Viva, Daniel:

> Dallagnol usa uma abdução para inferir como hipótese (melhor explicação) a
> culpa de Lula e depois, através de uma petição de princípio, do tipo da que
> está envolvida nos argumentos ontológicos da existência de Deus, transforma
> esta hipótese (premissa) em conclusão.

Contrariamente ao que afirma Miranda Jr, o argumento ontológico NÃO
"admite a existência de Deus" entre suas premissas.  Pela sua clareza,
vale conferir em particular a versão gödeliana:
https://en.wikipedia.org/wiki/G%C3%B6del%27s_ontological_proof
(Note-se ainda que definir um objeto através de um conjunto que o
contém como elemento não constitui sempre uma "petição de princípios",
mas é manobra típica de *definições impredicativas*.)

De todo modo, temos nesta lista maiores especialistas no argumento
ontológico e na inferência abdutiva prontos a discutir melhor a "clara
contradição entre termos" requerida pela "metafísica" ou pela
"tautologia disfarçada" ou pelo "Power Point tosco" discutidos pelo
autor do artigo que você compartilhou.

> Então conclui, com muita lógica e
> convicção, mas sem prova, a culpa de Lula.

Será que deveríamos esperar outra coisa da "lógica jurídica tupiniquim"?

JM

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