Henrique de Coimbra ou sacerdotes da Ordem dos
Magos da Caldéia, da Suméria ou da Mesopotâmia? Foram os portugueses
os primeiros a exportarem pau-brasil? Mas, se nas memórias de Georg
Fournier, da Marinha francesa, não consta que os bretões e normandos
já traficavam com os selvagens do rio São Francisco, que lhes vendiam
o pau brasil?
> 
> Perguntas dessa natureza estão implícitas nesta admirável obra de
LUDWIG SCHWENNHAGEN, que pode ser lida até por leitores de literatura
circunstancial, como se lê um livro de mistério, tal o interesse que
nos desperta, mas é obra de exaustiva pesquisa.
> 
> A primeira edição de ANTIGA HISTÓRIA DO BRASIL é de 1928, da
Imprensa Oficial de Teresina, e menciona sob o título: Tratado
Histórico de Ludovico Schwennhagen, professor de Filosofia e História.
Como vemos, o autor assinou-se, não sabemos se por espontânea vontade,
como Ludovico. Preferimos, na sua reedição, conservar-lhe o nome
original, que é Ludwig. Pouco se sabe a seu respeito. Em Teresina
existe uma memória no povo de que "por aqui passou esse alemão calmo e
grandalhão que ensina história e bebia cachaça nas horas de folga,
andava estudando umas ruínas pelo Estado do Piauí e outros do
Nordeste, e que chegou a Teresina no primeiro quartel deste século,
não se sabe de onde, e morreu sem deixar rastro, não se sabe de quê, e
andava rabiscando uns manuscritos sobre a origem da raça Tupi, lendo
tudo o que era pedra espalhada por aí. Seu nome é tão complicado que
muitos o chamavam Chovenágua". É muito pouco para se situar um
estudioso de seu quilate.
> 
> No livro Roteiro das Sete Cidades, de autoria de Vitor Gonçalves
Neto, publicado pela Imprensa Oficial de Teresina, para as Edições
"Aldeias Altas", de Caxias, Maranhão, em 1963, livro gostoso de se
ler, em que descreve as Sete Cidades e cita vários trechos deste livro
de Schwennhagen, comentando-o através de personagens bem típicos, o
autor faz o seguinte oferecimento: "À memória de Ludovico
Schwennhagen, professor de História e Filosofia, que em maio de 1928
levantou a tese meio absurda de que os fenícios foram os primeiros
habitantes do Piauí. Em sua opinião, as Sete Cidades serviram de sede
da Ordem e do Congresso dos povos tupis. Nasceu em qualquer lugar da
velha Áustria de ante-guerras, morreu talvez de fome, aqui, n'algum
canto do Nordeste do Brasil. Orai por ele!"
> 
> Encontramos na Biblioteca Nacional um livreto intitulado: "Meios de
Melhorar a Situação Econômica e Moral da População do Interior do
Amazonas", conferência dos Drs. Ludwig Schwennhagen, membro da
Sociedade de Geografia Comercial de Viena, d'Áustria, e Luciano
Pereira da Silva, publicista – Rio de Janeiro, tipografia do "Jornal
do Comércio", 1912. Esse livreto reproduz as conferências que fizeram
esses dois estudiosos no salão nobre da Associação Comercial do
Amazonas, na noite de 15 de agosto de 1910. Ali não só este autor se
escreve com o nome original de Ludwig, como na conferência seguinte,
Luciano Pereira da Silva refere-se constantemente às opiniões de seu
colega, citando sempre o doutor Ludwig.
> 
> Na sua conferência, cita Schwennhagen que com o "Deputado Federal
Monteiro Lopes, meu companheiro de viagem até a fronteira peruana,
estivemos com as pessoas mais distintas de Tefé, Fonte Boa, São Paulo
de Olivença, Santa Rita e outros. Estacionamos nessa viagem em mais de
quarenta cidades, vilas e povoações... eu mesmo visitei cinco
seringais, nos quais examinei..."
> 
> Mais adiante, à pág. 14, opina: "há ainda uma outra objeção
importantíssima: segundo meu plano de colonização, talvez dez mil
famílias poderiam ser domiciliadas aqui como colonos..." – E ainda:
"Quando os cearenses virem que como colonos domiciliados podem
encontrar para si e para suas famílias uma vida melhor e um lucro mais
alto que viajando como nômades de um lado para o outro do país...
> 
> Vemos por aí que Ludwig Schwennhagen já andava em 1910 percorrendo o
Brasil e estudando as condições sociais do povo brasileiro.
Posteriormente, iniciou longo curso de viagens por todo o interior do
Norte e Nordeste, cremos que também do Sul, tendo estado no Espírito
Santo, estudando o aspecto das inscrições petroglíficas encontradas em
todo o território brasileiro.
> 
> Infelizmente não temos maiores dados sobre ele, quando e onde
morreu. Não encontramos referências a ele nos documentos a que
recorremos. Talvez na Áustria se conheça mais sobre ele. Concitamos
principalmente os piauienses a buscarem maiores dados sobre esse
"alemão calmo e grandalhão" que, para explicar a história antiga e a
origem da raça brasileira, tanta contribuição deu à história do Piauí,
tendo ali residido durante anos, ensinado e pesquisado.
> 
> Quanto ao seu livro ANTIGA HISTÓRIA DO BRASIL, tem sido fonte de
estudos há mais de quarenta anos, inspiração do livro a que nos
referimos, de Vitor Gonçalves Neto, e motivo principal de dois artigos
em jornais, um publicado no Jornal do Comércio, de Recife, em 16 de
março de 1969, de nossa autoria, e o último publicado no Jornal do
Brasil, em 21 de janeiro de 1970, de Renato Castelo Branco.
> 
> Devemos a divulgação de obra de Schwennhagen ao esforço e entusiasmo
do eminente engenheiro Raimundo Nonato Medeiros, delegado do Instituto
Brasileiro de Desenvolvimento Florestal do Piauí e Administrador do
Parque Nacional de Sete Cidades, no município de Piracuruca, região
hoje tombada como patrimônio histórico, a única pessoa, talvez, que
possui um exemplar dessa obra, além do exemplar existente na coleção
de obras raras da Biblioteca Nacional. Tivemos conhecimento dela em
fevereiro de 1968, quando fomos a Teresina a convite de nosso amigo
João Bezerra da Silva. Através dele travamos conhecimento com a nova
geração de intelectuais piauienses, da qual destacamos o desembargador
Simplício de Souza Mendes, Arimathea Tito Filho, Fontes Ibiapina, Drs.
Darcy e Nodge, Otávio Bentes Guimarães, o Basílio, cultores da
melhores tradições de sua terra e entusiastas colaboradores da
divulgação daquele patrimônio histórico milenar que são as ruínas das
Sete Cidades de Piaguí.
> 
> Em maio de 1968 lemos no jornal O Dia, do Rio de Janeiro, uma
notícia vinda dos Estados Unidos, acompanhada da reprodução de um
quadro de símbolos; dizia o texto: "Encontrados na Paraíba e levados
para Walthan, em Massachussets, nos EUA, estes símbolos foram
estudados durante quase cem anos. Finalmente o professor Cyrus Gordon,
especialista em assuntos mediterrâneos, conseguiu decifrá-los. Indicam
que os fenícios estiveram nas terras que hoje formam o nosso país,
pelo menos dois mil anos antes de Cristóvão Colombo descobrir a
América e Cabral chegar ao Brasil".
> 
> Dois dias após a publicação dessa nota, vimos em outro jornal outra
nota: "Lusos: Cabral chegou antes", em que alguns portugueses
radicados no Brasil mostram-se mesmo "revoltados, manifestando a
disposição de fazer uma representação junto à Embaixada dos Estados
Unidos..."
> 
> Logo abaixo, na mesma nota, afirma um professor do Instituto de
Geociências da Universidade de Geociências da Universidade Federal do
Rio de Janeiro, que "o professor americano pode estar certo, lembrando
que os vikings, liderados por Ericson, estiveram na América antes de
Colombo descobri-la. Acrescentou que o professor teve o mérito de
decifrar os símbolos encontrados na Paraíba e levados para os EUA.
Assinalou que a notícia o surpreendeu, porque nunca ouvira falar na
existência desses símbolos em áreas do Nordeste".
> 
> Ora, não é outro assunto se não esse, o de que trata o presente
livro, e de que tratam muitos outros livros já publicados no Brasil e
em Portugal, na Inglaterra e em outros países, embora seja ANTIGA
HISTÓRIA DO BRASIL o que mais se dedica ao assunto.
> 
> Primeiramente, vejamos o que traduziu o professor Cyrus Gordon dos
símbolos encontrados na Paraíba:
> 
> "Somos filhos de Canaã, de Sidon, a cidade do rei. O comércio nos
trouxe a esta distante praia, uma terra de montanhas. Sacrificamos um
jovem aos deuses e deusas exaltados no ano 19 de Hirã, nosso poderoso
rei. Embarcamos em Ezion-Geber, Mar Vermelho, e viajamos com 10
navios. Permanecemos no mar juntos por dois anos, em volta da terra
pertencente a Ham (África), mas fomos separados por uma tempestade e
nos afastamos de nossos companheiros e assim aportamos aqui, 12 homens
e 3 mulheres. Numa nova praia, que eu, o almirante, controlo. Mas,
auspiciosamente possam os exaltados deuses e deusas intercederem em
nosso favor".
> 
> Essas inscrições foram encontradas no final do século passado, em
Pouso Alto, Paraíba. Foram descobertas pelo engenheiro de minas
Francisco Soares da Silva Rotunda, que dirigiu, a respeito, um
relatório, em 7 de julho de 1896, ao presidente da Província da
Paraíba, o qual foi transcrito na Memória constante do nº 4 da Revista
do Instituto Histórico Brasileiro. Foi justamente Rotunda quem copiou
as inscrições de uma pedra. Na ocasião, o Dr. Ladislau Neto
examinou-as e as considerou apócrifas. Mas, tendo sido enviadas,
cremos que primeiramente à França, o sábio francês Ernesto Renan as
estudou detalhadamente e declarou serem de verdadeira origem fenícia.
Seguindo depois para os Estados Unidos, o assunto dormiu durante quase
cem anos, até que o professor Cyrus Gordon, de Brandeis University, em
boston, com a sua reconhecida autoridade em línguas mortas,
aprofundou-se no assunto e decifrou-as, tendo em princípio deste ano
vindo ao Brasil para assenhorar-se melhor, no local, da natureza
>  das inscrições petroglíficas brasileiras.
> 
> Em 1896 foi publicado em Manaus um tratado do historiador Henrique
Onfroy de Thoron, que pretendeu interpretar as misteriosas viagens do
rei Salomão. Thoron sabia latim, grego e hebraico e conhecia também as
línguas tupi e quíchua. Interpretou ele da Bíblia hebraica, palavra
por palavra, que a narração do I Livro dos Reis sobre a construção e
viagem da frota dos judeus, juntamente com a frota dos fenícios, do
rei Hirã, da cidade de Tiro, então capital fenícia, referem-se ao rio
Amazonas, para organizarem a procura de ouro e pedras preciosas,
estabelecendo naquele local colônias e ensinando aos indígenas a
mineração e lavagem de ouro pelo sistema dos egípcios, conforme
descrição que nos deixou Diodoro, minuciosamente, nos capítulos 11 e
12 do 3º tomo de sua História Universal.
> 
> O nosso grande historiador e arqueólogo Bernardo de Azevedo da Silva
Ramos, amazonense, chegou a juntar cópias de 3.000 letreiros e
inscrições encontrados no Brasil e em outros países americanos, e
aponta semelhanças com inscrições encontradas em outros países do
velho mundo. Bernardo Ramos esteve na Pedra da Gávea, no Rio de
Janeiro, estudou a inscrição ali encontrada, afirmou ser de caracteres
fenícios e traduziu-as:
> 
> "Tiro, Fenícia, Badezir Primogênito de Jethabaal".
> 
> Essas inscrições foram encontradas em 1836, no pico dessa montanha,
a uma altitude de 840 metros, e mede cada uma três metros. Badezir
reinou na Fenícia de 855 a 850 a.C., como se pai reinara em 887 a 856.
Pode-se concluir que a inscrição, se considerarmos verdadeira a
tradução de Ramos, teria sido gravada entre os anos 887 a 850 a.C. e
provaria a evidência de que os fenícios, já antes da era cristã,
teriam estendido seus expedições à América do Sul, e essas inscrições
teriam tido o intuito de imortalizar a glória do nome fenício, além da
simples demarcação das entradas ao interior do Brasil.
> 
> Alexandre Braghine, no seu livro O Enigma da Atlântida, Irmãos
Pongetti Editores, 2a. edição, 1959, sustenta a tese de que o berço da
civilização teria sido a América do Sul, de povos descendentes do
continente Atlântida. A teoria sobre a Atlântida aparece em milhares
de obras, desde Platão, que a menciona em seus diálogos Timeu e
Crítias. "Era um país – dizia Platão – que ficava situado além das
colunas de Hércules (o estreito de Gilbraltar até as ilhas de Cabo
Verde). Essa ilha era mais vasta que a Lïbia e a Ásia reunidas, e os
navegantes passavam dela para outras ilhas e destas para o continente
que borda esse mar". Referia-se o filósofo, evidentemente, à América.
Também Homero alude à ela, e Sólon, Eurípedes, Estrabão, Dionísio de
Halicarnasso, Plínio. Até sobre um hipotético continente chamado Mã,
desaparecido no Pacífico, levantaram discussões e é tema do livro The
Lost Continent of Mã, de James Churchward, editado nos Estados Unidos.
O autor manuseou o Codex Cortesianus e
>  analisou as duas mil pedras com inscrições descobertas por Niven no
noroeste do México, para reforçar sua teoria. Tradições arraigadas de
povos orientais, chineses, tibetanos, indianos, mongóis, se referem a
um continente situado no Pacífico e que teria submergido em
conseqüência de uma grande catástrofe. E os homens daquele continente
já dispunham de aparelhos voadores e possuíam mesmo a capacidade de
poderem viajar pelas estradas siderais desconhecidas e atingir os
desembarcadouros de distantes planetas.
> 
> São teorias e antigas tradições que apresentamos apenas como
referências. Mas, voltando a Alexandre Braghine, cita ele à pág. 258
de sua obra:
> 
> "Os principais arqueólogos que percorreram o Mato Grosso são o Srs.
R. O. Marsh, o general Cândido Rondon, o Dr. Barbosa, Bernardo da
Silva Ramos e Lecointe. A. Frot Ramos e Frot descobriram naquele
Estado inscrições rupestres em fenício, em egípcio e até em língua
sumérica, assim como textos escritos em caracteres alfabéticos
análogos aos empregados antigamente em Creta e Chipre. Certamente são
surpreendentes essas descobertas, porém Marsh chegou à conclusão de
que o Mato Grosso encerra vestígios de uma civilização muito mais
antiga que a dos fenícios e cários. Como já disse anteriormente, as
tradições correntes entre os indígenas falam num grande e poderoso
império que se estendia em tempos muito afastados, para o Oeste e o
Norte de Mato Grosso, e nessas lendas parece haver fundamento".
> 
> Na mesma obra, à pág. 153, Braghine menciona uma carta que recebeu
do Brasil, do engenheiro Apolinário Frot, que dizia:
> 
> "Os fenícios serviam-se, para gravar suas inscrições sul-americanas,
dos mesmos métodos que os antigos egípcios usavam nos primeiros tempos
para a sua escrita hieroglífica. Estes métodos eram empregados pelos
astecas, como também pelos povos desconhecidos aos quais se atribuem
os petróglifos da bacia do Amazonas. O resultado de minhas
investigações é tão surpreendente que eu hesito em publicá-lo. Para
dar-lhe uma idéia, basta dizer que tenho em mãos a prova da origem dos
egípcios: os antepassados desse povo saíram da América do Sul".
> 
> Ora, resultados tão surpreendentes que Frot se recusava a
publicá-los, temendo contrariar as verdades estabelecidas, são bem
explicáveis, porquanto Humboldt, que tanta contribuição deu ao Brasil
nos seus estudos da vegetação amazônica, das condições climáticas e
até de inscrições, foi atingido pela ordem régia em 2 de junho de
1800, que proibia a entrada de estrangeiros nos domínios das
províncias do Pará e do Maranhão. Mas, as notas de Apolinário Frot
devem existir em algum lugar e, se descobertas, muito adicionariam aos
estudos das origens do povo brasileiro.
> 
> Cândido Costa, paraense, foi outro historiador que muito se dedicou
ao estudo das inscrições encontradas no Brasil. Em 1896 publicou em
Belém, Pará, sua obra O Descobrimento da América e do Brasil, em
homenagem ao quarto centenário do descobrimento do Brasil. Em 1900,
tendo ampliado a mesma obra, publicou-a em Lisboa, pela antiga Casa
Bertrand, de José Bastos – Mercador de Livros, com o título As Duas
Américas. Nessa obra, Cândido Costa menciona inúmeras inscrições e
obras de arte e utensílios antigos encontrados no Brasil.
> 
> Menciona ele à pág. 38:
> 
> "Lorde Kingborough dispensou somas consideráveis para provar que às
tribos de Israel é que o Novo Mundo deve a origem de suas
civilizações; e Brasseur de Bourbourg reconheceu entre os selvagens do
México e da América Central o verdadeiro tipo judaico, assírio e
egípcio, tendo também observado perfis gravados nas ruínas de Karnac
muito semelhantes aos da Judéia".
> 
> Escreveu Ferdinand Denis que, tendo o conde de Nassau enviado ao
centro de Pernambuco um seu compatriota, encontrou este duas pedras
perfeitamente redondas e sobrepostas, e outras amontoadas pelas mãos
dos homens, e as comparou com alguns monumentos toscos que vira em
Drenthe, na Bélgica.
> 
> José de Sá Betencourt Acioli, natural de Minas Gerais, e bacharel em
ciências naturias pela Universidade de Coimbra, fundando em 1799 um
estabelecimento de plantações de algodão nas margens do rio Das
Contas, na Bahia, em terras compradas do capitão-mor João Gonçalves da
Costa Dias, por ocasião das escavações para firmar alicerces de uma
casa nesse terreno, encontrou uma espada com copos de prata, e
prosseguindo as escavações, foram ainda encontrados pedaços de loução
puríssima da Ásia e diversos artefatos de vidro com bordados e dourados.
> 
> Existe também uma Memória, datada de 1753, em que o seu autor dá
notícia de uma cidade abandonada no interior da Bahia, na qual
existiam palácios, inscrições, colunas, aquedutos, ruas, arcos. É
mencionado nessa Memória que certo indivíduo chamado João Antônio
achara nas ruínas das casas da dita cidade um dinheiro em ouro, de
forma circular, tendo de um lado a figura de um jovem ajoelhado e do
outro, arco, coroa e seta. Como preciosidades que foram encontradas
numa praça, citam uma coluna de pedra preta e de grandeza
extraordinária, e sobre ela a estátua de um homem regular, com a mão
na ilharga esquerda e o braço direito estendido, mostrando com o dedo
index o pólo Norte; e em cada canto da praça estava uma agulha
imitando as que usavam os romanos, mas algumas já estragadas e partidas.
> 
> Em 1840, chegou à Bahia a fragata dinamarquesa Belonne, com os
tenentes Svenson, Schuls, e o naturalista Kruger, encarregados de
examinarem as ruínas dessa cidade, mas não lhes foi possível descobrir
o local em que estava localizada.
> 
> Antônio Galvão, no seu Tratado dos Descobrimentos Antigos e
Modernos, Lisboa, 1731, cita à pág. 8:
> 
> "No ano 590, antes da encarnação de Cristo, partiu da Espanha uma
armada de mercadores cartagineses feita a sua custa, e foi contra o
Ocidente por esse mar grande, ver se achava alguma terra; diz que
foram dar nela. E que é aquela a que agora chamamos Antilhas e Nova
Espanha, que Gonçalo Fernandes de Oviedo quer nesse tempo fosse já
descoberta".
> 
> O mesmo Galvão afirma que os antigos não só conheciam a América,
como a sua primitiva população é oriunda da Ásia.
> 
> Cândido Costa diz, na obra citada, referindo-se ao "Santuário da
Lapa", em Pernambuco:
> 
> "Se ficar provado que este antigo templo é obra humana, estará
provada também a existência de uma civilização pré-histórica no Brasil".
> 
> E menciona também que Robert M. Larney, reitor de Clanfert, escreveu
uma carta ao editor de Public Opinion, alegando que São Brandão, o
patrono de sua igreja, catedral de Clonfert, Galway, na Irlanda,
fundada em 558 de nossa era, não somente colonizou a América 900 anos
antes do nascimento de Colombo, como também evangelizou uma porção do
povo daquele país, naquela época.
> 
> Há também na Irlanda a lenda de que São Patrício percorreu diversas
partes do Atlântico.
> 
> Como vemos, é vasta a literatura e as teorias, teses e hipóteses
levantadas quanto à descoberta e colonização do Brasil por povos
antigos. Mas, nenhum se aprofundou tanto no assunto quanto LUDWIG
SCHWENNHAGEN nesta obra. E mais extensos são seus estudos etimológicos
sobre a origem da língua tupi.
> 
>   
> 
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