[VotoEletronico] RES: RES: brunazo prof rezende
Claro que não não te levo a mal Jefferson. Na verdade, emminha afirmaçãodeveria ter sido mais claro. De qualquer forma, adoro críticas e correções. Como vamos evoluir sem erros? Acredito que apreendemos mais pelos erros que pelos acertos... Quanto a sua inferência está corretíssima. O que queria dizer, é que no "BraZil" nunca houve uma mudança da super-estrutura do poder. ou seja, mudanças significativas nas relações de poder.A democracia no Brasil, seja racial (étnica) ou política continua sendo um mito (minha opnião). Quandousei o termo"sangue", me referi a revoluções em que houvesse alterações significativas nas relações de poder, onde claro, o poder consolidado jamais cede sem derramento de sangue (Vide Revolução Francesa). Tem um livro legal queanalisaa proclamação da república,ambientado no Rio de Janeiro, o título do livro é "Os bestializados" de José Murilo de Carvalho. Muito bom... Em relação ao guerra do Paraguai então..., tenho vergonha em ter como patrono do nosso exército, um cara com o currículo de Caxias... Com certeza se derrama muito sangue na Brasil, mas dos inocentes. Adorei e crítica, e fique a vontade para comentar esse ou quaisquer outros e-mails. Abraços Hever -Mensagem original-De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED]]Em nome de Jefferson AbreuEnviada em: quinta-feira, 8 de agosto de 2002 18:46Para: [EMAIL PROTECTED]Assunto: [VotoEletronico] Re: RES: brunazo prof rezende Companheiro, sinto muito discordar de você quando afirma que: "Sempre fomos um país, em que todos os processos envolvendo a consolidação doEstado moderno, foram feitas sem sangue ." Isto não é verdade, desde os primórdios da "descoberta do Brasil" lá por volta de 1500, houveram séculos de sangue, a Espanha lutou até 1770 contra a Colônia de Portugal nas costas sul do Brasil, foram milhares de lutas, por uns trezentos anos, culminando com a tomada da Ilha de Santa Catarina por mais de 1500 naus espanholas, quando as forças imperiais da Corte fugiram para o Rio abandonando a Ilha, que foi recuperada pela própria "resistência" da populaçãohoje da Ilha, chamada de Florianópolis, em homenagem macabra a Floriano Peixoto que matou covardemente "prisioneiros de guerra" na Ilha, na verdade nativos da Ilha que não eram seus admiradores. Depois vieram as revoltas e lutas, comandadas por Garilbadi, marido de Anita Garibaldi, eles lutaram contra o imperialismo Inglês que dominava a Corte brasileira, chegaram a tomar as costas do Estado de Santa Catarina, que foi um palco de guerras, depois de tomar Laguna, invadiu a Ilha de SC depois foi expulso, fugindo para Lages, onde Anita foi capturada etc, etc... O fato é que Anita e Garibaldi são os responsáveis pela existencia de dois países, Uruguai e Itália. Guerra dos Farrapos. Chacina contra o Paraguai, na famosa Guerra do Paraguai, fianciada pelos Ingleses. Expulsamos do Brasil vários piratas da Império Britânico, piratas Norte Americanos, A luta interiorana contra Espanhóis pelo interior deste imenso Brasil. As conquistas dos Bandeirantes. A expulsão dos Holandeses. Guerra do Contestado, que envolveu, Sta Catarina, Paraná, Argentina, e forças Federais. Canudos, etc, etc... As lutas da guerra fria. Coluna Prestes. Ditadura militar, etc...assassinato de quantos Presidentes? Leia "A Morte Ronda o Palácio", ou algo assim. Sem contar lutas sociais, como a abolição da escravatura, onde fomos a última República a abolir a escravidão, em nehum outro país o sangue dos negros foi tão derramado. SEm contar que tínhamos a amior população de nações indígenas e por400 anos matamos, pagando por pares de orelhas,inclusive mulheres e crianças. Matamos os Jesuítas, por estarem em defesa dos índios, foram lutas e guerras, chacinas. Revolução de 30, etc...Bem, eu poderia citar várias guerras, mas vou citar apenas a guerra que estamos vivendo? A Guerra Social, do crime organizado que se intalou no Poder e por extensão, via impunidade por toda a sociedade. Desde o conlflito na Colômbia, que dura décadas, morreram em torno de 47.000 pessoas. No Brasil, morrem mais de 50.000 assassinados por ano, mais outros tantos vítimas da miésria. Temos 54.000.000 de miseráveis, abaixo da linha da miséria, 80% da população tem renda abaixo de R$600,00 por mês, são considerados os pobres, os outros que ganham R$ 601,00 ou mais saõ o quê? Classe média? Me desculpe Hever, mas sangue derramado no Brasil é o que não falta, somos campeões de derramamento de sangue, infelizmente. Me diga em qual país do Planeta morre mais pessõas assassinadas, tanto pela violência como pela miséria do que no Brasil? Isto se contarmos os dados "oficiais do Governo", que são extremamente "suspeitos". Me diga, porque eu não conheço outro país onde já se derramou tanto sangue? Não caia nesta "campanha corrupta e
[VotoEletronico] Re: [Sintonia] Meninos eu vi (texto - JABOR)
Meus amigos, senhoras e senhores, CRÔNICA DE ARNALDO JABOR = o que a Globo pensa e quer. Jabor é boneco de ventríloquo da chefia do sistema Globo. Não sei se é do Roberto Marinho, que dizem JÁ ESTAR MORTO há algum tempo, o que justificaria o fato dele não tendo mais aparecido em público. Mas Jabor há muito tempo não fala algo que se aproveite, apenas coonesta tudo o que aí está. Portanto, se Arnaldo Jabor gosta, eu acho uma porcaria ! E sou contra, desde criancinha ! Fiquem em Paz. Carlos Tebecherani Haddad - Original Message - From: Elias Haddad To: Undisclosed-Recipient:;@sto.terra.com.br Sent: Friday, August 09, 2002 12:32 AM Subject: En: [Sintonia] " Meninos eu vi" (texto - JABOR) Crônica de Arnaldo Jabor =Meninos, eu vi...Eu vi as empregadas gritando, a cozinheira chorando, o rádio dando anotícia: "Getúlio deu um tiro no peito!"Eu, pequeno, imaginava o peito sangrando - como é que um homem sai dapresidência para o nada?Meninos, eu ouvi, anos depois, no estribo de um bonde:"O Jânio renunciou!"Como? Tomou um porre e foi embora depois de proibir o biquíni, briga de galoe de dar uma medalha para o Che, eu vi a história andando em marcha a ré eeu entendi ali, com o Jânio saindo, que os bons tempos da utopia de JKtinham acabado, que alguma coisa suja e negra estava a caminho como um tremfantasma andando pra trás.Depois, meninos, eu vi o fogo queimar a UNE, onde chegaria o "socialismotropical", em abril de 64, quando fugi pela janela dos fundos, enquanto oGeneral Mourão Filho tomava a cidade, dizendo:"Não sei nada. Sou apenas uma vaca fardada!"Eu vi, meninos, como num pesadelo, a população festejando a vitória dofascismo, com velas na janela e rosários na mão; vi a capa do "O Cruzeiro"com o novo presidente da República de boné verde, baixinho, feio, quem era?Era o Castelo Branco e senti que surgia ali um outro Brasil desconhecido e,aí, eu vi as pedras, os anúncios, os ônibus, os postes, o meio-fio, os pneusdos carros, como um filme de horror; Eu, que vivera até então de palavrasutópicas, estava sendo humilhado pela invasão do terrível mundo das coisasreais.Depois, vi a tristeza dos dias militares, "Brasil ame-o ou deixe-o", aTransamazônica arrombando a floresta,vi o rosto patético de Costa e Silva,a gargalhada da primeira peruaYolanda, mandando o marido fechar o Congresso.Vi e ouvi Jorge Curi na TV, numa noite imunda e ventosa de dezembro lendo oAI-5, o fim de todas as liberdades, a morte espreitando nas esquinas, agente enlouquecendo e fugindo pela rua em câmera lenta,criminosos na própria terra;Depois, vi o rosto terrível do Médici, frio como um vampiro, com sua mulherdo lado, muito magra, infeliz, vi tudo misturado com a Copa do mundo de 70,Pelé, Tostão, Rivelino e porrada, tortura, sangue dos amigos guerrilheirosheróicos e loucos, eu sentindo por eles respeito e desprezo, pela coragem epela burrice de querer vencer o Exército com estilingues;Não vi, mas muitos viram meu amigo Stuart Angel morrendo com a boca no canode descarga de um jipe, dentro de um quartel, na frente dos pelotões,enquanto, em S.Paulo, Herzog era pendurado numa corda e os publicitáriosenchiam o rabo de dinheiro com as migalhas do "milagre" brasileiro, enquantoas cachoeirasde Sete Quedas desapareciam de repente;Depois eu vi os órgãos genitais do General Figueiredo, sobressaindo em suasunguinha preta, ele fazendoginástica, nu, para a nação contemplar, era nauseante ver o presidentepulando a cavalo, truculento, devolvendo o país falido aos paisanos, paranós pagarmos a conta da dívida externa.Vi, as grandes marchas pelas "diretas" e vi, estarrecido, um micróbiochegando para mudar nossa história, um micróbio andando pela rua, degalochas e chapéu, entrando na barriga do Tancredo na hora da posse ematando o homem, diante de nosso desespero.E eu vi então a democracia restaurada pelo bigodão de Sarney, o homem daditadura, de jaquetão, posando de
[VotoEletronico] Re:[Sintonia] Meninos eu vi (texto - JABOR)
Haddad Eu não acredito... Ele fez um flash back da História Política do Brasil somente para elogiar FHC? Que trabalho! Bastaria um simples: Eu te amo FHC! Eu amo a mão invisível do mercado! Eu amo o liberalismo! Eu amo o neoliberalismo! Eu amo o a Terceira via. Sarcasticamente H.C.R (olha meu nome dá uma sigla bonita... vou me canditar a presi...) --- UOL Eleições 2002 - Todos os lances da disputa política http://eleicoes.uol.com.br/ __ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo remetente, e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __
[VotoEletronico] Injunção no STF
O Ministro Carlos Mrio da Silva Velloso, do Supremo Tribunal Federal, relator do processo - Mandado de Injuno - que o PDT deu entrada no STF na ltima quarta-feira, dia 7 de agosto de 2002, pedindo providncias para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) crie normas que garantam que os partidos polticos tero condies de fiscalizar as urnas eletrnica. Especialmente se os programas de informtica que esto sendo mostrados esta semana em Braslia sero os mesmos que inseminaro as 404 mil urnas eletrnicas que a Justia Eleitoral empregar nas eleies gerais de 6 de outubro. O Ministro Velloso, um entusiasta da informatizao da eleio brasileira, autor do prefcio do livro O Voto Informatizado: Legitimidade Democrtica, editado em 1997 pela Empresa das Artes, escrito pelo atual Secretrio de informtica do TSE, Paulo Csar Bhering Camaro, definido pelo prprio Velloso como pai-tcnico da urna eletrnica. A ntegra do prefcio do livro de Camaro, escrito por Velloso: Um pugilo de homens idealistas tornou realidade um sonho; a informatizao do voto, visando concretizao da verdade eleitoral e, em conseqncia, fazer mais legitima a democracia representativa que praticamos. Este livro, que Paulo Csar Bhring Camaro escreveu e tirou a lume, conta a histria desse sonho. Mais de um ano antes da minha posse na presidncia do TSE, Camaro e eu comeamos a conspirar em favor do voto informatizado. Lembro-me de que, numa manha de domingo, num intervalo de partida de tnis, quis saber de Camaro, ele que , reconhecidamente, notvel tcnico em informtica, se seria possvel informatizar o voto. Camaro respondeu-me que sim, acrescentando que tudo possvel fazer com os computadores, desde que sejam eles manejados com tcnica e cientificidade. Dei-lhe cincia, ento, do que planejava: se chegasse presidncia do TSE, e tudo indicava que isto iria ocorrer, pretendia informatizar as eleies, no Brasil. Camaro entusiasmou-se. A partir da, o tema tornou-se obrigatrio em nossas conversas. Passamos, ento, a falar sobre software e hardware, sobre programas de computador e sobre o computador em termos de mquina, porque de pronto compreendemos que deveramos trabalhar no-somente em torno de programas, de software, mas, e sobretudo, em termos de uma mquina de votar que aliasse simplicade, fcil manejo e preo. que, todas as vezes que falava a respeito da informatizao do voto com os meus colegas, da maioria deles, ouvia, invariavelmente, que os eleitores analfabetos e semi-analfabetos no entenderiam a complexidade das teclas dos computadores, e que o elevado preo destes inviabilizaria o projeto. Teramos, ento, de pensar numa maquina barata, simples, de fcil manejo. O tempo passou. No dia 6 de dezembro de 1994, eleito pelos meus colegas, empossei-me no cargo de Presidente do TSE. Propus, ento, no discurso de posse, a realizao de algumas metas, todas orientadas no sentido de tornar mais srias e respeitadas as instituies polticas brasileiras. que sempre estive convencido de que nada mais importante para um povo do que as suas instituies polticas. As reformas polticas devem anteceder s reformas econmicas. No escapa ao observador meticuloso esta realidade: nenhum pais se tornou economicamente forte sem instituies polticas serias e respeitveis. Foi assim nos paises do primeiro mundo. Quando os franceses, em 1958, convocaram De Gaulle para a tarefa de salvar a Frana, fizeram-no na certeza de que ele salvaria, por primeiro, as instituies polticas. E foi o que ocorreu, a comear com a promulgao da Constituio de 1958. O sucesso econmico veio depois. Tambm me convencera de que o Tribunal Superior Eleitoral tem altssima misso no campo do direito poltico e das instituies polticas. Por isso, no discurso de posse na presidncia do TSE, conclamei a sociedade brasileira a refletir sobre cinco temas: a) informatizao do voto, b) a elaborao de uma lei eleitoral que discipline todas as eleies e no apenas uma eleio, assim o cdigo eleitoral atualizado aperfeioado, c) uma reforma partidria, a fim de tornar fortes e respeitados os partidos polticos com a eliminao das legendas de aluguel, d) o voto distrital misto e e) a questo do financiamento das campanhas poltico-eleitorais. Publicistas, cientistas polticos e tcnicos em informtica foram convidados a trabalhar conosco. Constitumos, ento, o que a mdia denominou de comisso de notveis, que se subdividiu em cinco subcomisses temticas: a) a Comisso de Lei Eleitoral Permanente, ou de Cdigo Eleitoral, presidida pelo Ministro Marco Aurlio; b) a Comisso de Reforma Partidria, presidida pelo Ministro Diniz de Andrada. C) a Comisso de Sistemas Eleitorais (voto distrital misto), presidida pelo Ministro Torquato Jardim, d) a Comisso de Informatizao do Voto, presidida pelo Ministro Ilmar Galvo. O Ministro da Justia, prof. Nelson Jobim, associou-se a ns, foi nosso parceiro de idias. As subcomisses temticas produziram excelentes trabalhos, que foram apresentados ao Congresso
[VotoEletronico] Re: [Sintonia] Meninos eu vi (texto - JABOR)
Carlos, Este paragrafo final dele eh insustentavel. Depois de acusar os criticos de quererem destruir a obra mal reconhecida de FH, vem com: Vejo a direita se organizando para cooptar a oposio, comendo-a, vejo um exrcito de oligarcas sepreparando para a vingana, vejo ACM, Barbalhos e Sarneysprontos para tomar o Congresso de assalto, para impedirqualquer mudana e voltar aos bons tempos da zona geral. Meninos, vocs viram tambm, mas acho queesqueceram. Arnaldo Jabor dizendo que os ACM e Sarneys estao ai para evitar mudancas, exatamente o que ele Jabor confessa logo antes estar interssado: nao mudar o caminho FhC. benjamin azevedo 01cc01c23fba$c1021000$53c6fea9@engenharia"> __ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __
[VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Injunção no STF
O Mandado em questão ( abaixo ) Original em : http://www.stf.gov.br/processos/processo.asp?PROCESSO=674CLASSE=MIorigem=JURRECURSO=0TIP_JULGAMENTO=%20 MANDADO DE INJUNÇÃO Nr.674ORIGEM:RJ RELATOR: MIN. CARLOS VELLOSOREDATOR PARA ACÓRDÃO: - IMPTE.: PARTIDO DEMOCRÁTICO TRABALHISTA - PDTADVDOS.: MARIA APARECIDA SILVA DA ROCHA CORTIZIMPDO.: TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL ÚLTIMO ANDAMENTO:07/08/2002 - CONCLUSOS AO RELATOR OBSERVAÇÃO: - Original Message - From: Benjamin Azevedo To: VOTOe Sent: Friday, August 09, 2002 2:07 PM Subject: [VotoEletronico] Injunção no STF O Ministro Carlos Mário da Silva Velloso, do Supremo Tribunal Federal, é relator do processo - Mandado de Injunção - que o PDT deu entrada no STF na última quarta-feira, dia 7 de agosto de 2002, pedindo providências para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) crie normas que garantam que os partidos políticos terão condições de fiscalizar as urnas eletrônica. Especialmente se os programas de informática que estão sendo mostrados esta semana em Brasília serão os mesmos que inseminarão as 404 mil urnas eletrônicas que a Justiça Eleitoral empregará nas eleições gerais de 6 de outubro. O Ministro Velloso, um entusiasta da informatização da eleição brasileira, é autor do prefácio do livro O Voto Informatizado: Legitimidade Democrática, editado em 1997 pela Empresa das Artes, escrito pelo atual Secretário de informática do TSE, Paulo César Bhering Camarão, definido pelo próprio Velloso como pai-técnico da urna eletrônica. A íntegra do prefácio do livro de Camarão, escrito por Velloso: Um pugilo de homens idealistas tornou realidade um sonho; a informatização do voto, visando à concretização da verdade eleitoral e, em conseqüência, fazer mais legitima a democracia representativa que praticamos. Este livro, que Paulo César Bhéring Camarão escreveu e tirou a lume, conta a história desse sonho. Mais de um ano antes da minha posse na presidência do TSE, Camarão e eu começamos a conspirar em favor do voto informatizado. Lembro-me de que, numa manha de domingo, num intervalo de partida de tênis, quis saber de Camarão, ele que é, reconhecidamente, notável técnico em informática, se seria possível informatizar o voto. Camarão respondeu-me que sim, acrescentando que tudo é possível fazer com os computadores, desde que sejam eles manejados com técnica e cientificidade. Dei-lhe ciência, então, do que planejava: se chegasse à presidência do TSE, e tudo indicava que isto iria ocorrer, pretendia informatizar as eleições, no Brasil. Camarão entusiasmou-se. A partir daí, o tema tornou-se obrigatório em nossas conversas. Passamos, então, a falar sobre software e hardware, sobre programas de computador e sobre o computador em termos de máquina, porque de pronto compreendemos que deveríamos trabalhar não-somente em torno de programas, de software, mas, e sobretudo, em termos de uma máquina de votar que aliasse simplicade, fácil manejo e preço. É que, todas as vezes que falava a respeito da informatização do voto com os meus colegas, da maioria deles, ouvia, invariavelmente, que os eleitores analfabetos e semi-analfabetos não entenderiam a complexidade das teclas dos computadores, e que o elevado preço destes inviabilizaria o projeto. Teríamos, então, de pensar numa maquina barata, simples, de fácil manejo. O tempo passou. No dia 6 de dezembro de 1994, eleito pelos meus colegas, empossei-me no cargo de Presidente do TSE. Propus, então, no discurso de posse, a realização de algumas metas, todas orientadas no sentido de tornar mais sérias e respeitadas as instituições políticas brasileiras. É que sempre estive convencido de que nada é mais importante para um povo do que as suas instituições políticas. As reformas políticas devem anteceder Às reformas econômicas. Não escapa ao observador meticuloso esta realidade: nenhum pais se tornou economicamente forte sem instituições políticas serias e respeitáveis. Foi assim nos paises do primeiro mundo. Quando os franceses, em 1958, convocaram De Gaulle para a tarefa de salvar a França, fizeram-no na certeza de que ele salvaria, por primeiro, as instituições políticas. E foi o que ocorreu, a começar com a promulgação da Constituição de 1958. O sucesso econômico veio depois. Também me convencera de que o Tribunal Superior Eleitoral tem altíssima missão no campo do direito político e das instituições políticas. Por isso, no discurso de posse na presidência do TSE, conclamei a sociedade brasileira a refletir sobre cinco temas: a) informatização do voto, b) a elaboração de uma lei eleitoral que discipline todas as eleições e não apenas uma eleição, assim o código eleitoral atualizado é aperfeiçoado, c) uma reforma partidária, a
[VotoEletronico] APCEF/RJ - ASSOCIAÇÃO DO PESSOAL DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Grata surpresa, Dando uma buscada por ai, descobri que no site da APCEF http://www.apcefrj.org.br/index2.htm ha diversas noticas sobre a questao da urna e inclusive uma ata do debate que realizamos no Clube de Engenharia no final do ano passado. Veja o link em http://www.apcefrj.org.br/32-2/grande_risco.htm com transcricao do texto publicado no Jornal do Clube de Engenharia. Se foi obra de algum listeiro, agradeco muito. Hoje estive em solenidade do aniversario do IME e pude expor o problema a diversos colegas ex-alunos, e alguns oficiais generais presentes. A luta continua. Benjamin Azevedo - grande o risco de fraude com urnas eletrnicas Quando nos EUA a confuso dos votos nas eleies presidenciais estava em seu auge, no faltaram comentaristas no Brasil para ridicularizar o atraso americano e celebrar a eficincia do sistema de votao eletrnica adotado por aqui. Foi uma reao precipitada. As urnas eletrnicas usadas no Brasil tm falhas graves. De 40 pases aos quais o Brasil ofereceu o sistema, apenas um, o Paraguai, se disse interessado em adot-lo. Em debate no Clube de Engenharia, os engenheiros Amlcar Brunazo e Benjamin Azevedo, criadores do "Frum do voto Eletrnico", explicaram as fragilidades do sistema adotado no Brasil e expuseram suas proposta para melhor-lo. As idias de Amlcar e Benjamin j atraram a ateno do senador Roberto Requio (PMDB-PR), que luta no congresso para mudar a legislao referente votao eletrnica. Tambm participaram do debate o ex-presidente do Clube de Engenharia, Raymundo de Oliveira, e o Diretor de Atividade Tcnicas, Telmo Lustosa. O presidente do Clube, Renato Almeida, presidiu a mesa. Convidados, os representantes do Tribunal Superior Eleitoral no compareceram. Os problemas da urna O sistema utilizado no Brasil tem trs srios problemas: os votos so registrados somente eletronicamente, uma parte do software utilizado s conhecida pelo TSE e o voto e o ttulo de quem votou so registrados na mesma mquina. "Os problemas so simples de entender e fceis de resolver, mas o TSE faz questo de fingir que no entende", acusa Benjamin. Como qualquer computador, a urna eletrnica funciona com um sistema operacional e aplicativos. Embora a lei determine que todo o software utilizado na urna seja aberto, o TSE s mostra aos partidos os cdigos dos aplicativos: o sistema operacional permanece sigiloso. Nele podem ser escondidos programas que transfiram votos de um candidato para outro. Como ningum alm dos tcnicos do TSE tem ecesso ao cdigo fonte do sistema operacional, a palavra deles a nica garantia de que o sistema "est limpo". Benjamin alertou tambm para uma mudana no projeto original da urna eletrnica, que suprimiu a impresso dos votos. No projeto original, utilizado em 1996, o voto era registrado de duas maneiras: eletronicamente e no papel. Os votos em papel eram recolhidos e podiam ser utilizados para confrontar os resultados da votao eletrnica. Segundo Benjamin, "hoje em dia no faz sentido um pedido de recontagem, porque no h o que recontar". Os problemas no param a. Ao liberar a urna eletrnica para receber um voto, o mesrio digita em um teclado o nmero do ttulo do eleitor que vai votar. Este teclado est ligado urna, que recebe o nmero do ttulo e em seguida registra o voto. Portanto possvel descobrir como votou cada eleitor. " como carimbar o nmero do seu ttulo na cdula onde voc vai votar". Critica Benjamin. A Constituio clara: as urnas utilizadas nas eleies no podem possibilitar a identificao dos votos. Quando foi votar em 1996, Amlcar Brunazo percebeu o fio ligando o teclado do mesrio urna de votao. Ao protestar, recebeu a seguinte resposta de um mesrio: "No, no se preocupe que seu voto no vai ser identificado, eu garanto." Nada prova que os votos estejam sendo identificados, mas certamente a promessa de um mesrio no garantia suficiente. Brunazo voltou para casa revoltado e resolveu ali que era preciso divulgar os problemas da urna eletrnica. Concentrao de poder Brunazo e Benjamin j alertaram diversas vezes o TSE sobre esses problemas, mas, segundo eles, os representantes do TSE fazem questo de ignorar qualquer crtica feita ao sistema. O problema que o TSE controla tudo no que se refere votao eletrnica. Como a legislao referente a esse assunto muito breve, toda a regulamentao feita de resolues do TSE. Quem decide se as resolues sero executadas o prprio TSE. Se algum pedir uma recontagem de votos, quem julga o mrito da ao o TSE. O Tribunal tem poder para legislar, executar e julgar. Isso cria situaes
[VotoEletronico] RES: [Sintonia] Meninos eu vi (texto - JABOR)
Com toda a razão aqueles que não suportam Jabor. PREPOTENTE é sua melhor definição. De acordo com a frase: Portanto, se Arnaldo Jabor gosta, eu acho uma porcaria !E sou contra, desde criancinha ! Abraços e continuemos lutando. Carolina Afonso -Mensagem original- De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED]] Em nome de Carlos Tebecherani Haddad Enviada em: sexta-feira, 9 de agosto de 2002 12:38 Para: Undisclosed-Recipient:;@sto.terra.com.br Elias Haddad Assunto: [VotoEletronico] Re: [Sintonia] Meninos eu vi (texto - JABOR) Meus amigos, senhoras e senhores, CRÔNICA DE ARNALDO JABOR = o que a Globo pensa e quer. Jabor é boneco de ventríloquo da chefia do sistema Globo. Não sei se é do Roberto Marinho, que dizem JÁ ESTAR MORTO há algum tempo, o que justificaria o fato dele não tendo mais aparecido em público. Mas Jabor há muito tempo não fala algo que se aproveite, apenas coonesta tudo o que aí está. Portanto, se Arnaldo Jabor gosta, eu acho uma porcaria ! E sou contra, desde criancinha ! Fiquem em Paz. Carlos Tebecherani Haddad - Original Message - From: Elias Haddad To: Undisclosed-Recipient:;@sto.terra.com.br Sent: Friday, August 09, 2002 12:32 AM Subject: En: [Sintonia] Meninos eu vi (texto - JABOR) Crônica de Arnaldo Jabor = Meninos, eu vi... Eu vi as empregadas gritando, a cozinheira chorando, o rádio dando a notícia: Getúlio deu um tiro no peito! Eu, pequeno, imaginava o peito sangrando - como é que um homem sai da presidência para o nada? Meninos, eu ouvi, anos depois, no estribo de um bonde: O Jânio renunciou! Como? Tomou um porre e foi embora depois de proibir o biquíni, briga de galo e de dar uma medalha para o Che, eu vi a história andando em marcha a ré e eu entendi ali, com o Jânio saindo, que os bons tempos da utopia de JK tinham acabado, que alguma coisa suja e negra estava a caminho como um trem fantasma andando pra trás. Depois, meninos, eu vi o fogo queimar a UNE, onde chegaria o socialismo tropical, em abril de 64, quando fugi pela janela dos fundos, enquanto o General Mourão Filho tomava a cidade, dizendo: Não sei nada. Sou apenas uma vaca fardada! Eu vi, meninos, como num pesadelo, a população festejando a vitória do fascismo, com velas na janela e rosários na mão; vi a capa do O Cruzeiro com o novo presidente da República de boné verde, baixinho, feio, quem era? Era o Castelo Branco e senti que surgia ali um outro Brasil desconhecido e, aí, eu vi as pedras, os anúncios, os ônibus, os postes, o meio-fio, os pneus dos carros, como um filme de horror; Eu, que vivera até então de palavras utópicas, estava sendo humilhado pela invasão do terrível mundo das coisas reais. Depois, vi a tristeza dos dias militares, Brasil ame-o ou deixe-o, a Transamazônica arrombando a floresta, vi o rosto patético de Costa e Silva,a gargalhada da primeira perua Yolanda, mandando o marido fechar o Congresso. Vi e ouvi Jorge Curi na TV, numa noite imunda e ventosa de dezembro lendo o AI-5, o fim de todas as liberdades, a morte espreitando nas esquinas, a gente enlouquecendo e fugindo pela rua em câmera lenta, criminosos na própria terra; Depois, vi o rosto terrível do Médici, frio como um vampiro, com sua mulher do lado, muito magra, infeliz, vi tudo misturado com a Copa do mundo de 70, Pelé, Tostão, Rivelino e porrada, tortura, sangue dos amigos guerrilheiros heróicos e loucos, eu sentindo por eles respeito e desprezo, pela coragem e pela burrice de querer vencer o Exército com estilingues; Não vi, mas muitos viram meu amigo Stuart Angel morrendo com a boca no cano de descarga de um jipe, dentro de um quartel, na frente dos pelotões, enquanto, em S.Paulo, Herzog era pendurado numa corda e os publicitários enchiam o rabo de dinheiro com as migalhas do milagre brasileiro, enquanto as cachoeiras de Sete Quedas desapareciam de repente; Depois eu vi os órgãos genitais do General Figueiredo, sobressaindo em sua sunguinha preta, ele fazendo ginástica, nu, para a nação contemplar, era nauseante ver o presidente pulando a cavalo, truculento, devolvendo o país falido aos paisanos, para nós pagarmos a conta da dívida externa. Vi, as grandes marchas pelas diretas e vi, estarrecido, um micróbio chegando para mudar nossa história, um micróbio andando pela rua, de galochas e chapéu, entrando na barriga do Tancredo na hora da posse e matando o homem, diante de nosso desespero. E eu vi então a democracia
[VotoEletronico] Programadores, programadores ...
Pessoal, A cerimonia de conclusao do exame dos fontes no TSE esta dando chabu. Marcada para 14h, passou para 18h. Fizeram o discurso de encerramento, assinou-se termo, e ficou faltando a compilacao e geracao do executavel. Pois bem, o dia acabou. A imprensa foi embora. Nao sei se estao fazendo hora para os fiscais desistirem e virem embora, afinal estao acabando as mudas de roupa, as passagens estao marcadas, e todos tem seus compromissos. Ja sao 01h da manha, e o trabalho continua, com todo mundo la exausto e nao se consegue chegar ao resultado. Parece que esta dando erro, o que eh natural. Chama-se de resultado em executavel com uma assinatura conferivel (hashing) par que se possa ver depois se o mesmo. Nao se pense que isto ganrante muito, pois o exame desta semana nao conseguria cobrir com a necessaria profundidade a totalidade da programacao. E as falhas de projeto, aberracoes incluidas nestas programacao e que continuam ai, nao fazem parte das mudancas aceitaveis neste workshop. Ou seja, o programa que foi examinado ainda: - pede a digitacao do numero do titulo do eleitor - nao imprime o voto em todas as secoes E alem do programa, permanecem os problemas de: - garantir que irao divulgar de forma efetiva os resultados por secao (teria que ter consulta direta a resultado detalhado de uma secao e download dos resultados de todas as secoes de uma zona, estado ou pais em formato de facil manipulacao xls/csv, etc) - tratamento diferenciado nas secoes com impressao, concebido para tentar desmoralizar a impressao, ja com a (ma) intencao de conseguir retira-la da lei antes de 2004. Um dos bodes eh a votacao em separado. - o tal sorteio de vespera, forte evidencia de ma fe Nao teremos recontagem, a auditoria aleatoria sera feita em urnas pre-escolhidas, o eleitor sera identificado na urna, a fiscalizacao ainda nao sabe se/como podera conferir os BUs durante a apuracao, e mesmo a verificacao do programa via hash nao esta detalhada a ponto de poder ser comentada. Mas os release irao desconhecer tudo isto e dizer que foi tudo bem, ok e no horario, que foi possivel examinar tudo da programacao, e que nao ha nenhum problema, muito menos estes ai que recapitulei. Se um programador fecha um programa hoje a 1h da manha, acho uma temeridade que, sem maiores testes, se faca a compilacao final e diga-se que este sera o programa usado em 6/out. Sera esta a metodologia usado pelos desenvolvedores da urna? Homologacao em campo, no dia da eleicao? Benjamin Azevedo __ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo remetente, e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __
[VotoEletronico] Re: RES: [Sintonia] Meninos eu vi (texto -JABOR)
On Sat, 2002-08-10 at 00:42, Eduardo Afonso wrote: Com toda a razão aqueles que não suportam Jabor. PREPOTENTE é sua melhor definição. De acordo com a frase: Portanto, se Arnaldo Jabor gosta, eu acho uma porcaria ! E sou contra, desde criancinha ! Abraços e continuemos lutando. Carolina Afonso Olá pessoal estou aqui retornando ao fórum, depois de um longo período de aprendizado no Linux, mas falando do Jabor, acho que ser metralhadora giratória é facil, o difícil é abraçar uma causa estudá-la, e preparar as armas para tiros certeiros. Neliton Streppel __ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo remetente, e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __