Jean-Yves, Eu li o seu artigo de 2002 rapidamente. Mas, da minha parte, eu trabalho com algumas ideias que não sei se serão úteis do seu ponto de vista.
Primeiramente, eu prefiro ser cético do que crédulo, para fins de análise acadêmica de qualquer coisa. Acho que você também tem um ceticismo saudável, mas que eu não vejo nos seus artigos. O segundo é que do jeito com que você estruturou os argumentos do artigo de 2009 e a visão que apresentou me deixam indagando qual é o sentido de fazer lógica modal. Se tudo redunda no cálculo clássico de primeira ordem, não parece haver vantagem em pensar em modalidades. Eu não creio que o colapso das modalidades seja uma fatalidade inevitável ou desejável: acho melhor poder em algum nível manter a distinção entre as lógicas modais e não-modais e tratar os colapsos como casos "específicos". Acho interessante derivar a ideia de verdade clássica a partir de verdade modal, mas não que elas se confundam sempre. Não me parece natural que elas se igualem, como sugerido abaixo. Da minha parte, também creio que não podemos perder o espírito geral por detrás do arcabouço dos sistemas modais: fazer lógica modal consiste em primeiro pensar nos modelos, nas relações e nas suas propriedades e depois encontrar ou construir os axiomas, as regras de inferência, enfim, como diria o Chellas, os esquemas correspondentes. Em 14 de outubro de 2011 09:44, jean-yves beziau <beziau...@gmail.com>escreveu: > Sobre S5 e bom apontar o seguinte: > a interpretacao mais natural e intuitiva e condiserar S5 > com formalizacao da metalogica da logica classica: > necessario= tautologia > possivel= satisfactivel > impossivel = antilogia > nao necessario = refutavel > contingente = satisfactivel e refutavel > (a logica da contingencia foi desenvolvida em particular > por Routley e Humberstone) > > Alem disso e interessante anotar que > nao-necessario tem o comportamento de uma negacao paraconsistente, ver: > > J.-Y.Béziau, “S5 is a paraconsistent logic and so is first-order classical > logic”, > Logical Investigations, 9, (2002), pp.301-309. > > Impossivel de uma negacao paracompleta: > > J.-Y.Béziau, “New light on the square of oppositions and its nameless > corner”, > Logical Investigations, 10, (2003), pp.218-232. > > E possivel axiomatizar S5 a partir de nao-necessario, conjuncao, disjuncao, > implicacao, > mas sem a negacao: > > J.-Y.Béziau, “The paraconsistent logic Z - A possible solution to > Jaskowski's problem”, > Logic and Logical Philosophy, 15 (2006), pp.99-111 > > E possivel tambem definir a semantica de S5 sem mundos possiveis, > considerando diretamente uma relacao entre bivaloracoes, > de fato o que caracateriza a semantica de S5 nao sao mundos possiveis, > mas uma definicao por "dupla recurrencia" dos connectivos: > > J.-Y.Béziau, “Many-valued and Kripke semantics”, > in J. van Benthem et al. (eds), > The age of alternative logics, Springer, Dordrecht, 2006, pp.89-101. > > Todos esses artigos estao disponiveis no meu website: > http://www.jyb-logic.org > _______________________________________________ > Logica-l mailing list > Logica-l@dimap.ufrn.br > http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l > _______________________________________________ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l