Olá,
Segue minha opinião estritamente pessoal...
A CPMI dos Correios já era tida como "de chapa branca" porque o
PT-governo manobrou, aproveitando-se de 4 votos a mais que tem, para que
nenhum membro da oposição participasse de sua direção.
Ontem começou, e muito mal, a CPMI da Compra de Votos de chapa
branquíssima porque nela a bancada governista conta com 8 votos a mais e
também impediu que a oposição participasse da direção.
Antes de seção inaugural, um deputado federal, que não gravei o nome, já
havia alertado que 70% dos membros desta comissão estavam envolvidos em
denúncia ligadas ao valerioduto.
O seu presidente. Almir Lando, foi ministro do governo e o relator,
IBRAHIM ABI-ACKEL, tendo argüida sua suspeição por ter recebido dinheiro
do valerioduto sem ter declarado na campanha em 98, teve uma atuação
vergonhosa.
Em atitude absolutamente histriônica, dando espetáculo comparável aos do
Dep. Roberto Jefferson, Abi-ackel na sua soberba demonstrou total
desrespeito aos demais deputados da comissão, acusando-os
individualmente e ameaçando-os com o dedo em riste.
Valendo-se de exuberante e refinada expressão oral montou um discurso de
alta qualidade vernacular mas totalmente erístico e vazio de conteudo
lógico, vejam:
- Iniciou dizendo que não responderia em nivel pessoal àqueles que lhe
questionavam e imediatamente passou a acusá-los de pobreza na expressão
verbal e de simdrome de mariposa (que procura os holofotes);
- disse que sabia que a paciência e a tolerância eram qualidades
exigidas do relator e, em sinal de total impaciência e intolerância,
acusou aos que lhe questionavam;
- argumentou que o objeto da CPMI é analisar a compra de votos e não o
financiamento de campanha, o que lhe isentaria de parcialidade, mas não
explicou como os parlamentares que, como ele, recebem "ajuda não
declarada para campanha" garantem que seu voto e atuação no plenário não
será influenciado por quem lhes pagou por baixo do pano;
- afirmou que não recua perante quem lhe ameaça levantando o dedo em
riste para imediatamente levantar o seu dedo em riste e, apontando para
todos os menbros da comissão, tentar intimidá-los lembrando que do mesmo
saco de onde saiu o "papelzinho" que o incriminava ele poderia, no
futuro, encontrar outros papeizinhos incriminando os demais membros da
comissão.
Se na CPMI dos Correios este tipo de intimidação dos membros partiu do
investigado Roberto Jefferson, na CPMI da Compra de Votos, na maior
cara-de-pau, a intimidação dos componentes partiu do próprio relator!...
e até o Suplicy ficou muchinho...
A estratégia que será adotada pela direção desta CPMI ficou clara na
intervenção de um deputado do PP, reforçando o argumento do relator que
é do mesmo partido. Vão tentar retirar a CPMI do Correio do circuito,
para dizer que toda a propina do valerioduto era para finaciamento de
campanha e não para compra de votos e, ... por estar fora do escopo da
CPMI,... nada mais a relatar.
O Dep. Abi-ackel em muito se assemelha, em soberba, histrionismo e
caradurice, ao dep. Roberto Jefferson, com a diferença que este é
investigado e aquele, relator da CPMI.
[ ]s
Amílcar Brunazo Filho
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