Re: [obm-l] Problema de matrizes

2003-07-29 Por tôpico Alexandre Daibert
Obrigado pelas explicações ao Morgado e ao Paulo. Foram bem 
esclarecedoras. Espero não cometer novamente um erro destes
:-)

Paulo Santa Rita escreveu:

Ola Prof Morgado, Daibert e
demais colegas desta lista ... OBM-L,
Vou tentaracrescentar mais detalhes a resposta do Prof Morgado. 
Conforme o Prof assinalou, o erro na sua demonstracao esta na passagem :

fazendo para este novo sistema x1, x2, x3, ..., x(n - 1) = 0

0 + 0 + 0 + ... + 0 + kx(n) = 0
0 + 0 + 0 + ... + 0 + lx(n) = 0
.
0 + 0 + 0 + ... + 0 +  x(n) = 0
(Eu posso realmente fazer isso?? Se não posso, pq não posso?)NAO PODE!

Ao acrescentar a nova linha e a nova coluna, PRESSUPONDO QUE O 
DETERMINANTE DA MATRIZ A+I DE ORDEM N-1 E DIFERENTE DE ZERO, tudo 
que voce pode concluir e que A CARACTERISTICA DA NOVA MATRIZ A+I e 
pelo menos N-1, isto e, que se o determinante da nova matriz A+I for 
igual a zero entao, necessariamente, com base no teorema de 
Rouche-Capelli, ao atribuir um valor arbitrario ( digamos : ALFA ) a 
nova varialvel Xn e transformando a coluna N nos termos independentes, 
teremos um sistema de N-1 incognitas e N equacoes, possivel e 
determinado.

E interessante perceber que se A e anti-simetrica de ordem maior que 
2, entao, em A+I, se suprirmos a primeira linha e a primeira coluna, a 
matriz resultante e ainda da forma A+I, com A anti-simetrica; 
igualmente, se suprirmos a ultima linha e a ultima coluna, a matriz 
resultante e da forma A+I, com A anti-simetrica. O que estou tentanto 
lhe dizer e que o raciocinio do paragrafo anterior podera ser aplicado 
duas vezes ...

Existe um teorema ( de Jacobi ou Cauchy, nao me lembro ao certo ) que 
os livros de ensino medio abordam, que e o seguinte :

TEOREMA : Se acrescentarmos a uma fila de uma matriz quadrada uma 
combinacao linear das demais filas paralelas, o determinante desta 
matriz nao se altera

COROLARIO : Se uma fila de uma matriz quadrada e uma combinacao linear 
das demais filas paralelas entao o determinante desta matriz e igual a 
zero

OBS : Estou usando fila como sinonimo de linha ou de coluna.

Um Abraco
Paulo Santa Rita
2,1110,280703
From: A. C. Morgado [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: [obm-l] Problema de matrizes
Date: Mon, 28 Jul 2003 08:46:15 -0300
ASSINALEI O ERRO.
Veja: o sistema  x+y=1, x-y=1 tem soluçao (1,0). O sistema  x+y +z 
=1, x-y+z=1, x+2y +3z=3 tem soluçao (0,0,1). O seu processo levaria a 
conclusao que este sistema eh impossivel.

Alexandre Daibert wrote:

Olha, eu fiz uma demonstração mas acho q está errada, gostaria que 
alguém achasse o erro na minha demonstração para mim.

A resolução usa a idéia da resolução da questão do IME q eu tinha 
enviado aos senhores por meio de sistemas lineares homogêneos. 
(dúvidas olhe no fim deste e-mail q também está postado)
resumindo a idéia principal da questão anterior:
no sistema linear homogêneo (onde X eh matriz-coluna das incógnitas)
(A + I)X=(0)   , X = (0)  implica q A é inversível (está provado na 
questão anterior)
provemos por indução finita q X=(0) para todo A anti-simétrico:
X=(0) denota a matriz coluna de ordem qualquer com todos os 
elementos iguais a zero

provando para matriz 1x1:
A (1x1) = matriz unidade [0]
X = matriz unidade [x]
AX = -X
[0]*[x] = -[x]
[0] = -[x]
x = 0   implica X = (0), logo a propriedade eh verdadeira para n=1
provamos q se é valida para matriz (n-1)x(n-1) é válida também para 
matriz nxn
o sistema linear homogêneo determinado para ordem (n-1) fica da 
seguinte forma (valendo-se da igualdade (A + I)X = (0)) :
x1   +  ax2  +  bx3  +  ...  =  0
-ax1 +   x2  +  dx3  +  ...  =  0
-bx1 + -dx2  +   x3  +  ...  =  0
..
-gx1 + -hx2  + -ix3  +  ...  =  0

por hipótese x1, x2, x3, ..., x(n - 1) = 0 , pois X=(0)

para A nxn temos:

x1   +  ax2  +  bx3  +  ...  + kx(n) =  0
-ax1 +   x2  +  dx3  +  ...  + lx(n) =  0
-bx1 + -dx2  +   x3  +  ...  + mx(n) =  0
...
-gx1 + -hx2  + -ix3  +  ...  + zx(n) =  0
-kx1 + -lx2  + -mx3  +  ...  +  x(n) =  0
fazendo para este novo sistema x1, x2, x3, ..., x(n - 1) = 0

0 + 0 + 0 + ... + 0 + kx(n) = 0
0 + 0 + 0 + ... + 0 + lx(n) = 0
.
0 + 0 + 0 + ... + 0 +  x(n) = 0
(Eu posso realmente fazer isso?? Se não posso, pq não posso?)NAO PODE!

da última equação, constatamos q x(n)=0
x(n)=0  =  X=(0)  =  det (A + I) diferente de zero  =  (A + I) é 
inversível para todo n

segundo o que acabamos de constatar, a propriedade seria válida não 
soh para matrizes antisimétricas, mas para toda matriz com a 
diagonal principal com todos os elementos iguais a zero, o que é 
estranho, pois não é válida para a seguinte matriz A:
|| 0 1 ||
|| 1 0 ||
cujo det (A + I) = 0

 Aguardo ansiosamente respostas

Alexandre Daibert







Alexandre Daibert escreveu:

Hehehe, vou ser sincero, naum entendi tudo, mas deu pra entender 
bastante coisa sim, vou dar mais uma relida pra ver se entendo 
tudo

Re: [obm-l] Problema de matrizes

2003-07-28 Por tôpico Alexandre Daibert




Olha, eu fiz uma
demonstrao mas acho q est errada, gostaria que algum achasse o erro
na minha demonstrao para mim.

A resoluo usa a idia da resoluo da questo do IME q eu tinha
enviado aos senhores por meio de sistemas lineares homogneos. (dvidas
olhe no fim deste e-mail q tambm est postado)
resumindo a idia principal da questo anterior:
no sistema linear homogneo (onde X eh matriz-coluna das incgnitas)
(A + I)X=(0)  , X = (0) implica q A  inversvel (est provado na
questo anterior)
provemos por induo finita q X=(0) para todo A anti-simtrico:
X=(0) denota a matriz coluna de ordem qualquer com todos os elementos
iguais a zero

provando para matriz 1x1:
A (1x1) = matriz unidade [0]
X = matriz unidade [x]
AX = -X
[0]*[x] = -[x]
[0] = -[x]
x = 0  implica X = (0), logo a propriedade eh verdadeira para n=1

provamos q se  valida para matriz (n-1)x(n-1)  vlida tambm para
matriz nxn
o sistema linear homogneo determinado para ordem (n-1) fica da
seguinte forma (valendo-se da igualdade (A + I)X = (0)) :
x1  + ax2 + bx3 + ... = 0
-ax1 +  x2 + dx3 + ... = 0
-bx1 + -dx2 +  x3 + ... = 0
..
-gx1 + -hx2 + -ix3 + ... = 0

por hiptese x1, x2, x3, ..., x(n - 1) = 0 , pois X=(0) 

para A nxn temos:

x1  + ax2 + bx3
+ ... + kx(n) = 0
-ax1 +  x2 + dx3 + ... + lx(n) = 0
-bx1 + -dx2 +  x3 + ... + mx(n) = 0
...
-gx1 + -hx2 + -ix3 + ... + zx(n) = 0
-kx1 + -lx2 + -mx3 + ... + x(n) = 0

fazendo para este novo sistema x1, x2, x3, ..., x(n - 1) = 0

0 + 0 + 0 + ... + 0 + kx(n) = 0
0 + 0 + 0 + ... + 0
+ lx(n) = 0
.
0 + 0 + 0 + ... + 0
+ x(n) = 0

(Eu posso realmente fazer isso?? Se no posso, pq no posso?)

da ltima equao, constatamos q x(n)=0
x(n)=0 = X=(0) = det (A + I) diferente de zero = (A +
I)  inversvel para todo n 

segundo o que acabamos de constatar, a propriedade seria vlida no soh
para matrizes antisimtricas, mas para toda matriz com a diagonal
principal com todos os elementos iguais a zero, o que  estranho, pois
no  vlida para a seguinte matriz A:
|| 0 1 ||
|| 1 0 ||
cujo det (A + I) = 0


Aguardo ansiosamente respostas

Alexandre Daibert








Alexandre Daibert escreveu:
Hehehe,
vou ser sincero, naum entendi tudo, mas deu pra entender bastante
coisa sim, vou dar mais uma relida pra ver se entendo tudo, hehehehe.
Valeu a! 
  
Quero s deixar apara o pessoal da lista a resoluo q eu tinha
comentado por sistemas lineares homogneos, q eu lembrei aki: 
  
sendo BX=(0), um sistema linear homogneo (B  matriz quadrada nxn, X
matriz coluna n) 
temos q o sistema ser possvel determinado se e somente se X = (0)
(matriz coluna todos os elementos iguais a zero) o que implica q det B 
diferente de zero (pois o sistema  determinado) 
resumindo: 
X = (0) = det B dif. de 0 
fazendo B = (A + I) temos 
(A + I)X = (0) 
AX + X = (0) 
  
AX = -X (1) 
  
A^2*X = -AX 
de (1): 
A^2*X = X 
A^3X = AX 
kAX = -X 
-kX = -X 
(k-1)X=(0) 
como k diferente de 1 
X = (0) 
(logo a matriz A + I  inversvel) 
  
algum teria alguma idia de pegar algo desta soluo aki para o nosso
problema?? tentei fazer algo, mas no cheguei em nada... 
  
Valeus a!!! 
  






Re: [obm-l] Problema de matrizes

2003-07-28 Por tôpico A. C. Morgado




ASSINALEI O ERRO.
Veja: o sistema x+y=1, x-y=1 tem soluao (1,0). O sistema x+y +z =1,
x-y+z=1, x+2y +3z=3 tem soluao (0,0,1). O seu processo levaria a
conclusao que este sistema eh impossivel.

Alexandre Daibert wrote:

  
  Olha, eu fiz uma
demonstrao mas acho q est errada, gostaria que algum achasse o erro
na minha demonstrao para mim.
  
A resoluo usa a idia da resoluo da questo do IME q eu tinha
enviado aos senhores por meio de sistemas lineares homogneos. (dvidas
olhe no fim deste e-mail q tambm est postado)
resumindo a idia principal da questo anterior:
no sistema linear homogneo (onde X eh matriz-coluna das incgnitas)
(A + I)X=(0)  , X = (0) implica q A  inversvel (est provado na
questo anterior)
provemos por induo finita q X=(0) para todo A anti-simtrico:
X=(0) denota a matriz coluna de ordem qualquer com todos os elementos
iguais a zero
  
provando para matriz 1x1:
A (1x1) = matriz unidade [0]
X = matriz unidade [x]
AX = -X
[0]*[x] = -[x]
[0] = -[x]
x = 0  implica X = (0), logo a propriedade eh verdadeira para n=1
  
provamos q se  valida para matriz (n-1)x(n-1)  vlida tambm para
matriz nxn
o sistema linear homogneo determinado para ordem (n-1) fica da
seguinte forma (valendo-se da igualdade (A + I)X = (0)) :
x1  + ax2 + bx3 + ... = 0
-ax1 +  x2 + dx3 + ... = 0
-bx1 + -dx2 +  x3 + ... = 0
..
-gx1 + -hx2 + -ix3 + ... = 0
  
por hiptese x1, x2, x3, ..., x(n - 1) = 0 , pois X=(0) 
  
para A nxn temos:
  
  x1  + ax2 +
bx3
+ ... + kx(n) = 0
-ax1 +  x2 + dx3 + ... + lx(n) = 0
-bx1 + -dx2 +  x3 + ... + mx(n) = 0
...
-gx1 + -hx2 + -ix3 + ... + zx(n) = 0
  -kx1 + -lx2 + -mx3 + ... + x(n) = 0
  
fazendo para este novo sistema x1, x2, x3, ..., x(n - 1) = 0
  
0 + 0 + 0 + ... + 0 + kx(n) = 0
  0 + 0 + 0 + ... +
0
+ lx(n) = 0
.
  0 + 0 + 0 + ... +
0
+ x(n) = 0
  
(Eu posso realmente fazer isso?? Se no posso, pq no posso?)NAO PODE!
  
da ltima equao, constatamos q x(n)=0
x(n)=0 = X=(0) = det (A + I) diferente de zero = (A +
I)  inversvel para todo n 
  
segundo o que acabamos de constatar, a propriedade seria vlida no soh
para matrizes antisimtricas, mas para toda matriz com a diagonal
principal com todos os elementos iguais a zero, o que  estranho, pois
no  vlida para a seguinte matriz A:
|| 0 1 ||
|| 1 0 ||
cujo det (A + I) = 0
  

Aguardo ansiosamente respostas
  
Alexandre Daibert
  
  
  
  
  
  
  
  
Alexandre Daibert escreveu:
  Hehehe,
vou ser sincero, naum entendi tudo, mas deu pra entender bastante
coisa sim, vou dar mais uma relida pra ver se entendo tudo, hehehehe.
Valeu a! 

Quero s deixar apara o pessoal da lista a resoluo q eu tinha
comentado por sistemas lineares homogneos, q eu lembrei aki: 

sendo BX=(0), um sistema linear homogneo (B  matriz quadrada nxn, X
matriz coluna n) 
temos q o sistema ser possvel determinado se e somente se X = (0)
(matriz coluna todos os elementos iguais a zero) o que implica q det B

diferente de zero (pois o sistema  determinado) 
resumindo: 
X = (0) = det B dif. de 0 
fazendo B = (A + I) temos 
(A + I)X = (0) 
AX + X = (0) 

AX = -X (1) 

A^2*X = -AX 
de (1): 
A^2*X = X 
A^3X = AX 
kAX = -X 
-kX = -X 
(k-1)X=(0) 
como k diferente de 1 
X = (0) 
(logo a matriz A + I  inversvel) 

algum teria alguma idia de pegar algo desta soluo aki para o nosso
problema?? tentei fazer algo, mas no cheguei em nada... 

Valeus a!!! 

  
  





Re: [obm-l] Problema de matrizes

2003-07-28 Por tôpico Paulo Santa Rita
Ola Prof Morgado, Daibert e
demais colegas desta lista ... OBM-L,
Vou tentaracrescentar mais detalhes a resposta do Prof Morgado. Conforme o 
Prof assinalou, o erro na sua demonstracao esta na passagem :

fazendo para este novo sistema x1, x2, x3, ..., x(n - 1) = 0

0 + 0 + 0 + ... + 0 + kx(n) = 0
0 + 0 + 0 + ... + 0 + lx(n) = 0
.
0 + 0 + 0 + ... + 0 +  x(n) = 0
(Eu posso realmente fazer isso?? Se não posso, pq não posso?)NAO PODE!
Ao acrescentar a nova linha e a nova coluna, PRESSUPONDO QUE O DETERMINANTE 
DA MATRIZ A+I DE ORDEM N-1 E DIFERENTE DE ZERO, tudo que voce pode 
concluir e que A CARACTERISTICA DA NOVA MATRIZ A+I e pelo menos N-1, isto 
e, que se o determinante da nova matriz A+I for igual a zero entao, 
necessariamente, com base no teorema de Rouche-Capelli, ao atribuir um valor 
arbitrario ( digamos : ALFA ) a nova varialvel Xn e transformando a coluna N 
nos termos independentes, teremos um sistema de N-1 incognitas e N equacoes, 
possivel e determinado.

E interessante perceber que se A e anti-simetrica de ordem maior que 2, 
entao, em A+I, se suprirmos a primeira linha e a primeira coluna, a matriz 
resultante e ainda da forma A+I, com A anti-simetrica; igualmente, se 
suprirmos a ultima linha e a ultima coluna, a matriz resultante e da forma 
A+I, com A anti-simetrica. O que estou tentanto lhe dizer e que o raciocinio 
do paragrafo anterior podera ser aplicado duas vezes ...

Existe um teorema ( de Jacobi ou Cauchy, nao me lembro ao certo ) que os 
livros de ensino medio abordam, que e o seguinte :

TEOREMA : Se acrescentarmos a uma fila de uma matriz quadrada uma combinacao 
linear das demais filas paralelas, o determinante desta matriz nao se 
altera

COROLARIO : Se uma fila de uma matriz quadrada e uma combinacao linear das 
demais filas paralelas entao o determinante desta matriz e igual a zero

OBS : Estou usando fila como sinonimo de linha ou de coluna.

Um Abraco
Paulo Santa Rita
2,1110,280703
From: A. C. Morgado [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: [obm-l] Problema de matrizes
Date: Mon, 28 Jul 2003 08:46:15 -0300
ASSINALEI O ERRO.
Veja: o sistema  x+y=1, x-y=1 tem soluçao (1,0). O sistema  x+y +z =1, 
x-y+z=1, x+2y +3z=3 tem soluçao (0,0,1). O seu processo levaria a conclusao 
que este sistema eh impossivel.

Alexandre Daibert wrote:

Olha, eu fiz uma demonstração mas acho q está errada, gostaria que alguém 
achasse o erro na minha demonstração para mim.

A resolução usa a idéia da resolução da questão do IME q eu tinha enviado 
aos senhores por meio de sistemas lineares homogêneos. (dúvidas olhe no 
fim deste e-mail q também está postado)
resumindo a idéia principal da questão anterior:
no sistema linear homogêneo (onde X eh matriz-coluna das incógnitas)
(A + I)X=(0)   , X = (0)  implica q A é inversível (está provado na 
questão anterior)
provemos por indução finita q X=(0) para todo A anti-simétrico:
X=(0) denota a matriz coluna de ordem qualquer com todos os elementos 
iguais a zero

provando para matriz 1x1:
A (1x1) = matriz unidade [0]
X = matriz unidade [x]
AX = -X
[0]*[x] = -[x]
[0] = -[x]
x = 0   implica X = (0), logo a propriedade eh verdadeira para n=1
provamos q se é valida para matriz (n-1)x(n-1) é válida também para matriz 
nxn
o sistema linear homogêneo determinado para ordem (n-1) fica da seguinte 
forma (valendo-se da igualdade (A + I)X = (0)) :
x1   +  ax2  +  bx3  +  ...  =  0
-ax1 +   x2  +  dx3  +  ...  =  0
-bx1 + -dx2  +   x3  +  ...  =  0
..
-gx1 + -hx2  + -ix3  +  ...  =  0

por hipótese x1, x2, x3, ..., x(n - 1) = 0 , pois X=(0)

para A nxn temos:

x1   +  ax2  +  bx3  +  ...  + kx(n) =  0
-ax1 +   x2  +  dx3  +  ...  + lx(n) =  0
-bx1 + -dx2  +   x3  +  ...  + mx(n) =  0
...
-gx1 + -hx2  + -ix3  +  ...  + zx(n) =  0
-kx1 + -lx2  + -mx3  +  ...  +  x(n) =  0
fazendo para este novo sistema x1, x2, x3, ..., x(n - 1) = 0

0 + 0 + 0 + ... + 0 + kx(n) = 0
0 + 0 + 0 + ... + 0 + lx(n) = 0
.
0 + 0 + 0 + ... + 0 +  x(n) = 0
(Eu posso realmente fazer isso?? Se não posso, pq não posso?)NAO PODE!

da última equação, constatamos q x(n)=0
x(n)=0  =  X=(0)  =  det (A + I) diferente de zero  =  (A + I) é 
inversível para todo n

segundo o que acabamos de constatar, a propriedade seria válida não soh 
para matrizes antisimétricas, mas para toda matriz com a diagonal 
principal com todos os elementos iguais a zero, o que é estranho, pois não 
é válida para a seguinte matriz A:
|| 0 1 ||
|| 1 0 ||
cujo det (A + I) = 0

 Aguardo ansiosamente respostas

Alexandre Daibert







Alexandre Daibert escreveu:

Hehehe, vou ser sincero, naum entendi tudo, mas deu pra entender bastante 
coisa sim, vou dar mais uma relida pra ver se entendo tudo, hehehehe. 
Valeu aí!

Quero só deixar apara o pessoal da lista a resolução q eu tinha comentado 
por sistemas lineares homogêneos, q eu lembrei aki:

sendo BX=(0

Re: [obm-l] Problema de matrizes

2003-07-25 Por tôpico Alexandre Daibert
 sou o Morgado não, mas vou te dar a opinião minha sobre a
pergunta 3. Eu estou tentando vestibular para o ITA pela segunda vez e
acho q esta resolução tah meio difícil comparando com a imensa maioria
das questões do ITA pelo menos (pra falar verdade eu naum entendi
direito, hehehe).
:)
Lembram daquela quetão do IME do ano passado, a número 10? deixa eu soh
por o enunciado dela aki:
Considere uma matriz A, n x n, de coeficientes reais, e k um número
real diferente de 1. Sabendo-se que A^3=kA, prove que a matriz A+I é
invertível, onde I é a matriz identidade n x n
Eu lembro de ter visto uma solução deste problema por sistemas lineares
homogêneos. Alguém tem alguma solução deste problema do IME por este
caminho?? talvez ajudasse em algo...


Fábio Dias Moreira escreveu:



   

-- Cabeçalho inicial  ---

De: [EMAIL PROTECTED]
Para: [EMAIL PROTECTED]
Cópia:
Data: Mon, 21 Jul 2003 19:16:47 -0300 (EST)
Assunto: Re: [obm-l] Problema de matrizes




 

Nao eh dificil dar uma soluçao usando autovalores. Veja a soluçao

   

enviada pelo Stabel, que eh otima, e que consegue usar autovalores de
 

forma
 

compreensivel a (bons) alunos do ensino medio. Mas, sei la, continuo
desconfiado que deve haver uma soluçao que nao va alem de determinantes e
sistemas de equaçoes lineares. Algo que provasse diretamente que A
anti-simetrica real implicaria det(A+I) diferente de 0.
 

[...]



   

Eu acho que tenho uma solução elementar parcial para o problema:

Seja nxn o tamanho da matriz A. Seja P o conjunto das permutações de

 

comprimento n). Seja p uma permutação de P. Se p não for uma involução,
 

tome
 

sua inversa q. Olhe para os termos associados a p e q no determinante da
matriz A+I. Como pq = i, onde i é a identidade de P, p e q têm a mesma
paridade, logo os termos associados têm, a priori, o mesmo sinal. Mas se
 

x
 

aparece num dos termos, então -x aparece no termo oposto; logo um dos
 

termos
 

é (-1)^k o outro, onde k é o número de pontos não-fixos, i.e. x tais que
p(x) != x.
 

Caso pp = i, eu afirmo que o termo associado é certamente não-negativo.

 

Note que então que os ciclos de p têm comprimento no máximo 2. Logo o
 

termo
 

pode ser construído do termo associado à identidade (que vale 1) se
 

fizermos
 

inversões disjuntas. Cada inversão troca um 1*1 por um -x*x = -x^2, mas
também multiplica por -1 por causa da inversão da paridade. Logo o termo
 

é
 

multiplicado por x^2, certamente não-negativos.

 

Se uma permutação p não-involutiva tem um número ímpar de pontos

 

não-fixos, então sua inversa q gera um termo que é igual em módulo ao
 

termo
 

gerado por p, mas tem sinal oposto, logo os dois termos se cancelam.
 

Agora
 

considere todas as permutações com k pontos não fixos, k par. Então os
termos gerados por essas permutações são da forma 2*(-1)^m*P, onde m é 0
 

ou
 

1 e P é um produtório de um núme

 

s associados à permutação que não são 1 e que estão na metade superior
 

da
 

 

matriz -- escolher os termos daqui é sempre possível se mexermos no m
apropriadamente).
 

Eu acho que não sei passsar muito daqui. A minha idéia era agrupar
 

esses
 

 

últimos termos com os termos quadrados perfeitos de mesmo grau para
 

formar
 

novos quadrados perfeitos maiores, assim retirando os termos que podem
 

ser
 

negativos de circulação.

 

Pergunta 1: É sempre possível agrupar os termos dessa forma?

Pergunta 2: m depende só de k (ou melhor ainda, não depende de nada)?
 

Se
 

 

sim, a resposta à pergunta 1 parece ser bem mais fácil.

 

Pergunta 3 (ao Morgado): Na sua opinião, isso está no nível do ITA?

Se eu tiver alguma idéia interessante sobre as perguntas 1 e 2, eu
 

mando
 

 

para a lista.

 

[]s,





 

=
 

Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
   

=
 



   

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


 

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=
   

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html

Re: [obm-l] Problema de matrizes

2003-07-24 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Daibert,

Minha solução é muitíssimo avançada, precisarás de anos de estudos para
compreendê-la... mas se você tentar, quem sabe consiga ainda hoje.

Eu estou usando algumas propriedades bem simples sobre matrizes. Por
exemplo, se A é uma matriz quadrada e suas colunas (vetores com n
coordenadas) são A = [c_1 c_2 ... c_n] então a matriz é inversível (isto é,
existe uma outra matriz B tal que AB = matriz identidade) se e somente se
podemos encontrar constantes reais (nem todas nulas) v_1, v_2, ..., v_n tais
que v_1*c_1 + ... + v_n*c_n é o vetor nulo. Esta expressão pode ser
reescrita como Av = vetor nulo, onde v é a matriz coluna 1 por n com
coordenadas v_1, v_2, ..., v_n. Fora esta propriedade, só uso fatos muito
simples que certamente se ensinam no segundo grau.

Primeiro, suponho por absurdo que existe um vetor não-nulo (pense como uma
matriz 1 por n) v tal que

(A + I)*v = 0 (este zero sendo a matriz 1 por n com zeros em suas
coordenadas)

Ou seja, estou supondo (pelo que discuti no primeiro parágrafo) que a matriz
não é inversível. Pretendo chegar a uma contradição para concluir que esta
hipótese é furada e portanto A + I deve ser inversível. (esta técnica de
demonstração é conhecida como redução ao absurdo e é muito freqüente em
matemática). Multiplicamos as matrizes (esta é a propriedade distribuitiva,
que você deve conhecer)

A*v + I*v = 0

A matriz I mantém qualquer matriz, ou seja

A*v + v = 0, daí
A*v = - v

Nós sabemos, da hipótese, que A^3 = k*A onde k é um número real diferente de
1. Isto é uma igualdade de matrizes. Se esta igualdade vale, podemos
multiplicar os dois lados por uma matriz e a igualdade continará valendo
(concordas?). Multiplique então pela nossa matriz (ou vetor) v. Deve valer:

A^3*v = k*A*v(1)

Vamos trabalhar com essas duas expressões. A primeira é o produto de quatro
matrizes, a saber, A*A*A*v. Como o produto de matrizes é associativo (=tanto
faz a ordem da multiplicação) podemos associá-las assim

A*( A* (A*v) )

A expressão bem de dentro nós já calculamos. Daí a expressão fica

A*(A * (-v) ) = - A*( A*v )

Novamente a expressão do meio já foi calculada, daí ela fica

- A * ( A*v ) = - A * ( -v ) = A * v = - v

Ou seja

A^3*v = - v

Por outro lado

k*A*v = k * (A*v) = k*( - v) = - k*v

Daí igualando as expressões em (1)

- v = - k * v
v = k * v

Pense nesta expressão. Temos a matriz v à esquerda e a mesma matriz v à
direita, só que com todos suas coordenadas multiplicadas por k. Para valer
essa expressão ou a matriz (vetor) v é cheio de zeros (o que contraria o que
dissemos de v lá no começo) ou então o numero real k é igual a 1 (o que
contraria o enunciado). Conclusão: não pode valer a hipótese de que A + I é
não inversível, pois ela nos conduz a uma contradição.

Espero que agora você já tenha penetrado no cálculo vetorial superior. ;)

Abração!
Duda.





From: Alexandre Daibert [EMAIL PROTECTED]
 Ih, desculpa aí mas eu sou soh vestibulando do ITA, ainda naum cheguei
 nessa parte de cálculo vetorial de curso superior
 :-P
 mas valeu mesmo assim

 Alexandre Daibert


 Eduardo Casagrande Stabel escreveu:

 Oi Alexandre.
 
 Vou resolver com a mesma idéia que resolvi o outro.
 
 Assuma que A é uma matriz quadrada que satisfaz A^3 = kA onde k  1.
Agora
 suponha, por hipótese de absurdo, que A + I não é uma matriz inversível.
 Portanto deve existir um vetor não-nulo real v tal que (A + I)v = 0, daí
Av
 = -v. Vamos então calcular A^3v e kAv e compará-los. Temos A^3v =
 A^2(-v)=Av=-v. E temos kAv = -kv. Sabemos que A^3 = kA, o que implica
A^3u =
 kAu para todo vetor u, em particular para o nosso amigo v. Portanto A^3v
 = -v = -kv = kAv. Ora se vale v = kv, uma das duas coisas tem de ser
 verdade: (1) k tem de valer 1, o que contraria a hipótese do enunciado;
(2)
 v tem de ser nulo, o que contraria nossa hipótese de que v é não-nulo.
 Conclusão: A + I tem de ser inversível.
 
 Abraço,
 Duda.
 
 From: Alexandre Daibert [EMAIL PROTECTED]
 
 
 Fábio,
 Olha, eu não sou o Morgado não, mas vou te dar a opinião minha sobre a
 pergunta 3. Eu estou tentando vestibular para o ITA pela segunda vez e
 acho q esta resolução tah meio difícil comparando com a imensa maioria
 das questões do ITA pelo menos (pra falar verdade eu naum entendi
 direito, hehehe).
 :)
 
  Lembram daquela quetão do IME do ano passado, a número 10? deixa eu soh
 por o enunciado dela aki:
 Considere uma matriz A, n x n, de coeficientes reais, e k um número
 real diferente de 1. Sabendo-se que A^3=kA, prove que a matriz A+I é
 invertível, onde I é a matriz identidade n x n
 Eu lembro de ter visto uma solução deste problema por sistemas lineares
 homogêneos. Alguém tem alguma solução deste problema do IME por este
 caminho?? talvez ajudasse em algo...
 
 
 
 
 Fábio Dias Moreira escreveu:
 
 
 
 -- Cabeçalho inicial  ---
 
 De: [EMAIL PROTECTED]
 Para: [EMAIL PROTECTED]
 Cópia:
 Data: Mon, 21 Jul 2003 19:16:47 -0300 (EST)
 Assunto: Re: [obm-l] Problema de matrizes
 
 
 
 
 
 Nao eh

Re: [obm-l] Problema de matrizes

2003-07-22 Por tôpico Alexandre Daibert
Fábio,
Olha, eu não sou o Morgado não, mas vou te dar a opinião minha sobre a 
pergunta 3. Eu estou tentando vestibular para o ITA pela segunda vez e 
acho q esta resolução tah meio difícil comparando com a imensa maioria 
das questões do ITA pelo menos (pra falar verdade eu naum entendi 
direito, hehehe).
:)

Lembram daquela quetão do IME do ano passado, a número 10? deixa eu soh 
por o enunciado dela aki:
Considere uma matriz A, n x n, de coeficientes reais, e k um número 
real diferente de 1. Sabendo-se que A^3=kA, prove que a matriz A+I é 
invertível, onde I é a matriz identidade n x n
Eu lembro de ter visto uma solução deste problema por sistemas lineares 
homogêneos. Alguém tem alguma solução deste problema do IME por este 
caminho?? talvez ajudasse em algo...



Fábio Dias Moreira escreveu:

-- Cabeçalho inicial  ---

De: [EMAIL PROTECTED]
Para: [EMAIL PROTECTED]
Cópia: 
Data: Mon, 21 Jul 2003 19:16:47 -0300 (EST)
Assunto: Re: [obm-l] Problema de matrizes

 

Nao eh dificil dar uma soluçao usando autovalores. Veja a soluçao enviada pelo Stabel, que eh otima, e que consegue usar autovalores de forma compreensivel a (bons) alunos do ensino medio. Mas, sei la, continuo desconfiado que deve haver uma soluçao que nao va alem de determinantes e sistemas de equaçoes lineares. Algo que provasse diretamente que A anti-simetrica real implicaria det(A+I) diferente de 0.
[...]
   

Eu acho que tenho uma solução elementar parcial para o problema:

Seja nxn o tamanho da matriz A. Seja P o conjunto das permutações de comprimento n). Seja p uma permutação de P. Se p não for uma involução, tome sua inversa q. Olhe para os termos associados a p e q no determinante da matriz A+I. Como pq = i, onde i é a identidade de P, p e q têm a mesma paridade, logo os termos associados têm, a priori, o mesmo sinal. Mas se x aparece num dos termos, então -x aparece no termo oposto; logo um dos termos é (-1)^k o outro, onde k é o número de pontos não-fixos, i.e. x tais que p(x) != x.

Caso pp = i, eu afirmo que o termo associado é certamente não-negativo. Note que então que os ciclos de p têm comprimento no máximo 2. Logo o termo pode ser construído do termo associado à identidade (que vale 1) se fizermos inversões disjuntas. Cada inversão troca um 1*1 por um -x*x = -x^2, mas também multiplica por -1 por causa da inversão da paridade. Logo o termo é multiplicado por x^2, certamente não-negativos.

Se uma permutação p não-involutiva tem um número ímpar de pontos não-fixos, então sua 
inversa q gera um termo que é igual em módulo ao termo gerado por p, mas tem sinal 
oposto, logo os dois termos se cancelam. Agora considere todas as permutações com k 
pontos não fixos, k par. Então os termos gerados por essas permutações são da forma 
2*(-1)^m*P, onde m é 0 ou 1 e P é um produtório de um núme
s associados à permutação que não são 1 e que estão na metade superior da matriz -- 
escolher os termos daqui é sempre possível se mexermos no m apropriadamente).
Eu acho que não sei passsar muito daqui. A minha idéia era agrupar esses últimos termos com os termos quadrados perfeitos de mesmo grau para formar novos quadrados perfeitos maiores, assim retirando os termos que podem ser negativos de circulação.

Pergunta 1: É sempre possível agrupar os termos dessa forma?

Pergunta 2: m depende só de k (ou melhor ainda, não depende de nada)? Se sim, a resposta à pergunta 1 parece ser bem mais fácil.

Pergunta 3 (ao Morgado): Na sua opinião, isso está no nível do ITA?

Se eu tiver alguma idéia interessante sobre as perguntas 1 e 2, eu mando para a lista.

[]s,

 



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Problema de matrizes

2003-07-22 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Alexandre.

Vou resolver com a mesma idéia que resolvi o outro.

Assuma que A é uma matriz quadrada que satisfaz A^3 = kA onde k  1. Agora
suponha, por hipótese de absurdo, que A + I não é uma matriz inversível.
Portanto deve existir um vetor não-nulo real v tal que (A + I)v = 0, daí Av
= -v. Vamos então calcular A^3v e kAv e compará-los. Temos A^3v =
A^2(-v)=Av=-v. E temos kAv = -kv. Sabemos que A^3 = kA, o que implica A^3u =
kAu para todo vetor u, em particular para o nosso amigo v. Portanto A^3v
= -v = -kv = kAv. Ora se vale v = kv, uma das duas coisas tem de ser
verdade: (1) k tem de valer 1, o que contraria a hipótese do enunciado; (2)
v tem de ser nulo, o que contraria nossa hipótese de que v é não-nulo.
Conclusão: A + I tem de ser inversível.

Abraço,
Duda.

From: Alexandre Daibert [EMAIL PROTECTED]
 Fábio,
 Olha, eu não sou o Morgado não, mas vou te dar a opinião minha sobre a
 pergunta 3. Eu estou tentando vestibular para o ITA pela segunda vez e
 acho q esta resolução tah meio difícil comparando com a imensa maioria
 das questões do ITA pelo menos (pra falar verdade eu naum entendi
 direito, hehehe).
 :)

  Lembram daquela quetão do IME do ano passado, a número 10? deixa eu soh
 por o enunciado dela aki:
 Considere uma matriz A, n x n, de coeficientes reais, e k um número
 real diferente de 1. Sabendo-se que A^3=kA, prove que a matriz A+I é
 invertível, onde I é a matriz identidade n x n
 Eu lembro de ter visto uma solução deste problema por sistemas lineares
 homogêneos. Alguém tem alguma solução deste problema do IME por este
 caminho?? talvez ajudasse em algo...




 Fábio Dias Moreira escreveu:

 -- Cabeçalho inicial  ---
 
 De: [EMAIL PROTECTED]
 Para: [EMAIL PROTECTED]
 Cópia:
 Data: Mon, 21 Jul 2003 19:16:47 -0300 (EST)
 Assunto: Re: [obm-l] Problema de matrizes
 
 
 
 Nao eh dificil dar uma soluçao usando autovalores. Veja a soluçao
enviada pelo Stabel, que eh otima, e que consegue usar autovalores de forma
compreensivel a (bons) alunos do ensino medio. Mas, sei la, continuo
desconfiado que deve haver uma soluçao que nao va alem de determinantes e
sistemas de equaçoes lineares. Algo que provasse diretamente que A
anti-simetrica real implicaria det(A+I) diferente de 0.
 [...]
 
 
 
 Eu acho que tenho uma solução elementar parcial para o problema:
 
 Seja nxn o tamanho da matriz A. Seja P o conjunto das permutações de
comprimento n). Seja p uma permutação de P. Se p não for uma involução, tome
sua inversa q. Olhe para os termos associados a p e q no determinante da
matriz A+I. Como pq = i, onde i é a identidade de P, p e q têm a mesma
paridade, logo os termos associados têm, a priori, o mesmo sinal. Mas se x
aparece num dos termos, então -x aparece no termo oposto; logo um dos termos
é (-1)^k o outro, onde k é o número de pontos não-fixos, i.e. x tais que
p(x) != x.
 
 Caso pp = i, eu afirmo que o termo associado é certamente não-negativo.
Note que então que os ciclos de p têm comprimento no máximo 2. Logo o termo
pode ser construído do termo associado à identidade (que vale 1) se fizermos
inversões disjuntas. Cada inversão troca um 1*1 por um -x*x = -x^2, mas
também multiplica por -1 por causa da inversão da paridade. Logo o termo é
multiplicado por x^2, certamente não-negativos.
 
 Se uma permutação p não-involutiva tem um número ímpar de pontos
não-fixos, então sua inversa q gera um termo que é igual em módulo ao termo
gerado por p, mas tem sinal oposto, logo os dois termos se cancelam. Agora
considere todas as permutações com k pontos não fixos, k par. Então os
termos gerados por essas permutações são da forma 2*(-1)^m*P, onde m é 0 ou
1 e P é um produtório de um núme
 s associados à permutação que não são 1 e que estão na metade superior da
matriz -- escolher os termos daqui é sempre possível se mexermos no m
apropriadamente).
 
 Eu acho que não sei passsar muito daqui. A minha idéia era agrupar esses
últimos termos com os termos quadrados perfeitos de mesmo grau para formar
novos quadrados perfeitos maiores, assim retirando os termos que podem ser
negativos de circulação.
 
 Pergunta 1: É sempre possível agrupar os termos dessa forma?
 
 Pergunta 2: m depende só de k (ou melhor ainda, não depende de nada)? Se
sim, a resposta à pergunta 1 parece ser bem mais fácil.
 
 Pergunta 3 (ao Morgado): Na sua opinião, isso está no nível do ITA?
 
 Se eu tiver alguma idéia interessante sobre as perguntas 1 e 2, eu mando
para a lista.
 
 []s,
 
 
 


 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
 =



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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
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[obm-l] Re: [obm-l] Problema de matrizes

2003-07-21 Por tôpico ghaeser
esta questão é da prova de admissão para o mestrado em matemática aplicada
na Unicamp.

-- Mensagem original --

De que ano é esta questão??


A. C. Morgado escreveu:

 Propuseram-me um problema que estah me perturbando um pouco. Para 
 resolve-lo tive que usar fatos que nao sao do conhecimento usual de um

 (bom) aluno de ensino medio. Alguem conseguiria uma soluçao em nivel

 de vestibular do ITA?
 Problema:
 Prove que se a matriz real A eh anti-simetrica entao a matriz I + A eh

 invertível.
 Morgado

 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
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Re: [obm-l] Problema de matrizes

2003-07-21 Por tôpico Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
Eu vou pensar um pouco mas vou tentar ajudar:se
demonstrarmos que det(I+A)=0 acarreta que A nao e
antisimetrica?Ou tentar usar autovalores e coisas
assim?

 --- A. C. Morgado [EMAIL PROTECTED]
escreveu:  Propuseram-me um problema que estah
me
 perturbando um pouco. Para 
 resolve-lo tive que usar fatos que nao sao do
 conhecimento usual de um 
 (bom) aluno de ensino medio. Alguem conseguiria
 uma soluçao em nivel de 
 vestibular do ITA?
 Problema:
 Prove que se a matriz real A eh anti-simetrica
 entao a matriz I + A eh 
 invertível.
 Morgado
 

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 Instruções para entrar na lista, sair da lista
 e usar a lista em

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Mais espaço, mais segurança e gratuito: caixa postal de 6MB, antivírus, proteção 
contra spam.
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Re: [obm-l] Problema de matrizes

2003-07-21 Por tôpico Augusto Cesar de Oliveira Morgado
Nao eh dificil dar uma soluçao usando autovalores. Veja a soluçao enviada pelo Stabel, 
que eh otima, e que consegue usar autovalores de forma compreensivel a (bons) alunos 
do ensino medio. Mas, sei la, continuo desconfiado que deve haver uma soluçao que nao 
va alem de determinantes e sistemas de equaçoes lineares. Algo que provasse 
diretamente que A anti-simetrica real implicaria det(A+I) diferente de 0.
Morgado



Em Mon, 21 Jul 2003 14:57:44 -0300 (ART), Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet 
[EMAIL PROTECTED] disse:

 Eu vou pensar um pouco mas vou tentar ajudar:se
 demonstrarmos que det(I+A)=0 acarreta que A nao e
 antisimetrica?Ou tentar usar autovalores e coisas
 assim?
 
  --- A. C. Morgado [EMAIL PROTECTED]
 escreveu:  Propuseram-me um problema que estah
 me
  perturbando um pouco. Para 
  resolve-lo tive que usar fatos que nao sao do
  conhecimento usual de um 
  (bom) aluno de ensino medio. Alguem conseguiria
  uma soluçao em nivel de 
  vestibular do ITA?
  Problema:
  Prove que se a matriz real A eh anti-simetrica
  entao a matriz I + A eh 
  invertível.
  Morgado
  
 
 =
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  e usar a lista em
 
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Re: [obm-l] Problema de matrizes

2003-07-21 Por tôpico Fábio Dias Moreira
-- Cabeçalho inicial  ---

De: [EMAIL PROTECTED]
Para: [EMAIL PROTECTED]
Cópia: 
Data: Mon, 21 Jul 2003 19:16:47 -0300 (EST)
Assunto: Re: [obm-l] Problema de matrizes

 Nao eh dificil dar uma soluçao usando autovalores. Veja a soluçao enviada pelo 
 Stabel, que eh otima, e que consegue usar autovalores de forma compreensivel a 
 (bons) alunos do ensino medio. Mas, sei la, continuo desconfiado que deve haver uma 
 soluçao que nao va alem de determinantes e sistemas de equaçoes lineares. Algo que 
 provasse diretamente que A anti-simetrica real implicaria det(A+I) diferente de 0.
 [...]

Eu acho que tenho uma solução elementar parcial para o problema:

Seja nxn o tamanho da matriz A. Seja P o conjunto das permutações de comprimento n). 
Seja p uma permutação de P. Se p não for uma involução, tome sua inversa q. Olhe para 
os termos associados a p e q no determinante da matriz A+I. Como pq = i, onde i é a 
identidade de P, p e q têm a mesma paridade, logo os termos associados têm, a priori, 
o mesmo sinal. Mas se x aparece num dos termos, então -x aparece no termo oposto; logo 
um dos termos é (-1)^k o outro, onde k é o número de pontos não-fixos, i.e. x tais que 
p(x) != x.

Caso pp = i, eu afirmo que o termo associado é certamente não-negativo. Note que então 
que os ciclos de p têm comprimento no máximo 2. Logo o termo pode ser construído do 
termo associado à identidade (que vale 1) se fizermos inversões disjuntas. Cada 
inversão troca um 1*1 por um -x*x = -x^2, mas também multiplica por -1 por causa da 
inversão da paridade. Logo o termo é multiplicado por x^2, certamente não-negativos.

Se uma permutação p não-involutiva tem um número ímpar de pontos não-fixos, então sua 
inversa q gera um termo que é igual em módulo ao termo gerado por p, mas tem sinal 
oposto, logo os dois termos se cancelam. Agora considere todas as permutações com k 
pontos não fixos, k par. Então os termos gerados por essas permutações são da forma 
2*(-1)^m*P, onde m é 0 ou 1 e P é um produtório de um núme
s associados à permutação que não são 1 e que estão na metade superior da matriz -- 
escolher os termos daqui é sempre possível se mexermos no m apropriadamente).

Eu acho que não sei passsar muito daqui. A minha idéia era agrupar esses últimos 
termos com os termos quadrados perfeitos de mesmo grau para formar novos quadrados 
perfeitos maiores, assim retirando os termos que podem ser negativos de circulação.

Pergunta 1: É sempre possível agrupar os termos dessa forma?

Pergunta 2: m depende só de k (ou melhor ainda, não depende de nada)? Se sim, a 
resposta à pergunta 1 parece ser bem mais fácil.

Pergunta 3 (ao Morgado): Na sua opinião, isso está no nível do ITA?

Se eu tiver alguma idéia interessante sobre as perguntas 1 e 2, eu mando para a lista.

[]s,

-- 
Fábio ctg \pi Dias Moreira

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Problema de matrizes

2003-07-20 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Morgado.

Vê se esta serve.

Assuma que a matriz A é anti-simétrica, isto é, A^T = -A. Agora suponha, por
hipótese, que A + I é uma matriz não-invertível. Então existe uma combinação
linear não-nula das colunas de I + A que se igualam ao vetor nulo. Logo
existe um vetor real v tal que (I + A)v = 0, donde Av = -Iv = -v. Isto
implica que o produto interno dos vetores Av, -v = ||v||^2 é diferente de
zero. Mas -Av, v = -A^Tv, v = --Av, v = Av, v, que implica Av, v =
0, uma contradição. Segue que nossa hipótese não pode valer e A + I é
inversível.

Uso dois fatos que, acredito, são de conhecimento dos alunos do segundo grau
que prestam o ITA. Se a matriz A é não-inversível, existe um vetor v
não-nulo tal que Av = 0. O segundo é que se A é uma matriz e A^T é sua
transposta, então segundo o produto interno usual Av, u = v, A^Tu, no
caso de vetores reais podemos permutar u, v = v, u.

Abraço,
Duda.

From: A. C. Morgado [EMAIL PROTECTED]
 Propuseram-me um problema que estah me perturbando um pouco. Para
 resolve-lo tive que usar fatos que nao sao do conhecimento usual de um
 (bom) aluno de ensino medio. Alguem conseguiria uma soluçao em nivel de
 vestibular do ITA?
 Problema:
 Prove que se a matriz real A eh anti-simetrica entao a matriz I + A eh
 invertível.
 Morgado

 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
 =



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Problema de matrizes

2003-07-20 Por tôpico Alexandre Daibert
De que ano é esta questão??

A. C. Morgado escreveu:

Propuseram-me um problema que estah me perturbando um pouco. Para 
resolve-lo tive que usar fatos que nao sao do conhecimento usual de um 
(bom) aluno de ensino medio. Alguem conseguiria uma soluçao em nivel 
de vestibular do ITA?
Problema:
Prove que se a matriz real A eh anti-simetrica entao a matriz I + A eh 
invertível.
Morgado

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
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