[obm-l] obm - U

2003-10-21 Por tôpico marcio.lis
  Alguem poderia me informar alguma coisa sobre o q o 
pessoal andou fazendo na obm U informações sobre as 
soluções tbm seriam interessantes.Gostaria de saber se 
no 3 oa cardinalidade de xp=(p^2+2p+2)^2 e se no caso 
2x2 ficap^2+2p+2.

 
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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re: [obm-l] preciso de ajuda

2003-10-21 Por tôpico francisco de assis paulo lima


Tenho que fazer um trabalho de historia da matematica e não encontrei nada ainda.
O problema é :
Mostre usando o "metodo da exastão" que a area de um circuloé igual a area de um triangulo de base igual ao comprimento do circulo e altura igual ao raio do mesmo.
Se alguem puder meda qualquer tipo de ajuda. Desde já agradeço.Yahoo! Mail - o melhor webmail do Brasil. Saiba mais!

Re: [obm-l] obm - U

2003-10-21 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Tue, Oct 21, 2003 at 08:58:16AM -0200, marcio.lis wrote:
   Alguem poderia me informar alguma coisa sobre o q o 
 pessoal andou fazendo na obm U informações sobre as 
 soluções tbm seriam interessantes.Gostaria de saber se 
 no 3 oa cardinalidade de xp=(p^2+2p+2)^2 e se no caso 
 2x2 ficap^2+2p+2.

O problema 3, nível U, é de minha autoria.
Repetindo o enunciado, devemos contar as matrizes quadradas A
de tamanho 4x4 com coeficientes em Z/(p) que satisfazem A^2 = I (p  2).

Uma matriz A em K^(nxn), onde K é um corpo qq,
satisfaz A^2 = I se e somente se K^n pode ser decomposto
em dois subespaços U e V com interseção zero e soma K^n
tais que A restrito a U (resp V) é a identidade (menos a id).

Estes dois subespaços são os autoespaços associados aos autovalores 1 e -1.
Como o polinômio mínimo não tem raiz dupla, A é semisimples (diagonalizável).

O importante é notar que há uma bijeção natural entre matrizes
satisfazendo A^2 = I e pares de subespaços U e V como acima.
Neste ponto dá para contar na marra ou dá para saber ou criar
um pouco mais de teoria.

Na marra, você contaria para cada valor da dimensão de U.
Temos 2 soluções triviais com dim U = 0 e dim U = 4 (-I e I).
No caso dim U = 1, primeiro escolhemos U: há (p^4 - 1) geradores
possíveis para U mas precisamos identificar vetores que são múltiplos
constantes um do outro, ou seja, precisamos dividir por (p - 1) 
para concluir que há (p^3 + p^2 + p + 1) subespaços de dimensão 1.
Escolha um subespaço complementar V_0 fixo qq:
um espaço complementar V pode ser identificado com o gráfico
de uma transformação linear de V_0 em U,
ou seja, para cada U há (p^3) espaços complementares V.
O caso dim U = 3 é análogo.
Até aqui somamos 2 p^6 + 2 p^5 + 2 p^4 + 2 p^3 + 2 e falta o caso dim U = 2.

Para escolher um subespaço U de dim 2, vamos primeiro escolher uma base.
Temos (p^4 - 1) escolhas para o primeiro vetor e (p^4 - p) escolhas
para o segundo. Por outro lado, dado um subespaço de dim 2,
quantas bases ele tem? Agora temos (p^2 - 1) escolhas para o primeiro
vetor e (p^2 - p) escolhas para o segundo. Assim, o número de subespaços U é
((p^4 - 1)(p^4 - p))/((p^2 - 1)(p^2 - p)) = p^4 + p^3 + 2p^2 + p + 1.
Novamente, para cada U escolha um complementar V_0 fixo qq:
um espaço complementar V pode ser identificado com o gráfico
de uma transformação linear de V_0 em U,
ou seja, para cada U há (p^4) espaços complementares V.
Ou seja, o caso dim U = 2 contribui com p^8 + p^7 + 2 p^6 + p^5 + p^4
e a resposta final do problema é

 p^8 + p^7 + 4 p^6 + 3 p^5 + 3 p^4 + 2 p^3 + 2

Para resolver o caso geral (em vez do caso 4x4),
ajuda muito saber contar subespaços de dimensão b de F_q^a,
onde q é uma potência de primo, F_q é o corpo finito de q elementos,
e a e b são inteiros não negativos. Este problema é tão importante
que a resposta tem nome, e escreve-se assim:

   ( a )
   (   )
   ( b )q

ou seja, o símbolo de binomial com um q embaixo; eu vou escrever binom(a,b;q).
Lendo o que eu escrevi acima não é muito difícil concluir que

 (q^a - 1)(q^(a-1) - 1)(q^(a-2) - 1)...(q - 1)
 binom(a,b;q) = --
 (q^b - 1)(q^(b-1) - 1)...(q - 1) (q^(a-b) - 1)...(q - 1)

Não é muito difícil provar que isto é um polinômio em q com coeficientes
inteiros não negativos. A notação talvez fique menos misteriosa observando
que binom(a,b;1) = binom(a,b). Há outras interpretações para binom(a,b;q),
o meu livrinho do colóquio (matemática quântica) pode servir como referência.

Voltando ao problema da OBM, a resposta do problema para matrizes nxn
com coeficientes em F_q é

 somatório_k q^(k(n-k)) binom(n,k;q).

Em particular, se n = 2 temos

 1 + q (q+1) + 1 = q^2 + q + 2.

No caso q = 2^k o início do problema quebra pois (x^2 - 1) = (x - 1)^2
em característica 2, ou seja, a matriz deixa de ser diagonalizável.
O problema fica totalmente diferente.

[]s, N.
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[obm-l] Recadastramento --- obm-l

2003-10-21 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
Esta lista está cheia de endereços quebrados e exige um recadastramento.
Quem desejar *permanecer* na lista responda esta mensagem *para mim*
(e não para a lista) ou envie uma mensagem para mim com Subject igual
ao desta mensagem:

 Recadastramento --- obm-l

Vou dar um tempo e mandar um segundo aviso quando estiver prestes
a jogar fora a lista velha e botar no ar a nova.

[]s, N.

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[obm-l] pergunta!

2003-10-21 Por tôpico Marco Sales

a matemática é exata?se for, isso quer dizer que a partir do mundo preexistente podemosprovar a existência de Deus? (ou não?) através dela.?Yahoo! Mail - o melhor webmail do Brasil. Saiba mais!

Re: [obm-l] preciso de ajuda

2003-10-21 Por tôpico Danilo Pinseta
Francisco:

Tome um círculo e inscreva um, por exemplo, hexágono
regular. Una os vértices desse hexágono ao centro do
círculo, e note que isso determina seis triâgulos
iguais, todos com um vértice no centro do círculo, e
os outros dois vértices sobre o círculo. Repare que a
área destes seis triângulos é menor que a área do
círculo (uma vez que uma parte da área do círculo fica
de fora). Repare que, diminuindo a base destes
triângulos, é possível inserir mais triângulos dentro
do círculo e, ao fazer isso, você aproxima a área dos
triângulos da área do círculo. Ao tomar triângulos de
base muito pequena (tanto quanto você queira), a
base destes praticamente coincide com o círculo, e a
área destes praticamente coincide com a área do
círculo.
Outro modo de pensar é imaginar que se preencha o
círculo com circunferências de barbante (barbante é
recurso pra idéia não ficar tão abstrata,
combinado?!). Ponha uma circunferência após a outra
até cobrir toda a área do círculo. Note que a ára de
todas as circunferências é igual a área do círculo.
Feito isso, faça um corte sobre o raio do círculo em
qualquer ponto e estique nossos barbantes, obtendo
um triângulo de base 2piR, altura R e área igual a
área do círculo. Valeu?!!

Abraço
   DANILO
--- francisco de assis paulo lima
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 
 
 
 Tenho que fazer um trabalho de historia da
 matematica e não encontrei nada ainda.
 
 O problema é :
 
 Mostre usando o metodo da exastão que a area de um
 circulo é igual a area de um triangulo de base igual
 ao comprimento do circulo e altura igual ao raio do
 mesmo.
 
 Se alguem puder meda qualquer tipo de ajuda. Desde
 já agradeço .
 
 
 
 
 -
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Re: [obm-l] pergunta! --- OFF TOPIC

2003-10-21 Por tôpico J.A. Tavares



 Por favor, os objetivos da lista foram 
discutidos diversas vezes... soh uma dica, 
pense mais na sua pergunta...

  - Original Message - 
  From: 
  Marco Sales 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Tuesday, October 21, 2003 11:55 
  AM
  Subject: [obm-l] pergunta!
  
  
  a matemática é exata?se for, isso quer dizer que a partir do mundo 
  preexistente podemosprovar a existência de Deus? (ou não?) através 
  dela.?
  
  
  Yahoo! 
  Mail - o melhor webmail do Brasil. Saiba 
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[obm-l] Problema 6 - OBM 3a. fase - Nível 2

2003-10-21 Por tôpico Cesar Ryudi Kawakami
Sei que a solução envolve conhecimento do princípio indutivo e da 
interpretação de gráficos, mas...

Como resolver?

PROBLEMA 6:
Há N cidades na Tumbólia. Cada duas cidades desse país são ligadas por uma 
rodovia ou uma ferrovia, não existindo nenhum par de cidades ligadas por 
ambos meios.
Um turista deseja viajar por toda Tumbólia, visitando cada cidade 
exatamente uma vez, e retornar a cidade onde ele começou sua jornada.
Prove que é possível escolher a ordem na qual as cidades serão visitadas de 
modo que o turista mude o meio de transporte no máximo uma vez.

Eu sinceramente não fazia a mínima noção de como resolver esse problema... 
No segundo dia de prova, resolvi as questões 4 e 5 em pouco tempo, mas 
empaquei nesta... =(

Um abraço,

Cesar Ryudi Kawakami

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re: [obm-l] obm - U

2003-10-21 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Nicolau!

E quanto ao problema quatro? Eu chamei de 0  p_i  1 a probabilidade de
sair a face i num lançamento, tendo-se SOMA{p_i} = 1. Eu desenvolvi um pouco
o problema e mostrei que ele era equivalente a demonstrar a desigualdades
SOMA{p_i^3} = SOMA{p_i^2}^2 com igualdade sse todos p_i = 1/6. Não consegui
demonstrar esta desigualdade. Quando vale este primeiro passo? ;) Como se
demonstra esta desigualdade?

Para quem não fez a prova, o enunciado era

QUESTÃO 4. Um dado é lançado três vezes e o resultado das faces é a, b e c.
Provar que P(a=c | a=b) = P(a=c | a  b) e que vale a igualdade se e
somente se o dado é honesto, ou seja, a probabilidade de cada face é 1/6.

Abraço, Duda.


From: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
 On Tue, Oct 21, 2003 at 08:58:16AM -0200, marcio.lis wrote:
Alguem poderia me informar alguma coisa sobre o q o
  pessoal andou fazendo na obm U informações sobre as
  soluções tbm seriam interessantes.Gostaria de saber se
  no 3 oa cardinalidade de xp=(p^2+2p+2)^2 e se no caso
  2x2 ficap^2+2p+2.

 O problema 3, nível U, é de minha autoria.
 Repetindo o enunciado, devemos contar as matrizes quadradas A
 de tamanho 4x4 com coeficientes em Z/(p) que satisfazem A^2 = I (p  2).

 Uma matriz A em K^(nxn), onde K é um corpo qq,
 satisfaz A^2 = I se e somente se K^n pode ser decomposto
 em dois subespaços U e V com interseção zero e soma K^n
 tais que A restrito a U (resp V) é a identidade (menos a id).

 Estes dois subespaços são os autoespaços associados aos autovalores 1
e -1.
 Como o polinômio mínimo não tem raiz dupla, A é semisimples
(diagonalizável).

 O importante é notar que há uma bijeção natural entre matrizes
 satisfazendo A^2 = I e pares de subespaços U e V como acima.
 Neste ponto dá para contar na marra ou dá para saber ou criar
 um pouco mais de teoria.

 Na marra, você contaria para cada valor da dimensão de U.
 Temos 2 soluções triviais com dim U = 0 e dim U = 4 (-I e I).
 No caso dim U = 1, primeiro escolhemos U: há (p^4 - 1) geradores
 possíveis para U mas precisamos identificar vetores que são múltiplos
 constantes um do outro, ou seja, precisamos dividir por (p - 1)
 para concluir que há (p^3 + p^2 + p + 1) subespaços de dimensão 1.
 Escolha um subespaço complementar V_0 fixo qq:
 um espaço complementar V pode ser identificado com o gráfico
 de uma transformação linear de V_0 em U,
 ou seja, para cada U há (p^3) espaços complementares V.
 O caso dim U = 3 é análogo.
 Até aqui somamos 2 p^6 + 2 p^5 + 2 p^4 + 2 p^3 + 2 e falta o caso dim U =
2.

 Para escolher um subespaço U de dim 2, vamos primeiro escolher uma base.
 Temos (p^4 - 1) escolhas para o primeiro vetor e (p^4 - p) escolhas
 para o segundo. Por outro lado, dado um subespaço de dim 2,
 quantas bases ele tem? Agora temos (p^2 - 1) escolhas para o primeiro
 vetor e (p^2 - p) escolhas para o segundo. Assim, o número de subespaços U
é
 ((p^4 - 1)(p^4 - p))/((p^2 - 1)(p^2 - p)) = p^4 + p^3 + 2p^2 + p + 1.
 Novamente, para cada U escolha um complementar V_0 fixo qq:
 um espaço complementar V pode ser identificado com o gráfico
 de uma transformação linear de V_0 em U,
 ou seja, para cada U há (p^4) espaços complementares V.
 Ou seja, o caso dim U = 2 contribui com p^8 + p^7 + 2 p^6 + p^5 + p^4
 e a resposta final do problema é

  p^8 + p^7 + 4 p^6 + 3 p^5 + 3 p^4 + 2 p^3 + 2

 Para resolver o caso geral (em vez do caso 4x4),
 ajuda muito saber contar subespaços de dimensão b de F_q^a,
 onde q é uma potência de primo, F_q é o corpo finito de q elementos,
 e a e b são inteiros não negativos. Este problema é tão importante
 que a resposta tem nome, e escreve-se assim:

( a )
(   )
( b )q

 ou seja, o símbolo de binomial com um q embaixo; eu vou escrever
binom(a,b;q).
 Lendo o que eu escrevi acima não é muito difícil concluir que

  (q^a - 1)(q^(a-1) - 1)(q^(a-2) - 1)...(q - 1)
  binom(a,b;q) = --
  (q^b - 1)(q^(b-1) - 1)...(q - 1) (q^(a-b) - 1)...(q - 1)

 Não é muito difícil provar que isto é um polinômio em q com coeficientes
 inteiros não negativos. A notação talvez fique menos misteriosa observando
 que binom(a,b;1) = binom(a,b). Há outras interpretações para binom(a,b;q),
 o meu livrinho do colóquio (matemática quântica) pode servir como
referência.

 Voltando ao problema da OBM, a resposta do problema para matrizes nxn
 com coeficientes em F_q é

  somatório_k q^(k(n-k)) binom(n,k;q).

 Em particular, se n = 2 temos

  1 + q (q+1) + 1 = q^2 + q + 2.

 No caso q = 2^k o início do problema quebra pois (x^2 - 1) = (x - 1)^2
 em característica 2, ou seja, a matriz deixa de ser diagonalizável.
 O problema fica totalmente diferente.

 []s, N.
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[obm-l] Eureka No.17

2003-10-21 Por tôpico Olimpiada Brasileira de Matematica
Caros(as) amigos da lista:

Já está no site a Revista Eureka No. 17

Abraços,

Nelly.

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[obm-l] Sobre a Revista Eureka

2003-10-21 Por tôpico Carlos Maçaranduba
 Quem for responsavel pela divulgaçao onde esta
presente os artigos em separado da Revista Eureka,
poderia pelo menos dar uma atualizadinha e por os
artigos mais recentes...:)

Yahoo! Mail - o melhor webmail do Brasil
http://mail.yahoo.com.br
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[obm-l] Sistema (IME)

2003-10-21 Por tôpico leonardo mattos
x+y+z=a+b+1
xy+(x+y)z=a+b+ab
xy=ab
Determine os valores de a e b para q o sistema admita apenas solucoes reais 
e positivas para x e y.

_
MSN Messenger: converse com os seus amigos online.  
http://messenger.msn.com.br

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[obm-l] Sistemas lineares

2003-10-21 Por tôpico Nelson
Olá pessoal, gostaria de uma ajuda nessa questão.
Discuta o sistema:
(1)mx + y = 1
(2)x + y = 2
(3)x - y = m
[]´s NelsonYahoo! Mail - o melhor webmail do Brasil. Saiba mais!

[obm-l] Re: [obm-l] Problema 6 - OBM 3a. fase - Nível 2

2003-10-21 Por tôpico Domingos Jr.
Para N=2 e N=3 é simples ver que sempre é possível visitar todas as cidades
mudando o transporte no máximo 1 vez.
Agora suponha que isso seja verdade para todo 1 = k = N-1.
Então esqueça uma cidade de Tumbólia e resolva o problema para as N-1
cidades restantes, sua solução deve  ser um ciclo com no máximo 1 troca de
transporte, se não houver troca de transporte, é muito simples ver que basta
inserir a N'ésima cidade em qualquer posição do ciclo que o ciclo novo terá
no máximo 1 troca.
Suponha que há exatamente 1 troca de transporte e esta ocorra na cidade
C[i], a cidade C[N] liga-se com C[i] ou de Ferrovia ou de Rodovia (F ou R),
se a cidade do ciclo que liga-se a C[i] com o mesmo meio de transporte com o
qual C[N] liga-se com C[i] é C[j], insira C[N] entre C[j] e C[i] e você tem
um ciclo por todas as cidades só mudando o meio de transporte 1 vez!

Basta ver que saímos de um ponto de origem, vamos até C[j] usando o mesmo
meio de transporte, de C[j] para C[N] pode ou não ocorrer mudança de
transporte, tanto faz, se não ocorrer, a mudança ocorre de C[N] para C[i],
se ocorrer, temos certeza que o meio de transporte de C[N] até C[i] é o
mesmo de C[i] até o ponto de origem.

Fica bem mais fácil com desenhos!

[ ]'s


- Original Message - 
From: Cesar Ryudi Kawakami [EMAIL PROTECTED]
To: obm-l [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, October 21, 2003 1:45 PM
Subject: [obm-l] Problema 6 - OBM 3a. fase - Nível 2


Sei que a solução envolve conhecimento do princípio indutivo e da
interpretação de gráficos, mas...

Como resolver?

PROBLEMA 6:
Há N cidades na Tumbólia. Cada duas cidades desse país são ligadas por uma
rodovia ou uma ferrovia, não existindo nenhum par de cidades ligadas por
ambos meios.
Um turista deseja viajar por toda Tumbólia, visitando cada cidade
exatamente uma vez, e retornar a cidade onde ele começou sua jornada.
Prove que é possível escolher a ordem na qual as cidades serão visitadas de
modo que o turista mude o meio de transporte no máximo uma vez.

Eu sinceramente não fazia a mínima noção de como resolver esse problema...
No segundo dia de prova, resolvi as questões 4 e 5 em pouco tempo, mas
empaquei nesta... =(

Um abraço,

Cesar Ryudi Kawakami

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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[obm-l] Re: [obm-l] obm - U

2003-10-21 Por tôpico yurigomes

 Vc pode fazer essa desigualdade por Cauchy: observe
  (SOMA{(sr(p_i^3))^2}).(SOMA{((sr(p_i))^2} =
   (SOMA{sr(p_i^3).sr(p_i})^2  
  Mas o segundo fator do lado esquerdo é igual a SOMA(p_i)=1, e o resultado
segue.
  Outra maneira seria observar que 
   SOMA{p_i^3) = SOMA{p_i^3).SOMA{p_i) = SOMA(p_i^4) + SOMA(i != j){p_i^3.p_j).

  Desenvolvendo o lado direito da desigualdade que vc quer mostrar e cancelando
soma(p_i^4), vc vai querer que  
   SOMA(i != j){p_i^3.p_j) =  2.SOMA(i  j){p_i^2.p_j^2)
  Por média, p_i^3.p_j + p_i.p_j^3 = 2p_i^2.p_j^2. Aih basta somar em i,j.
  Ateh mais, 
  Yuri 

-- Mensagem original --

Oi Nicolau!

E quanto ao problema quatro? Eu chamei de 0  p_i  1 a probabilidade de
sair a face i num lançamento, tendo-se SOMA{p_i} = 1. Eu desenvolvi um
pouco
o problema e mostrei que ele era equivalente a demonstrar a desigualdades
SOMA{p_i^3} = SOMA{p_i^2}^2 com igualdade sse todos p_i = 1/6. Não consegui
demonstrar esta desigualdade. Quando vale este primeiro passo? ;) Como
se
demonstra esta desigualdade?

Para quem não fez a prova, o enunciado era

QUESTÃO 4. Um dado é lançado três vezes e o resultado das faces é a, b
e
c.
Provar que P(a=c | a=b) = P(a=c | a  b) e que vale a igualdade se e
somente se o dado é honesto, ou seja, a probabilidade de cada face é 1/6.

Abraço, Duda.


From: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
 On Tue, Oct 21, 2003 at 08:58:16AM -0200, marcio.lis wrote:
Alguem poderia me informar alguma coisa sobre o q o
  pessoal andou fazendo na obm U informações sobre as
  soluções tbm seriam interessantes.Gostaria de saber se
  no 3 oa cardinalidade de xp=(p^2+2p+2)^2 e se no caso
  2x2 ficap^2+2p+2.

 O problema 3, nível U, é de minha autoria.
 Repetindo o enunciado, devemos contar as matrizes quadradas A
 de tamanho 4x4 com coeficientes em Z/(p) que satisfazem A^2 = I (p 
2).

 Uma matriz A em K^(nxn), onde K é um corpo qq,
 satisfaz A^2 = I se e somente se K^n pode ser decomposto
 em dois subespaços U e V com interseção zero e soma K^n
 tais que A restrito a U (resp V) é a identidade (menos a id).

 Estes dois subespaços são os autoespaços associados aos autovalores 1
e -1.
 Como o polinômio mínimo não tem raiz dupla, A é semisimples
(diagonalizável).

 O importante é notar que há uma bijeção natural entre matrizes
 satisfazendo A^2 = I e pares de subespaços U e V como acima.
 Neste ponto dá para contar na marra ou dá para saber ou criar
 um pouco mais de teoria.

 Na marra, você contaria para cada valor da dimensão de U.
 Temos 2 soluções triviais com dim U = 0 e dim U = 4 (-I e I).
 No caso dim U = 1, primeiro escolhemos U: há (p^4 - 1) geradores
 possíveis para U mas precisamos identificar vetores que são múltiplos
 constantes um do outro, ou seja, precisamos dividir por (p - 1)
 para concluir que há (p^3 + p^2 + p + 1) subespaços de dimensão 1.
 Escolha um subespaço complementar V_0 fixo qq:
 um espaço complementar V pode ser identificado com o gráfico
 de uma transformação linear de V_0 em U,
 ou seja, para cada U há (p^3) espaços complementares V.
 O caso dim U = 3 é análogo.
 Até aqui somamos 2 p^6 + 2 p^5 + 2 p^4 + 2 p^3 + 2 e falta o caso dim
U
=
2.

 Para escolher um subespaço U de dim 2, vamos primeiro escolher uma base.
 Temos (p^4 - 1) escolhas para o primeiro vetor e (p^4 - p) escolhas
 para o segundo. Por outro lado, dado um subespaço de dim 2,
 quantas bases ele tem? Agora temos (p^2 - 1) escolhas para o primeiro
 vetor e (p^2 - p) escolhas para o segundo. Assim, o número de subespaços
U
é
 ((p^4 - 1)(p^4 - p))/((p^2 - 1)(p^2 - p)) = p^4 + p^3 + 2p^2 + p + 1.
 Novamente, para cada U escolha um complementar V_0 fixo qq:
 um espaço complementar V pode ser identificado com o gráfico
 de uma transformação linear de V_0 em U,
 ou seja, para cada U há (p^4) espaços complementares V.
 Ou seja, o caso dim U = 2 contribui com p^8 + p^7 + 2 p^6 + p^5 + p^4
 e a resposta final do problema é

  p^8 + p^7 + 4 p^6 + 3 p^5 + 3 p^4 + 2 p^3 + 2

 Para resolver o caso geral (em vez do caso 4x4),
 ajuda muito saber contar subespaços de dimensão b de F_q^a,
 onde q é uma potência de primo, F_q é o corpo finito de q elementos,
 e a e b são inteiros não negativos. Este problema é tão importante
 que a resposta tem nome, e escreve-se assim:

( a )
(   )
( b )q

 ou seja, o símbolo de binomial com um q embaixo; eu vou escrever
binom(a,b;q).
 Lendo o que eu escrevi acima não é muito difícil concluir que

  (q^a - 1)(q^(a-1) - 1)(q^(a-2) - 1)...(q - 1)
  binom(a,b;q) = --
  (q^b - 1)(q^(b-1) - 1)...(q - 1) (q^(a-b) - 1)...(q
-
1)

 Não é muito difícil provar que isto é um polinômio em q com coeficientes
 inteiros não negativos. A notação talvez fique menos misteriosa observando
 que binom(a,b;1) = binom(a,b). Há outras interpretações para binom(a,b;q),
 o meu livrinho do colóquio (matemática quântica) pode servir como
referência.

 Voltando ao problema da OBM, a resposta 

Re: [obm-l] Re: [obm-l] Problema 6 - OBM 3a. fase - Nível 2

2003-10-21 Por tôpico Cesar Ryudi Kawakami
Não entendi direito com que tipo de hipótese foi trabalhada...

Mais especificamente, não entendi como provar que tal suposição de que é 
possível mudar de meio de transporte apenas uma vez para todo 1 = k = N - 
1...

Haha, sou burro mesmo... =P

Um abraço,

Cesar Ryudi Kawakami

At 19:35 21/10/2003, you wrote:
Para N=2 e N=3 é simples ver que sempre é possível visitar todas as cidades
mudando o transporte no máximo 1 vez.
Agora suponha que isso seja verdade para todo 1 = k = N-1.
Então esqueça uma cidade de Tumbólia e resolva o problema para as N-1
cidades restantes, sua solução deve  ser um ciclo com no máximo 1 troca de
transporte, se não houver troca de transporte, é muito simples ver que basta
inserir a N'ésima cidade em qualquer posição do ciclo que o ciclo novo terá
no máximo 1 troca.
Suponha que há exatamente 1 troca de transporte e esta ocorra na cidade
C[i], a cidade C[N] liga-se com C[i] ou de Ferrovia ou de Rodovia (F ou R),
se a cidade do ciclo que liga-se a C[i] com o mesmo meio de transporte com o
qual C[N] liga-se com C[i] é C[j], insira C[N] entre C[j] e C[i] e você tem
um ciclo por todas as cidades só mudando o meio de transporte 1 vez!
Basta ver que saímos de um ponto de origem, vamos até C[j] usando o mesmo
meio de transporte, de C[j] para C[N] pode ou não ocorrer mudança de
transporte, tanto faz, se não ocorrer, a mudança ocorre de C[N] para C[i],
se ocorrer, temos certeza que o meio de transporte de C[N] até C[i] é o
mesmo de C[i] até o ponto de origem.
Fica bem mais fácil com desenhos!

[ ]'s

- Original Message -
From: Cesar Ryudi Kawakami [EMAIL PROTECTED]
To: obm-l [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, October 21, 2003 1:45 PM
Subject: [obm-l] Problema 6 - OBM 3a. fase - Nível 2
Sei que a solução envolve conhecimento do princípio indutivo e da
interpretação de gráficos, mas...
Como resolver?

PROBLEMA 6:
Há N cidades na Tumbólia. Cada duas cidades desse país são ligadas por uma
rodovia ou uma ferrovia, não existindo nenhum par de cidades ligadas por
ambos meios.
Um turista deseja viajar por toda Tumbólia, visitando cada cidade
exatamente uma vez, e retornar a cidade onde ele começou sua jornada.
Prove que é possível escolher a ordem na qual as cidades serão visitadas de
modo que o turista mude o meio de transporte no máximo uma vez.
Eu sinceramente não fazia a mínima noção de como resolver esse problema...
No segundo dia de prova, resolvi as questões 4 e 5 em pouco tempo, mas
empaquei nesta... =(
Um abraço,

Cesar Ryudi Kawakami

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=
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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Sistemas lineares

2003-10-21 Por tôpico Felipe Pina
On Tue, 21 Oct 2003 18:14:48 -0300 (ART), Nelson 
[EMAIL PROTECTED] wrote:


Ol pessoal, gostaria de uma ajuda nessa questo.

Discuta o sistema:

(1) mx + y = 1

(2) x + y = 2

(3) x - y = m

[]s Nelson


   Some (2) e (3) para obter x = (2+m)/2
   Substituia este valor de x em (2) para obter y = (2-m)/2
   A fim de que (1) seja satisfeita,  necessrio que m*(2+m)/2 + (2-m)/2 
= 1
   - 2m + m^2 + 2 - m = 2 - m^2 + m = 0 - m = 0 ou m = -1

   Resumindo:
   (A) se m = 0 ento y = 1 e x = 1  soluo nica.
   (B) se m = -1 ento x = 1/2 e y = 3/2  soluo nica.
   (C) se m  outro valor, as 3 equaes nunca sero satisfeitas 
simultaneamente, portanto o sistema no ter soluo.

--
[]s
Felipe Pina
=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Sistemas lineares

2003-10-21 Por tôpico Marcio Afonso A. Cohen



 Somando (2) e (3), x = (2+m)/2. 
Subtraindo-as, y = (2-m)/2. O sistema eh possivel sse essas equacoes satisfazem 
(1). Substituindo:
m(2+m) + (2-m) = 2 sse m^2 + m = 0 sse m=0 ou m=-1. 

 Para m diferente disso, o 
sistema é impossível (pois não há solução).
 []'s

  - Original Message - 
  From: 
  Nelson 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Tuesday, October 21, 2003 7:14 
  PM
  Subject: [obm-l] Sistemas lineares
  
  Olá pessoal, gostaria de uma ajuda nessa questão.
  Discuta o sistema:
  (1)mx + y = 1
  (2)x + y = 2
  (3)x - y = m
  []´s Nelson
  
  
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