[obm-l] tangente ao gráfico

2007-12-23 Por tôpico Tio Cabri st
Bom dia.
Desejo a todos boas festas e um feliz 2008.

Sei que talvez não seja um bom dia para postar algo. Mas...
Estou precisando de ajuda (só uma luz já é o suficiente) no seguinte
exercício:

Determinar todos os pontos (a,b) de R2, tais que por (a,b) passem duas retas
tangentes ao gráfico de f(x)=x^2.

Resposta: (a,b) tal que ba^2

Abraços
Cabri


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Demonstrações

2007-12-23 Por tôpico Lucas Prado Melo
On Dec 16, 2007 11:56 PM, Sérgio Martins da Silva [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Doutores,

 Penso que a palavra mais comum nesta lista e, quiçá, da matemática é
 demonstração. Por isto, gostaria de saber como se demonstra que uma
 demonstração está correta. E mais, que é completa. Quais são os requisitos,
 condições, etc ?

 Abraços,

 Sérgio

Oi,
Se eu estiver errado, por favor me corrijam,
Demonstrar que uma demonstração é válida é provar que a conclusão
deriva das premissas. (isso é lógica matemática)
Se, ao analisarmos uma prova a partir de suas premissas, chegamos (por
implicações sempre verdadeiras (também chamadas tautológicas)) à mesma
conclusão que a prova chegou, então a prova é válida, caso contrário
não.
Uma prova é dita completa quando não existem axiomas não declarados
(se eu não me engano).
Ex:
Se Alberto viajar e Bruno ir à praia
Então Daniel vai ao mercado
Prova:
Sabemos isso também:
- Se Alberto vai viajar e Bruno ir à praia, então Creuza vai limpar a
casa de Alberto
- Se Daniel não vai ao mercado, então Creuza não vai limpar a casa de
Alberto ou Alberto não vai viajar
Por lógica matemática:
A := Alberto ir viajar
B := Bruno ir à praia
C := Creuza ir limpar a casa de Alberto
D := Daniel ir ao mercado
Temos:
A e B e ( A e B - C ) e ( ¬D - ¬C ou ¬A )
Usando algumas regras de lógica:
( ¬D - ¬C ou ¬A ) = ( A e C - D )
A e B e ( A e B - C ) = C
A e C e ( A e C - D ) = D
Ou seja, D é verdade...

Resumindo (para não-leigos): uma prova é válida sse a conjunção das
premissas implica a conclusão da prova.

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


[obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações

2007-12-23 Por tôpico Sérgio Martins da Silva
Lucas,

Gostei do exemplo. Ele poderia ser generalizado e formalizado como um
teorema? Pode me indicar links ou bibbliografia sobre o tema?

Um abraço,

Sérgio

- Original Message - 
From: Lucas Prado Melo [EMAIL PROTECTED]
To: obm-l@mat.puc-rio.br
Sent: Sunday, December 23, 2007 1:39 PM
Subject: Re: [obm-l] Demonstrações


 On Dec 16, 2007 11:56 PM, Sérgio Martins da Silva [EMAIL PROTECTED]
wrote:
  Doutores,
 
  Penso que a palavra mais comum nesta lista e, quiçá, da matemática é
  demonstração. Por isto, gostaria de saber como se demonstra que uma
  demonstração está correta. E mais, que é completa. Quais são os
requisitos,
  condições, etc ?
 
  Abraços,
 
  Sérgio
 
 Oi,
 Se eu estiver errado, por favor me corrijam,
 Demonstrar que uma demonstração é válida é provar que a conclusão
 deriva das premissas. (isso é lógica matemática)
 Se, ao analisarmos uma prova a partir de suas premissas, chegamos (por
 implicações sempre verdadeiras (também chamadas tautológicas)) à mesma
 conclusão que a prova chegou, então a prova é válida, caso contrário
 não.
 Uma prova é dita completa quando não existem axiomas não declarados
 (se eu não me engano).
 Ex:
 Se Alberto viajar e Bruno ir à praia
 Então Daniel vai ao mercado
 Prova:
 Sabemos isso também:
 - Se Alberto vai viajar e Bruno ir à praia, então Creuza vai limpar a
 casa de Alberto
 - Se Daniel não vai ao mercado, então Creuza não vai limpar a casa de
 Alberto ou Alberto não vai viajar
 Por lógica matemática:
 A := Alberto ir viajar
 B := Bruno ir à praia
 C := Creuza ir limpar a casa de Alberto
 D := Daniel ir ao mercado
 Temos:
 A e B e ( A e B - C ) e ( ¬D - ¬C ou ¬A )
 Usando algumas regras de lógica:
 ( ¬D - ¬C ou ¬A ) = ( A e C - D )
 A e B e ( A e B - C ) = C
 A e C e ( A e C - D ) = D
 Ou seja, D é verdade...

 Resumindo (para não-leigos): uma prova é válida sse a conjunção das
 premissas implica a conclusão da prova.

 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 =

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstraçõe s

2007-12-23 Por tôpico albert richerd carnier guedes

Realmente eu deixei pouco claro o modo como escrevi sobre o problema.
Eu quis dizer que a correlação com o problema P versus NP é a 
demonstração de uma demonstração é que
é preciso provar se existe uma demonstração para demonstração antes de 
tentar achar uma.

Isso está no ambito de pesquisa do problema NP.

Quanto aos problemas do milênio Sérgio, são 7 problemas matemáticos 
apresentados pelo Instituto de matemática Clay, e eles estão 
oferecerendo $ 1.000.000,00 por problema para quem os resolver.


O link oficial dos problemas:

http://www.claymath.org/millennium/

Para uma versão em portugues

http://www.dm.ufscar.br/hp/hp853/hp853001/hp853001.html

Um noticia legal é que foi apresenteada este ano a solução de um dos 
problemas do milênio - a conjectura de Poincaré - ele foi resolvido pelo

matemático russo Grigory Perelman.
O cara faturou um milhão de verdinhas alem de ganhar a medalha Fields - 
o nobel da matemática.

Aqui tem a noticia:
http://www.e-escola.pt/site/destaque.asp?dest=87

Ainda têm os problemas de Hilbert, caso você não conheça:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Problemas_de_Hilbert

Espero ter te inspirado ainda mais a pratica da matemática. Pra mim 
estes problemas são extremamente estimulantes, alem claro do meu gosto 
natural pela matematica.

Abraços.

Sérgio Martins da Silva escreveu:

Caros Rodrigo e arcguede,

Poderiam me esclarecer o que demonstração de uma demonstração tem a ver com
problemas NP? Qual bibliografia recomendam sobre isso?

Abraços,

Sérgio

- Original Message - 
From: [EMAIL PROTECTED]

To: obm-l@mat.puc-rio.br
Sent: Tuesday, December 18, 2007 12:46 AM
Subject: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações


  

Acredito que o problema NP seja provar que existe ou não uma forma
matemática, objetiva, de transformar problemas NP (com tempo de
processamento não polinomial) em problemas P (tempo de processamento
polinomial). Correto?

qual seria a remissão a que você se referiu?

- Original Message - 
From: [EMAIL PROTECTED]

To: obm-l@mat.puc-rio.br
Sent: Monday, December 17, 2007 2:16 AM
Subject: Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações




Acho que isso nos remete ao terceiro problema do milênio -  o problema
NP.

[EMAIL PROTECTED] escreveu:
  

Acredito que uma demonstração de demonstração seria algo como
chover no molhado. Uma demonstração está correta se, em última
instância, está de acordo com os axiomas mais básicos da matéria.
Então, uma demonstração de demontração recorreria, também em última
análise, exatamente aos mesmos axiomas, sendo assim redundante.

Se você fala inglês, aqui está um fórum onde há diversos debates
interessantes sobre esses assuntos, além de resolução técnica de
questões de matemática, física química, engenharia em geral, etc...

http://www.physicsforums.com/

abraços

- Original Message - From: Sérgio Martins da Silva
[EMAIL PROTECTED]
To: Lista OBM obm-l@mat.puc-rio.br
Sent: Sunday, December 16, 2007 10:56 PM
Subject: [obm-l] Demonstrações




Doutores,

Penso que a palavra mais comum nesta lista e, quiçá, da matemática é
demonstração. Por isto, gostaria de saber como se demonstra que uma
demonstração está correta. E mais, que é completa. Quais são os
requisitos,
condições, etc ?

Abraços,

Sérgio


  

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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html

  

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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html



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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html

  

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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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[obm-l] Simbolos para emails

2007-12-23 Por tôpico albert richerd carnier guedes

Tabelinha de símbolos em ASCII para quem quiser incrementar suas mensagens.Os 
caracteres a e b sao apenas para comparação.
a ≠ ba ٧ ba ٨ ba ∇ ba Ո ba ◦ ba ± ba • ba ⊙ ba ◈ ba 丄 ba ⊥ ba 丅 ba ㅜ ba √ ba ⊥ 
ba ⊿ ba Շ ba ≮ ba ⌒ ba ≯ ba ≤ ba ≥ ba ∝ ba א ba օ ba ∞ ba ● ba ‰ ba ² ba ༝ ba ∫ 
ba ո ba ց ba ь ba հ ba զ ba ս ba օ ba ג ba ½ ba ¼ ba ¾ ba ⅓ ba ⅔ ba ⅛ ba ⅜ ba ⅝ 
ba ⅞ ba £ ba ™ ba օ ba ∴ ba ∵ ba ∷ b



=
Instru��es para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Simbolos para emails

2007-12-23 Por tôpico Bruno França dos Reis
Esses caracteres são bonitos, desde que quem os leia tenha seu
navegador/leitor de emails a codificação de caracteres configurada como
Unicode (aka UTF-8). Em outras codificações (como ISO-8859-1, a codificação
predominante em computadores de brasileiros), a maioria desses símbolos não
pode ser exibida, e  eles aparecem normalmente como um quadradinho branco de
borda preta.

Fora que para digitar esses simbolos, ou vc tem que ter um editor de emails
que eles sejam muito faceis de serem colocados, ou vc tem que conhecer de
cabeça um codigo para inserir cada um desses símbolos ou tem que ficar
procurando com o mouse em uma longa lista de simbolos, que também terá todas
as letras gregas e muitas e muitas outras coisas, ou, agora que vc nos
enviou a tabela, teremos que abrir seu email, selecionar o que quisermos,
CTRL+C e CTRL+V.

Nenhuma dessas opções me parece muito prática. Assim como não acho pratico o
estabelecimento de normas para a escrita de emails para a lista, conforme
foi sugerido há algumas semanas. Nem tampouco o uso de notação LaTeX, que,
embora muito clara para quem saiba do que estou falando, não é lá muito
prática para escrever em diversos casos, e é desnecessária para uma lista
que não discute a publicação e editoração profissional de artigos em
revistas.

Acho melhor continuarmos como sempre foi: usando o bom senso aliado à
vontade de ser compreendido na hora de enviar um email, que certamente fará
com que o autor seja compreendido por pelo menos um membro da lista.

Abraços,
Bruno

2007/12/24, albert richerd carnier guedes [EMAIL PROTECTED]:

 Tabelinha de símbolos em ASCII para quem quiser incrementar suas
 mensagens.Os caracteres a e b sao apenas para comparação.
 [...]



-- 
Bruno FRANÇA DOS REIS

msn: [EMAIL PROTECTED]
skype: brunoreis666
tel: +33 (0)6 28 43 42 16

e^(pi*i)+1=0


[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [o bm-l] Re: [obm-l] Demonstrações

2007-12-23 Por tôpico Sérgio Martins da Silva
Albert,

Obrigado pelos links. Navegando e aprendendo.

Sérgio
  - Original Message - 
  From: albert richerd carnier guedes 
  To: obm-l@mat.puc-rio.br 
  Sent: Sunday, December 23, 2007 8:00 PM
  Subject: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações


  Realmente eu deixei pouco claro o modo como escrevi sobre o problema.
  Eu quis dizer que a correlação com o problema P versus NP é a demonstração 
de uma demonstração é que
  é preciso provar se existe uma demonstração para demonstração antes de 
tentar achar uma.
  Isso está no ambito de pesquisa do problema NP.

  Quanto aos problemas do milênio Sérgio, são 7 problemas matemáticos 
apresentados pelo Instituto de matemática Clay, e eles estão oferecerendo $ 
1.000.000,00 por problema para quem os resolver.

  O link oficial dos problemas:

  http://www.claymath.org/millennium/

  Para uma versão em portugues

  http://www.dm.ufscar.br/hp/hp853/hp853001/hp853001.html

  Um noticia legal é que foi apresenteada este ano a solução de um dos 
problemas do milênio - a conjectura de Poincaré - ele foi resolvido pelo 
  matemático russo Grigory Perelman.
  O cara faturou um milhão de verdinhas alem de ganhar a medalha Fields - o 
nobel da matemática.
  Aqui tem a noticia:
  http://www.e-escola.pt/site/destaque.asp?dest=87

  Ainda têm os problemas de Hilbert, caso você não conheça:

  http://pt.wikipedia.org/wiki/Problemas_de_Hilbert

  Espero ter te inspirado ainda mais a pratica da matemática. Pra mim estes 
problemas são extremamente estimulantes, alem claro do meu gosto natural pela 
matematica.
  Abraços.



Re: [obm-l] Simbolos para emails

2007-12-23 Por tôpico albert richerd carnier guedes

Foi só uma sugestão. Me passou batido as codificações.

Bruno França dos Reis escreveu:
Esses caracteres são bonitos, desde que quem os leia tenha seu 
navegador/leitor de emails a codificação de caracteres configurada 
como Unicode (aka UTF-8). Em outras codificações (como ISO-8859-1, a 
codificação predominante em computadores de brasileiros), a maioria 
desses símbolos não pode ser exibida, e  eles aparecem normalmente 
como um quadradinho branco de borda preta.


Fora que para digitar esses simbolos, ou vc tem que ter um editor de 
emails que eles sejam muito faceis de serem colocados, ou vc tem que 
conhecer de cabeça um codigo para inserir cada um desses símbolos ou 
tem que ficar procurando com o mouse em uma longa lista de simbolos, 
que também terá todas as letras gregas e muitas e muitas outras 
coisas, ou, agora que vc nos enviou a tabela, teremos que abrir seu 
email, selecionar o que quisermos, CTRL+C e CTRL+V.


Nenhuma dessas opções me parece muito prática. Assim como não acho 
pratico o estabelecimento de normas para a escrita de emails para a 
lista, conforme foi sugerido há algumas semanas. Nem tampouco o uso de 
notação LaTeX, que, embora muito clara para quem saiba do que estou 
falando, não é lá muito prática para escrever em diversos casos, e é 
desnecessária para uma lista que não discute a publicação e editoração 
profissional de artigos em revistas.


Acho melhor continuarmos como sempre foi: usando o bom senso aliado à 
vontade de ser compreendido na hora de enviar um email, que certamente 
fará com que o autor seja compreendido por pelo menos um membro da lista.


Abraços,
Bruno

2007/12/24, albert richerd carnier guedes [EMAIL PROTECTED] 
mailto:[EMAIL PROTECTED]:


Tabelinha de símbolos em ASCII para quem quiser incrementar suas
mensagens.Os caracteres a e b sao apenas para comparação.
[...]



--
Bruno FRANÇA DOS REIS

msn: [EMAIL PROTECTED] mailto:[EMAIL PROTECTED]
skype: brunoreis666
tel: +33 (0)6 28 43 42 16

e^(pi*i)+1=0 




=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


[obm-l] outra tangente a curva

2007-12-23 Por tôpico Tio Cabri st
Boa noite, será que alguém entre uma ceia e outra poderia me auxiliar nesta:

Determine uma reta paralela a x+y=1 (daqui extraio que esta reta tem
coeficiente angular -1) e tangente à curva y^3 +xy+ x^3=0 em um ponto
(x0,y0), com x00 e y00.

Reposta: x + y = -1

Obrigado Cabri

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


[obm-l] Res: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re : [obm-l] Demonstrações

2007-12-23 Por tôpico Rodrigo Cientista
Acredito que o que o albert quer dizer é o seguinte: o problema do milênio 
relacionado aos problemas NP é demonstrar que um problema NP pode ser expresso 
em termos de um problema P (mas não necessariamente dar um exemplo disso).

Imagine uma empresa de entregas que deseja minimizar seus custos de frete, 
devendo-se para tal determinar qual a menor rota entre um município brasileiro 
e outro, passando por todos, nos seguinte termos:

Tempo para ir do município A ao B: x horas
Tempo para ir do município A ao C: y horas
Tempo para ir do município A ao D: z horas
.
.
.
Tempo para ir do município Y ao Z: n horas

supondo 27 municípios que permitam um caminho entre cada um deles, isto é, cada 
um se combina com todos os demais, todos formam duplas com todos, pra efeitos 
de simplificação.

neste sentido, todas rotas possíveis são em número = 27!

claramente a cada incremento de um município teremos um incremento muito maior 
de rotas a serem examinadas por um programa computacional qualquer, sendo este 
um problema com tempo de processamento não polinomial (NP)

agora imagine um problema em que pede-se pra calcular o tempo médio de cada 
rota que parte de A e termina em A, tal que cada rota seguinte seja escolhida 
dentre as com menor tempo, passando por todos os municípios pelo menos uma vez. 
Se formos aumentando o número de municípios o tempo de processamento crescrerá 
aritmeticamente. Este é um problema com tempo de processamento polinomial (P).

existe alguma forma de contruir-se uma máquina capaz de resolver problemas 
não-polinomiais como esses em tempos polinomiais? 

o problema do milênio pede que se demonstre apenas a possibilidade, não que se 
dê um exemplo concreto, acho q era isso que o albert estava querendo dizer com 
demonstração de demonstração, o que em última análise poderia ser melhor 
expresso como demonstração de possibilidade


- Mensagem original 
De: Sérgio Martins da Silva [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Domingo, 23 de Dezembro de 2007 18:21:50
Assunto: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações

Caros Rodrigo e arcguede,

Poderiam me esclarecer o que demonstração de uma demonstração tem a ver com
problemas NP? Qual bibliografia recomendam sobre isso?

Abraços,

Sérgio

- Original Message - 
From: [EMAIL PROTECTED]
To: obm-l@mat.puc-rio.br
Sent: Tuesday, December 18, 2007 12:46 AM
Subject: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações


 Acredito que o problema NP seja provar que existe ou não uma forma
 matemática, objetiva, de transformar problemas NP (com tempo de
 processamento não polinomial) em problemas P (tempo de processamento
 polinomial). Correto?

 qual seria a remissão a que você se referiu?

 - Original Message - 
 From: [EMAIL PROTECTED]
 To: obm-l@mat.puc-rio.br
 Sent: Monday, December 17, 2007 2:16 AM
 Subject: Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações


  Acho que isso nos remete ao terceiro problema do milênio -  o problema
  NP.
 
  [EMAIL PROTECTED] escreveu:
  Acredito que uma demonstração de demonstração seria algo como
  chover no molhado. Uma demonstração está correta se, em última
  instância, está de acordo com os axiomas mais básicos da matéria.
  Então, uma demonstração de demontração recorreria, também em última
  análise, exatamente aos mesmos axiomas, sendo assim redundante.
 
  Se você fala inglês, aqui está um fórum onde há diversos debates
  interessantes sobre esses assuntos, além de resolução técnica de
  questões de matemática, física química, engenharia em geral, etc...
 
  http://www.physicsforums.com/
 
  abraços
 
  - Original Message - From: Sérgio Martins da Silva
  [EMAIL PROTECTED]
  To: Lista OBM obm-l@mat.puc-rio.br
  Sent: Sunday, December 16, 2007 10:56 PM
  Subject: [obm-l] Demonstrações
 
 
  Doutores,
 
  Penso que a palavra mais comum nesta lista e, quiçá, da matemática é
  demonstração. Por isto, gostaria de saber como se demonstra que uma
  demonstração está correta. E mais, que é completa. Quais são os
  requisitos,
  condições, etc ?
 
  Abraços,
 
  Sérgio
 
 
=
 
  Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
  http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 
=
 
 
 
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  Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
  http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 
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  Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
  http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 
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 Instruções para entrar na 

Re: [obm-l] Res: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações

2007-12-23 Por tôpico Maurício Collares
On Dec 23, 2007 11:04 PM, Rodrigo Cientista
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 claramente a cada incremento de um município teremos um incremento muito 
 maior de rotas a serem
 examinadas por um programa computacional qualquer, sendo este um problema com 
 tempo de
 processamento não polinomial (NP)

Só uma observação pedante: NP não significa não-polinomial. NP é a
classe de todos os problemas que podem ser resolvidos em tempo
polinomial numa máquina de Turing não-determinística. Uma formulação
alternativa é a seguinte: um problema está na classe de complexidade
NP se, dada uma possível resposta, uma máquina de Turing
determinística consegue *verificar* a veracidade da mesma em tempo
polinomial. Em particular, a classe de complexidade NP contém a classe
de complexidade P, que é a classe dos problemas que podem ser
resolvidos em tempo polinomial por uma máquina de Turing
determinística.

Existe também a classe dos problemas NP-difíceis, que pode ser
descrita assim: Se um computador pudesse resolver um problema
NP-difícil (basta saber resolver um tipo de problema), ele poderia
resolver qualquer problema da classe NP em tempo polinomial. Além
disso, a classe NP-completo é a interseção da classe NP com a classe
NP-difícil.

Quanto a pergunta original, não consegui entender a relação da classe
de complexidade NP com a dúvida do Sérgio (se alguém pudesse me mandar
alguma referência sobre isso, ficaria agradecido), mas existem coisas
interessantes quanto a verificação computadorizada de provas de
teoremas; o programa mais famoso para fazer isso é o Coq. Além disso,
existe um site bastante interessante chamado Metamath
(http://us.metamath.org) com um monte de proposições matemáticas
escritas de um modo bastante cru, propício para verificação
automática. Dá pra perder horas clicando nas várias proposições até
chegar aos axiomas ZFC.

--
Abraços,
Maurício

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l] outra tangente a curva

2007-12-23 Por tôpico [EMAIL PROTECTED]

Tio Cabri st wrote:

Boa noite, será que alguém entre uma ceia e outra poderia me auxiliar nesta:

Determine uma reta paralela a x+y=1 (daqui extraio que esta reta tem
coeficiente angular -1) e tangente à curva y^3 +xy+ x^3=0 em um ponto
(x0,y0), com x00 e y00.

Reposta: x + y = -1

Obrigado Cabri

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


  

Derivando implicitamente a equação, você obtém:

3y^2.y' + y + x.y' + 3x^2 = 0

y'.(3y^2 + x) = -(3x^2 + y)

y' = - (3x^2 + y)/(3y^2 + x)

Buscamos o ponto onde a inclinação (derivada) tem valor -1.

y' = -1

ou seja,

- (3x^2 + y)/(3y^2 + x) = -1

3x^2 + y = 3y^2 + x

3x^2 - 3y^2 + y - x = 0

3(x^2 - y^2) - 1(x - y) = 0

3(x + y)(x - y) - 1(x - y) = 0

(x - y).(3x + 3y -1) = 0

Logo

(A) x - y = 0

E a intersecção de x - y = 0 com

y^3 + xy + x^3 = 0 é o ponto (-1/2; -1/2)


ou

(B) 3x + 3y - 1 = 0

impossível, pois como x + y = 1/3, não podemos ter ambas coordenadas 
negativas.




A reta tangente, com inclinação -1 que passa pelo ponto (-1/2; -1/2) é:

x + y = -1


Pio.
=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=