Re: [PSL-Brasil] Software Livre, livre mesmo ou apenas lucros ocultos?
Tomei a liberdade de manifestar minha opinião sobre a reportagem: (...) O mundo tecnológico iniciou sua maior mudança nos anos 80, com o surgimento do ambiente gráfico. Evoluiu do velho DOS para o sistema Windows. (...) O Jornalista pesquisou muito para chegar a essa opinião? Será que ele foi incompetência ou outra coisa? O ambiente gráfico surgiu com a Alto (XEROX PARC) em 1973 e foi muito melhorada com o Xerox Star em 1981. Antes da Microsoft lançar o Windows 3.0 (as versões anteriores eram muito piores), que não passava que um shell grafico para o DOS, a Apple ja tinha o seu sistema de janelas. (...) O mundo de tecnologia iniciava, assim, a abertura ao produtos, tanto hardwares como softwares, desenvolvidos por aqueles garotos incríveis e suas garagens maravilhosas, a exemplo de Bill Gates, da Microsoft, Steve Wozniak e Steve Jobs, da Apple, entre outros. (...) Questão, da forma que o texto esta expondo: essa turma ainda era garageira na época citada? Quando o Windows surgiu Gates ainda estava trabalhando na garagem da casa dele? E Jobs? (...) Tecnologia é bom que se diga, trata-se de um negócio muito dinâmico. Criam-se tecnologias, elas vêm e outras vão. Um exemplo disso, foi o lançamento do IRIDIUM, em telecomunicações. Paracia que o futuro havia chegado, mas a prática mostrou que era de altíssimo custo, o que por fim naufragou. (...) É impressão minha ou este trecho esta perdido no texto? (...) Em meados do final dos anos 90, uma tecnologia denominada apenas de Web (Rede), começou devagarinho mas revolucionou o modo e a maneira com que as pessoas e empresas se comunicavam. (...) Traduzir Web para rede ficou no mínimo feio, e antes da Web já havia o correio eletrônico. (...) A Microsoft aquela época era idolatrada e a menina dos olhos da grande maioria das pessoas, porque revolucionou e mudou conceitos da época. (...) O que a Microsoft revolucionou? só se for a forma de estimular a pirataria... =) Praticamente tudo que ela fez já existia antes. (...) Com o conceito de software livre, os proprietários de patentes de inventos, criaram uma grande jogada de Marketing. (...) Patentes? Alguém poderia enviar para ele um texto explicando a diferença entre patente e propriedade de marca. (...) Disponibilizam a terceiros, milhares e milhares de milhões de indivíduos no mundo inteiro, que, de forma impressionante e hipnotizante, trabalham de graça para desenvolver algo que sequer algum dia será dele e o que inquieta mais é saber que em algum dia mais adiante - em breve, possivelmente - que os verdadeiros donos das patentes poderão, a qualquer instante, dizer que não investirão ou irão colaborar mais com software livre algum pelo simples motivo de que eles são os verdadeiros e únicos donos do produto (...) Esse aqui esta ótimo, vejamos, nós que trabalhamos, pesquisamos, divulgamos e desenvolvemos os logiciais livres somos alienados, idiotas e manipulados por pessoas inescrupulosas que utilizam de nossa mão de obra para ficarem ricas? Se o produto esta em GPL ou BSD ou tantas outras licenças livres ele não pode simplesmente sofrer um fork() e pronto? Eu pago minhas contas graças ao software livre. Um software livre não possui dono e sim uma comunidade que geralmente possui um líder ou time líder, caso eles saiam novos assumem e ninguém fica órfão. (...) Engana-se quem acredita nisso. O mundo é essencialmente capitalista, as empresas e quase tudo mais dependem de dinheiro, quem iria investir na continuidade de desenvolvimento do produto? Os diversos colaboradores? (...) Que eu saiba é assim que a coisa funciona, antes mesmo de haver essas empresas os colaboradores já estavam lá, trabalhando de graça, simplesmente pelo fato de se julgarem capazes de fazer um bom programa. Puts é ótimo para o ego ver as pessoas encantadas com a elegância com seu código, se em trabalhos na faculdade já é assim... (...) Quem os paga e mantêm? A publicidade? Quem administra isso? A comunidade, a qual congrega colaboradores do mundo inteiro, com idiomas, culturas diferentes, conceitos e visões diferentes? Quem colocará dinheiro nesse negócio cheio de incertezas? Se as grandes corporações saírem desse projeto, a dúvida e incerteza só aumentam! (...) Grandes corporações??? Sim, elas apóiam ALGUNS projetos, e os que elas não apóiam porque eles existem então? E quem usa uma versão NT 4 de um software proprietário e não possui recursos (hardware) para utilizar a versão NT 5.X desse mesmo produto, como ele ficará qdo a empresa produtora disser: não suportarei mais a versão 4, migre para a 5 e compre a licença. (...) O Linux quem é? Nada mais é do que o velho e cansado UNIX, revestido e reencapado pelos seus colaboradores ao redor do mundo e seus únicos proprietários, o qual não se consolidou como sistema operacional de massa e caiu em desuso. (...) GNU is Not Unix =) Então o Linux não passa do Unix recauchutado? Engraçado pois a SCO tentou encontrar vestígios de código UNIX no GNU/Linux e nada encontrou...
Re: [PSL-Brasil] Software Livre, livre mesmo ou apenas lucros ocultos?
Na verdade, para quem não podia gastar US$15 mil em um Star (o Alto, acho, nunca foi vendido) ou US$7 mil em um Lisa, o mundo evoluiu do Apple II para o Macintosh ;-) O mundinho CP/M evoluiu do CP/M para o DOS. Involuiu para o Windows 1, 2 e, finalmente, no 3, já não passava muita vergonha perto dos outros. No 3.1 ficou aceitável e, no 95 e NT4, finalmente, ficou em pé de igualdade com o MacOS 7. Para todos os efeitos, OS/2 nunca aconteceu. E, nesse meio-tempo, Unix era caríssimo, fragmentado e não tinha uma única GUI apresentável que não custasse um rim, um olho e uma filha virgem. Ricardo Carlini Sperandio wrote: O ambiente gráfico surgiu com a Alto (XEROX PARC) em 1973 e foi muito melhorada com o Xerox Star em 1981. Antes da Microsoft lançar o Windows 3.0 (as versões anteriores eram muito piores), que não passava que um shell grafico para o DOS, a Apple ja tinha o seu sistema de janelas. ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Software Livre, livre mesmo ou apenas lucros ocultos?
Adorei a parte do a máxima, de que os meios justificam os fins. Apenas lamento que mais dos meus competidores não usem as análises desse analista de mercado dele para tomar decisões: a vida seria mais fácil. Luciano Ramalho wrote: O cidadão não sabe escrever roupagem, e nem diferenciar patente de registro de marca. Não vale bem a pena entrar no mérito do artigo. [ ]s Luciano On 12/7/06, [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED] wrote: Mais uma notícia imparcial de uma analista de mercado imparcial ... http://correiodobrasil.cidadeinternet.com.br/noticia.asp?c=110552 acesso em 07 dez. 2006. CORREIO DO BRASIL 5 de dezembro / 2006 - 11h59 Software Livre, livre mesmo ou apenas lucros ocultos? Por Antonio Borges da Câmara Medeiros - do Rio de Janeiro O mundo tecnológico iniciou sua maior mudança nos anos 80, com o surgimento do ambiente gráfico. Evoluiu do velho DOS para o sistema Windows. O resultado foram enormes alterações na forma de relacionamento da máquina (os microcomputadores) com seus usuários, que conquistaram mais liberdades na construção dos softwares e menos dependências de fornecedores, os proprietários das soluções. O mundo de tecnologia iniciava, assim, a abertura ao produtos, tanto hardwares como softwares, desenvolvidos por aqueles garotos incríveis e suas garagens maravilhosas, a exemplo de Bill Gates, da Microsoft, Steve Wozniak e Steve Jobs, da Apple, entre outros. Tecnologia é bom que se diga, trata-se de um negócio muito dinâmico. Criam-se tecnologias, elas vêm e outras vão. Um exemplo disso, foi o lançamento do IRIDIUM, em telecomunicações. Paracia que o futuro havia chegado, mas a prática mostrou que era de altíssimo custo, o que por fim naufragou. Em meados do final dos anos 90, uma tecnologia denominada apenas de Web (Rede), começou devagarinho mas revolucionou o modo e a maneira com que as pessoas e empresas se comunicavam. Inicilamente, levava alguns instantes para que as informações chegassem ao seu destino, com qualidade e segurança. Os anos se passaram e, já no início deste século, a tecnologia Web, bem mais desenvolvida, baixíssimo custo, segura em sua maioria, caiu no gosto popular. Não se imagina, nos dias de hoje, alguém que não tenha seu endereço postal eletrônico. Sejam empresas, individuos e organizações, a quase totalidade tem Sites (endereço eletrônico contendo páginas informativas a respeito de si e de seus produtos e serviços), outra forma de se comunicar com o mundo. Isto revolucionou todos os sistemas de informações e comunicações no planeta. Empresas fornecedoras dessas tecnologias deram um grande salto em seus nichos de mercado. Nesse contexto é importante lembrarmos de alguns aspectos que ocorreram desde o surgimento do ambiente gráfico, Windows. A Microsoft aquela época era idolatrada e a menina dos olhos da grande maioria das pessoas, porque revolucionou e mudou conceitos da época. Surgiu a Netscape e foi um sucesso esplendoroso, afirmava-se naquela altura que a Microsoft perderia o posto da número Um do mercado. O que se viu, na prática é que no mundo capitalista e de economias integradas, os mais fortes tendem a permanecer, embora com alguns arranhões. Mas o mais fraco, naufraga. Foi o que aconteceu com a Netscape (hoje de propriedade da SUN Microsytems). A novidade sucumbiu ante o lançamento de seu similar, o Internet Explorer, da poderosa Microsoft. Rapidamente este produto ganhou mercado e quando incorporado ao pacote de aplicativos MS Office, também da Microsoft, determinou alí o fim da era Netscape. O mundo tecnológico ficou mais acirrado desde então, empresas passaram a ter estratégias negativas de conquistas de novos mercados. Se não posso com eles, enfraqueça-os. É o que se percebe ao longo deste últimos anos. Na época do Netscape, a Microsoft foi duramente acusada de dumpimg, quando agregou seu módulo Internet Explorer ao MS Office. Essa batalha perdurou por vários anos, somente resolvido recentemente através de acordo entre SUN e Microsoft, acordo que girou na ordem de US$ 780 milhões de dólares e pôs fim, supostamente, a anos e anos de críticas e batalhas judiciais sobre disputas de patentes. Para se ter uma idéia melhor do que estamos falando, segundo o Gartner Group, empresa especializada nos estudos dos mercados de tecnologia, identifica o tamanho do mercado de ambientes computacionais dominado amplamente pela gigante Microsoft, exemplificando Windows (Microsoft), UNIX (IBM,SUN,HP, UNISYS) , OS/2 (IBM), DOS (IBM) e NLM (NOVELL) LINUX (Linus Torlvals) , em cerca de US$ 80 bilhões por ano. Adicione-se a isso o também importante mercado de automação de escritório, dominado amplamente pela Microsoft com o MS Office, seguidos por Lotus Notes Dominó (IBM), StarOffice e OpenOffice.org (SUN), bem como outros de menores expressão, mercado esse, que movimenta cifras superiores a US$ 100 bilhões de dolares ao ano. Isso já é suficiente para se ter uma idéia do que estamos falando. Outro advento a isso, foi a entrada no contexto
Re: [PSL-Brasil] Software Livre, livre mesmo ou apenas lucros ocultos?
...Certamente existirá alguém que acredita piamente nessa balela, coordenada pelas grandes corporações de tecnologia, com um único propósito, destronar e enfraquecer ao máximo sua rival maior, a Microsoft Teoria da conspiração. Oh, e agora quem poderá nos defender?! -- Free Software is not the only way, but it's a correct way. Marcelo Mendes ( x_madbot ) [EMAIL PROTECTED] | ICQ: 106452350 -BEGIN PGP SIGNATURE- Version: GnuPG v1.4.1 (GNU/Linux) iD8DBQFDac8QERhDwjN7vvcRAjccAJ9Q/kT55xrp5D5Rh9vILxDkPRoy0QCfZQN4 shih3kdTiOaOn9gka58DKzA= =8/6v -END PGP SIGNATURE- ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
[PSL-Brasil] Software Livre, livre mesmo ou apenas lucros ocultos?
Mais uma notícia imparcial de uma analista de mercado imparcial ... http://correiodobrasil.cidadeinternet.com.br/noticia.asp?c=110552 acesso em 07 dez. 2006. CORREIO DO BRASIL 5 de dezembro / 2006 - 11h59 Software Livre, livre mesmo ou apenas lucros ocultos? Por Antonio Borges da Câmara Medeiros - do Rio de Janeiro O mundo tecnológico iniciou sua maior mudança nos anos 80, com o surgimento do ambiente gráfico. Evoluiu do velho DOS para o sistema Windows. O resultado foram enormes alterações na forma de relacionamento da máquina (os microcomputadores) com seus usuários, que conquistaram mais liberdades na construção dos softwares e menos dependências de fornecedores, os proprietários das soluções. O mundo de tecnologia iniciava, assim, a abertura ao produtos, tanto hardwares como softwares, desenvolvidos por aqueles garotos incríveis e suas garagens maravilhosas, a exemplo de Bill Gates, da Microsoft, Steve Wozniak e Steve Jobs, da Apple, entre outros. Tecnologia é bom que se diga, trata-se de um negócio muito dinâmico. Criam-se tecnologias, elas vêm e outras vão. Um exemplo disso, foi o lançamento do IRIDIUM, em telecomunicações. Paracia que o futuro havia chegado, mas a prática mostrou que era de altíssimo custo, o que por fim naufragou. Em meados do final dos anos 90, uma tecnologia denominada apenas de Web (Rede), começou devagarinho mas revolucionou o modo e a maneira com que as pessoas e empresas se comunicavam. Inicilamente, levava alguns instantes para que as informações chegassem ao seu destino, com qualidade e segurança. Os anos se passaram e, já no início deste século, a tecnologia Web, bem mais desenvolvida, baixíssimo custo, segura em sua maioria, caiu no gosto popular. Não se imagina, nos dias de hoje, alguém que não tenha seu endereço postal eletrônico. Sejam empresas, individuos e organizações, a quase totalidade tem Sites (endereço eletrônico contendo páginas informativas a respeito de si e de seus produtos e serviços), outra forma de se comunicar com o mundo. Isto revolucionou todos os sistemas de informações e comunicações no planeta. Empresas fornecedoras dessas tecnologias deram um grande salto em seus nichos de mercado. Nesse contexto é importante lembrarmos de alguns aspectos que ocorreram desde o surgimento do ambiente gráfico, Windows. A Microsoft aquela época era idolatrada e a menina dos olhos da grande maioria das pessoas, porque revolucionou e mudou conceitos da época. Surgiu a Netscape e foi um sucesso esplendoroso, afirmava-se naquela altura que a Microsoft perderia o posto da número Um do mercado. O que se viu, na prática é que no mundo capitalista e de economias integradas, os mais fortes tendem a permanecer, embora com alguns arranhões. Mas o mais fraco, naufraga. Foi o que aconteceu com a Netscape (hoje de propriedade da SUN Microsytems). A novidade sucumbiu ante o lançamento de seu similar, o Internet Explorer, da poderosa Microsoft. Rapidamente este produto ganhou mercado e quando incorporado ao pacote de aplicativos MS Office, também da Microsoft, determinou alí o fim da era Netscape. O mundo tecnológico ficou mais acirrado desde então, empresas passaram a ter estratégias negativas de conquistas de novos mercados. Se não posso com eles, enfraqueça-os. É o que se percebe ao longo deste últimos anos. Na época do Netscape, a Microsoft foi duramente acusada de dumpimg, quando agregou seu módulo Internet Explorer ao MS Office. Essa batalha perdurou por vários anos, somente resolvido recentemente através de acordo entre SUN e Microsoft, acordo que girou na ordem de US$ 780 milhões de dólares e pôs fim, supostamente, a anos e anos de críticas e batalhas judiciais sobre disputas de patentes. Para se ter uma idéia melhor do que estamos falando, segundo o Gartner Group, empresa especializada nos estudos dos mercados de tecnologia, identifica o tamanho do mercado de ambientes computacionais dominado amplamente pela gigante Microsoft, exemplificando Windows (Microsoft), UNIX (IBM,SUN,HP, UNISYS) , OS/2 (IBM), DOS (IBM) e NLM (NOVELL) LINUX (Linus Torlvals) , em cerca de US$ 80 bilhões por ano. Adicione-se a isso o também importante mercado de automação de escritório, dominado amplamente pela Microsoft com o MS Office, seguidos por Lotus Notes Dominó (IBM), StarOffice e OpenOffice.org (SUN), bem como outros de menores expressão, mercado esse, que movimenta cifras superiores a US$ 100 bilhões de dolares ao ano. Isso já é suficiente para se ter uma idéia do que estamos falando. Outro advento a isso, foi a entrada no contexto tecnológico do conceito Free Software, ou seja software livre. Mas sem paixões ou sentimentos e opiniões pessoais interessadas, vejamos do que se trata. Esse conceito, em sua essência e forma resumida, trata da liberdade de terceiros, ditas, comunidades livres, criarem e compartilhar do colaborativismo geral em benefícios de todos. Ou seja, disponibiliza-se as bibliotecas (API´s) de desenvolvimento do software, através de um compromisso
Re: [PSL-Brasil] Software Livre, livre mesmo ou apenas lucros ocultos?
O cidadão não sabe escrever roupagem, e nem diferenciar patente de registro de marca. Não vale bem a pena entrar no mérito do artigo. [ ]s Luciano On 12/7/06, [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED] wrote: Mais uma notícia imparcial de uma analista de mercado imparcial ... http://correiodobrasil.cidadeinternet.com.br/noticia.asp?c=110552 acesso em 07 dez. 2006. CORREIO DO BRASIL 5 de dezembro / 2006 - 11h59 Software Livre, livre mesmo ou apenas lucros ocultos? Por Antonio Borges da Câmara Medeiros - do Rio de Janeiro O mundo tecnológico iniciou sua maior mudança nos anos 80, com o surgimento do ambiente gráfico. Evoluiu do velho DOS para o sistema Windows. O resultado foram enormes alterações na forma de relacionamento da máquina (os microcomputadores) com seus usuários, que conquistaram mais liberdades na construção dos softwares e menos dependências de fornecedores, os proprietários das soluções. O mundo de tecnologia iniciava, assim, a abertura ao produtos, tanto hardwares como softwares, desenvolvidos por aqueles garotos incríveis e suas garagens maravilhosas, a exemplo de Bill Gates, da Microsoft, Steve Wozniak e Steve Jobs, da Apple, entre outros. Tecnologia é bom que se diga, trata-se de um negócio muito dinâmico. Criam-se tecnologias, elas vêm e outras vão. Um exemplo disso, foi o lançamento do IRIDIUM, em telecomunicações. Paracia que o futuro havia chegado, mas a prática mostrou que era de altíssimo custo, o que por fim naufragou. Em meados do final dos anos 90, uma tecnologia denominada apenas de Web (Rede), começou devagarinho mas revolucionou o modo e a maneira com que as pessoas e empresas se comunicavam. Inicilamente, levava alguns instantes para que as informações chegassem ao seu destino, com qualidade e segurança. Os anos se passaram e, já no início deste século, a tecnologia Web, bem mais desenvolvida, baixíssimo custo, segura em sua maioria, caiu no gosto popular. Não se imagina, nos dias de hoje, alguém que não tenha seu endereço postal eletrônico. Sejam empresas, individuos e organizações, a quase totalidade tem Sites (endereço eletrônico contendo páginas informativas a respeito de si e de seus produtos e serviços), outra forma de se comunicar com o mundo. Isto revolucionou todos os sistemas de informações e comunicações no planeta. Empresas fornecedoras dessas tecnologias deram um grande salto em seus nichos de mercado. Nesse contexto é importante lembrarmos de alguns aspectos que ocorreram desde o surgimento do ambiente gráfico, Windows. A Microsoft aquela época era idolatrada e a menina dos olhos da grande maioria das pessoas, porque revolucionou e mudou conceitos da época. Surgiu a Netscape e foi um sucesso esplendoroso, afirmava-se naquela altura que a Microsoft perderia o posto da número Um do mercado. O que se viu, na prática é que no mundo capitalista e de economias integradas, os mais fortes tendem a permanecer, embora com alguns arranhões. Mas o mais fraco, naufraga. Foi o que aconteceu com a Netscape (hoje de propriedade da SUN Microsytems). A novidade sucumbiu ante o lançamento de seu similar, o Internet Explorer, da poderosa Microsoft. Rapidamente este produto ganhou mercado e quando incorporado ao pacote de aplicativos MS Office, também da Microsoft, determinou alí o fim da era Netscape. O mundo tecnológico ficou mais acirrado desde então, empresas passaram a ter estratégias negativas de conquistas de novos mercados. Se não posso com eles, enfraqueça-os. É o que se percebe ao longo deste últimos anos. Na época do Netscape, a Microsoft foi duramente acusada de dumpimg, quando agregou seu módulo Internet Explorer ao MS Office. Essa batalha perdurou por vários anos, somente resolvido recentemente através de acordo entre SUN e Microsoft, acordo que girou na ordem de US$ 780 milhões de dólares e pôs fim, supostamente, a anos e anos de críticas e batalhas judiciais sobre disputas de patentes. Para se ter uma idéia melhor do que estamos falando, segundo o Gartner Group, empresa especializada nos estudos dos mercados de tecnologia, identifica o tamanho do mercado de ambientes computacionais dominado amplamente pela gigante Microsoft, exemplificando Windows (Microsoft), UNIX (IBM,SUN,HP, UNISYS) , OS/2 (IBM), DOS (IBM) e NLM (NOVELL) LINUX (Linus Torlvals) , em cerca de US$ 80 bilhões por ano. Adicione-se a isso o também importante mercado de automação de escritório, dominado amplamente pela Microsoft com o MS Office, seguidos por Lotus Notes Dominó (IBM), StarOffice e OpenOffice.org (SUN), bem como outros de menores expressão, mercado esse, que movimenta cifras superiores a US$ 100 bilhões de dolares ao ano. Isso já é suficiente para se ter uma idéia do que estamos falando. Outro advento a isso, foi a entrada no contexto tecnológico do conceito Free Software, ou seja software livre. Mas sem paixões ou sentimentos e opiniões pessoais interessadas, vejamos do que se trata. Esse conceito, em sua essência e forma resumida, trata da liberdade de terceiros, ditas,
Re: [PSL-Brasil] Software Livre, livre mesmo ou apenas lucros ocultos?
E a Netscape não tinha sido comprada pela AOL? E o serviço de diretório da Netscape pela Red Hat? O q a Sun comprou da Netscape? Em 07/12/2006, às 20:07, Luciano Ramalho escreveu: O cidadão não sabe escrever roupagem, e nem diferenciar patente de registro de marca. Não vale bem a pena entrar no mérito do artigo. [ ]s Luciano On 12/7/06, [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED] wrote: Mais uma notícia imparcial de uma analista de mercado imparcial ... http://correiodobrasil.cidadeinternet.com.br/noticia.asp?c=110552 acesso em 07 dez. 2006. CORREIO DO BRASIL 5 de dezembro / 2006 - 11h59 Software Livre, livre mesmo ou apenas lucros ocultos? Por Antonio Borges da Câmara Medeiros - do Rio de Janeiro O mundo tecnológico iniciou sua maior mudança nos anos 80, com o surgimento do ambiente gráfico. Evoluiu do velho DOS para o sistema Windows. O resultado foram enormes alterações na forma de relacionamento da máquina (os microcomputadores) com seus usuários, que conquistaram mais liberdades na construção dos softwares e menos dependências de fornecedores, os proprietários das soluções. O mundo de tecnologia iniciava, assim, a abertura ao produtos, tanto hardwares como softwares, desenvolvidos por aqueles garotos incríveis e suas garagens maravilhosas, a exemplo de Bill Gates, da Microsoft, Steve Wozniak e Steve Jobs, da Apple, entre outros. Tecnologia é bom que se diga, trata-se de um negócio muito dinâmico. Criam-se tecnologias, elas vêm e outras vão. Um exemplo disso, foi o lançamento do IRIDIUM, em telecomunicações. Paracia que o futuro havia chegado, mas a prática mostrou que era de altíssimo custo, o que por fim naufragou. Em meados do final dos anos 90, uma tecnologia denominada apenas de Web (Rede), começou devagarinho mas revolucionou o modo e a maneira com que as pessoas e empresas se comunicavam. Inicilamente, levava alguns instantes para que as informações chegassem ao seu destino, com qualidade e segurança. Os anos se passaram e, já no início deste século, a tecnologia Web, bem mais desenvolvida, baixíssimo custo, segura em sua maioria, caiu no gosto popular. Não se imagina, nos dias de hoje, alguém que não tenha seu endereço postal eletrônico. Sejam empresas, individuos e organizações, a quase totalidade tem Sites (endereço eletrônico contendo páginas informativas a respeito de si e de seus produtos e serviços), outra forma de se comunicar com o mundo. Isto revolucionou todos os sistemas de informações e comunicações no planeta. Empresas fornecedoras dessas tecnologias deram um grande salto em seus nichos de mercado. Nesse contexto é importante lembrarmos de alguns aspectos que ocorreram desde o surgimento do ambiente gráfico, Windows. A Microsoft aquela época era idolatrada e a menina dos olhos da grande maioria das pessoas, porque revolucionou e mudou conceitos da época. Surgiu a Netscape e foi um sucesso esplendoroso, afirmava-se naquela altura que a Microsoft perderia o posto da número Um do mercado. O que se viu, na prática é que no mundo capitalista e de economias integradas, os mais fortes tendem a permanecer, embora com alguns arranhões. Mas o mais fraco, naufraga. Foi o que aconteceu com a Netscape (hoje de propriedade da SUN Microsytems). A novidade sucumbiu ante o lançamento de seu similar, o Internet Explorer, da poderosa Microsoft. Rapidamente este produto ganhou mercado e quando incorporado ao pacote de aplicativos MS Office, também da Microsoft, determinou alí o fim da era Netscape. O mundo tecnológico ficou mais acirrado desde então, empresas passaram a ter estratégias negativas de conquistas de novos mercados. Se não posso com eles, enfraqueça-os. É o que se percebe ao longo deste últimos anos. Na época do Netscape, a Microsoft foi duramente acusada de dumpimg, quando agregou seu módulo Internet Explorer ao MS Office. Essa batalha perdurou por vários anos, somente resolvido recentemente através de acordo entre SUN e Microsoft, acordo que girou na ordem de US$ 780 milhões de dólares e pôs fim, supostamente, a anos e anos de críticas e batalhas judiciais sobre disputas de patentes. Para se ter uma idéia melhor do que estamos falando, segundo o Gartner Group, empresa especializada nos estudos dos mercados de tecnologia, identifica o tamanho do mercado de ambientes computacionais dominado amplamente pela gigante Microsoft, exemplificando Windows (Microsoft), UNIX (IBM,SUN,HP, UNISYS) , OS/2 (IBM), DOS (IBM) e NLM (NOVELL) LINUX (Linus Torlvals) , em cerca de US$ 80 bilhões por ano. Adicione-se a isso o também importante mercado de automação de escritório, dominado amplamente pela Microsoft com o MS Office, seguidos por Lotus Notes Dominó (IBM), StarOffice e OpenOffice.org (SUN), bem como outros de menores expressão, mercado esse, que movimenta cifras superiores a US$ 100 bilhões de dolares ao ano. Isso já é suficiente para se ter uma idéia do que estamos falando. Outro advento a isso, foi a entrada no contexto tecnológico do conceito Free Software, ou seja software