A rigidez à qual eu me referia me parece ter mais a ver com o fato de que
uma função analítica, por também ser conforme, transforma um "quadrado
infinitesimal" em outro "quadrado infinitesimal", enquanto que uma função
que é apenas real-diferenciável (no sentido da análise no R^n, olhando C
como R^2) transforma um tal quadrado num "paralelogramo infinitesimal", que
em geral, nem retângulo é.
Isso tá bem ilustrado no livro Visual Complex Analysis, que eu mencionei
antes.

[]s,
Claudio.


2018-03-27 14:12 GMT-03:00 Bernardo Freitas Paulo da Costa <
bernardo...@gmail.com>:

> 2018-03-27 13:36 GMT-03:00 Claudio Buffara <claudio.buff...@gmail.com>:
> > Os problemas 1, 3 e 4 me parecem ser consequências da "rigidez" que a
> > diferenciabilidade complexa impõe às funções analíticas e que, pra mim,
> está
> > longe de ser algo intuitivo.
>
> É, a estrutura complexa é muito impressionante.  Parte da rigidez é
> puramente algébrica (como abaixo), mas existem fenômenos para os quais
> eu não encontro um análogo algébrico legal (como o próximo |f| <= |g|
> ...)
>
> > Por exemplo, no problema 1, se g(z) = exp(z), então a conclusão decorre
> do
> > teorema de Liouville.
> > No caso geral, temos que lidar com os zeros de g e Liouville não se
> aplica
> > (pelo menos não diretamente).
> > No entanto, se g(z) = 0, então f(z) = 0 pela desigualdade |f(z)| <=
> |g(z)|.
> > Será que essa desigualdade garante que os zeros de g(z) são
> singularidades
> > removíveis de f(z)/g(z)?
>
> Sim: a forma canônica multiplicativa de f e g em torno de um zero,
> mais a desigualdade, dá que a ordem de f é pelo menos igual à de g.  O
> fato de haver uma ordem *inteira* de anulação é o que eu chamo de
> "algebrização".
>
> Abraços,
> --
> Bernardo Freitas Paulo da Costa
>
> --
> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>  acredita-se estar livre de perigo.
>
>
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> Instru�ões para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.

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