Re: [obm-l] mathematica

2005-09-03 Por tôpico Cca
Saulo escreveu:

Alguem sabe como faço para encontrar o valor depois que eu digito o 
programa no mathematica?ou seja, como faço para mandar achar o valor?

Depois de digitar uma expressão, pressione Shift+Enter -- ou simplesmente Enter 
no teclado numérico. 
(Essas teclas podem variar com o sistema operacional). A expressão contida na 
célula será AVALIADA e o 
resultado surgirá numa nova célula logo abaixo.

Este é o modo padrão de trabalho no Mathematica (e em quase todos os sistemas 
do gênero): o usuário digita uma 
expressão, pressiona uma tecla e o resultado surge logo após. Entretanto, é 
possível
programar o Mathematica para modos mais sofisticados de avaliação  (via 
paletas, botões, etc.)

Carlos César de Araújo
Gregos  Troianos Educacional
www.gregosetroianos.mat.br
Belo Horizonte, MG, Brasil
(31) 3283-1122

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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re: [obm-l] GEOMETRIA ANALITICA

2005-08-29 Por tôpico Cca
É dada uma circunferência (C) de centro na mesma origem e raio R

Tenho certeza de que você saberá resolver esses problemas quando vir alguns 
semelhantes detalhadamente discutidos. Para um exemplo, visite a página

http://www.gregosetroianos.mat.br/pr_4/index.html

A propósito: dei uma olhada rápida no primeiro problema e verifiquei que o 
lugar é mesmo uma elipse, mas não com a equação mencionada em sua resposta. 
Mais ainda: estritamente falando, o lugar não é uma elipe, mas um ARCO de 
elipse. Posso lhe enviar arquivos feitos no Winplot para conferir e visualizar 
melhor a natureza do problema.

Problemas de lugares repousam sobre a belíssima teoria da eliminação, que conta 
com nomes célebres como os de Bézout, Cramer e Gauss. No século XX, o processo 
de eliminação (para sistemas de polinômios) foi sistematizado por Büchberger 
com a introdução do conceito de base de Gröbner (cujo algoritmo básico se 
encontra implementado nos principais sistemas de álgebra por computador).


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[obm-l] criterio de Eisenstein

2005-08-24 Por tôpico Cca
Eu poderia usar este dual  para mostrar que f(X) é irredutível ou não em 
Z[X] ?


Irredutível? Sim. Em primeiro lugar, se f(X) é um polinômio não-constante, 
então a proposição (onde Q(D) é o corpo de frações de D)

(1) f(X) não é o produto de dois fatores de grau (ou igual) 1 em D[X]

equivale a 

(2) f(X) é irredutível em Q(D)[X].

Esta equivalência (atribuída a Gauss) é provada no livro livro Álgebra: um 
curso de introdução, dos mesmos autores. (A propósito, considero esse livro 
pouco lúcido e mal escrito.)

Em segundo lugar, é fácil provar que

(3) f(X) irredutível em Q(D)[X] = f(X) irredutível em D[X].

(A recíproca é falsa! Exemplos?)

Portanto, se vale (1), então f(X) é Irredutível em D[X]. Segue-se de (3) que o 
dual nos dá uma condição suficiente para provar que f(X) é Irredutível em 
D[X]. Aliás, decorre de (3) que o mesmo se aplica ao próprio Critério de 
Eisenstein.

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[obm-l] Dom�nio fun��o (parte II)

2005-08-24 Por tôpico Cca
A minha dúvida está em relação as definiçoes esse é o problema 

Ora, as definições foram dadas no meu primeiro e-mail, onde falei sobre as 
convenções real e complexa. Nada poderia ser mais claro e elementar.


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[obm-l] Dom�nio fun��o (parte II)

2005-08-23 Por tôpico Cca
Eu testei no excel e ele plotou...

Sim, o que está de acordo com o meu último e-mail. Eu disse que o Excel adota a 
convenção real, segundo a qual raízes de índice ímpar de números reais 
negativos são números reais. Nesses softwares, portanto, o gráfico de y=x^(1/3) 
é a cúbica inteira. Isto não acontece no Mathematica, que utiliza a convenção 
complexa, em virtude da qual x^(1/n) é um número complexo não-real se x0 e n é 
ímpar. É necessário carregar um pacote no Mathematica (RealOnly) para forçá-lo 
a empregar a convenção real.

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[obm-l] Dom�nio fun��o (parte II)

2005-08-21 Por tôpico Cca
Perguntaram qual é o domínio da função x^(1/3). O domínio deveria ser IR, mas 
foi notado que alguns softwares não produzem o gráfico completo da forma 
esperada. De fato,  os softwares Winplot (gratuito) e Mathematica são dois 
exemplos desse comportamento aparentemente estranho: nesses programas, o 
gráfico de y=x^(1/3) é uma curva sobre o semi-eixo não-negativo dos x -- dando 
a entender que x^(1/3) não é um número real se x0. Mas não parece razoável 
dizer que, por exemplo, (-1)^(1/3)=-1?

Tudo depende da DEFINIÇÃO geral de raiz adotada nesses softwares. Dados x em 
IR e n em IN-{0}, temos DUAS definições de x^(1/3), as quais, para fins 
didáticos, chamo de convenção real e convenção complexa. De acordo com a 
convenção real, x^(1/n) é sempre um número real quando x=0 ou (x0 e n é 
ímpar). A convenção complexa coincide com a real para x=0; para x0, x^(1/n) é 
sempre um número complexo não-real. Nestes termos, podemos dizer que o Winplot 
e o Mathematica utilizam a convenção complexa. Exemplos de softwares que 
utilizam a convenção real: Excel, GrafEq e DPGraph.

As definições são as seguintes:

Definição 1 (convenção real) se x=0, então x^(1/n) é o y em IR tal que y=0 e 
y^n=x; se x0 e n é ímpar, então x^(1/n) é o y (0) em IR tal que y^n=x.

Definição 2 (convenção complexa) se z é um número complexo qualquer, então 
z^(1/n) é o número complexo w de menor argumento no intervalo ]-pi,pi] tal que 
w^n=x. Uma versão do Teorema de De Moivre fornece a seguinte expressão 
trigonométrica para a raiz: z^(1/n)=abs(z)^(1/n)[cos(Arg z/n)+i*sen(Arg z/n)].

Esta definição requer uma discussão cuidadosa de certos casos preliminares. Em 
essência, está-se lidando aqui com um problema de EXTENSÃO de funções ao plano 
complexo. Para que a definição não pareça circular, devemos especificar o 
significado de (z)^(1/n) quando z=0 (que é o tradicional) e definir 
(-1)^(1/2)=i.

Nesta última definição, tem-se ainda uma outra convenção: a escolha do 
argumento (principal). Uma escolha alternativa para o intervalo do argumento é 
[0, 2pi). Uma discussão mais aprofundada dessas escolhas -- visando 
eliminá-las ou uniformizá-las -- leva ao estudo das superfícies de Riemann 
(assunto que normalmente é tratado num segundo curso de variáveis complexas 
em muitas universidades).

Exemplo 1 Pela convenção real, (-1)^(1/3)=-1. Se usarmos a convenção complexa, 
então (-1)^(1/3)=1/2+i*3^(1/2)/2.

Exemplo 2. O Mathematica utiliza a convenção complexa por padrão. Neste 
software, obtemos a igualdade (-1)^(1/3)=1/2+i*3^(1/2)/2 com o comando 
ComplexExpand[(-1)^(1/3)].

Exemplo 3. Em softwares que utilizam a convenção real, o gráfico de y=x^(1/n), 
para n ímpar, é uma curva contínua sobre a reta inteira (ou, mais precisamente, 
sobre qualquer intervalo limitado da reta -- já que não é possível visualizar o 
gráfico por inteiro).

Exemplo 4. Em softwares que utilizam a convenção complexa, o gráfico de 
y=x^(1/n), para n ímpar, apresenta apenas o ramo direito da curva do Exemplo 2. 
Para obter a curva inteira (como na convenção real), pode-se fazer o gráfico 
de y= sgn(x)*abs(x)^(1/n).

Carlos César de Araújo
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[obm-l] Espa�o Vetorial

2005-08-05 Por tôpico Cca
Conforme lembrou Bernardo Freitas, a demonstração de que um espaço vetorial 
possui uma base é normalmente feita utilizando-se uma forma equivalente do 
Axioma da Escolha (AE). Eis alguns fatos relacionados que talvez sejam pouco 
conhecidos:

(1) A demonstração de que AE == Teorema da Base remonta a um argumento do 
matemático alemão Georg Hamel, que em 1905 provou, utilizando efetivamente o AE 
(e não sua versão maximal à la Mr. Zorn), a existência de uma base para IR como 
Q-espaço vetorial. Uma década depois o resultado seria generalizado por 
Hausdorff (que de certa forma antecipou Zorn no uso habilidoso de Princípios 
Extremais na teoria dos conjuntos).

(2) Como estudioso de Lógica Matemática, sempre me perguntava: seria possível 
provar o Teorema da Base SEM o Axioma da Escolha? Dada a natureza visivelmente 
não-construtiva da existência de uma base em geral, eu suspeitava que não, não 
seria possível --  até o dia em que tomei conhecimento de que Andreas Blass 
(http://www.math.lsa.umich.edu/~ablass/) havia provado a recíproca na década de 
1980. Portanto, o AE não é apenas suficiente, mas NECESSÁRIO para garantir a 
existência de bases de espaços vetoriais.



Carlos César de Araújo
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[obm-l] Um problema de racioc�nio l�gico

2005-07-23 Por tôpico Cca
Um problema de raciocínio lógico (parte IV)

Infelizmente, até o  momento apenas cinco (5) membros da lista se interessaram 
em descobrir onde está o erro na questão de Raciocínio Lógico do Teste ANPAD 
que apresentei. Nenhum dos cinco chegou ao resultado por mim esperado, mas 
saibam que estão em boa companhia: os elaboradores do Teste ANPAD também 
erraram. Pior do que isso: esses últimos se recusam a enxergar o erro cometido. 
É curioso que os coordenadores de um teste de Lógica teimem em ignorar 
precisamente aquilo que é o conceito mais importante de toda a Lógica, a saber, 
o de conseqüência lógica. Conforme veremos, esta é a raiz da questão. É a 
dificuldade com este conceito o que mais me interessa neste problema. Nenhum 
treinamento formal em Lógica Matemática deveria ser necessário para um bom 
entendimento intuitivo de uma idéia tão fundamental. Contudo, a intuição tem 
sérios limites, de modo que não vejo como esclarecer o problema senão fazendo 
uma breve incursão preliminar pelo conceito de conseqüência lógica. D!
eixarei
para o próximo e-mail minha análise definitiva da questão original (juntamente 
com as respostas dos organizadores do Teste ANPAD). 

**O CONCEITO DE CONSEQÜÊNCIA

Por consenso universal -- até que me provem o contrário --, a frase pode-se 
concluir que, quando empregada em testes de múltipla escolha, significa: das 
opções abaixo, aquela que é conseqüência lógica das afirmações anteriores é. 
Este é o significado pretendido (ainda que possivelmente inconsciente) de 
pode-se concluir que em todos os testes que conheço, incluindo o Teste ANPAD 
(ver adiante). Em toda parte, concluir significa extrair uma conseqüência 
lógica.

O conceito de conseqüência lógica possui uma história longa e fascinante, 
tendo merecido a atenção de matemáticos e lógicos ilústres, um dos dos quais 
foi Alfred Tarski (1902-1983). Na década de 1930, esse formidável 
lógico-matemático polonês publicou um artigo, hoje famoso, no qual o conceito 
de conseqüência lógica recebeu sua primeira formulação matemática explícita e 
rigorosa. Entretanto, não é preciso conhecer os detalhes técnicos da formulação 
de Tarski (linguagens formais, constantes lógicas, sentença, proposição, 
modelos, verdade, etc.) para vislumbrar a idéia básica, que é a seguinte:

Definição. Seja S um conjunto de sentenças. Uma sentença P é CONSEQÜÊNCIA 
LÓGICA de S quando P é verdadeira em toda situação na qual (todas) as sentenças 
de S são verdadeiras.

Equivalentemente: P é CONSEQÜÊNCIA LÓGICA de S se não existe situação (ou 
mundo possível) na qual as sentenças de S são verdadeiras e P é falsa.

**UM EXEMPLO

A definição acima pressupõe uma explicação precisa dos conceitos de situação 
e verdade. Isto também foi feito por Tarski. Não posso fazer o mesmo aqui, 
mas darei um exemplo simples a partir de uma questão da própria ANPAD. Ei-la:

(ANPAD/Raciocínio Analítico/junho/2003/questão 3) 
O produto A vende mais que o produto B. O produto C vende menos que o produto 
D. O produto B e o produto E vendem a mesma quantidade. O produto E vende mais 
que o produto C.

O que se conclui do enunciado acima?

A) O produto B vende menos que o produto C.
B) O produto A vende mais que o produto C.
C) O produto B vende menos que o produto D.
D) O produto D vende mais que o produto A.
E) O produto D vende mais que o produto E.

Este problema é certamente trivial, mas servirá para ilustrar o significado de 
concluir. Na questão acima, devemos descobrir qual das opções é uma 
conseqüência lógica das premissas contidas no enunciado. Sem maiores delongas, 
podemos formular as premissas como segue:

p1:AB
p2:CD
p3:B=E
p4:EC

Agora, apenas como ilustração, pergunto: é a opção A) a resposta? Podemos 
CONCLUIR BC das premissas acima? É evidente que não. Há várias maneiras de 
REFUTAR BC a partir das premissas, isto é, de encontrar (pelo menos) UMA 
situação na qual as premissas são verdadeiras e BC é falsa. Por exemplo, na 
situação abaixo

A=3, B=2, C=1, D=2, E=2

as 4 premissas p1-p4 são verdadeiras, mas BC é falsa.

Em vez de atribuir valores numéricos às letras A, B, C, D e E, poderíamos 
apresentar um diagrama como o seguinte:

C  B  D  A
   E

no qual nos aproveitamos do familiar isomorfismo entre o conjunto dos reais e a 
reta numérica.

Como quer que imaginemos uma situação, é fácil refutar as opções C), D) e E) 
por este método. Por eliminação, um candidato concluiria que a resposta é a 
opção B).

**O CONCEITO DE DEMONSTRAÇÃO

A opção B) é realmente a resposta: o produto A vende mais que o produto C. 
Seria possível estabelecer este fato sem o método de refutação por modelos ou 
situações? Como concluir efetivamente que AC a partir das premissas? De 
acordo com a nossa definição (intuitiva) de conseqüência lógica, teríamos que 
investigar TODAS as situações possíveis nas quais as premissas são verdadeiras 
e verificar, em cada uma delas, que AC é também verdadeira. Sem dúvida, uma 
tarefa impossível, visto que o número de situações é 

[obm-l] sistemas lineares

2005-07-23 Por tôpico Cca
Acabo de notar na lista o e-mail de Michele Calefe indagando sobre a confusa 
relação entre a Regra de Cramer e a classificação de sistemas lineares. À 
Michele e demais interessados, informo que em 2002 publiquei no site 
Matemática para Gregos  Troianos um extenso e detalhado artigo sobre este 
assunto. Decidi fazê-lo na época motivado pela revisão técnica, que me fora 
incumbida por uma editora, de uma enciclopédia de matemática (na qual o erro 
era gritante).

O endereço é

http://www.gregosetroianos.mat.br/erros.asp

link Uma Aplicação Errônea da Regra de Cramer.


Carlos César de Araújo
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[obm-l] Um problema de racioc�nio l�gico

2005-07-20 Por tôpico Cca
Denisson,

Primeiro, uma observação terminológica: o problema diz concluir e não 
inferir. Na Lógica, o termo inferência tem um significado mais abrangente 
do que o de deduzir ou concluir, mas podemos deixar esta questão de lado 
por enquanto.

Segundo: na Lógica DEDUTIVA -- e isto se aplica também à Matemática clássica 
ou ortodoxa --, concluir significar extrair uma conclusão NECESSÁRIA (e não 
meramente POSSÍVEL ou compatível com as premissas). Na Matemática, normalmente 
estabelecemos uma conclusão DEMONSTRANDO-A com base em regras de dedução. Você 
é capaz de DEMONSTRAR que, partindo das premissas do problema, pode-se chegar à 
conclusão de que o Renault é azul? Eu lhe darei um PRÊMIO se conseguir isto!!!

Como preparação para o meu próximo e-mail, considere o seguinte problema, que 
acabo de formular por analogia com o que está sob discussão:

início problema
 Seja x um número real. Das seguintes informações

I. x é um inteiro no intervalo [1,10];
II. x é par;

pode-se concluir que:

(A) x=2.
(B) x=3.
(C) x=5.
(D) x=7.
(E) x=9.
fim problema

O que você responderia? Imagino (pelo menos) duas respostas possíveis:

(1) O problema está mal-colocado, pois as condições I e II não são SUFICIENTES 
para CONCLUIR que x=2. Afinal, os números 4,6 e 8 também satisfazem as 
condições do problema.

(2) O problema está bem-colocado e a resposta é (A). De fato, o enunciado não 
implica que a solução é única.

Você concordaria com a resposta (2)?

Carlos César de Araújo
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[obm-l] Um problema de racioc�nio l�gico

2005-07-19 Por tôpico Cca
Denisson,

Você concluiu que o Renaul é azul? Como? Você poderia FORMALIZAR seu argumento 
e efetivamente DEMONSTRAR que o Renaul é azul? O que significa concluir? 
Imagine que você tenha que PROVAR sua conclusão para um computador. Como o 
faria?

Isto posto, observe a situação abaixo:


Lótus   Ferrari [ ]   MacLarenRenault   Brabham

[ ] vermelho   azul[ ]preto  cinza

1   234 5 6


Verifique que TODAS as premissas (condições) da questão são satisfeitas. Certo? 
Contudo, na situação acima, o Renault não é azul: é preto! Examine o enunciado 
da questão novamente. O que você me diz? Afinal, o que é uma conclusão lógica?

Para ilustrar melhor o que estou insinuando, diga-me se você consegue 
concluir:

(1) a marca do carro que está na quinta posição;
(2) a cor do carro que está na primeira posição (o Lótus);
(3) a cor do carro que está na quarta posição (o MacLaren);
(4) a cor do carro que está na sexta posição (o Brabham);


Carlos César de Araújo
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[obm-l] Um problema de racioc�nio l�gico

2005-07-18 Por tôpico Cca
Caros amigos,

A questão que transcrevo abaixo apareceu na prova de Raciocínio Lógico do 
teste ANPAD (Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em 
Administração) de fevereiro de 2004. Trata-se de um gênero de problema bastante 
simples. Entretanto, neste caso específico, percebi certos detalhes que, 
conforme penso, invalidam a questão. Minhas observações foram relatadas aos 
elaboradores do teste, os quais, apesar de terem reconhecido a procedência das 
minhas críticas, tentaram defender o problema de uma forma que considero 
falaz e, ao mesmo tempo, instrutiva -- visto que todo bom erro é uma 
oportunidade para um bom aprendizado. Portanto, nada mais justo do que submeter 
o problema a um tribunal mais vasto, a fim de que a verdade se apresente 
objetivamente (como preferem os matemáticos). Voltarei a falar sobre a questão 
após apreciar um número suficiente de ataques à mesma. Evidentemente, ou o 
problema admite solução ou não. (Isto é uma tautologia!). No último caso, 
gostaria que!
 os
interessados apresentassem suas justificativas para um confronto posterior.

questão
(ANPAD/Raciocínio Lógico/Fevereiro/2004/questão 10) 

Seis carros de marcas e cores diferentes, estão alinhados, lado a lado, para 
uma corrida. Eles estão ordenados da esquerda para a direita, da primeira à 
sexta posição, respectivamente. Das seguintes informações,

I.   O Lótus não tem carro algum à esquerda e está ao lado do carro vermelho.
II.  O Brabham não tem carro à sua direita e está logo depois do carro preto.
III. O MacLaren está entre os carros azul e preto.
IV. O Carro azul está à direita do Ferrari.
V.  O Renault está entre o carro cinza e o Ferrari.

Pode-se concluir que a cor e a marca do carro que está na terceira posição é
A) azul e Renault.  
B) cinza e McLaren.  
C) vermelha e Ferrari.
D) preta e Renault.  
E) azul e McLaren.
/questão

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