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Bravatas e "realismo" ou realismo sem bravatas?
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Álvaro Frota.
 
Em recente declaração durante uma reunião com empresários, o Presidente Luís Inácio Lula da Silva afirmou que "quem está na oposição pode fazer bravatas, porque não tem tem o comprometimento de governar, mas à frente do governo deve-se ter um comportamento realista"
 
Tais palavras nos levam a algumas reflexões. Será que Lula estaria fazendo autocrítica de todo o seu passado como oposição à FHC, iguamente à "mea culpa" já praticada por Aloísio Mercadante e Antônio Palloci? Será que estamos diante de uma confissão de que todas aquilas palavras que ganharam os corações e mentes de tantos milhões de brasileiros não teriam passado de meras "bravatas oposicionistas"?
 
Tais reflexões se tranformam em um sério questionamento quando se lê a notícia que segue abaixo, que nos informa das propostas e exigências que o Partido Socialista dos Trabalhadores, o PSTU, está fazendo ao governo Lula acerca da Guerra contra o Iraque. Pois que Lula, estando à frente do governo brasileiro, ao mesmo tempo também se encontra em oposição ao governo Bush.
 
Contra a invasão imperialista, irá Lula apenas apenas fazer proferir belos discursos e "se queixar ao Papa" através de seu Ministro de Relações Exteriores? Ou irá ser realista, no sentido de realizar alguma coisa REAL contra a invasão do Iraque?
 
Como oposição ao governo Bush, irá Lula apenas fazer "bravatas" ao tempo em que, como governo brasileiro, irá continuar "realisticamente" mantendo relações diplomáticas com o o IV Reich, continuar "realisticamente" enviando ao império o dinheiro da dívida e(x)terna que este utiliza no genocídio do povo iraquiano e continuar "realisticamente" negociando os termos da recolonização do Brasil através do tratado da ALCA?
 
O mais provável é que iremos ouvir novamente a já desgastada desculpa de que o governo brasileiro não poderá tomar nenhuma das medidas que muito corretamente o PSTU propõe e exige, pois se fizer isso o bicho-papão-deus-mercado irá ficar zangado e virá apavorar nossa frágil economia. 
 
Mas há uma medida real contra o império, entretanto, que não custa dinheiro e nada tem a ver com o bicho-papão-deus-mercado. Se Lula quisesse mesmo sair da "bravata oposicionista" à Bush poderia tomar tal medida.
 
Como mínimo, o governo brasileiro deveria imediatamente exercer sua soberania sobre o território nacional, assumindo o controle sobre a região de Alcantâra e expulsando de nossa Base de Lançamento de Satélites os membros das forças armadas estadunidenses que lá se aboletaram durante o governo FHC. 
 
Fernando Henrique Cardoso tentou de todas as formas entregar a Base de Alcântara aos EUA, mas tal entrega ainda não se consumou. Dez milhões de eleitores votaram em Plebiscito Nacional que Alcântara deve continuar sendo território brasileiro. Se Lula quiser deixar de ser um mero "oposicionista de bravatas" terá que que tomar uma atitude "realista" pois contra o Império, ou se luta com todas as armas disponíveis ou se rende e se entrega, não há terceira opção.
 
Os prezados leitores deste boletim eletrônico têm acompanhado dia após dia como realmente está se dando a heróica resistência iraquiana à invasão imperial. Ao contrário das adocicadas notícias da televisão, mera propaganda ideológica anglo-estadunidense, os prezados leitores tem acompanhado a evolução de cada uma das batalhas, de cada uma das manobras e contra-manobras, de cada uma das tecnologias da guerra, de cada uma das manobras da guerra psicológica que se trava em paralelo à guerra das bombas, canhões e tanques. Uma leitura atenta dos informes diários elaborados pela inteligência militar russa nos mostra que estamos diante de uma guerra que está pondo em xeque o destino do ser humano sobre o Planeta Terra: seremos livres ou seremos escravos de mais um império global?
 
Diante de tal dilema e diante dos brasileiros, Lula está com a palavra. Bravatas e "realismo" ou realismo sem bravatas? Essa é sua opção.
 
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PSTU exige do governo brasileiro medidas concretas em apoio ao povo iraquiano.
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Opinião Socialista.
www.pstu.org.br
 
No dia 26 de março, o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado - PSTU - protocolou no Ministério das Relações Exteriores um pedido de audiência com o ministro Celso Amorim, para propor e exigir do governo brasileiro medidas concretas contra a invasão imperialista ao Iraque.
 
O presidente Lula se posicionou contra a invasão do Iraque pelos EUA e pela Inglaterra. A invasão, entretanto, foi perpetrada, e o governo brasileiro segue se declarando contra a guerra, pela paz e "pedindo" para que sejam minimizadas as perdas civis.
 
Ocorre que o Brasil, através do governo, pode e deve tomar medidas concretas para repudiar esse ataque imperialista e ajudar o povo iraquiano a derrotar os invasores. Sim, porque se os EUA forem os vencedores, a guerra vai se estender para outros países e também vai se intensificar o rolo compressor para recolonizar o Brasil e a América Latina, através da Alca e do FMI.
 
O governo Lula precisa ir além das declarações para ajudar o povo iraquiano a derrotar a invasão do imperalismo.
 
O PSTU propõe e exige que o governo brasileiro:
 
1. Rompa as relações diplomáticas do Brasil com os EUA e com a Inglaterra;
 
2. Rompa com as negociações da Alca, o acordo com o FMI e suspenda o pagamento da dívida externa, porque este dinheiro ajuda a financiar as bombas que estão sendo despejadas sobre o povo iraquiano;
 
3. Faça gestões junto aos países latinos-americanos para que tomem essas mesmas medidas. E que faça gestões especiais, junto aos países exportadores de petróleo, como Venezuela e Equador, para que suspendam o fornecimento desse produto para os invasores, pois sem tal combustível a máquina de guerra imperialista pára.
 
O governo Lula deve se colocar ao lado do povo iraquiano e ajudar a derrotar os invasores imperialistas. Pois não haverá paz sem a derrota do imperialismo. Uma "paz" sobre os escombros ou derrota do Iraque, significará o fortalecimento da política recolonizadora imperialista no terreno econômico, comercial, político e militar.
 

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