RES: [obm-l] Valor intermeio

2005-07-11 Por tôpico Pedro Antonio Santoro Salomao








Aqui vale alguns comentários: 1) o centro
de uma circunferência que passa por A e B está na mediatriz de A e B. Além
disso, o raio dela é sempre maior ou igual a r_0 onde r_0 = d(A,B)/2. Desse
modo o argumento de ir diminuindo o número de pontos dentro da circunferência
me parece um pouco simplificado. Porém a idéia central está correta. Deve-se
pensar que existe um caminho contínuo de circunferências (basta escolher um
caminho de centros sobre a mediatriz) de forma que no início todos os pontos
estão dentro dela e no final nenhum ponto está. Daí pode-se concluir que em
algum instante no meio do caminho tem-se uma circunferência que contém
apenas n pontos. E a construção desse caminho não é complicada. 2) Deve-se
assumir também que não há 3 pontos colineares, que é usado no início demonstração.




Um abraço. Pedro.













De: owner-obm-l@mat.puc-rio.br [mailto:owner-obm-l@mat.puc-rio.br] Em nome de claudio.buffara
Enviada em: Sunday, July 10, 2005
2:13 PM
Para: obm-l
Assunto: Re:[obm-l] Valor
intermeio














 
  
  De:
  
  
  owner-obm-l@mat.puc-rio.br
  
 





 
  
  Para:
  
  
  obm-l@mat.puc-rio.br
  
 







 
  
  Cópia:
  
  
  
  
 





 
  
  Data:
  
  
  Sun, 10 Jul 2005 12:41:57 +0200
  
 







 
  
  Assunto:
  
  
  [obm-l] Valor intermeio
  
 












 3- Dado um conjunto de 2n+3 pontos no plano de modo que não
existam 4 que pertençam a mesma circunferencia, demostrar que existe uma
circunferencia que passa por 3 deles e deixa n pontos no seu interior. 





 





Trace a reta por 2 pontos (digamos, A e B) tais que todos os outros
estejam num unico semi-plano determinado por ela. Esta reta pode ser
interpretada como uma circunferencia de raio infinito. Em outras palavras,
existe um numero positivo R_0 tal que se R  R_0, entao existe uma
circunferencia de raio R, passando por A e B, e tal que todos os demais 2n+1
pontos estao em seu interior. Comece a reduzir o raio desta circunferencia.
Segundo o enunciado, para cada valor do raio, a circunferencia irah passar por,
no maximo, um dos outros 2n+1 pontos. Assim, quandoa circunferencia
passar por um dos pontos e contiver exatamente n pontos no seu interior, pare.
Esta serah a circunferencia desejada.











[]s,





Claudio.










Re: RES: [obm-l] Medida

2005-07-11 Por tôpico Artur Costa Steiner
Eh sim, mas na realidade o enunciado do problema
estava mesmo correto. Se A tem medida nula, entao para
qualquer B, A X B tem medida nula, mesmo que B nmao
seja mensuravel. Eh o caso da sigma-algebra completa.

Abracos
Artur

 


--- Bernardo Freitas Paulo da Costa
[EMAIL PROTECTED] wrote:

 Bom, o que o Artur esta falando é que você NAO PODE
 definir uma funçao
 medida para todos os subconjuntos de R (portanto
 pode esquecer R^n),
 pois existe um jeito (utilizando o Axioma da
 Escolha) de construir um
 conjunto que nao pode ter medida zero nem positiva.
 A idéia principal
 é fazer uma decomposiç~ao enumerável de [0, 1] em
 conjuntos que tem
 que ter a mesma medida. Para criar esta
 decomposiç~ao, você utiliza o
 Axioma da Escolha e em seguida você tira um absurdo
 disto.
 
 Mas acho que, realmente, o seu resultado prova uma
 coisa bem legal, e
 lembra-me de sigma-álgebras completas (ou seja,
 aquelas para as quais
 X tem medida nula = todo Y contido em X está na
 sigma-álgebra e
 também - por estar contido em X, nao poderia ser
 diferente - tem
 medida nula). Assim, como o Artur ou você provaram,
 A x R^m tem medida
 nula. Ora, para todo B contido em R^m, temos A x B
 contido em A x R^m,
 e (do fato que existe uma sigma-álgebra completa que
 contém os abertos
 de R^k para todo k) A x B é mensurável e tem medida
 zero. Esta
 demonstraçao está contida na que você deu (bastando
 notar que B está
 contido em alguma uniao enumerável dos Q_i).
 
 Abraços,
 -- 
 Bernardo Freitas Paulo da Costa
 
 
 On 7/6/05, Tertuliano [EMAIL PROTECTED] wrote:
  Oi Artur,
  Consegui fazer algo parecido, embora mais
 elementar,
  pois nao conheco muita coisa deste assunto: para
 cada
  ponto do Rn com coordenadas racionais tomei um
 cubo
  unitario com centro neste ponto. Fixemo s um
 destes
  cubos, digamos Q_i. Como A tem medida nula, nao eh
  dificil concluir q AxQ_i tb possui medida nula. De
  resto, basta ver q AxRn eh a uniao enumeravel dos
  AxQ_i. Segue q AxRn possui medida nula.
  PS.: nao entendi porque o resultado nao eh valido
 para
  qq subconjunto de Rn.
  
  Tertuliano
  
  --- Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED]
  escreveu:
  
   Na realidade, esta demonstracao poderia ser um
   pouquinho mais simples do que
   a que eu dei. Nao era preciso aquela passagem de
   paralelepipedos abertos e
   limitados para conjuntos genericos limitados,
   poderiamos ter invocado
   diretamente a sigma-subaditividade da medida.
 Antes
   de apresentar a prova,
   uma observacao de um fato sutil que me passou
   desapercebido. O enunciado
   deveria dizer que B eh um conjunto qualquer
   MENSURAVEL de R^n, pois nem todo
   subconjunto R^n eh mensuravel (mesmo com a
 medida de
   Lebesgue). No caso, B
   teria que pertencer aa sigma-algebra de Borel,
   gerada pelos conjuntos
   abertos de R^n
  
   A prova poderia ser assim:
  
   Suponhamos inicialmente que B=P, sendo P um
   paralelepipedo limitado e aberto
   de R^n de hipervolume
   V (V eh a medida de P). Como A tem medida nula,
 para
   todo eps0 podemos
   cobri-lo com uma colecao enumeravel {P_k}de
   paralelepipedos abertos e limitados de R^m, cada
 um
   com hipervolume V_k, tal
   que Soma(k1)V_k  eps/V. Temos
   entao que {P_k X P} eh uma cobertura enumeravel
 de A
   X P por paralelepipedos
   abertos de R^(m+n). O
   hipervolume total desta colecao eh Soma(k=1)V_k
 * V
   = V *  Soma(k=1)V_k 
   V * eps/V = eps. Como eps eh
   arbitrario, concluimos que A X P tem medida nula
 em
   R^(m+n).
  
   O conjunto R^n pode ser dado pela uniao de uma
   colecao enumeravel (nao
   precisa ser disjunta 2 a 2) {Q_k} de
 paralelepipedos
   abertos de hipervolume
   1. Entao, {A X Q^_k} eh uma cobertura enumeravel
   (nao necessariamente
   disjunta 2 a 2) de A X R^n. Como A tem medida
 nula e
   cada Q_k eh um
   paralelepipedo aberto e limitado, a conclusao
   anterior nos mostra que cada A
   X Q_k tem medida nula. Invocando-se agora a
   sigma-sub-aditividade da medida,
   concluimos que A X R^n tem medida nula. E
 valendo
   esta conclusao para o caso
   B = R^n, segue-se que vale automaticamente para
   qualquer subconjunto
   MENSURAVEL B de R^n, pois A X B estah contido em
 A X
   R^n e subconjuntos
   mensuraveis de conjuntos nulos sao nulos.
  
   A sigma-sub-aditividade da medida eh a
 propriedade
   segundo a qual se {A_n}
   eh qualquer colecao enumeravel de conjuntos
   mensuraveis e A eh a uniao desta
   colecao, entao u(A) = Soma(n=1) u(A_n),
   entendendo-se esta desigualdade no
   sistema dos reais expandidos. Se a colecao for
   disjunta 2 a 2, ocorre
   igualdade.
  
   Artur
  
  
  
   --- Tertuliano [EMAIL PROTECTED] wrote:
  
Oi para todos!
Alguem pode me ajudar neste?
   
Seja A em Rn um conjunto de medida nula e B em
 Rm
   um
conjunto qualquer. Entao AxB tem medida nula.
   
Grato,
Tertuliano
   
   
 __
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RES: [obm-l] Uma desigualdade legal!

2005-07-11 Por tôpico Artur Costa Steiner
Bom, se vc jah estudou um pouco de otimizacao (programacao nao-linear, neste
caso) sabe que, para x fixo e vendo-se a a expressao como funcao de a, b e
c, entao a simetria da funcao acarreta que o minimo global ocorra quando a=
b =c. Verificamos facilmente que neste caso cada uma das parcelas eh 1, de
modo que a soma minima eh 3.
Artur  

-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED]
nome de Marcos Martinelli
Enviada em: domingo, 10 de julho de 2005 16:23
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Assunto: [obm-l] Uma desigualdade legal!


Boa tarde pessoal. Precisco de ajuda nessa desigualdade. Lá vai:

Dados a,b,c,x reais positivos provar que:

[a^(x+2)+1]/[a^(x)*b*c+1]+[b^(x+2)+1]/[b^(x)*a*c+1]+[c^(x+2)+1]/[c^(x)*b*a+1
]=3.

Tentei resolver através da desigualdade de Jensen, considerando a
seguinte função
f(u)=[u^(x+2)+1]/[k*u^(x-1)+1], onde k=a*b*c. Assumindo que a segunda
derivada dessa função é positiva a desigualdade acima é imediata. Meu
problema foi demonstrar que essa segunda derivada é sempre positiva
para qualquer u positivo e x positivo. Tentei derivar implicitamente
mas as contas crescem muito. Gostaria da ajuda de vocês e, quem sabe,
até uma outra solução pro problema. Obrigado!

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=

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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


[obm-l] Indicação Livro

2005-07-11 Por tôpico marcio aparecido
alguem pode me indicar algum livro a nível de ensino médio para física
e matemática, que tenha um bom conteudo, que não seja muito resumido.
Valew!!

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


[obm-l] Quest. de Função - URGENTE, me ajudem

2005-07-11 Por tôpico caiosg
por favor me ajudem a fazer essa questao:


Alguem aí ve uma saída pra mim?

Questao:
é dada uma função: (0,+infinito)- R
tal que

i) xy = f(x)  f(y)

ii) f[(2xy)/(x+y)] = [f(x)+f(y)]/2


Prove q existe c0 tal que f(c) 0


---
obs: eu consegui chegar que
f( (x+y)/2)= [f(x)+f(y)]/2 para todo x,y 0 , será q ajuda em alguma coisa?


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


[obm-l] Quest. de Função - URGENTE, por favor ajudem

2005-07-11 Por tôpico caiosg
Alguem aí ve uma saída pra mim?

Questao:
é dada uma função: (0,+infinito)- R
tal que

i) xy = f(x)  f(y)

ii) f[(2xy)/(x+y)] = [f(x)+f(y)]/2


Prove q existe c0 tal que f(c) 0


---
obs: eu consegui chegar que
f( (x+y)/2)= [f(x)+f(y)]/2 para todo x,y 0 , será q ajuda em alguma coisa?

 


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Quest. de Fun��o - URGENTE, por favor ajudem

2005-07-11 Por tôpico Carlos Yuzo Shine
Oi Caio,

Primeiro, observe que (2xy)/(x+y) =
1/{[(1/x)+(1/y)]/2}. Escrevendo a condição ii como
f(1/{[(1/x)+(1/y)]/2}) = [f(1/(1/x)) + f(1/(1/y))]/2
e fazendo a substituição a=1/x e b=1/y, temos
f(1/[(a+b)/2]) = [f(1/a) + f(1/b)]/2. Deste modo,
parece interessante considerar a função g(x) = f(1/x).

A condição i fica x  y = f(x)  f(y) = g(1/x) 
g(1/y). Assim, como x  y = 1/x  1/y, substituindo
a = 1/x e b = 1/y, obtemos a  b = g(a)  g(b), ou
seja, g é decrescente.

A condição ii fica g([a+b]/2) = [g(a) + g(b)]/2. a,
[a+b]/2, b é uma PG de três termos, então parece
interessante pensar em a = n-1 e b = n+1. De fato,
substituindo obtemos
g(n) = [g(n-1) + g(n+1)]/2
= g(n) - g(n+1) = g(n-1) - g(n)

Podemos aplicar essa desigualdade para n =
2,3,...,k-1. Como g é decrescente, g(1) - g(2)  0.
Seja então d = g(1) - g(2).
  g(1) - g(2) = d
  g(2) - g(3) = g(1) - g(2) = d
  g(3) - g(4) = g(2) - g(3) = d
  g(4) - g(5) = g(3) - g(4) = d
  ...
  g(k-1) - g(k) = g(k-2) - g(k-1) = d

Somando respectivamente os extremos esquerdo e direito
das desigualdades acima, obtemos
  g(1) - g(k) = (k-1)d = g(k) = g(1) - (k-1)d

Mas essa desigualdade vale para todo k inteiro
positivo. Em particular, existe k tal que (k-1)d 
g(1), já que d é positivo. Logo, para esse valor de k
temos g(k)  0.

Espero que tenha ajudado.

Aliás, as resoluções de todas as OBMs desde 1998 até
2003 podem ser encontradas em diversas edições da
revista Eureka! (se não me engano, 4, 7, 10, 13, 16,
19, respectivamente, mas não tenho certeza). As
resoluções são, em geral, dos próprios alunos. Vale a
pena ver!

No site da OBM, você pode encontrar as Eureka!s para
download:
  http://www.obm.org.br/
e vá no link Revista Eureka!.

Outro lugar muito bom para encontrar várias provas de
olimpíadas (incluindo a OBM, mas tudo em inglês) é o
site do John Scholes:
  http://www.kalva.demon.co.uk/

É claro que nos links do site da OBM tem várias outras
referências de sites muito boas; vale a pena conferir!

[]'s
Shine

--- [EMAIL PROTECTED] wrote:

 Alguem aí ve uma saída pra mim?
 
 Questao:
 é dada uma função: (0,+infinito)- R
 tal que
 
 i) xy = f(x)  f(y)
 
 ii) f[(2xy)/(x+y)] = [f(x)+f(y)]/2
 
 
 Prove q existe c0 tal que f(c) 0
 
 
 ---
 obs: eu consegui chegar que
 f( (x+y)/2)= [f(x)+f(y)]/2 para todo x,y 0 , será
 q ajuda em alguma coisa?
 
  
 
 

=
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e
 usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html

=
 




__ 
Yahoo! Mail for Mobile 
Take Yahoo! Mail with you! Check email on your mobile phone. 
http://mobile.yahoo.com/learn/mail 
=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Indicação Livro

2005-07-11 Por tôpico Paulo Cesar
Matemática: A Matemática do Ensino Médio Volumes 1,2 e 3.
Física: Os Fundamentos da Física ou Tópicos da Física ou, para os
mais loucos, Física Halliday (não sei se escrevi corretamente esse
nome).

Abraço

Paulo Cesar

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


[obm-l] Mais uma de funções

2005-07-11 Por tôpico Bruno França dos Reis
Olá
Acabo de ler a mensagem do Caio e a resposta do Shine na mensagem com
assunto Quest. de Função - URGENTE, por favor ajudem, o que me
lembrou uma questão (ao meu ver, mais simples que aquela) com a qual eu
brincava há um tempo. Desculpem, mas não tenho o enunciado preciso. Eis
a questão:

A função f: R - R possui as seguintes propriedades:

(i) x  y == f(y)  f(x)
(ii) f([x+y]/2)  [f(x) + f(y)]/2, para todo x != y

Mostre que existe c tal que f(c)  0.


Resolvi a questão por 2 métodos diferentes (não vou postá-los, pelos
menos por enquanto, para quem quiser tentar), mas ainda não me senti
satisfeito.

Intuitivamente eu imagino que f seja contínua tenha concavidade para
baixo, i.e., o gráfico de f está abaixo de qualquer reta tangente ao
gráfico. Pensei então em tentar provar isso, mostrando a continuidade
de f, a derivabilidade de f até 2a. ordem e então mostrar que a
derivada 2a. é negativa. Como alguns podem estar pensando, esse método
para a resolução, se é que é possível, é muito trabalhoso e
complicado... e daí?? :-)

Bom, se alguém puder me dizer se é possível seguir esse caminho e me
fornecer dicas de como fazê-lo, ou então mostrar que não é possível
resolver dessa forma (seja lá pelo motivo que for, i.e., f não
necessariamente é contínua, ou derivável, ou etc.), ficarei grato!

Abraço
Bruno

-- Bruno França dos Reisemail: bfreis - gmail.comgpg-key: http://planeta.terra.com.br/informatica/brunoreis/brunoreis.key
icq: 12626000e^(pi*i)+1=0 


[obm-l] Re: [obm-l] Quest. de Funïïo - URGENTE, por favor ajudem

2005-07-11 Por tôpico caiosg
Shine, muito obrigado mesmo

um grande abraço ae
Caio
 ''-- Mensagem Original --
 ''Date: Mon, 11 Jul 2005 15:20:06 -0700 (PDT)
 ''From: Carlos Yuzo Shine [EMAIL PROTECTED]
 ''Subject: Re: [obm-l] Quest. de Função - URGENTE, por favor ajudem
 ''To: obm-l@mat.puc-rio.br
 ''Reply-To: obm-l@mat.puc-rio.br
 ''
 ''
 ''Oi Caio,
 ''
 ''Primeiro, observe que (2xy)/(x+y) =
 ''1/{[(1/x)+(1/y)]/2}. Escrevendo a condição ii como
 ''f(1/{[(1/x)+(1/y)]/2}) = [f(1/(1/x)) + f(1/(1/y))]/2
 ''e fazendo a substituição a=1/x e b=1/y, temos
 ''f(1/[(a+b)/2]) = [f(1/a) + f(1/b)]/2. Deste modo,
 ''parece interessante considerar a função g(x) = f(1/x).
 ''
 ''A condição i fica x  y = f(x)  f(y) = g(1/x) 
 ''g(1/y). Assim, como x  y = 1/x  1/y, substituindo
 ''a = 1/x e b = 1/y, obtemos a  b = g(a)  g(b), ou
 ''seja, g é decrescente.
 ''
 ''A condição ii fica g([a+b]/2) = [g(a) + g(b)]/2. a,
 ''[a+b]/2, b é uma PG de três termos, então parece
 ''interessante pensar em a = n-1 e b = n+1. De fato,
 ''substituindo obtemos
 ''g(n) = [g(n-1) + g(n+1)]/2
 ''= g(n) - g(n+1) = g(n-1) - g(n)
 ''
 ''Podemos aplicar essa desigualdade para n =
 ''2,3,...,k-1. Como g é decrescente, g(1) - g(2)  0.
 ''Seja então d = g(1) - g(2).
 ''  g(1) - g(2) = d
 ''  g(2) - g(3) = g(1) - g(2) = d
 ''  g(3) - g(4) = g(2) - g(3) = d
 ''  g(4) - g(5) = g(3) - g(4) = d
 ''  ...
 ''  g(k-1) - g(k) = g(k-2) - g(k-1) = d
 ''
 ''Somando respectivamente os extremos esquerdo e direito
 ''das desigualdades acima, obtemos
 ''  g(1) - g(k) = (k-1)d = g(k) = g(1) - (k-1)d
 ''
 ''Mas essa desigualdade vale para todo k inteiro
 ''positivo. Em particular, existe k tal que (k-1)d 
 ''g(1), já que d é positivo. Logo, para esse valor de k
 ''temos g(k)  0.
 ''
 ''Espero que tenha ajudado.
 ''
 ''Aliás, as resoluções de todas as OBMs desde 1998 até
 ''2003 podem ser encontradas em diversas edições da
 ''revista Eureka! (se não me engano, 4, 7, 10, 13, 16,
 ''19, respectivamente, mas não tenho certeza). As
 ''resoluções são, em geral, dos próprios alunos. Vale a
 ''pena ver!
 ''
 ''No site da OBM, você pode encontrar as Eureka!s para
 ''download:
 ''  http://www.obm.org.br/
 ''e vá no link Revista Eureka!.
 ''
 ''Outro lugar muito bom para encontrar várias provas de
 ''olimpíadas (incluindo a OBM, mas tudo em inglês) é o
 ''site do John Scholes:
 ''  http://www.kalva.demon.co.uk/
 ''
 ''É claro que nos links do site da OBM tem várias outras
 ''referências de sites muito boas; vale a pena conferir!
 ''
 ''[]'s
 ''Shine
 ''
 ''--- [EMAIL PROTECTED] wrote:
 ''
 '' Alguem aí ve uma saída pra mim?
 '' 
 '' Questao:
 '' é dada uma função: (0,+infinito)- R
 '' tal que
 '' 
 '' i) xy = f(x)  f(y)
 '' 
 '' ii) f[(2xy)/(x+y)] = [f(x)+f(y)]/2
 '' 
 '' 
 '' Prove q existe c0 tal que f(c) 0
 '' 
 '' 
 '' ---
 '' obs: eu consegui chegar que
 '' f( (x+y)/2)= [f(x)+f(y)]/2 para todo x,y 0 , será
 '' q ajuda em alguma coisa?
 '' 
 ''  
 '' 
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 ''
 ''=
 '' Instruções para entrar na lista, sair da lista e
 '' usar a lista em
 '' http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
 ''
 ''=
 '' 
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 ''__ 
 ''Yahoo! Mail for Mobile 
 ''Take Yahoo! Mail with you! Check email on your mobile phone. 
 ''http://mobile.yahoo.com/learn/mail 
 ''=
 ''Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 ''http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
 ''=



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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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