Acho que a sua classificação está ok, mas só nota que o CTB diz que a
velocidade máxima nas arteriais é de 60km/h, nas coletoras é 40km/h e
nas locais é 30km/h. Claro que não precisa ser sempre assim (não é um
critério absoluto), mas acredito que seja essa a expectativa dos
órgãos locais ao fazer a classificação (o que não impede que adotem
outras definições/terminologias, e frequentemente adotam).
O problema de usar o número de faixas como critério é que ele
raramente se aplica igualmente a cidades diferentes, isso depende do
projeto de cada cidade. Erechim, no RS, é uma cidade onde quase todas
as ruas são de 4 faixas, esse critério então produziria uma alta
densidade de primárias. Então, a densidade das vias primárias,
secundárias e terciárias variaria muito de uma cidade pra outra, o que
(pelo que entendi até agora) é pouco desejável (e isso indica que o
objetivo principal da classificação é a orientação visual pela malha).
Da mesma forma, há ruas estreitas que são consideradas importantes,
pelo menos por órgãos oficiais (como é o caso do plano diretor de
Porto Alegre).
Eu reclassifiquei Porto Alegre há pouco tempo consertando os erros
da minha classificação anterior, e comecei a esboçar as regras [1]
(primeiro tentei avaliar a relação entre o plano diretor e a realidade
física dessas vias para ver se havia uma correspondência). Primárias e
secundárias aqui acabaram sendo as vias onde se anda a 60km/h (onde
não tem placa, adotei a classificação do plano diretor; onde tinha, o
resultado coincide), e a diferença é se elas vão de um núcleo urbano
até outro ou se se limitam ao mesmo município (falta definir núcleo
urbano; acho que poderiam ser as subprefeituras com sede física, por
uma série de razões). As terciárias são as que começam nas
primárias/secundárias em direção ao interior dos bairros (cuidado
com esse conceito, na Europa essas vias realmente delimitam os
bairros, no Brasil não, por isso eu mudei o conceito para célula
residencial). Elas se distinguem das residenciais por serem ao mesmo
tempo preferenciais, melhores que suas alternativas paralelas (melhor
pavimento, ou mais largas) e por atravessarem longos trechos,
geralmente cruzando a célula de uma ponta à outra, mas nem sempre.
Isso garante uma baixa densidade de terciárias. A idéia é que a
maioria das residenciais se ramificam a partir dessas terciárias,
que elas são portanto as espinhas dorsais dos bairros.
Infelizmente, essa avaliação exige bastante trabalho e ainda é um
tanto subjetiva. Não há trunks por aqui pela classificação atual do
OSM (que a meu ver são vias que pertencem sempre ao sistema viário
intermunicipal).
Também estou tentando (com o tempo que tenho) conseguir a
classificação oficial das principais cidades brasileiras (as capitais)
pra ver esses critérios produziriam um resultado similar, ou se
precisam ser melhorados (meus critérios casam com o plano diretor
daqui, mas podem não casar com outros planos diretores, especialmente
o critério das terciárias). Consegui os de Brasília (bem fácil de
mapear, e aparentemente daria o mesmo resultado), o de BH (que
classifica todas as ruas do centro como arteriais, e portanto
precisaria de alguma definição melhor para diferenciar umas das
outras, mas fora dessa área parece dar o mesmo resultado também), e
soube que São Paulo classifica as vias pela sua estrutura (N1, N2,
N3), o que pode ser um problema. Vou publicar os links assim que tiver
uma lista maior, mas aceito contribuições, quanto mais fontes oficiais
tivermos para comparar, melhor.
[1]
https://wiki.openstreetmap.org/wiki/User:Ftrebien/Drafts/Classifica%C3%A7%C3%A3o_de_vias_em_Porto_Alegre
2015-04-14 13:52 GMT-03:00 Arlindo Pereira openstreet...@arlindopereira.com:
Pra áreas urbanas, a minha opinião é a seguinte:
- motorway: mesmo contexto da área rural, via urbana sem interrupções que
corta parte da cidade, com acessos em alça nas entradas e saídas. Vias de
trânsito rápido do CTB. Exemplos no RJ: Linha Amarela, Linha Vermelha
- trunk: via importante com muitas faixas de rolamento porém com
interrupções. Trânsito quase expresso. Vias arteriais do CTB. Ex: Av.
Presidente Vargas / Av. das Américas
- primary: via com pelo menos 2 faixas de rolamento que corte os bairros.
Vias coletoras do CTB. Ex: Av. Atlântica
- secondary / tertiary: vias com importância menor frente às primaries,
também coletoras. Ex: R. Barata Ribeiro
- residential: Vias locais do CTB.
- unclassified: Vias locais em áreas estritamente não-residenciais.
- living_street: Vias que o pedestre ainda na pista / pistas internas de
condomínios etc.
- service: Ruas de serviço / acesso a estacionamento.
[]s
Arlindo
2015-04-14 12:52 GMT-03:00 Nelson A. de Oliveira nao...@gmail.com:
2015-04-14 12:44 GMT-03:00 belnu...@pop.com.br:
E como fica a classificação de vias dentro das cidades ? Quando se usa
qual
( fora a Residencial , a Não Classificada e de Tipo Compartilhado ) ?
Para as áreas urbanas precisa de uns 6 meses de