Eu sou um dos defensores de 0^0=1. Apresento dois motivos: i) Se f(x) e g(x) sao analiticas em 0 com f(x),g(x)->0 quando x->a, entao f^g -> 1 quando x-> a (bom, desde que f^g faca sentido em volta de x=a). A *unica* excecao a esta regra eh o caso em que f eh identicamente nula, quando o limite dah 0 (se f^g faz sentido) ou nao existe (se g<0 ali por perto de x=a). Isto explica porque 99.9% dos exercicios de limite que ficam "da forma 0^0" acabam dando 1 como resposta!
Acho que isto tambem explica porque eu nao faria 0/0=1 ou algo assim -- nao ha teorema semelhante para 0/0. ii) Como escrever um polinomio generico de grau 17 usando somatorios? Acho que muita gente concorda que uma boa representacao eh: p(x) = SUM (n=0 a 17) a_n x^n onde os a_n sao coeficientes arbitrarios. Agora eu pergunto -- quanto vale p(0)? Com a convencao 0^0=1, nada especial precisa ser feito, eh soh substituir x=0 no somatorio. Com a convencao "0^0 nao existe".... bom, ai a nossa representacao por somatorio ficaria tecnicamente errada. Teriamos que escrever: p(x) = SUM (n=0 a 17) a_n x^n, se x<>0 p(x) = a_0, se x=0 ou entao tirar o x^0 do somatorio: p(x) = a_0 + SUM (n=1 a 17) a_n x^n (e se voce acha que esta ultima eh bem razoavel -- escreva p'(x). Separou o a1? Argh!) Como eu nao tenho paciencia de ficar escrevendo este a_0 separado toda hora, prefiro logo pensar que 0^0=1 e resolvo meus problemas com um somatorio soh. :) Isto tudo dito, claro que eh soh uma convencao, questao de gosto. Mas eu *gosto* de 0^0=1. :) Abraco, Ralph 2010/9/16 Jorge Luis Rodrigues e Silva Luis <jorgelrs1...@hotmail.com> > Olá, Pessoal! Vale lembrar que o "símbolo do nada" está entre as mais > importantes descobertas feita pelo homem. É difícil acreditar que os homens > levaram 5 mil anos entre escrever números e conceber o nosso sistema de > numeração posicional, ponto crucial num desenvolvimento sem o qual o > progresso da ciência moderna seria inconcebível. Hoje parece simples, mas a > mentalidade concreta dos antigos gregos, não podia conceber o vazio, o nada, > como um número. Apreciaremos ainda mais a grandeza dessa conquista se > lembrarmo-nos de que ela escapou ao gênio de Arquimedes e Apolônio, dois dos > maiores homens da antiguidade. > > Existem situações em Análise Combinatória onde há uma certa conveniência em > adotar a regra 0^0=1, a fim de estender um pouco mais o campo de validez de > algumas fórmulas. Nem por isso 0^0 deixa de ser uma expressão indeterminada. > Um caso parecido acontece na Teoria da Medida e da Integral, onde às vezes é > conveniente escrever 0*...=0, a fim de que a fórmula da área de um retângulo > continue válida quando a base do "retângulo" é toda uma reta e a altura se > reduz a um ponto. O curioso é que os defensores de 0^0=1 não reivindiquem o > mesmo direito para 0/0. Algum colega saberia o motivo? > > Afinal! Qual das medidas é a mais precisa? E a mais exata? a)5,6m b)560m > (com aproximação de 10m) c) 0,056m d)5600m (com aproximação de 100m) > > Quantos algarismos significativos temos nesta medida? X=(0,009050 + - > 0,000002) > > A propósito! Como se escreve zero em algarismos romanos? > > > Abraços! >