Re: [obm-l] Diferença finita ( de novo)

2008-02-28 Por tôpico Rodrigo Renji
ah sim uma dedução que pode ser feita pra deduzir a formula das p.a de
ordem superior
para as progressões aritmeticas podemos escrever

an=a1+ (n-1).r = c(n-1,0) a1 + c(n-1,1) r

vamos deduzir agora a formula da p.a de ordem 2, montando o seguinte esquema
o primeiro termo da p.a de ordem 2, vou chamar de b1, o n-esimo termo
vou chamar de bn
então podemos montar o esquema
b1b2--b3b4
b1-b1+a1---b1+2a1+r---b1+3a1 +3r
-a1--a1+r---a1+2r
rr

temos entao
b1=b1
b2=b1+a1
b3=b1+2a1+r
b4=b1+3a1+3r
dai percebemos que nesse casos, aparece sempre b1, com coeficiente 1
entao poderiamos deduzir
bn =b1
analisando os coeficientes de a1, nos bn, temos
b1=0a1
b2=1a1
b3=2a1
b4=3a1
perceba que nos casos tomados, bn, o coeficiente de a1, é sempre (n-1)
então ate agora temos bn =b1+ (n-1)a1
agora vamos deduzir o coeficiente de r
b1=0r
b2=0r
b3=1r
b4=3r
observe que para n=1 e e n=2, os coeficientes de r são zero,
poderiamos escrever entao
(n-1)(n-2).k como coeficiente de r, só que tem que ser válido quando
n=3, se n=3, temos
o coeficiente igual a 1, logo (3-1)(3-2).k=1 2.1.k=1, logo k=1/2
temos então o coeficiente de r igual a (n)(n-1)/2
a forma fica então

bn=b1+(n-1)a1+(n-1)(n-2).r/2
escreva agora essa expressão com coeficiente binomial
bn=c(n-1,0)b1+c(n-1,1)a1+c(n-1,2)r
e compare com a p.a escrita com coeficiente binomial
an=c(n-1,0)a1+c(n-1,1)r

as duas juntas
bn=c(n-1,0)b1+c(n-1,1)a1+c(n-1,2)r
an=c(n-1,0)a1+c(n-1,1)r
olhando esse padrão ja daria pra deduzir a formula da p.a de terceira ordem

cn=c(n-1,0)c1+c(n-1,1)b1+c(n-1,2)a1 +c(n-1,3)r
onde c1, seria a o primeiro termo da p.a de ordem 3

e a de quarta ordem
dn=c(n-1,0)d1+c(n-1,1)c1+c(n-1,2)b1 +c(n-1,3)a1 +c(n-1,4)r

Em 25/02/08, Rodrigo Renji[EMAIL PROTECTED] escreveu:
 acho que nao mandei o email inteiro da outra vez, aqui vai completo:


  Pedro vou tentar explicar melhor o que eu sei de p.a's de outras
  ordens (seguindo uma maneira informal e tentando deduzir a formula
  geral)

  primeiro as notações que vou usar, o coeficiente binomial  n!/k!(n-k)
  vou escrever como c(n,k)

  vou começar fazendo o seguinte, analisando um polinomio do primeiro
  grau, por exemplo...
  y=2x+1. tomando valores, de x variando de 0, depois 1, depois 2, vamos
  ver o que acontece

  x=0 y=2.0+1 =1
  x=1 y=2.1+1=3
  x=2 y=2.2+1=5
  x=3 y=2.3+1=7

  vamos alinhar os valores de y em sequencia
  1-3---5-7, tirando as diferenças
  ---2--2---2, ela é sempre constante igual a 2, então temos uma p.a

  mas o que aconteceria se tomassemos diferenças em um polinomio de grau
  2? vamos ver o que acontece?, vamos tomar um polinomio simples de grau
  2, por exemplo y=x^2
  e tomar valores partindo de zero, e pulando de 1 em 1, vamos lá

  x=0, y=0
  x=1, y=1
  x=2, y=4
  x=3, y=9
  x=4, y=16
  x=5, y=25
  vamos tomar entao os resultados y, em sequencia
   0-14---916-25
  e se tiramos as diferenças, o que acontece?, vamos lá
   0-14916-25
  1-35---7--9
  aparece nas diferenças, uma sequencia que não é constante, vamos então
  tirar a diferença dessa sequencia que apareceu (diferença das
  diferenças) (observe que as diferenças são os termos da primeira
  sequencia considerada, a que surgiu de y=2x+1)
  tomando as diferenças temos entao
  1-35---7--9
  --2--22---2
  uma constante 2, vimos então que, tomando um polinomio de grau 2 (o
  y=x^2), e tomando as diferenças, temos uma sequencias onde a diferença
  é uma p.a e a segunda diferença é constante, e o que aconteceria com
  um polinomio de grau 3? (vou fazer só mais esse caso)

  exemplo y=x^3, tomando valores, começando do zero, temos
  x=0 y=0
  x=1, y=1
  x=2, y=8
  x=3, y=27
  x=4 , y=64
  x=5, y=125
  pondo em ordem e tirando as diferenças temos

  0---18-27-64125
  ---1---719-37--61
  --6---1218--24
  -6-6--6
  a primeira diferença nao é constante, a segunda diferença não é
  constante, porém a terceira diferença é constante

  com isso podemos perceber algumas coisas, como, nos casos analisados,
  a n diferença de um polinomio de grau n é constante, e como a
  diferença de constante é zero, temos a n+1 diferença de um polinomio
  de grau n é zero.
  dos exemplos, diferença de termos no polinomio de grau 1, 2x+1 ´e constante,
  a 2 segunda diferença dos termos de um polinomio de grau 2 é constante
  (no caso testado x^2)
  a terceira diferença de um polinomio de grau 3 é constante( do caso x^3)

  mas como definir essas sequencias?
  a sequencia cuja segunda diferença é constante, é uma p.a de ordem 2,
  a sequencia cuja terceira diferença é constante é uma p.a de ordem 3,
  a sequencia onde a n esima diferença é constante, é uma p.a de ordem n
  ( sendo as constantes diferentes de zero)

  no proximo email uma dedução das primeiras formulas de p.a e
  extrapolação pra todos outros casos



Re: [obm-l] Diferença finita ( de novo)

2008-02-28 Por tôpico Rodrigo Renji
agora sobre dua dúvida,, sobre o operador E (de expansão?)
o operador E, quando aplicado numa função f(x), faz ela ser deslocada,
sendo tomada f(x+1)
isto é a definição dele é Ef(x)= f(x+1)
as potencias maiores, podem ser definidas
E^k f(x)= f(x+k), k pode ser qualquer real, mas no cálculo de
diferenças finitas estamos apenas interessados quando k é inteiro.
exemplos

E 2^(x) = 2^(x+1)

Esen(x) = sen(x+1)

ai temos o operador delta que vou escrever como D, ele se definine como
Df(x)= f(x+1)-f(x), mas sabemos que f(x+1)= Ef(x), assim escrevemos
Df(x)= Ef(x)-f(x), como seria interessante colocar f(x) em evidencia em
Ef(x)-f(x), definimos a soma de dois operadores (A+B)f(x)=Af(x)+Bf(x)
(e produto pode ser definido tb, bla bla bla, tem que demonstrar um
monte de coisas nisso)
ai tomamos
Df(x)=(E-1) f(x) e dizemos que o operador D=E-1, pois para toda função
em que são aplicadas eles fazem a mesma coisa, tomar f(x+1)-f(x).
sobre os metodos, todos eles são da teoria de diferenças finitas.
abraços o/

Em 28/02/08, Rodrigo Renji[EMAIL PROTECTED] escreveu:
 ah sim uma dedução que pode ser feita pra deduzir a formula das p.a de
  ordem superior
  para as progressões aritmeticas podemos escrever

  an=a1+ (n-1).r = c(n-1,0) a1 + c(n-1,1) r

  vamos deduzir agora a formula da p.a de ordem 2, montando o seguinte esquema
  o primeiro termo da p.a de ordem 2, vou chamar de b1, o n-esimo termo
  vou chamar de bn
  então podemos montar o esquema
  b1b2--b3b4
  b1-b1+a1---b1+2a1+r---b1+3a1 +3r
  -a1--a1+r---a1+2r
  rr

  temos entao
  b1=b1
  b2=b1+a1
  b3=b1+2a1+r
  b4=b1+3a1+3r
  dai percebemos que nesse casos, aparece sempre b1, com coeficiente 1
  entao poderiamos deduzir
  bn =b1
  analisando os coeficientes de a1, nos bn, temos
  b1=0a1
  b2=1a1
  b3=2a1
  b4=3a1
  perceba que nos casos tomados, bn, o coeficiente de a1, é sempre (n-1)
  então ate agora temos bn =b1+ (n-1)a1
  agora vamos deduzir o coeficiente de r
  b1=0r
  b2=0r
  b3=1r
  b4=3r
  observe que para n=1 e e n=2, os coeficientes de r são zero,
  poderiamos escrever entao
  (n-1)(n-2).k como coeficiente de r, só que tem que ser válido quando
  n=3, se n=3, temos
  o coeficiente igual a 1, logo (3-1)(3-2).k=1 2.1.k=1, logo k=1/2
  temos então o coeficiente de r igual a (n)(n-1)/2
  a forma fica então

  bn=b1+(n-1)a1+(n-1)(n-2).r/2
  escreva agora essa expressão com coeficiente binomial
  bn=c(n-1,0)b1+c(n-1,1)a1+c(n-1,2)r
  e compare com a p.a escrita com coeficiente binomial
  an=c(n-1,0)a1+c(n-1,1)r

  as duas juntas
  bn=c(n-1,0)b1+c(n-1,1)a1+c(n-1,2)r
  an=c(n-1,0)a1+c(n-1,1)r
  olhando esse padrão ja daria pra deduzir a formula da p.a de terceira ordem

  cn=c(n-1,0)c1+c(n-1,1)b1+c(n-1,2)a1 +c(n-1,3)r
  onde c1, seria a o primeiro termo da p.a de ordem 3

  e a de quarta ordem
  dn=c(n-1,0)d1+c(n-1,1)c1+c(n-1,2)b1 +c(n-1,3)a1 +c(n-1,4)r

  Em 25/02/08, Rodrigo Renji[EMAIL PROTECTED] escreveu:

  acho que nao mandei o email inteiro da outra vez, aqui vai completo:
  
  
Pedro vou tentar explicar melhor o que eu sei de p.a's de outras
ordens (seguindo uma maneira informal e tentando deduzir a formula
geral)
  
primeiro as notações que vou usar, o coeficiente binomial  n!/k!(n-k)
vou escrever como c(n,k)
  
vou começar fazendo o seguinte, analisando um polinomio do primeiro
grau, por exemplo...
y=2x+1. tomando valores, de x variando de 0, depois 1, depois 2, vamos
ver o que acontece
  
x=0 y=2.0+1 =1
x=1 y=2.1+1=3
x=2 y=2.2+1=5
x=3 y=2.3+1=7
  
vamos alinhar os valores de y em sequencia
1-3---5-7, tirando as diferenças
---2--2---2, ela é sempre constante igual a 2, então temos uma p.a
  
mas o que aconteceria se tomassemos diferenças em um polinomio de grau
2? vamos ver o que acontece?, vamos tomar um polinomio simples de grau
2, por exemplo y=x^2
e tomar valores partindo de zero, e pulando de 1 em 1, vamos lá
  
x=0, y=0
x=1, y=1
x=2, y=4
x=3, y=9
x=4, y=16
x=5, y=25
vamos tomar entao os resultados y, em sequencia
 0-14---916-25
e se tiramos as diferenças, o que acontece?, vamos lá
 0-14916-25
1-35---7--9
aparece nas diferenças, uma sequencia que não é constante, vamos então
tirar a diferença dessa sequencia que apareceu (diferença das
diferenças) (observe que as diferenças são os termos da primeira
sequencia considerada, a que surgiu de y=2x+1)
tomando as diferenças temos entao
1-35---7--9
--2--22---2
uma constante 2, vimos então que, tomando um polinomio de grau 2 (o
y=x^2), e tomando as diferenças, temos uma sequencias onde a diferença
é uma p.a e a segunda diferença é constante, e o que aconteceria com
um polinomio de grau 3? (vou fazer só mais esse caso)
  
exemplo y=x^3, tomando valores, começando 

Res: [obm-l] curriculo lates e probleminha sobre primos

2008-02-28 Por tôpico Eric Campos Bastos Guedes
Caros,

Desculpem-me se pareci rude no ultimo e-mail. Nao
foi minha intencao quere ser mais que a Kellen,
ate porque quando comecei a publicar ela sequer era
nascida (po! tou ficando velho!). De qualquer modo,
tomei a Kellen como parametro, porque em 2005
nao imaginava que um dia chegaria a ter resultados
tao bons quanto ela na Brasileira Universitaria.

Mas acabei tendo. Ou quase. Foi d+!

Gostaria de saber se eh mesmo a OEI - Organizacao
dos Estados Iberoamericanos para a Educacao Ciência
e Cultura - que eh a responsavel pela Ibero Universitaria.

Descobri como fazer meu curriculo lattes. Ta dando o
maior trabalho - mas vai valer a pena!

(Nao sabia como fazer o curriculo lattes, mas um
pessoal de outra lista me deu as dicas)

[ ]'s

Eric.
 
=
Eric Campos Bastos Guedes
Formulas para primos
http://geocities.yahoo.com.br/mathfire2001
Projeto Matematica para Todos
[EMAIL PROTECTED]
MSN: [EMAIL PROTECTED]
=

- Mensagem original 
De: Eric Campos Bastos Guedes [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Cc: Delirio Coletivo lista [EMAIL PROTECTED]
Enviadas: Quarta-feira, 27 de Fevereiro de 2008 20:29:08
Assunto: [obm-l] curriculo lates e probleminha sobre primos

Prezados 
amigos,

Primeiro, 
o 
probleminha 
sobre 
primos:

Mostre 
que 
existe 
um 
real 
minimo 
c, 
aproximadamente
c 
= 
2,811321611... 
tal 
que 
para 
todo 
inteiro 
positivo 
n,
tem-se 
que 
[c(n!)^2] 
eh 
um 
numero 
primo.

(isto 
nos 
da 
a 
sucessao: 
2, 
11, 
101, 
1619, 
40483, 
...)

Sobre 
o 
curriculo 
lates, 
gostaria 
muito 
de 
ter 
um,
pois 
ja 
tenho 
alguns 
trabalhos 
publicados 
(livros,
artigos, 
premiacoes 
etc) 
e 
percebi 
que 
a 
Kellem
Correa 
Santos 
tem 
um 
Curriculo 
Lates. 
Ora, 
eu 
ja
publiquei 
mais 
que 
ela, 
acho 
que 
muito 
mais, 
e
tenho 
tantas 
premiacoes 
quanto 
ela. 
Por 
isso
gostaria 
de 
saber 
como 
consigo 
ter 
um 
curriculo
lates.

[ 
]'s.

Eric.

=
http://geocities.yahoo.com.br/mathfire2001
www.mathfire.pop.com.br
Formulas 
para 
primos
Projeto 
Matematica 
para 
Todos
[EMAIL PROTECTED]
MSN: 
[EMAIL PROTECTED]
=




  
  
  
Abra 
sua 
conta 
no 
Yahoo! 
Mail, 
o 
único 
sem 
limite 
de 
espaço 
para 
armazenamento!
http://br.mail.yahoo.com/

=
Instruções 
para 
entrar 
na 
lista, 
sair 
da 
lista 
e 
usar 
a 
lista 
em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=





  Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para 
armazenamento!
http://br.mail.yahoo.com/

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


[obm-l] Eq. do 2º Grau de Coef. Inteiros

2008-02-28 Por tôpico Pedro Júnior
Dada uma equação do 2º Grau, com coeficientes inteiros, mostre que seu
discriminante não pode ser igual a 39.


Agradeço desde já...
Atenciosamente Pedro Jr (João Pessoa)


[obm-l] Re: [obm-l] Eq. do 2º Grau de Coef. Inteiros

2008-02-28 Por tôpico Rafael Cano
Olá
Primeiro é útil usar o seguinte fato: todo inteiro elevado ao quadrado deixa 
resto 0 ou 1 na divisão por 3 ou por 4 (tente provar isso...se não der mande 
outro email).
Seja ax^2+bx+c com a, b, c inteiros. O discriminante é: b^2 - 4ac. Suponha por 
absurdo que b^2 - 4ac = 39. Então: b^2=39+4ac. Veja que dividindo os dois lados 
por 4 temos: (b^2)/4=39/4 + ac. Se fosse possível encontrar inteiros que 
satisfazem a igualdade, o resto do lado direito deveria ser 0 ou 1. Mas 39/4 
deixa resto 3. Logo é impossível encontrar inteiros que satisfazem a igualdade, 
ou seja, o discriminante não pode ser 39.
Abraços
  - Original Message - 
  From: Pedro Júnior 
  To: obm-l@mat.puc-rio.br 
  Sent: Thursday, February 28, 2008 11:17 PM
  Subject: [obm-l] Eq. do 2º Grau de Coef. Inteiros


  Dada uma equação do 2º Grau, com coeficientes inteiros, mostre que seu 
discriminante não pode ser igual a 39.


  Agradeço desde já...
  Atenciosamente Pedro Jr (João Pessoa)