Olá,
Grande notícia....
Saiu o Relatório de Julho do Projeto Caltech-MIT sobre Tecnologia do Voto,
que pode ser visto em:
http://www.vote.caltech.edu/
Para quem não sabe, depois do Fiasco da Flórida nas eleições americanas de
2000, os dois principais institutos de engenharia americanos, o MIT
(Massachusetts) e a CALTECH (Califórnia), foram contratados ela fundação
Carnagie Corporation (por US$ 250.000) para elaborar uma avaliação de
sistemas eleitorais informatizados e para propor soluções ideais.
O relatório completo tem 95 páginas e não dá para reproduzí-lo aqui.
No seu corpo existem inúmeras considerações que vem de encontro a tudo que
sempre foi preconizado aqui no Fórum do Voto Eletrônico, por exemplo:
1- Utilizar a eletrônica em sistemas eleitorais pode ser muito útil para se
criar facilidades ao eleitor, mas sistemas puramente eletrônicos são
passiveis de fraude e validar e certificar o software de sistemas puramente
eletrônicos é muito dificil na prática.
2 - por isto, DEVE SEMPRE EXISTIR UM COMPROVANTE FISICO DO VOTO para
permitir recontagem da apuração. Denominaram o processo de Auditoria Completa.
3- a máquina de votar (gravar o voto) e a máquina de apurar devem ser
FISICAMENTE SEPARADAS e o comprovante FÍSICO do voto deve ser levado pelo
eleitor de uma máquina para a outra, o qual terá, então, oportunidade de
conferir o conteúdo do voto físico.
4- a identificação do eleitor NÃO DEVE ser feita nas máquinas de votar.
5- o software da máquina de apurar TEM QUE SER 100% ABERTO para efeito de
segurança. A conferência do software carregado nas máquinas, pelos fiscais,
deve 100% livre. A idéia é que o software de apuração seja um único padrão,
para que qualquer fornecedor de equipamento o utilize e que NÃO SEJA
MODIFICADO A CADA ELEIÇÃO.
6- As normas de segurança e fiscalização a serem atendidas pelo sistema
devem ser definidas pela sociedade ANTES do desenvolvimento dos
equipamentos e programas, por entidades independentes das que
operacionalizarão as eleições.
Resumindo, o sistema de votação eletrônica do TSE NÃO ATENDE a nenhum dos
requisitos de segurança e confiabilidade que foram sugeridos pelos
especialistas da parceria Caltech-MIT .
Entendo que este relatório dá um golpe final nos falsos argumentos que os
técnicos do TSE sempre apresentam em defesa deste nosso inauditável sistema
eletrônico de votação.
Nenhum dos engodos e mitos que os representantes do TSE pregam se sustenta,
como:
- o urna eletrônica é 100% segura contra fraude;
- não é possível se adulterar seus programas;
- não é preciso conferir a apuração, basta conferir o programa aplicativo;
- os partidos tem tempo suficiente para aprovarem o sistema;
- abrir os programas para análise e conferência da carga vulnerabiliza a
segurança;
- não se pode permitir que o eleitor confira o conteúdo do voto físico;
Nada disso se sustenta perante o relatório, que não pode, nem de longe, ser
tido como suspeito ou tendencioso.
Tecnicamente, o TSE não tem mais nenhum argumento válido para continuar
impedindo a conferência da apuração. O modelo de segurança de nossa UE
sempre foi rejeitado pelo Fórum do Voto-e, nos simpósios técnicos no Brasil
e nunca houve uma defesa técnica do modelo apresentada em simpósio ou
congresso pelos engenheiros do TSE.
Agora este modelo inauditável, que também já havia sido rejeitado pelo
relatórios dos comissões eleitorais da Flórida e de Michigam (em fevereiro
de 2000), acaba de ser reprovado de "cabo a rabo" pela equipe da Caltech e
do MIT.
Vou preparar um resumo deste trabalho para apresentar nos seminários do
Senado e do ITA (SSI'2001).
[ ]s
Amilcar
EU QUERO VER MEU VOTO
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