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[ top-posts matam gatinhos, não faça top-posts ]

On 17-07-2009 16:09, hamacker wrote:
> 2009/7/17 Edson Marquezani Filho <edsonmarquez...@gmail.com>:
>> Estou me informando a respeito de unidades de fita DAT, mas não estou
>> encontrando muita informação sobre a tecnologia em si, e gostaria de
>> pedir a ajuda de quem conhece.

        Fitas DAT já são consideradas obsoletas. Embora você ainda
possa encontrar DDS4 (40/80 GB), em geral não se encontra mais
servidores vindo com esses hardwares, você deveria procurar por
opções como DLT e AIT.


>> Vi que as fitas têm capacidade normal e compactada, sendo que a
>> capacidade compactada corresponde ao dobro da normal. 

        Na teoria. :)


>> Mas, como funciona essa compactação? 

        Via hardware. Ele é capaz de "compactar" o que está gravando,
o que torna a escrita mais lenta mas garante que mais poderá ser
escrito na fita, isso não quer dizer obrigatoriamente o dobro, a média
costuma ser 1.5 de taxa de compressão pra dados de um servidor de
arquivos (planilhas eletrônicas, imagens, documentos).


>> É feita de maneira transparente pela
>> unidade ou seu driver, de modo que a leitura e escrita são feitas da
>> mesma maneira quando sem compactação? Há impacto na velocidade de I/O?

        DAT/DDS é um padrão, então todo leitor/gravador DAT é capaz
de lidar com isso, em geral eles são bastante compatíveis, mas sempre
há exceções. E sim, há impacto no I/O, tradicionalmente a compactação
fica ligada, e hoje em dia, por conta da massa de dados que é
encontrada, as pessoas tendem a procurar melhores soluções como DLT,
AIT e storages.


>> Como se faz quando for necessário usar mais de uma mídia numa operação
>> de backup? A unidade ejeta a fita e o processo espera pela seguinte?

        Isso é possível, ou então você precisará de um "magazine", ou
seja, uma unidade que suporte múltiplas fitas e faça a troca de forma
automática, mas se você tem mais do que 40GB de dados pra fazer backup,
nem pense em DAT, vá direto para novas gerações de fita.


>> Como o conteúdo do backup seria recuperado quando está divido entre
>> mais uma mídia? (Por exemplo, posso dar um tar -t ou -x direto em uma
>> segunda fita?)

        O tar veio de "tape archive", ele nasceu pra mexer com fitas. :-)
Assim como você faz múltiplos arquivos tar, pode ter múltiplas fitas, e
o funcionamento é o mesmo, até onde eu sei, você começa no primeiro
arquivo e vai para os próximos, por conta dos índices e cadeias de
dados, mas eu nunca lidei com múltiplas fitas/arquivos por não gostar
da abordagem, talvez isso tenha mudado.

        Veja artigos sobre isso:
                http://paulbradley.tv/44/
                http://www.delorie.com/gnu/docs/tar/tar_133.html


>> Se puderem ajudar, agradeço.

> Pessoalmente, eu abandonei as unidades DAT para usar discos rigidos em
> cases USB.

        O que dependendo do volume de dados também não resolve, o
próprio barramento USB pode ser questionável, e a mídia é muito
mais sensível para manuseio.


> O problema com essa tecnologia é que seu mecanismo é mecanico, e
> depois de algum tempo se for necessario ser reparada por qualquer
> motivo, o alinhamento posterior poderá diferenciar-se do anterior
> fazendo com que tapes antigos possam ter problemas.

        Trabalhei com fitas que chegaram há 8 anos de idade,
funcionais e sem maiores problemas, de uma forma ou de outra, você
tem que atualizar a infraestrutura de backup, incluindo as mídias
antigas e os dados que valem a pena.


> Fora que as
> restaurações são bem mais demoradas e cada programa de backup lida com
> os tapes de um jeito, as vezes uma versão nova de um software não
> restaura tapes gravados com a versão antiga, o que é bastante
> constrangedor, isso aconteceu comigo usando o software da IOMEGA.

        Software proprietário?

        Sim, versões de software proprietário podem ser problemáticas,
a abordagem com soluções com tar pode ser mais manual mas pode
garantir maior tempo de vida para a solução, de qualquer forma, isso
não tem relação com a tecnologia de hardware usada, mas com a solução
de software empregada.


> Além
> disso, há o fator de depreciação tecnologica, temos tapes aqui de
> 98/99/00/01 que simplesmente não podem ser mais lidos porque a
> tecnologia da época não existe mais (DDS1,DDS2,DDS..).

        Hmmm... nossas unidades DDS4 liam DDS1 sem problemas.


> A tecnologia já é ultrapassada, mas é claro que existem evoluçoes como
> as DLT que não sofrem desse problema, mas aí voce conta o
> custo/beneficio de cada tipo, mas as DAT convencionais eu
> desencorajaria.

        DLT também sofrerá depreciação tecnológica. Há quem diga
que AITs são melhores, embora bem mais caras.


> O funcionamento das DATs é leitura/gravacao sequencial, se um tape
> acabar o software exigirá que insira outra, todos os softwares de
> backup fazem isso, incluindo o tar.

        Não por padrão, o tar falhará sem aviso e com uma mensagem
de erro que costumava ser bem estranha.


> A compressão por hardware é usada
> para aliviar o processador e dar mais velocidade no processo de
> gravacao/leitura. Eles sempre dizem uma compactação 2:1, mas é pura
> propaganda, ela não é possivel com arquivos já estão comprimidos e
> vejamos, ha sim, todos os arquivos multimedia/office que conheço já
> estão compactados então meu amigo, ignore o tamanho "compactado" que é
> usada na compactação, se eles dizem 40/80GB considere como se fosse
> 40GB.
>
> Dependendo da organização é muito melhor voce adquirir um CASE e-SATA
> como este :
> http://www.dealextreme.com/details.dx/sku.16551
> comprar um espelho e-SATA como este :
> http://www.dealextreme.com/details.dx/sku.9303

        Melhor é um conceito subjetivo.


> e fazer a gravacao com 3GB/s de transferencia e usar discos
> convencionais que possuem uma durabilidade e longetividade tecnologica
> maior e com mais flexibilidade e compatibilidade.

        E se caírem no chão, provavelmente deixarão de funcionar, ao
contrário das fitinhas DAT. :-)   There is no silver bullet.  E como
não há uma única bala de prata que mate todos os lobisomens que os
sysadmins encontram, é sempre melhor analisar as várias características
que cada ambiente possui antes de decidir pela solução de backup que
melhor se encaixa em um dado cenário.

Abraço,
- --
Felipe Augusto van de Wiel (faw)
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