É gente, está em andamento a operação 2002. A Teresa Cruvinel, uma das
mais importantes colunistas políticas deste país, também fala em
"eficiencia das urnas"... O jogo de cartas marcadas já está posto na
mesa...


http://www.oglobo.com.br/colunas/panpol.htm
Title: O Globo Online - Colunista de País
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Panorama Político
3/11/2000

Novas tintas

O segundo turno eleitoral corrige algumas coisas ditas após o primeiro, diz o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos. Com a vitória de Cesar Maia no Rio, Ciro Gomes voltou a ser carta no baralho sucessório. E diante da qualidade e da expressão das vitórias do PT, será incorreto dizer que esta eleição nada significa para a sucessão de 2002. Não é determinante, mas é significante.

Embora reconhecendo a eficiência da Justiça eleitoral, que fez do pleito em "um espetáculo democrático excepcional" pela funcionalidade das urnas, rapidez na apuração e conflito zero quanto ao resultado, Wanderley reprova com o ímpeto que lhe é próprio uma sobrevivência autoritária: a interferência da Justiça eleitoral na propaganda dos candidatos, punindo-os com multas, cortes, direitos de resposta e mesmo suspensão dos programas tidos como ofensivos.

- É uma interferência indevida. Os candidatos devem poder dizer tudo que quiserem, desde que não se matem. Quem faltar à responsabilidade, que responda à Justiça comum. Para isso existe um código de leis em vigor no país. Paulo Maluf processou Marta Suplicy, que o chamou de nefasto e pagará uma multa de R$ 700. Irrisória, mas eis aí um exemplo de que ofensa é crime comum - diz o professor.

Feito este reparo processual, vamos aos efeitos políticos, que ele acha cedo para serem completamente avaliados. Mas o segundo turno certamente radicalizou a tendência do primeiro quanto ao crescimento da oposição. Se as 187 prefeituras do PT fossem todas do porte de Diadema ou Guarulhos, haveria pouco a dizer. Daí adviria pouca ou nenhuma influência sobre a próxima eleição nacional, onde cada cidadão valerá um voto. Mas o que temos agora é bastante diferente: é um partido bem implantado governando também grandes metrópoles. O PMDB ou o PFL, brinca Wanderley, trocariam mil prefeituras pequenas pela de São Paulo.

Mesmo assim, recorda ele, a coalizão governista ainda é amplamente majoritária e tratará de permanecer unida, o que recomenda ao PT a busca de uma aliança bem mais ampla, que pode exigir até a cessão da cabeça. Inclusive porque, até agora, não surgiu outro candidato além de Lula.

- É preciso esperar a euforia passar. Alguns líderes têm feito declarações mais aliancistas, outros já sugerem que poderão até concorrer sozinhos.

Ciro, depois de perder em Fortaleza, foi dado como gravemente ferido. Mas agora, diz Wanderley, está de novo no páreo. Apoiou Cesar Maia bem no início da campanha e o prefeito eleito tem compartilhado com ele a vitória. Ele agora está reinserido na disputa e muito bem, a partir de um grande colégio eleitoral onde a esquerda conseguiu a proeza de esfacelar-se.


***

Aécio Neves lança sua candidatura à presidência da Câmara em grande estilo na quarta-feira. Se o Planalto quer ficar fora, ele acha certíssimo. Errado seria interferir na vida dos partidos.


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Os grotões em gradações

Metade do eleitorado brasileiro vive em cidades de até 62 mil habitantes. O PMDB tirou 50% de seus votos de cidades menores ainda, de até 26 mil eleitores. É o rei dos grotões. O PSDB tirou metade de seus votos em municípios um pouco maiores, de até 57 mil habitantes. O PFL, em burgos intermediários, de até 44 mil eleitores. Já o PT, que tem a maioria de seu eleitorado nos grandes centros, tirou apenas 19% de seus votos neste colar de cidades de até 62 mil habitantes, onde vivem 50% dos eleitores. Logo, tem ainda muito caminho a andar para ganhar uma eleição nacional. Nos municípios de até 20 mil eleitores o PT praticamente inexiste.


***

Saia justa

Ardil que vem sendo mencionado como solução para a disputa das Mesas do Congresso: já que ACM não aceita Jader Barbalho presidindo o Senado, o PFL ficaria com o cargo para Jorge Bornhausen e o PMDB com a presidência da Câmara para Geddel Vieira Lima. ACM não teria como ficar contra, embora não morra de amores pelo correligionário. Está agora se perguntando a razão do apoio dado a Maluf.

Aécio Neves, que corre por fora, adoraria. Derrotar Geddel é bem mais fácil que enfrentar Inocêncio Oliveira, amado no baixo clero.


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Busca do ouro

Uma solução para o aumento do salário-mínimo que começa a ser considerada na Câmara é a emenda do deputado Mussa Demes (PFL-PI). Hoje, diz o texto, as empresas capitalizadas cujo lucro é considerado remuneração do capital próprio pagam exclusivamente 15% de Imposto de Renda. Já um assalariado que ganha R$ 4 mil paga 27,5%. Mussa propõe que este grupo de empresas (geralmente multinacionais e grandes conglomerados) passem a pagar, no mínimo, os mesmos 27,5%. Daí poderiam sair pelo menos R$ 2 bilhões anuais.


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