Re: [obm-l] Volume da pirâmide

2012-03-28 Por tôpico Paulo César
Olá Pedro.

Uma forma mais elementar consiste em se calcular o volume de um tetraedro a 
partir de um prisma triangular. Em seguida, aplica-se o Princípio de Cavalieri 
para uma pirâmide de base qualquer porém de mesma altura que o tetraedro. Dessa 
forma, conclui-se que o volume é de fato um terço do produto da área da base 
pela altura. 


Att.
Paulo Cesar Sampaio Jr.
Enviado via iPad

Em 27/03/2012, às 21:04, Pedro Angelo pedro.fon...@gmail.com escreveu:

 Olá,
 
 Sei que é possível achar o volume de uma pirâmide usando cálculo
 integral, mas eu queria saber se há alguma demonstração mais
 elementar, como dizer que o triângulo tem a área igual a metade da
 área do paralelogramo, que é base vezes altura. Eu podia jurar que eu
 vi, um dia, o nosso amigo Nehab desenhar uma figurinha um tanto
 elucidativa mas não consigo lembrar de jeito nenhum como era!
 
 um abraço,
 Pedro Angelo
 
 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 =

=
Instru��es para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] heptágono regular

2012-03-28 Por tôpico Pedro José
Desculpe-me pela  intromissão. Porém, a depender da série, nem sempre
temos disponível o valor da função seno para os arcos que não sejam
notáveis.
Portanto é melhor ordená-lo entre o perímetro do hexágono e o
comprimento da circunferência circunscrita  ao pentágono.
L = 2πR = 2*2,5*π = 5π  16.
Creio que se fosse para calcular com o sen(22,5 graus), melhor seria
calcular direto com o sen(32 graus). Utilizando a circunferência como
parâmetro - para esse caso em si - se evita a necessidade de
conhecimento ou uso de tabela para obter o valor da função sen.

Saúde, paz e alegria!


Em 26/03/12, felipe araujo costafaraujoco...@yahoo.com.br escreveu:
 Olá Carlos.
 Esse exercicio foi um aluno que pediu a questao foi do Colegio Naval por
 isso queria saber uma soluçao por desigualdade de triangulos.
 Muito Obrigado.

 Felipe Araujo Costa
 Cel: 77430066
 E-mail: faraujoco...@yahoo.com.br
 faco...@metalmat.ufrj.br


 
  De: Carlos Nehab carlos.ne...@gmail.com
 Para: obm-l@mat.puc-rio.br
 Enviadas: Segunda-feira, 26 de Março de 2012 10:26
 Assunto: Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] heptágono regular


 Oi, Felipe,
 Sim, Felipe, há uma solução por desigualdades, que funciona porque
 as opções facilitam...
 Solução banal:  analisando o perímetro do hexagono e do octógono
 regular inscritos no mesmo círculo (o perímetro do heptágono estará
 entre eles...)
 Perímetro do hexagono = 6x2,5 = 15 (logo, a opção a está errada)
 Perímetro do octógono é 8x2x2,5xsen22,5=40sen22,5
 Mas sen^2(22,5) = (1-cos45)/2=0,15. Como raiz(0,15)  0,4, o
 perímetro do octógono 16
 Resposta: opção b - entre 15 e 16.
 Pronto. Este exercício foi proposto para qual série?

 Abraços,
 Nehab


 Em 25/03/2012 11:21, felipe araujo costa escreveu:
 Obrigado Érica.
Mas queria saber se ha uma soluçao por desigualdade dos lados.
Abraço.

Felipe Araujo Costa
Cel: 77430066
E-mail: faraujoco...@yahoo.com.br
faco...@metalmat.ufrj.br



 De: Érica Gualberto Pongelupe Giacoia profer...@ig.com.br
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Domingo, 25 de Março de 2012 10:30
Assunto: [obm-l] Re: [obm-l] heptágono regular


Use a lei dos cossenos e calcule a medida do lado x.
x^2=2,5^2+2,5^2-2*2,5*2,5*cos(360/7)
Depois, basta multiplicar x por 7.
Abração


Em 25 de março de 2012 10:14, felipe araujo costa
 faraujoco...@yahoo.com.br escreveu:

Bom dia.
Preciso de uma ajuda nessa questão. Quero saber se ha uma resolução por
 desigualdade entre os lados do heptagono.
Obrigado.




 * O perímetro do heptágono regular convexo inscrito num círculo de raio
 2,5, é um número  real que esta entr


a)14 e 15
b)15 e 16
c)16 e 17
d)17 e 18
e)18 e 19

Felipe Araujo Costa




--
Érica G. P. G.




=
Instru��es para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] heptágono regular

2012-03-28 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
2012/3/28 Albert Bouskela alb...@themag.com.br:
Ois!

Antes de mais nada, parabéns ao Albert por ter matado o problema.
Enfim, a sacada de gênio, claro, porque se eu estou escrevendo um
mail a mais, é que eu ainda não estou satisfeito... mas é pura chatice
minha. Coisas da idade.

     3)    Mantendo-se invariante o número de vértices, o polígono
 inscrito num círculo que tem (refiro-me ao polígono) o maior perímetro é o
 polígono regular!

     4)    Prova: – Peguem 3 pontos consecutivos (adjacentes) de um
 polígono. O 1º e o 3º formam a corda que nos interessa. Os 3 pontos formam
 um triângulo. Para que o perímetro desse triângulo seja máximo, ele deve ser
 isósceles (prova adiante). I.e., o 2º ponto deve coincidir com a interseção
 da maior flecha da corda formada pelos 1º e 3º pontos – i.e., a mediatriz da
 corda – com o círculo. Por quê?
Eu não diria que é o perímetro do triângulo, mas apenas AB + BC (onde
A, B e C são, nessa ordem, os pontos consecutivos). Claro que como
apenas B mexe, somar AC é uma constante, logo não muda nada. Mas o
importante ainda está por vir.

     5)    Porque quando o ponto do meio (o 2º) passeia ao longo do
 arco compreendido pela corda, a partir do ponto central (o ponto de
 interseção da mediatriz da corda com o círculo), o perímetro do triângulo
 diminui! Caso não diminuísse (ficasse constante),
Na minha terra, uma quantidade que não diminui, pode aumentar.

 o LG do 2º ponto seria uma
 elipse, com polos no 1º e 3º pontos – lembrem-se da definição da elipse (é o
 LG dos pontos cuja soma das distâncias do ponto considerado até dois pontos
 fixos, os polos, é invariante). Esta elipse passaria “por fora” do círculo,
 tangenciando-o no ponto de interseção da mediatriz da corda com o círculo.
Mas o argumento da elipse ainda assim é válido. Mas tem que dar uns
detalhes a mais: considere a elipse de focos A e C passando por B.
Como B está na mediatriz de AC, a elipse é tangente ao círculo em B.
As posições de uma elipse e um círculo são bem simples: é uma questão
de curvatura. Ora, a elipse com certeza passa fora do círculo na
altura da reta AC, logo ela também tem que estar do lado de fora
acima, logo a semi-elipse A'BC' contém o arco ABC. Como os pontos
dentro da elipse são os que têm a soma MENOR do que AB+BC, acabou.

     6)    Já que o triângulo deve ser isósceles, então o polígono
 deve ser regular!
Muita calma nessa hora. Seja P um polígono que não é regular. Seja P'
o polígono obtido de P isoscelizando dois lados contíguos como o
Albert fez. Então per(P)  per(P'). Em particular, se P for regular, o
procedimento do Albert não permite aumentar o comprimento, mas é só
isso. Claro que se você tomar outro polígono (que não seja regular,
portanto) ele não será o de maior perímetro, mas isso não implica que
o regular seja o maximizador.

Assim, aqui vem a minha chatice maior. Falta um de dois argumentos. Um
de convergência (se a gente tiver sorte, para o máximo), o outro de
existência do dito máximo.

A existência é um treco chato, e eu não sei provar sem
análise/topologia. O máximo existe porque o comprimento de um polígono
é uma função contínua dos ângulos dos vértices do mesmo, que vivem num
conjunto compacto (o círculo) e são em número finito. Sabendo da
existência, acabou: seja P o polígono que é de maior perímetro. A
construção do Bouskela diz que P tem que ser regular, já que, se não
fosse, seria possível aumentar o seu perímetro.

A convergência é mais natural. O que a gente precisa mostrar é o
seguinte: seja P um polígono não regular. Então a construção do
Bouskela dá uma seqüência de polígonos P_i que convergem para um
polígono regular, e portanto para qualquer polígono P, o seu perímetro
é menor do que o perímetro do polígono regular. A idéia aqui é ir
rodando, e daí a discrepância vai diminuir. Vou fazer com 3 lados,
já dá bastante trabalho assim.

Sejam a, b e c os ângulos entre os pontos A e B, B e C, C e A vistos
do centro do círculo. Como a gente quer que convirja para um triângulo
equilátero, eu vou chamar de 120+a, 120+b, 120+c. Repare que a + b + c
= 0 porque o triângulo é convexo ;).

A primeira etapa isosceliza em B, portanto temos
120 + (a+b)/2, 120 + (a+b)/2, 120 + c
Agora em C
120 + (a+b)/2, 120 + (a+b+2c)/4, 120 + (a+b+2c)/4
= 120 + (a+b)/2, 120 + c/4, 120 + c/4 (pois a+b+c = 0)
Enfim, em A
120 + (2a+2b+c)/8, 120 + c/4, 120 + (2a+2b+c)/4
= 120 + (a+b)/8, 120 + c/4, 120 + (a+b)/8

Agora, note que |(a+b)/8| + |c/4| + |(a+b)/8| = ( |a| + |b| + |c| )/4
(porque |x+y| = |x| + |y[), ou seja, os valores a, b, c dão uma
discrepância total que divide por 4 quando a gente dá a volta no
círculo. Assim, fazendo cada vez mais voltas, temos um polígono cujo
perímetro sempre aumenta, e cujo perímetro converge para o de um
polígono regular, que tem portanto um perímetro maior do que todos os
outros. A fórmula do caso geral é bm mais lenta (de convergir e de
calcular) e eu acho que dá um fator (1 - 6/2^n)


Claro que a 

[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] heptágono regular

2012-03-28 Por tôpico Carlos Nehab

Perfeito Pedro.
Ótimo comentário considerando a garotada de 1a e 2a série!
E as respostas da múltipla escolha ajudam...
Confesso que não reparei que a circunferência era menor que 16...
Abraços
Nehab

Em 28/03/2012 15:24, Pedro José escreveu:

Desculpe-me pela  intromissão. Porém, a depender da série, nem sempre
temos disponível o valor da função seno para os arcos que não sejam
notáveis.
Portanto é melhor ordená-lo entre o perímetro do hexágono e o
comprimento da circunferência circunscrita  ao pentágono.
L = 2πR = 2*2,5*π = 5π  16.
Creio que se fosse para calcular com o sen(22,5 graus), melhor seria
calcular direto com o sen(32 graus). Utilizando a circunferência como
parâmetro - para esse caso em si - se evita a necessidade de
conhecimento ou uso de tabela para obter o valor da função sen.

Saúde, paz e alegria!


Em 26/03/12, felipe araujo costafaraujoco...@yahoo.com.br  escreveu:

Olá Carlos.
Esse exercicio foi um aluno que pediu a questao foi do Colegio Naval por
isso queria saber uma soluçao por desigualdade de triangulos.
Muito Obrigado.

Felipe Araujo Costa
Cel: 77430066
E-mail: faraujoco...@yahoo.com.br
faco...@metalmat.ufrj.br



  De: Carlos Nehabcarlos.ne...@gmail.com
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Segunda-feira, 26 de Março de 2012 10:26
Assunto: Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] heptágono regular


Oi, Felipe,
Sim, Felipe, há uma solução por desigualdades, que funciona porque
 as opções facilitam...
Solução banal:  analisando o perímetro do hexagono e do octógono
 regular inscritos no mesmo círculo (o perímetro do heptágono estará
 entre eles...)
Perímetro do hexagono = 6x2,5 = 15 (logo, a opção a está errada)
Perímetro do octógono é 8x2x2,5xsen22,5=40sen22,5
Mas sen^2(22,5) = (1-cos45)/2=0,15. Como raiz(0,15)0,4, o
 perímetro do octógono16
Resposta: opção b - entre 15 e 16.
Pronto. Este exercício foi proposto para qual série?

Abraços,
Nehab


Em 25/03/2012 11:21, felipe araujo costa escreveu:
Obrigado Érica.

Mas queria saber se ha uma soluçao por desigualdade dos lados.
Abraço.

Felipe Araujo Costa
Cel: 77430066
E-mail: faraujoco...@yahoo.com.br
faco...@metalmat.ufrj.br



De: Érica Gualberto Pongelupe Giacoiaprofer...@ig.com.br
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Domingo, 25 de Março de 2012 10:30
Assunto: [obm-l] Re: [obm-l] heptágono regular


Use a lei dos cossenos e calcule a medida do lado x.
x^2=2,5^2+2,5^2-2*2,5*2,5*cos(360/7)
Depois, basta multiplicar x por 7.
Abração


Em 25 de março de 2012 10:14, felipe araujo costa
faraujoco...@yahoo.com.br  escreveu:

Bom dia.

Preciso de uma ajuda nessa questão. Quero saber se ha uma resolução por
desigualdade entre os lados do heptagono.
Obrigado.




* O perímetro do heptágono regular convexo inscrito num círculo de raio
2,5, é um número  real que esta entr


a)14 e 15
b)15 e 16
c)16 e 17
d)17 e 18
e)18 e 19

Felipe Araujo Costa




--
Érica G. P. G.




=
Instru��es para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


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Instru��es para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] heptágono regular

2012-03-28 Por tôpico Carlos Nehab

Bouskela e Bernardo,

Sem entrar no mérito do argumento como um todo, o item 5 pode ser 
desenvolvido de forma mais simples, não exigindo a elipse:

Sendo O é o centro do circulo´e os vértices consecutivos A, B e C, façamos:
AOC = alfa (fixo),
AOB = beta e
BOC = gama,
O comprimento AB + BC é dado por
2Rsen(beta/2) + 2Rsen(gama/2) = 4Rsen(alfa/4).cos(beta/4-gama/4) que é 
máximo quando cos = 1 ou seja, beta = gama.


Quanto à preocupação do Bernardo com a justificável precisão de 
convergência, etc, quem trabalha com meninos do nivel médio (como eu, em 
turmas de preparação ao IME/ITA) tem dúzias de preocupações 
assemelhadas e até em assuntos aparentemente óbvios.
Por exemplo: prove que a área de um retângulo é igual ao produto dos 
lados. Acha fácil?
Não é não, pois se os lados do retângulo são múltiplos racionais do lado 
do quadrado que serve de unidade de medida, tudo bem, mas se não forem, 
olha a confusão!
Tem que falar em aproximação de irracionais por racionais ou coisa 
análoga ou ficar de boca fechada e tocar o bonde ou, se a turma for 
melhorzinha (tipo IME/ITA, etc) ai tá, damos uma pincelada na questão...
E na primeira série?  Soma das PGs ilimitadas são apresentadas sem 
nenhuma formalização do conceito de limite, etc e pronto;
E dízimas para as pobres criancinhas... tantos noves ... tantos zeros 
quanto ! Agh.  Sempre achei equivalente a assassinato o 
estudo de dízimas na época em que é feito.

E por ai vai.

Abraços
Nehab

PS: Acho que me excedi... e me empolguei. Faz parte.


Em 28/03/2012 18:09, Bernardo Freitas Paulo da Costa escreveu:

2012/3/28 Albert Bouskelaalb...@themag.com.br:
Ois!

Antes de mais nada, parabéns ao Albert por ter matado o problema.
Enfim, a sacada de gênio, claro, porque se eu estou escrevendo um
mail a mais, é que eu ainda não estou satisfeito... mas é pura chatice
minha. Coisas da idade.


 3)Mantendo-se invariante o número de vértices, o polígono
inscrito num círculo que tem (refiro-me ao polígono) o maior perímetro é o
polígono regular!

 4)Prova: – Peguem 3 pontos consecutivos (adjacentes) de um
polígono. O 1º e o 3º formam a corda que nos interessa. Os 3 pontos formam
um triângulo. Para que o perímetro desse triângulo seja máximo, ele deve ser
isósceles (prova adiante). I.e., o 2º ponto deve coincidir com a interseção
da maior flecha da corda formada pelos 1º e 3º pontos – i.e., a mediatriz da
corda – com o círculo. Por quê?

Eu não diria que é o perímetro do triângulo, mas apenas AB + BC (onde
A, B e C são, nessa ordem, os pontos consecutivos). Claro que como
apenas B mexe, somar AC é uma constante, logo não muda nada. Mas o
importante ainda está por vir.


 5)Porque quando o ponto do meio (o 2º) passeia ao longo do
arco compreendido pela corda, a partir do ponto central (o ponto de
interseção da mediatriz da corda com o círculo), o perímetro do triângulo
diminui! Caso não diminuísse (ficasse constante),

Na minha terra, uma quantidade que não diminui, pode aumentar.


o LG do 2º ponto seria uma
elipse, com polos no 1º e 3º pontos – lembrem-se da definição da elipse (é o
LG dos pontos cuja soma das distâncias do ponto considerado até dois pontos
fixos, os polos, é invariante). Esta elipse passaria “por fora” do círculo,
tangenciando-o no ponto de interseção da mediatriz da corda com o círculo.

Mas o argumento da elipse ainda assim é válido. Mas tem que dar uns
detalhes a mais: considere a elipse de focos A e C passando por B.
Como B está na mediatriz de AC, a elipse é tangente ao círculo em B.
As posições de uma elipse e um círculo são bem simples: é uma questão
de curvatura. Ora, a elipse com certeza passa fora do círculo na
altura da reta AC, logo ela também tem que estar do lado de fora
acima, logo a semi-elipse A'BC' contém o arco ABC. Como os pontos
dentro da elipse são os que têm a soma MENOR do que AB+BC, acabou.


 6)Já que o triângulo deve ser isósceles, então o polígono
deve ser regular!

Muita calma nessa hora. Seja P um polígono que não é regular. Seja P'
o polígono obtido de P isoscelizando dois lados contíguos como o
Albert fez. Então per(P)  per(P'). Em particular, se P for regular, o
procedimento do Albert não permite aumentar o comprimento, mas é só
isso. Claro que se você tomar outro polígono (que não seja regular,
portanto) ele não será o de maior perímetro, mas isso não implica que
o regular seja o maximizador.

Assim, aqui vem a minha chatice maior. Falta um de dois argumentos. Um
de convergência (se a gente tiver sorte, para o máximo), o outro de
existência do dito máximo.

A existência é um treco chato, e eu não sei provar sem
análise/topologia. O máximo existe porque o comprimento de um polígono
é uma função contínua dos ângulos dos vértices do mesmo, que vivem num
conjunto compacto (o círculo) e são em número finito. Sabendo da
existência, acabou: seja P o polígono que é de maior perímetro. A
construção do Bouskela diz que P tem que ser regular, já que, se