04/01/2006 - 09h45 
  Cientistas defendem hipótese de haver vida em Titã   SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo
  

A conclusão é: pode haver vida em Titã, a maior e mais complexa das luas de 
Saturno.

Verdade, essa sempre foi uma aposta ousada, mas, na ausência de uma definição 
clara do que é vida e de que condições exatamente ela exige, duas duplas 
independentes de cientistas agora resolveram defendê-la com unhas e dentes --a 
despeito das conclusões do grupo responsável pela interpretação dos dados 
enviados pela Huygens, sonda européia que fez um histórico pouso naquele mundo 
um ano atrás.

Em 1º de dezembro de 2005, os grupos europeus responsáveis pela espaçonave 
publicaram sete estudos na revista científica britânica "Nature" 
(www.nature.com), com as primeiras conclusões consolidadas da missão. Entre as 
diversas análises estava a composição da atmosfera de Titã. Na ocasião, 
comparando a proporção entre diferentes tipos de carbono (com 12 ou 13 prótons 
e nêutrons em seu núcleo) no gás metano (CH4) do ar, os cientistas concluíram 
que não havia sinal de vida.

O raciocínio é o de que, se houvesse alguma criatura viva metabolizando lá 
embaixo, ela deixaria uma "assinatura" no metano --sabe-se que a vida (ao menos 
na Terra) prefere um tipo de carbono em detrimento de outro, o que geraria uma 
certa desproporção denunciadora. Como eles não viram isso, concluíram que não 
havia razão para achar que o metano tivesse origem biológica.

"Eu acho que a proporção entre carbono-12 e carbono-13 é uma indicação fraca de 
vida", desqualifica Christopher McKay, cientista do Centro de Pesquisa Ames, da 
Nasa (agência espacial americana), um dos defensores da hipótese de biologia 
titaniana, em parceria com Heather Smith, da Universidade Espacial 
Internacional, em Estrasburgo, França.

Os dois escreveram um artigo para a famosa revista de ciência planetária 
"Icarus" (http://icarus.cornell.edu), publicado antes dos resultados da Huygens 
na "Nature". Ali, eles descreviam as "possibilidades para vida metanogênica em 
metano líquido na superfície de Titã". Ou seja, como alguma coisa poderia 
sobreviver numa poça de metano como as que provavelmente existem em Titã.

E o que eles concluíram é que as criaturas titanianas, para existir, 
precisariam respirar hidrogênio molecular (H2) e comer acetileno (C2H2), etano 
(C2H6) e outros compostos orgânicos com alta energia embutida, convertendo-os 
em metano. "Uma evidência muita mais forte de vida seria a detecção do consumo 
de H2, C2H2 etc. perto da superfície, como previsto pelo nosso estudo na 
"Icarus'", afirma McKay.

Infelizmente, as respostas a esse respeito terão de esperar. "A equipe do GCMS 
[instrumento usado pela Huygens para essas medições em Titã] discutiu isso numa 
reunião da AGU [União Geofísica da América], em dezembro", diz McKay. "Eles 
comentaram que, como o H2 era o gás portador usado no instrumento, eles não 
tinham como determinar se ele estava sendo consumido na superfície. Então ainda 
não sabemos se a diminuição prevista de hidrogênio ocorre. Se ocorrer, será uma 
forte indicação -mas não prova- de vida consumidora de H2 e produtora de CH4", 
diz.

Mundo vivo

O outro defensor da vida titaniana é David Grinspoon, do Southwest Research 
Institute, no Colorado (EUA). O astrobiólogo americano é partidário de uma 
teoria mais abrangente sobre a vida -a de que ela aparece em lugares 
geologicamente ativos. Tanto a Huygens como a sonda orbitadora Casssini 
observaram evidências de vulcanismo no gélido ambiente titaniano, de modo que 
Grinspoon aposta que haja lá energia suficiente para ser explorada por 
potenciais formas de vida. Ele explorou o tema num artigo publicado no 
periódico "Astrobiology" (www.liebertpub.com/ast), com seu colega Dirk 
Schulze-Makuch, da Universidade Estadual de Washington.

Grinspoon, como McKay, descarta as conclusões da equipe da Huygens. "As 
premissas por trás dessa interpretação são muito geocêntricas! Estou no momento 
trabalhando num artigo sobre isso com alguns colegas."

Como de costume, a última palavra ainda está longe de ser dita.
   
  Fonte: Folha de S.Paulo
  www.folhaonline.com.br
  



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