[obm-l] Vetores-2

2003-03-25 Por tôpico amurpe
Professor Morgado, gostaria que o senhor visse se o que 
eu fiz está correto, desde já obrigado .

1) a coordenada de um vetor relativa ao eixo D com o 
qual V faz um angulo de 120 graus é -9.Dê o módulo de V.

Fiz: cos120 = -9/V- (-raiz3)/2=-9/v.
...v=6raiz3.


2)Determinar os vetores x e y que verificam o sistema:

x+2y=(0,2,1)
y-2x=(1,2,-1).

Resolvi o sistema normalmente por adição  e encontrei x=
(-2/5,-2/5,3/5) e y=(2/5,12/5,2/5).
desculpe a pergunta , mas como está falando em vetor , o 
essa maneira como resolvi está correta ? há algo mais 
especial por trás desse tipo de problema?

Obrigado , mais uma vez.

um abraço.

Amurpe





 
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Re: [obm-l] congruencias

2003-03-25 Por tôpico amurpe
 Prezado , Claudio tenho observado em várias soluções , 
inclusive envolvendo polinômios que você usa a noção de 
congruência , e as vezes o problema não mostra isso 
explicitamente . 

As soluções que são dadas por você ou por outros colegas 
da lista , são muito legais , embora confesse que fico 
boiando .

Fiquei , de imediato , um pouco receoso de fazer esse 
tipo de pergunta , mas como você é uma pessoa paciente .

Tomo coragem e pergunto a  você , como se  faz pra  
ver esse tipo de saída num problema ?.

Tenho cosciencia de que tem muito estudo por trás 
disso , mas se vier uma orientação eu corro atrás para 
aprender.

um abraço.

Amurpe















 - Original Message -
 From: m.ofl [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Sent: Sunday, March 23, 2003 11:59 AM
 Subject: [obm-l] congruencias
 
 
  quais podem ser os valores de n para (5 elevado a n) 
+
  (n elevado a 5) para que esta soma seja divisivel por
 13
 
 
 5^n + n^5 = 0 (mod 13) ==
 n^5 = - 5^n (mod 13)
 
 Mod 13, teremos:
 5^1 = 5
 5^2 = -1
 5^3 = -5
 5^4 = 1 ==
 
 5^(4k) = 1
 5^(4k+1) = 5
 5^(4k+2) = -1
 5^(4k+3) = -5
 
 Por outro lado (ainda mod 13)
 n = 0 == n^5 = 0
 n = 1 == n^5 = 1
 n = 2 == n^5 = 6
 n = 3 == n^5 = -4
 n = 4 == n^5 = -3
 n = 5 == n^5 = 5
 n = 6 == n^5 = 2
 n = -6 == n^5 = -2
 n = -5 == n^5 = -5
 n = -4 == n^5 = 3
 n = -3 == n^5 = 4
 n = -2 == n^5 = -6
 n = -1 == n^5 = -1
 
 Como -5^n só pode ser igual a 1, 5 , -1 e -
5 (mod 13), temos que os únicos
 valores admissíveis de n serão:
 1, 5, -1 e -5 (mod 13)
 
 n = 1 (mod 13);
 n^5 = 1 == 5^n = -1 == n = 4k+2 == n = 2 (mod 4)
 
 n = -1 (mod 13):
 n^5 = -1 == 5^n = 1 == n = 4k == n = 0 (mod 4)
 
 n = 5 (mod 13):
 n^5 = 5 == 5^n = -5 == n =  4k+3 == n = 3 (mod 4)
 
 n = -5 (mod 13):
 n^5 = -5 == 5^n = 5 == n = 4k+1 == n = 1 (mod 4)
 
 Agora, resta-
nos resolver estes 4 sistemas de congruências, o que pode
 ser
 feito usando-
se o Teorema Chinês dos Restos, uma vez que mdc
(4,13) = 1:
 n = a (mod 13)
 n = b (mod 4) ==
 
 n = -12a + 13b (mod 52)
 
 a = 1, b = 2 == n = 14 (mod 52)
 a = -1, b = 0 == n = 12 (mod 52)
 a = 5, b = 3 == n = -21 = 31 (mod 52)
 a = -5, b = 1 == n = 73 = 21 (mod 52)
 
 Assim, a congruência n^5 + 5^n = 0 (mod 13) terá soluçã
o para:
 n = 12, 14, 21 e 31 (mod 52)
 
 Um abraço,
 Claudio.
 
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[obm-l] Re: [obm-l] equacao 2 grau, seno coseno?

2003-03-25 Por tôpico peterdirichlet1985
sei nao mas qualquer coisa prostaferize sen+cos e sen*cos pra ver no que
da.

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[obm-l] Problema da IMO

2003-03-25 Por tôpico peterdirichlet1985
Olhem so esse problema aqui:
 Sejam 0abcd impares tais que a+d e b+c sao potencias de 2 e ad=bc.Mostre
que a=1

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[obm-l] Questão IME 96

2003-03-25 Por tôpico Tcheka Republica
Essa é uma questão do IME do ano de 1996.
Gostaria que alguem ajudasse-me a resolve-la:
Seja um octógono convexo. Supondo que quando todas as suas digonais são 
traçadas, não há mais de duas diagonais se interceptando no mesmo ponto. 
Quantos pontos de interseção (de diagonais) existem neste octógono ?

Obrigado pela ajuda.
Wander
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Re: [obm-l] congruencias

2003-03-25 Por tôpico Cláudio \(Prática\)
Caro Amurpe:

Congruências são um dos instrumentos mais úteis para se resolver problemas
que envolvem a divisibilidade de inteiros.
Assim, em todo problema que envolve, de um jeito ou de outro, o conceito de
divisibilidade, existe uma boa chance de haver uma solução usando
congruências.

O conceito é muito simples:
Dado um inteiro não nulo m, diz-se que dois inteiros a e b são
congruentes módulo m se e somente se m divide (a-b). Isso se representa
assim: a = b (mod m)
onde, na verdade, o sinal correto não é o de igualdade, mas consiste de três
traços paralelos. No entanto, como no meu teclado este sinal não existe

Qualquer livro de teoria dos números dedica um ou mais capítulos ao assunto.
Existem dois em português que eu posso recomendar:

Teoria das Congruências
Edgard de Alencar Filho
Editora Nobel

Fundamentos de Aritmética
Hygino H. Domingues
Atual Editora

Ambos têm vários problemas resolvidos.

Além disso, na revista Eureka, da OBM, você encontra alguns artigos sobre
divisibilidade e congruências:
http://www.obm.org.br/eureka.htm

Há também um livro on-line escrito pelo Nicolau e pelo Gugu cujos primeiros
capítulos tratam justamente de divisibilidade e congruências - chama-se
Primos de Mersenne (e outros primos muito grandes). Está aqui:
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/publ/papers/mersenne/index.html

De resto, se você souber inglês, digite Number Theory ou Congruences em
algum mecanismo de busca (o meu preferido é o Google) e aparecerão centenas
de páginas com referências ao assunto (algumas bem melhores que outras, é
verdade).

No mais, se houver algum problema específico da lista onde você estiver
boiando, mande um e-mail a respeito que eu posso tentar esclarecer as suas
dúvidas, ou pelo menos indicar referências bibliográficas pertinentes.

Um abraço,
Claudio.


- Original Message -
From: amurpe [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, March 25, 2003 11:54 AM
Subject: Re: [obm-l] congruencias


  Prezado , Claudio tenho observado em várias soluções ,
 inclusive envolvendo polinômios que você usa a noção de
 congruência , e as vezes o problema não mostra isso
 explicitamente .

 As soluções que são dadas por você ou por outros colegas
 da lista , são muito legais , embora confesse que fico
 boiando .

 Fiquei , de imediato , um pouco receoso de fazer esse
 tipo de pergunta , mas como você é uma pessoa paciente .

 Tomo coragem e pergunto a  você , como se  faz pra 
 ver esse tipo de saída num problema ?.

 Tenho cosciencia de que tem muito estudo por trás
 disso , mas se vier uma orientação eu corro atrás para
 aprender.

 um abraço.

 Amurpe















  - Original Message -
  From: m.ofl [EMAIL PROTECTED]
  To: [EMAIL PROTECTED]
  Sent: Sunday, March 23, 2003 11:59 AM
  Subject: [obm-l] congruencias
 
 
   quais podem ser os valores de n para (5 elevado a n)
 +
   (n elevado a 5) para que esta soma seja divisivel por
  13
  
 
  5^n + n^5 = 0 (mod 13) ==
  n^5 = - 5^n (mod 13)
 
  Mod 13, teremos:
  5^1 = 5
  5^2 = -1
  5^3 = -5
  5^4 = 1 ==
 
  5^(4k) = 1
  5^(4k+1) = 5
  5^(4k+2) = -1
  5^(4k+3) = -5
 
  Por outro lado (ainda mod 13)
  n = 0 == n^5 = 0
  n = 1 == n^5 = 1
  n = 2 == n^5 = 6
  n = 3 == n^5 = -4
  n = 4 == n^5 = -3
  n = 5 == n^5 = 5
  n = 6 == n^5 = 2
  n = -6 == n^5 = -2
  n = -5 == n^5 = -5
  n = -4 == n^5 = 3
  n = -3 == n^5 = 4
  n = -2 == n^5 = -6
  n = -1 == n^5 = -1
 
  Como -5^n só pode ser igual a 1, 5 , -1 e -
 5 (mod 13), temos que os únicos
  valores admissíveis de n serão:
  1, 5, -1 e -5 (mod 13)
 
  n = 1 (mod 13);
  n^5 = 1 == 5^n = -1 == n = 4k+2 == n = 2 (mod 4)
 
  n = -1 (mod 13):
  n^5 = -1 == 5^n = 1 == n = 4k == n = 0 (mod 4)
 
  n = 5 (mod 13):
  n^5 = 5 == 5^n = -5 == n =  4k+3 == n = 3 (mod 4)
 
  n = -5 (mod 13):
  n^5 = -5 == 5^n = 5 == n = 4k+1 == n = 1 (mod 4)
 
  Agora, resta-
 nos resolver estes 4 sistemas de congruências, o que pode
  ser
  feito usando-
 se o Teorema Chinês dos Restos, uma vez que mdc
 (4,13) = 1:
  n = a (mod 13)
  n = b (mod 4) ==
 
  n = -12a + 13b (mod 52)
 
  a = 1, b = 2 == n = 14 (mod 52)
  a = -1, b = 0 == n = 12 (mod 52)
  a = 5, b = 3 == n = -21 = 31 (mod 52)
  a = -5, b = 1 == n = 73 = 21 (mod 52)
 
  Assim, a congruência n^5 + 5^n = 0 (mod 13) terá soluçã
 o para:
  n = 12, 14, 21 e 31 (mod 52)
 
  Um abraço,
  Claudio.
 
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  lista em
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Re: [obm-l] problemas2

2003-03-25 Por tôpico Cláudio \(Prática\)



Caro Daniel:
Uma notação simplificada para grandes números 
pode ser desenvolvida denotando-se d(n) a ocorrência consecutiva de n algarismos 
iguais a d onde n é um inteiro positivo e d um algarismo fixado onde d é 
maior-igual a 0 e menor-igual a 9. Assim, por exemplo, 1(2)4(3)9(4)2(5) 
representa o número 114442. Se, 2(x)3(y)5(z) + 
3(z)5(x)2(y)=5(3)7(2)8(3)5(1)7(3) o terno (x,y,z) é igual a:


 2(x)3(y)5(z)
+
 3(z)5(x)2(y)
-
555778885777

Considere os 4 últimos algarismos da soma 
(5777).
Centena,Dezena,Unidade = 777 == min(y,z) = 
3
z  y == 5 + 5 termina em 5 == 
contradição == z = y
z = y == 3 + 5 termina em 5 == contradição 
== z  y ==
z = 3 e y = 4

Milhar = 5 = 3 + 2

Dezena de Milhar = 8
y  4 == 3 + 2 termina em 8 == 
contradição == y = 4

Assim, a soma fica:
 2(x)555
+
 3335(x)
---
555778885777

Como a soma começa com 555, concluímos que x = 
3.
Isso significa que o segundo somando começa com 
333555.

De fato, a soma começa com 555778. Subtraindo 
333555 desse número, obtemos 23.

Logo, só podemos concluir que o primeiro somando 
começa com 23 == x = 5.

Assim, x = 5, y = 4 e z = 3.

R:(5,4,3)

*

Um estudante em viagem de férias combinou com seu 
paique se comunicariam em um código numérico no qual cada algarismo 
representaria uma letra distinta e como comprovação, o número representante da 
ultima palavra seria a soma dos anteriores. Sabendo que o estudante desejava 
enviar a mensagem SEND MORE MONEY podemos afirmar que a soma dos algarismos 
utilizados na mensagem codificada é igual a: R:27

Esse problema é famoso e sai por um processo de 
dedução parecido mas bem mais longo que odo primeiro 
problema.

Você pode ver a resposta em:
http://www.puzzles.com/PuzzlePlayground/SendMoreMoney/SendMoreMoney.htm

Uma solução detalhada e quase completa pode ser 
encontrada em:
http://members.aol.com/AmazingMazeMan/SEND-MORE-MONEY.html

**

O auditório de um colégio possui 20 filas de cadeiras com 
10 cadeiras na primeira fila e uma cadeiraa mais em cada fila sucessiva. Sabendo 
que este auditório será utilizado para a aplicação de uma prova na qual qualquer 
a luno pode sentar em qualquer cadeira desde que não haja alunos sentados lado a 
lado, o número máximo de alunos que podem fazer prova neste auditório 
é:

O número de cadeiras em cada fila é igual 
a:
10, 11, 12, 13, ..., 26, 27, 28, 29

Se uma fila tem 2n-1 ou 2n cadeiras, então nela 
podem se sentar n alunos de forma que haja sempre uma cadeira vazia entre dois 
alunos. Assim, o número máximo de alunos em cada fila é:
5, 6, 6, 7, ..., 13, 14, 14, 15

Logo, o número total de alunos é:
5 + 2*(6+7+...+13+14) + 15 =
5 + 2*9*(6+14)/2 + 15 =
5 + 180 + 15 =
200

R:200


Um abraço,
Claudio.


[obm-l] Re: [obm-l] Questão IME 96

2003-03-25 Por tôpico Cláudio \(Prática\)

- Original Message -
From: Tcheka Republica [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, March 25, 2003 1:55 PM
Subject: [obm-l] Questão IME 96



 Essa é uma questão do IME do ano de 1996.
 Gostaria que alguem ajudasse-me a resolve-la:

 Seja um octógono convexo. Supondo que quando todas as suas digonais são
 traçadas, não há mais de duas diagonais se interceptando no mesmo ponto.
 Quantos pontos de interseção (de diagonais) existem neste octógono ?


 Obrigado pela ajuda.
 Wander


Caro Wander:

O enunciado contém um erro, pois cada um dos 8 vértices do octógono é
extremidade de 5 diagonais - assim, não é possível que apenas 2 diagonais se
encontrem em cada ponto.

No entanto, vamos supor que o problema peça o número de pontos de interseção
de diagonais que não são vértices do octógono.

Nesse caso, começamos calculando o número de diagonais de um octógono
convexo - igual a 8*(8-3)/2 = 20.

Se cada par de diagonais se encontra num ponto, teremos que o número de
pontos de interseção será:
C(20,2) = 20*19/2 = 190.

No entanto, alguns desses pontos são justamente os vértices do octógono,
onde 5 diagonais se encontram. Assim, em cada vértice existirão C(5,2) =
5*4/2 = 10 pares de diagonais se encontrando.

Assim, devemos subtrair 8*C(5,2) = 80 do número que achamos anteriormente, o
que dará um total de:
190 - 80 = 110 pontos de interseção de diagonais que não são vértices.

Há um outro detalhe a se considerar: o problema pede o número de pontos de
interseções de diagonais NO octógono. Isso pode significar duas coisas:
i) o número de pontos NO PLANO do octógono, podendo algum ponto ser exterior
ao octógono  - nesse caso, vale a solução acima;

ou

ii) o número de pontos NO INTERIOR do octógono:

Aqui, o raciocínio é um pouco diferente.
Cada quatro vértices do octógono determinam um quadrilátero, o qual tem
apenas duas diagonais (as quais são também diagonais do octógono) que se
encontram num ponto, o qual é diferente para cada quadrilátero formado por
vértices do
octógono.

Assim, cada quadrilátero determina um ponto de interseção e vice-versa.
Além disso, cada 4 vértices determinam um quadrilátero e vice-versa.
Segue-se que:
número de pontos de interseção =
número de quadriláteros =
número de maneiras de se escolher 4 vértices dentre os 8 existentes =
C(8,4) = 8*7*6*5/(4*3*2*1) = 70 pontos de interseção de diagonais INTERIORES
ao octógono.


Um abraço,
Claudio.

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Re: [obm-l] Problema

2003-03-25 Por tôpico Domingos Jr.
Também tenho quebrado a cabeça com ele...

Uma primeira idéia foi considerar que existe uma divisão em 6 partições onde
nenhum elemento é soma de outros dois pertencendo a mesma partição e, para
cada partição, definir um conjunto de elementos que NÃO podem entrar na
partição, pois se entrasse haveria um elemento (não necessariamente o que
estaria para entrar) que desrespeitará a propriedade desejada.

A partir daí, queria provar que a intersecção desses 6 conjuntos não seria
nunca vazia, o que indicaria que existe um inteiro que não pode ser inserido
em nenhuma partição pois quebraria a nossa regra.

Para provar que a intersecção não é vazia eu imaginei que fosse possível
somar as cardinalidades de cada conjunto e verificar que o número é
suficientemente grande para exigir que um elemento esteja em todos os 6
conjuntos.

Infelizmente, não tenho conseguido mostrar elementos (claro, distintos
dentro de um mesmo conjunto) em quantidade suficiente para realizar uma
prova como a que propus acima.

Vou continuar pensando no problema e, quem sabe, algo se ilumina!
Alguma outra idéia?

[ ]'s

 Caros colegas da lista:

 Aqui vai um que esta dando trabalho:

 O conjunto {1,2,...,1978} eh particionado em 6 subconjuntos. Prove que um
 destes subconjuntos contem um elemento que eh igual a soma de dois
elementos
 (nao necessariamente distintos) deste mesmo subconjunto.

 Agradeco qualquer ajuda.

 Um abraco,
 Claudio.

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[obm-l] Re: [obm-l] 3 questões de raciocínio lógico matemático

2003-03-25 Por tôpico Cláudio \(Prática\)



Oi Fael:

Aqui vão alguns comentários.
1) Escreve-se a série natural dos números a partir de 1 sem separar os 
algarismos. Determinar o algarismo que ocupa o 123456789º lugar. 

Já apareceu um problema parecido na 
lista. Veja só:

Quando 
escrevemos os números 1, 2, 3, 4, , 2002, o 2002º algarismo escrito 
é:


Existem 9 números de 1 algarismo, que usam 9 
algarismos
Subtotal = 9
Existem 90 númerosde 2 algarismos, que usam 
2*90 = 180 algarismos 
Subtotal = 189 (ou seja, o 2o. "9" de 99 é o 189o. 
algarismo)
Existem 900 númerosde 3 algarismos, que usam 
3*900 = 2700 algarismos
Subtotal = 2889  2002 == o 2002o. algarismo 
pertence a um número de 3 algarismos.

2002 - 189 = 1813 = 3 * 604 + 1 == o 
2002.o algarismo é oprimeiro algarismo do 605o. número de 3 algarismos, ou 
seja, o primeiro algarismo de 704 = "7".

Explicação: 
A partir de 100 (inclusive), cada número usa 3 
algarismos. 
Por exemplo, se quiséssemos o 203o. algarismo, 
faríamos203 - 189 =14 = 3 *4 +2 == o 203o. algarismo 
é o 14o. algarismo contado a partir do "1"de 100 (inclusive), ou seja, é o 
segundo algarismo do quinto número de 3 algarismos, ou seja, o algarismo das 
dezenas de 104 = "0".
Podemos checar: 1 0 0 1 0 1 
1 0 2 1 0 3 1 "0" 4.

No entanto, estamos procurando o 2002.o algarismo = 
1813o. algarismo contado a partir de "1"de 100 (inclusive) = primeiro algarismo 
do 605o. número de 3 algarismos = primeiro algarismo de 704 = 
"7".
-

Um raciocínio análogo (mas muito 
mais longo, pois 123456789  2002) irá resolver o problema.
resp: 2 
***
2) Achar um número de quatro algarismos de tal modo que o algarismo das 
centenas seja a soma dos algarismos das dezenas e das unidades; o algarismo das 
dezenas seja o dobro da soma dos algarismos dos milhares e das unidades; o 
quociente da divisão do número pela soma dos valores absolutos de seus 
algarismos seja 109 e o resto 9, somando 819 ao número obtém-se o número formado 
com os mesmos algarismos colocados na ordem inversa. 
Suponha que o número seja (ABCD) = 1000A + 100B + 10C + D

Do enunciado, temos:
B = C + D
C = 2*(A + D)
1000A + 100B + 10C + D = 109*(A + B + C + D) + 9
1000A + 100B + 10C + D + 819 = 1000D + 100C + 10B +A

Agora é só resolver este sistema linear de 4 equações e 4 
incógnitas...
resp: 1862 

3) Professor Márcio, certo dia perguntou ao seu aluno se queria comprar 
uma impressora para conectar ao seu computador. Não precisa se preocupar com o 
preço, vai lhe custar pouco mais de 700 reais. Quanto a forma de pagamento, você 
pagará por mês. Cada mês paga o que quiser, e, no mês que não puder pagar, não 
paga nada. Não haverá juros. O aluno aceitou a proposta, mesmo sem saber o valor 
exato da compra. De imediato o Professor entregou a impressora e, sem hesitar, o 
aluno deu por conta 99 reais. Ao receber a nota do saldo devedor o aluno notou 
com surpresa que sua nova conta devedora era expressa pelos mesmos algarismos da 
dívida primitiva, apenas trocados de ordem. No mês seguinte, entregou ao 
Professor mais uma prestação de 180 reais. A dívida restante continuou, ainda, a 
ser expressa pelos mesmos algarismos apenas permutados... Como descobrir esse 
mistério e como será feito o cálculo da dívida do aluno ? 
Preço = (7AB) = 700 + 10A + B

(7AB)- 99 = X, 
onde X = (A7B) ou (AB7) ou (B7A) ou (BA7)
(repare que não a alternativa (7BA) não aparece, pois (7AB) - 99 = (7BA) 
implica em (AB) = 99 e (BA) = 00 == contradição)

(7AB) - 99 - 180 = (7AB) - 279 = Y, 
onde Y = (A7B) ou (AB7) ou (B7A) ou (BA7)
e também Y = X - 180

Agora, é só analisar cada uma das 4 possibilidades para X e ver quais que 
funcionam. Se duas ou mais funcionarem, então use as expressões para Y.

resp: A dívida é de 746 reais 
*
Obs: Pessoal, as questões supra-citadas são de que área da matemática ? 
Seria teoria dos números ? 
 

Questão 1: Como é só uma questão de enumeração, eu diria que é 
de análise combinatória.

Questões 2 e 3: Envolvem representação de números na base 10 e 
também (no caso da 2) o algoritmo da divisão com resto - assim, acho que se 
encaixam em teoria dos números, mas muito mais na linha recreativa.

Um abraço,
Claudio.


[obm-l] 2ª Vingança Olimpica - Problema 5

2003-03-25 Por tôpico Cláudio \(Prática\)
5)(Guilherme Issao)Existem p²,onde p e primo,crianças dispostas num bairro
como um tabuleiro p por p.Ha tambem duas distribuidoras de doces,a
Cledmilson Marmotta e a Estrogonofre's.A Cledmilson Marmotta manda um
vendedor para cada uma das p linhas horizontais,sendo que o vendedor da
i-esima linha tem i Kg de doce de jilo e distribui igualmente entre as p
crianças. Da mesma forma Estrogonofre's manda um vendedor para cada uma das
p linhas verticais,sendo que o vendedor da j-esima linha tem j Kg de doce de
jaca e distribui igualmente entre as p crianças. De quantas maneiras podemos
escolher um grupo de crianças desse bairro para roubar-lhes os doces de modo
que a quantidade de cada tipo de doce roubada seja inteira?[6]

Acho que encontrei a solução. De qualquer jeito, gostaria de comentários,
especialmente se a solução estiver errada.

Se as linhas escolhidas forem i_1, ..., i_r e as colunas  j_1, ..., j_s,
então as quantidades serão:
(i_1 + ... + i_r)/p kg de doce de jiló
e
(j_1 + ... + j_s)/p kg de doce de jaca.

O peso total de cada doce será inteiro se e somente se
{i_1, ..., i_r} e {j_1, ..., j_s} forem subconjuntos de {1, 2, ..., p} cujas
somas dos elementos sejam = 0 (mod p).

Dessa forma, o problema pode ser refraseado como:
Determinar o número de subconjuntos de {1, 2, ..., p}x{1, 2, ...,p} cuja
soma dos
elementos (definida da forma usual: (a,b)+(c,d)=(a+c,b+d) ) seja um par
ordenado da forma (mp,np) onde m e n são inteiros.

Assim, se M = número de subconjuntos de {1,2,...,p} que tenham a soma de
seus elementos = 0 (mod p), então o número desejado será igual a M^2.

Inicialmente, vamos determinar o valor de M.

Consideremos os subconjuntos de {1,2,...,p}com n elementos ( 1 = n = p ).
Seja f(n) = número de tais subconjuntos cuja soma seja = 0 (mod p)

Então: M = f(1) + f(2) = ... = f(p-1) + f(p)

Se n = p, então o único subconjunto com soma = 0 (mod p) será {1,2,...,p}
==
f(p) = 1

Consideremos agora o caso 1 = n = p-1.
Tomemos um subconjunto de n elementos {a(1),...,a(n)} com soma = 0 (mod p).

Para 1 = k = p-1, se somarmos k a cada um dos a(i), teremos que:
a(1) + ... + a(n) = kn (mod p)

Como p é primo e n  p, os números 0, n, 2n, ..., (p-1)n formarão um sistema
completo de restos (mod p).

Assim, para cada k ( 1 = k = p-1) e a cada subconjunto {a(1), ...,a(n)}com
soma = 0 (mod p), podemos fazer
corresponder exatamente um conjunto cuja soma é = k (mod p).

Logo, o número de subconjuntos de n elementos cuja soma é =  k (mod p), será
o mesmo
para cada k (0 = k = p-1)

Como o número total de subconjuntos de n elementos de {1, 2, ..., p} é
C(p,n), teremos que f(n) = C(p,n)/p.

M = f(1) + f(2) +  ... + f(p-1) + f(p) =
= C(p,1)/p + C(p,2)/p + ... + C(p,p-1)/p + 1 =
= (2^p - 2)/p + 1

Logo, M^2 = [(2^p - 2)/p + 1]^2

Obs: Existe uma maneira de roubar um número inteiro de cada tipo de doce que
não foi computada acima. Trata-se de não roubar doce nenhum (ou seja, roubar
zero doces), o que corresponde ao subconjunto vazio de {1,...,p} x
{1,...,p}.
Se incluirmos essa maneira (e acho que devemos, pois é a única moral e
legalmente aceitável), a resposta será:
[(2^p - 2)/p + 1]^2 + 1.

Um abraço,
Claudio.

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[obm-l] Re: [obm-l] Soma de inversos de primos

2003-03-25 Por tôpico peterdirichlet1985

Essa prova e de Clarkson se eu nao me engano,e PAUL Erdös achou OTIMA!
A parte classica e as tecnicas do TNP.
-- Mensagem original --

   Desculpem a demora. So' agora vi esta mensagem...
   A prova mais classica se obtem fatorando infinito=1+1/2+1/3+1/4+...=
=(1+1/2+1/2^2+...)(1+1/3+1/3^2+...)(1+1/5+1/5^2+...)...= 
=Produto(p primo)(1-1/p)^(-1). Tirando o log o lado direito se parece com
1/2 + 1/3 + 1/5 + 1/7 + 1/11 + ..., que portanto diverge. Nao vou fazer
os
detalhes dessa prova, devida ao Euler, a qual tem grande importancia
teorica, mas vou mostrar outra prova, se nao me engano devida ao Erdos,
que
e' muito bonita:
   Suponha que soma(p primo)(1/p)infinito. Entao existe C inteiro tal
que

soma(p primo,pC)(1/p)  1/2. Dizemos que um primo p e' grande se p  C,
e
pequeno caso contrario. Dividimos os naturais em dois conjuntos: A e' o
conjunto dos naturais com todos os fatores primos pequenos e B o conjunto
dos naturais com algum fator primo grande. Tomamos agora n natural. O numero
de naturais m no conjunto A com m = n e' no maximo (lg(n))^C, onde lg
e'
o
logaritmo na base 2, pois ha' menos de C primos pequenos, e ao fatorar
um
numero m = n como produto de potencias de primos os expoentes nunca excedem
lg(n). Por outro lado, para cada p grande, ha' no maximo n/p multiplos
de
p
entre 1 e n. Assim, o numero de naturais m no conjunto B com m = n e'
no
maximo n.soma(p primo,pC)(1/p)  n/2. Assim, como todos os naturais m
com
m
= n estao em A ou em B, devemos ter (lg(n))^C+n/2 = n, ou 2.lg(n)^C =
n
para todo n natural, o que e' um absurdo.
Abracos,
Gugu
 

Como se calcula o limite (ou prova a divergência) da seqüência

1/2 + 1/3 + 1/5 + 1/7 + 1/11 + ... que é a soma dos inversos de todos
primos
inteiros?

Obrigado,
[]'s Bernardo



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Re: [obm-l] problemas1

2003-03-25 Por tôpico Claudio Buffara
Title: Re: [obm-l] problemas1



Tem dois de fracoes. Qual deles? O do 5/48 ou o do 1/2 + 1/3 + ... + 1/n?

on 25.03.03 20:52, Daniel Pini at [EMAIL PROTECTED] wrote:

Caro Claudio, fico muito grato com as soluções que vc me enviou. Elas me ajudam bastante a comprender a fundo os exercícios. 
Infelizmente devo dizer que não consegui entender a sua solução para o problema das frações. Vc poderia enviar uma outra solução ou então detalhar mais como vc fez para resolve-la? Muito grato, Daniel
- Original Message - 
From: Cláudio (Prática) mailto:[EMAIL PROTECTED] 
To: [EMAIL PROTECTED] 
Sent: Monday, March 24, 2003 5:20 PM
Subject: Re: [obm-l] problemas1

Oi, Daniel:
 
Dentre todas as frações da forma a/b com a, b inteiros; a maior que 0 e menor que b ,e a+b menor que 40, aquela mais próxima de 5/48 é tal que a+b vale: R: 32
 
O problema é minimizar | a/b - 5/48 | sujeito a 0  a  b e a+b  40
 
| a/b - 5/48 | = | 48a - 5b | / | 48b |
 
mdc(5,48) = 1 == o menor valor de | 48a - 5b | é igual a 1 e ocorrerá para:
a = 2 + 5m e b = 19 + 48m ( 48a - 5b = 1 ) para algum m inteiro
ou então
a = 3 + 5n e b = 29 + 48n ( 48a - 5b = -1 ) para algum n inteiro
 
No primeiro caso, teremos:
m = 0 == a = 2 e b = 19 == | a/b - 5/48 | = | 2/19 - 5/48 | = 1/(19*48) = 1/912
(todos os outros valores de m produzem valores de a e b que desobedecem às restrições)
 
No segundo caso, teremos:
n = 0 == a = 3 e b = 29 == | a/b - 5/48 | = | 3/29 - 5/48 | = 1/(29*48) = 1/1392
(idem)
 
Logo, o valor de a/b que melhor aproxima 5/48 e obedece às restrições é 3/29 ==
3 + 29 = 32.
 
*
 
A soma de todas as frações de numerador 1 e denominador 2, 3, 4, ..., n é tal que:
 
a)pode ser igual a 1992
b) pode ser igual a qualquer inteiro 
c)nunca pode ser interiro para qualquer n
d)é irracional
e) é sempre menor que 1
 
Esse é um problema bem conhecido.
 
Ponha S = 1/2 + 1/3 + ... + 1/n.
 
Agora, sejam:
2^k = maior potência de 2 que é = n
e
P = 1*3*5* = produto dos ímpares positivos = n
 
Então: 2^(k-1)*P*S é uma soma de (n-1) termos dos quais apenas um não é inteiro (justamente aquele que corresponde ao termo 1/2^k na soma original S). 
 
Logo, 2^(k-1)*P*S não é inteiro == 
S não é inteiro == 
alternativa (c)
 
*
 
Sabendo que na equação SHE=(HE)^2, mesmas letras representam mesmos digitos e letras diferentes representam dígitos diferentes, o valor da soma S+H+E é igual a:
 
100*S + (HE) = (HE)^2 == 
HE^2 - HE - 100*S = 0
 
Delta = 1 + 400*S = quadrado perfeito
 
Testando os 9 valores possíveis de S (1,2,...,9), teremos:
1 + 400*S = 2401 = 49^2 ==
S = 6
 
Além disso, HE = (1 + raiz(Delta))/2 = (1 + 49)/2 = 25
 
Logo, SHE = 625 == S+H+E = 13.
 
R:13
 
Um abraço,
Claudio.







[obm-l] Re: [obm-l] problemas1

2003-03-25 Por tôpico peterdirichlet1985

Tem uma soluçao superlegal que usa o Postulado de Bertrand.O Bruno Leite
deve ter no site dele do IME.
-- Mensagem original --

Caro Claudio, fico muito grato com as soluções que vc me enviou. Elas me
ajudam bastante a comprender a fundo os exercícios. 
Infelizmente devo dizer que não consegui entender a sua solução para o
problema
das frações. Vc poderia enviar uma outra solução ou então detalhar mais
como
vc fez para resolve-la? Muito grato, Daniel
  - Original Message - 
  From: Cláudio (Prática) 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Monday, March 24, 2003 5:20 PM
  Subject: Re: [obm-l] problemas1


  Oi, Daniel:
   
  Dentre todas as frações da forma a/b com a, b inteiros; a maior que 0
e
menor que b ,e a+b menor que 40, aquela mais próxima de 5/48 é tal que
a+b
vale: R: 32
   
  O problema é minimizar | a/b - 5/48 | sujeito a 0  a  b  e  a+b  40
   
  | a/b - 5/48 | = | 48a - 5b | / | 48b |
   
  mdc(5,48) = 1 == o menor valor de | 48a - 5b | é igual a 1 e ocorrerá
para:
  a = 2 + 5m  e  b = 19 + 48m  ( 48a - 5b = 1 ) para algum m inteiro
  ou então
  a = 3 + 5n  e  b = 29 + 48n  ( 48a - 5b = -1 ) para algum n inteiro
   
  No primeiro caso, teremos:
  m = 0 == a = 2 e b = 19 == | a/b - 5/48 | = | 2/19 - 5/48 | = 1/(19*48)
= 1/912
  (todos os outros valores de m produzem valores de a e b que desobedecem
às restrições)
   
  No segundo caso, teremos:
  n = 0 == a = 3 e b = 29 == | a/b - 5/48 | = | 3/29 - 5/48 | = 1/(29*48)
= 1/1392
  (idem)
   
  Logo, o valor de a/b que melhor aproxima 5/48 e obedece às restrições
é
3/29 ==
  3 + 29 = 32.
   
  *
   
  A soma de todas as frações de numerador 1 e denominador 2, 3, 4, ...,
n
é tal que:
   
  a)pode ser igual a 1992
  b) pode ser igual a qualquer inteiro
  c)nunca pode ser interiro para qualquer n
  d)é irracional
  e) é sempre menor que 1
   
  Esse é um problema bem conhecido.
   
  Ponha S = 1/2 + 1/3 + ... + 1/n.
   
  Agora, sejam:
  2^k = maior potência de 2 que é = n
  e
  P = 1*3*5* = produto dos ímpares positivos = n
   
  Então: 2^(k-1)*P*S é uma soma de (n-1) termos dos quais apenas um não
é
inteiro (justamente aquele que corresponde ao termo 1/2^k na soma original
S). 
   
  Logo, 2^(k-1)*P*S não é inteiro == 
  S não é inteiro == 
  alternativa (c)
   
  *
   
  Sabendo que na equação SHE=(HE)^2, mesmas letras representam mesmos digitos
e letras diferentes representam dígitos diferentes, o valor da soma S+H+E
é igual a:
   
  100*S + (HE) = (HE)^2 == 
  HE^2  - HE - 100*S = 0
   
  Delta = 1 + 400*S = quadrado perfeito
   
  Testando os 9 valores possíveis de S (1,2,...,9), teremos:
  1 + 400*S = 2401 = 49^2 ==
  S = 6
   
  Além disso, HE = (1 + raiz(Delta))/2 = (1 + 49)/2 = 25
   
  Logo, SHE = 625 == S+H+E = 13.
   
  R:13
   
  Um abraço,
  Claudio.


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[obm-l] Re: [obm-l] 2ª Vingança Olimpica - Problema 5

2003-03-25 Por tôpico peterdirichlet1985
Nessa parte de conjuntos,lembre-se de que a criança(i;j)tem i kg de doce
de jilo e j kg de doce de jaca.E sao escolhidas crianças e nao linhas e
colunas.Tente verificar isso.Essa ultima parte foi considerada dificil.Mas
beleza sao so detalhes(acho)

-- Mensagem original --

5)(Guilherme Issao)Existem p²,onde p e primo,crianças dispostas num bairro
como um tabuleiro p por p.Ha tambem duas distribuidoras de doces,a
Cledmilson Marmotta e a Estrogonofre's.A Cledmilson Marmotta manda um
vendedor para cada uma das p linhas horizontais,sendo que o vendedor da
i-esima linha tem i Kg de doce de jilo e distribui igualmente entre as
p
crianças. Da mesma forma Estrogonofre's manda um vendedor para cada uma
das
p linhas verticais,sendo que o vendedor da j-esima linha tem j Kg de doce
de
jaca e distribui igualmente entre as p crianças. De quantas maneiras podemos
escolher um grupo de crianças desse bairro para roubar-lhes os doces de
modo
que a quantidade de cada tipo de doce roubada seja inteira?[6]

Acho que encontrei a solução. De qualquer jeito, gostaria de comentários,
especialmente se a solução estiver errada.

Se as linhas escolhidas forem i_1, ..., i_r e as colunas  j_1, ..., j_s,
então as quantidades serão:
(i_1 + ... + i_r)/p kg de doce de jiló
e
(j_1 + ... + j_s)/p kg de doce de jaca.

O peso total de cada doce será inteiro se e somente se
{i_1, ..., i_r} e {j_1, ..., j_s} forem subconjuntos de {1, 2, ..., p}
cujas
somas dos elementos sejam = 0 (mod p).

Dessa forma, o problema pode ser refraseado como:
Determinar o número de subconjuntos de {1, 2, ..., p}x{1, 2, ...,p} cuja
soma dos
elementos (definida da forma usual: (a,b)+(c,d)=(a+c,b+d) ) seja um par
ordenado da forma (mp,np) onde m e n são inteiros.

Assim, se M = número de subconjuntos de {1,2,...,p} que tenham a soma de
seus elementos = 0 (mod p), então o número desejado será igual a M^2.

Inicialmente, vamos determinar o valor de M.

Consideremos os subconjuntos de {1,2,...,p}com n elementos ( 1 = n =
p
).
Seja f(n) = número de tais subconjuntos cuja soma seja = 0 (mod p)

Então: M = f(1) + f(2) = ... = f(p-1) + f(p)

Se n = p, então o único subconjunto com soma = 0 (mod p) será {1,2,...,p}
==
f(p) = 1

Consideremos agora o caso 1 = n = p-1.
Tomemos um subconjunto de n elementos {a(1),...,a(n)} com soma = 0 (mod
p).

Para 1 = k = p-1, se somarmos k a cada um dos a(i), teremos que:
a(1) + ... + a(n) = kn (mod p)

Como p é primo e n  p, os números 0, n, 2n, ..., (p-1)n formarão um sistema
completo de restos (mod p).

Assim, para cada k ( 1 = k = p-1) e a cada subconjunto {a(1), ...,a(n)}com
soma = 0 (mod p), podemos fazer
corresponder exatamente um conjunto cuja soma é = k (mod p).

Logo, o número de subconjuntos de n elementos cuja soma é =  k (mod p),
será
o mesmo
para cada k (0 = k = p-1)

Como o número total de subconjuntos de n elementos de {1, 2, ..., p} é
C(p,n), teremos que f(n) = C(p,n)/p.

M = f(1) + f(2) +  ... + f(p-1) + f(p) =
= C(p,1)/p + C(p,2)/p + ... + C(p,p-1)/p + 1 =
= (2^p - 2)/p + 1

Logo, M^2 = [(2^p - 2)/p + 1]^2

Obs: Existe uma maneira de roubar um número inteiro de cada tipo de doce
que
não foi computada acima. Trata-se de não roubar doce nenhum (ou seja, roubar
zero doces), o que corresponde ao subconjunto vazio de {1,...,p} x
{1,...,p}.
Se incluirmos essa maneira (e acho que devemos, pois é a única moral e
legalmente aceitável), a resposta será:
[(2^p - 2)/p + 1]^2 + 1.

Um abraço,
Claudio.

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[obm-l] Re: [obm-l] 2ª Vingança Olimpica - Problema 5

2003-03-25 Por tôpico peterdirichlet1985
Nessa parte de conjuntos,lembre-se de que a criança(i;j)tem i kg de doce
de jilo e j kg de doce de jaca.E sao escolhidas crianças e nao linhas e
colunas.Tente verificar isso.Essa ultima parte foi considerada dificil.Mas
beleza sao so detalhes(acho)

-- Mensagem original --

5)(Guilherme Issao)Existem p²,onde p e primo,crianças dispostas num bairro
como um tabuleiro p por p.Ha tambem duas distribuidoras de doces,a
Cledmilson Marmotta e a Estrogonofre's.A Cledmilson Marmotta manda um
vendedor para cada uma das p linhas horizontais,sendo que o vendedor da
i-esima linha tem i Kg de doce de jilo e distribui igualmente entre as
p
crianças. Da mesma forma Estrogonofre's manda um vendedor para cada uma
das
p linhas verticais,sendo que o vendedor da j-esima linha tem j Kg de doce
de
jaca e distribui igualmente entre as p crianças. De quantas maneiras podemos
escolher um grupo de crianças desse bairro para roubar-lhes os doces de
modo
que a quantidade de cada tipo de doce roubada seja inteira?[6]

Acho que encontrei a solução. De qualquer jeito, gostaria de comentários,
especialmente se a solução estiver errada.

Se as linhas escolhidas forem i_1, ..., i_r e as colunas  j_1, ..., j_s,
então as quantidades serão:
(i_1 + ... + i_r)/p kg de doce de jiló
e
(j_1 + ... + j_s)/p kg de doce de jaca.

O peso total de cada doce será inteiro se e somente se
{i_1, ..., i_r} e {j_1, ..., j_s} forem subconjuntos de {1, 2, ..., p}
cujas
somas dos elementos sejam = 0 (mod p).

Dessa forma, o problema pode ser refraseado como:
Determinar o número de subconjuntos de {1, 2, ..., p}x{1, 2, ...,p} cuja
soma dos
elementos (definida da forma usual: (a,b)+(c,d)=(a+c,b+d) ) seja um par
ordenado da forma (mp,np) onde m e n são inteiros.

Assim, se M = número de subconjuntos de {1,2,...,p} que tenham a soma de
seus elementos = 0 (mod p), então o número desejado será igual a M^2.

Inicialmente, vamos determinar o valor de M.

Consideremos os subconjuntos de {1,2,...,p}com n elementos ( 1 = n =
p
).
Seja f(n) = número de tais subconjuntos cuja soma seja = 0 (mod p)

Então: M = f(1) + f(2) = ... = f(p-1) + f(p)

Se n = p, então o único subconjunto com soma = 0 (mod p) será {1,2,...,p}
==
f(p) = 1

Consideremos agora o caso 1 = n = p-1.
Tomemos um subconjunto de n elementos {a(1),...,a(n)} com soma = 0 (mod
p).

Para 1 = k = p-1, se somarmos k a cada um dos a(i), teremos que:
a(1) + ... + a(n) = kn (mod p)

Como p é primo e n  p, os números 0, n, 2n, ..., (p-1)n formarão um sistema
completo de restos (mod p).

Assim, para cada k ( 1 = k = p-1) e a cada subconjunto {a(1), ...,a(n)}com
soma = 0 (mod p), podemos fazer
corresponder exatamente um conjunto cuja soma é = k (mod p).

Logo, o número de subconjuntos de n elementos cuja soma é =  k (mod p),
será
o mesmo
para cada k (0 = k = p-1)

Como o número total de subconjuntos de n elementos de {1, 2, ..., p} é
C(p,n), teremos que f(n) = C(p,n)/p.

M = f(1) + f(2) +  ... + f(p-1) + f(p) =
= C(p,1)/p + C(p,2)/p + ... + C(p,p-1)/p + 1 =
= (2^p - 2)/p + 1

Logo, M^2 = [(2^p - 2)/p + 1]^2

Obs: Existe uma maneira de roubar um número inteiro de cada tipo de doce
que
não foi computada acima. Trata-se de não roubar doce nenhum (ou seja, roubar
zero doces), o que corresponde ao subconjunto vazio de {1,...,p} x
{1,...,p}.
Se incluirmos essa maneira (e acho que devemos, pois é a única moral e
legalmente aceitável), a resposta será:
[(2^p - 2)/p + 1]^2 + 1.

Um abraço,
Claudio.

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Re: [obm-l] equacao 2 grau, seno coseno?

2003-03-25 Por tôpico Juliano L.A.

A.C Morgado - Valeu, brigadao mesmo. (eu esqueci desse detalhe)

From: "A. C. Morgado" <[EMAIL PROTECTED]>
Reply-To: [EMAIL PROTECTED] 
To: [EMAIL PROTECTED] 
Subject: Re: [obm-l] equacao 2 grau, seno coseno? 
Date: Mon, 24 Mar 2003 20:17:56 -0300 
 
A soma dos quadrados das raizes vale 1. 
 
Juliano L.A. wrote: 
 
ae pessoal, se uma equacao do segundo grau tem como raizes o seno e 
o coseno de um mesmo arco, tem alguma coisa de especial nela? 
 vou deixar o enunciado aki 
Determine K de modo que as raízes da equação do segundo grau: 
(k - 5).x² - 4.k.x + k - 2 = 0 
sejam o seno e o co-seno de um mesmo arco. 
valeu 
obs: nao qero que alguem resolva p/ mim, soh qero uma saida, valeu! 
 
 
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[obm-l] Pentágono

2003-03-25 Por tôpico Fabio Bernardo



Pessoal, não consigo achar a solução desse 
problema.
Como estou pensando a bastante tempo, sempre começo 
de onde parei. Acho que estou cometendo algum tipo de erro e repetindo o erro 
sempre que penso na questão.

Ajudem-me por favor.
Um abraço.
Fábio Bernardo


ABCDE é um pentágono regular. AP, 
AQ e AR são perpendiculares traçadas de A até CD e os prolongamentos de CB e DE, 
respectivamente. Se O é o centro do pentágono e OP=1, então AO+AQ+AR é igual 
a:



  
  

  


  

a) 
3
b) 
1+
c) 
4
d) 
2+
e) 
5 





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[obm-l] Re: [obm-l] Pentágono

2003-03-25 Por tôpico ponciomineiro



Como O é ocentro do pentágono e OP=1, então concluímos que a área do 
pentágono vale 5 x (L x 1)/2, onde L é a medida do lado do pentágono. Também é 
verdade que essa área poderia ter sido calculada da seguinte forma:
1º - Ligue os pontos A a C e A a D. 
2° - Note que a área do pentágono pode ser encontrada como a soma das áreas 
dos triângulos ABC, ACD e ADE. As bases (e alturas) dos 
triângulos são, respectivamente, BC (AQ) ; CD (AP = 1 + AO) e DE 
(AR).

Daí, se calcularmos a soma das áreas desses três 
triângulos e igualarmos à área do pentágono, encontraremos AQ + AO + AR = 4. 
Resposta: Letra C.
Espero ter ajudado, 
Poncio Mineiro.

  - Original Message - 
  From: 
  Fabio Bernardo 
  
  To: obm 
  Sent: Tuesday, March 25, 2003 11:25 
  PM
  Subject: [obm-l] Pentágono
  
  
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  Pessoal, não consigo achar a solução desse 
  problema.
  Como estou pensando a bastante tempo, sempre 
  começo de onde parei. Acho que estou cometendo algum tipo de erro e repetindo 
  o erro sempre que penso na questão.
  
  Ajudem-me por favor.
  Um abraço.
  Fábio Bernardo
  
  
  ABCDE é um pentágono regular. 
  AP, AQ e AR são perpendiculares traçadas de A até CD e os prolongamentos de CB 
  e DE, respectivamente. Se O é o centro do pentágono e OP=1, então AO+AQ+AR é 
  igual a:
  
  
  


  

  
  

  
  a) 
  3
  b) 
  1+
  c) 
  4
  d) 
  2+
  e) 
  5 
  
  
  
  
  
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Re: [obm-l] Re: [obm-l] 2ª Vingança Olimpica- Problema 5

2003-03-25 Por tôpico Claudio Buffara
Caro JP:

Voce tem razao. Sao escolhidas criancas e nao linhas e colunas.
Portanto, a minha solucao abaixo esta errada e o problema eh bem mais
complicado do que eu supuz inicialmente.

Por exemplo, para p = 3, a minha solucao eh ((2^3-2)/3 + 1)^2 = 3^2 = 9, mas
existem mais de nove maneiras de escolher as criancas:

Soma = (3,3)
(3,3)
(1,2) (2,1)
(1,1) (2,2)

Soma = (3,6)
(1,3) (2,3)
(1,1) (1,2) (1,3)

Soma = (6,3)
(3,1) (3,2)
(1,1) (2,1) (3,1)

Soma = (6,6)
(1,2) (2,1) (3,3)
(1,1) (2,2) (3,3)
(2,1) (2,2) (2,3)
(1,2) (2,2) (3,2)
(1,1) (1,2) (2,1) (2,2)

Soma = (6,9)
(1,3) (2,3) (3,3)
...

De qualquer forma, como cada crianca corresponde a um par (i,j) com
1 = i, j = p acho que a minha reformulacao esta correta, ou seja, o
problema eh realmente o de se determinar o número de subconjuntos de:
 {1, 2, ..., p}x{1, 2, ...,p} cuja soma dos elementos
(definida da forma usual: (a,b)+(c,d)=(a+c,b+d) ) seja um par ordenado da
forma (mp,np) onde m e n são inteiros.

O erro na solucao abaixo foi assumir que um subconjunto de um produto
cartesiano tambem eh um produto cartesiano, o que nao eh verdade em geral.


on 25.03.03 20:55, [EMAIL PROTECTED] at
[EMAIL PROTECTED] wrote:

 Nessa parte de conjuntos,lembre-se de que a criança(i;j)tem i kg de doce
 de jilo e j kg de doce de jaca.E sao escolhidas crianças e nao linhas e
 colunas.Tente verificar isso.Essa ultima parte foi considerada dificil.Mas
 beleza sao so detalhes(acho)
 
 -- Mensagem original --
 
 5)(Guilherme Issao)Existem p²,onde p e primo,crianças dispostas num bairro
 como um tabuleiro p por p.Ha tambem duas distribuidoras de doces,a
 Cledmilson Marmotta e a Estrogonofre's.A Cledmilson Marmotta manda um
 vendedor para cada uma das p linhas horizontais,sendo que o vendedor da
 i-esima linha tem i Kg de doce de jilo e distribui igualmente entre as
 p
 crianças. Da mesma forma Estrogonofre's manda um vendedor para cada uma
 das
 p linhas verticais,sendo que o vendedor da j-esima linha tem j Kg de doce
 de
 jaca e distribui igualmente entre as p crianças. De quantas maneiras podemos
 escolher um grupo de crianças desse bairro para roubar-lhes os doces de
 modo
 que a quantidade de cada tipo de doce roubada seja inteira?[6]
 
 Acho que encontrei a solução. De qualquer jeito, gostaria de comentários,
 especialmente se a solução estiver errada.
 
 Se as linhas escolhidas forem i_1, ..., i_r e as colunas  j_1, ..., j_s,
 então as quantidades serão:
 (i_1 + ... + i_r)/p kg de doce de jiló
 e
 (j_1 + ... + j_s)/p kg de doce de jaca.
 
 O peso total de cada doce será inteiro se e somente se
 {i_1, ..., i_r} e {j_1, ..., j_s} forem subconjuntos de {1, 2, ..., p}
 cujas
 somas dos elementos sejam = 0 (mod p).
 
 Dessa forma, o problema pode ser refraseado como:
 Determinar o número de subconjuntos de {1, 2, ..., p}x{1, 2, ...,p} cuja
 soma dos
 elementos (definida da forma usual: (a,b)+(c,d)=(a+c,b+d) ) seja um par
 ordenado da forma (mp,np) onde m e n são inteiros.
 
 Assim, se M = número de subconjuntos de {1,2,...,p} que tenham a soma de
 seus elementos = 0 (mod p), então o número desejado será igual a M^2.
 
 Inicialmente, vamos determinar o valor de M.
 
 Consideremos os subconjuntos de {1,2,...,p}com n elementos ( 1 = n =
 p
 ).
 Seja f(n) = número de tais subconjuntos cuja soma seja = 0 (mod p)
 
 Então: M = f(1) + f(2) = ... = f(p-1) + f(p)
 
 Se n = p, então o único subconjunto com soma = 0 (mod p) será {1,2,...,p}
 ==
 f(p) = 1
 
 Consideremos agora o caso 1 = n = p-1.
 Tomemos um subconjunto de n elementos {a(1),...,a(n)} com soma = 0 (mod
 p).
 
 Para 1 = k = p-1, se somarmos k a cada um dos a(i), teremos que:
 a(1) + ... + a(n) = kn (mod p)
 
 Como p é primo e n  p, os números 0, n, 2n, ..., (p-1)n formarão um sistema
 completo de restos (mod p).
 
 Assim, para cada k ( 1 = k = p-1) e a cada subconjunto {a(1), ...,a(n)}com
 soma = 0 (mod p), podemos fazer
 corresponder exatamente um conjunto cuja soma é = k (mod p).
 
 Logo, o número de subconjuntos de n elementos cuja soma é =  k (mod p),
 será
 o mesmo
 para cada k (0 = k = p-1)
 
 Como o número total de subconjuntos de n elementos de {1, 2, ..., p} é
 C(p,n), teremos que f(n) = C(p,n)/p.
 
 M = f(1) + f(2) +  ... + f(p-1) + f(p) =
 = C(p,1)/p + C(p,2)/p + ... + C(p,p-1)/p + 1 =
 = (2^p - 2)/p + 1
 
 Logo, M^2 = [(2^p - 2)/p + 1]^2
 
 Obs: Existe uma maneira de roubar um número inteiro de cada tipo de doce
 que
 não foi computada acima. Trata-se de não roubar doce nenhum (ou seja, roubar
 zero doces), o que corresponde ao subconjunto vazio de {1,...,p} x
 {1,...,p}.
 Se incluirmos essa maneira (e acho que devemos, pois é a única moral e
 legalmente aceitável), a resposta será:
 [(2^p - 2)/p + 1]^2 + 1.
 
 Um abraço,
 Claudio.
 
 =
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