[VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa
At 22:55 20/10/04, Francisco wrote: Há uma questão que precede todas e que tomei conhecimento hoje na palestra de Pedro Rezende aqui na Bahia. De onde veio o dinheiro para financiar o sistema da urna? F.Santana. Esta questao foi colocada ao prof. Pedro Rezende e a mim pelo prof. David Shaum quanto esteve no Brasil para dar palestras na UnB, na Unicamp e no ITA em 2003. O David sugeriu seguirmos o dinheiro, para descobrir quais os interesses envolvidos. No livro do Paulo Camarão, secretário do TSE, se fala em financiamento pelo BID de 50% da verba necessária para implantação do sistema de voto eletrônico entre 1996 e 2000. A verba era estimada em mais de 500 milhões de Dólares e no final superou este valor. Naquela época, o segundo mandato do FHC, o governo estava cortanto todos os investimentos internos em infra-estrutura, para se adaptar as exigências do BID/FMI. Foram sucateadas as empresas governamentais e foram minimizados os investimentos em produção de energia, em prospecção de petróleo, em construção de estradas, em pesquisas de ponta que poderiam provocar um futuro desenvolvimento e retorno do investimento. Mas, neste mesmo periodo, se gastou uma enormidade para implantar toda a infraestrutura necessária fazer funcionar 450 mil urnas eletrônicas. E é um investimento que não produz retorno comercial (lembrem a recente nota do presidente do TSE dizendo que o TSE não exporta suas urnas, apenas a empresta através da OEA aos países que as solicitarem). O David Shaum procurou nos bancos de dados do BID e não encontrou esta verba destinada ao Brasil. Se o governo brasileiro não tinha o dinheiro e o BID não o forneceu, de onde o dinheiro veio? Logo em seguida surgiu a denúncia daquele espião americano (português de nascença) sobre o financiamento direto do governo americano (financiamento fechado, a fundo perdido) a órgãos governamentais brasileiros . Ficou a dúvida se esta não seria a via de financiamento do sistema brasileiro de votar sem conferência da apuração. É o Brasil servindo de cobaia para ver se um sistema sem auditabilidade seria aceito sem reclamação pela sociedade. E, fora o exército de brancaleone aqui no Fórum do Voto-e, o resto dos brasileiros aceitaram docilmente o sistema eleitoral do 1º mundo, sem auditabilidade, que nos impuseram Quem financiou isto? É a pergunta do Pedro Rezende. [ ]s Eng. Amilcar Brunazo Filho - Santos, SP SE A URNA NÃO IMPRIMIR, SEU VOTO PODE SUMIR! SEI EM QUEM VOTEI, ELES TAMBÉM, MAS SÓ ELES SABEM QUEM RECEBEU MEU VOTO. Assine o manifesto pela segurança e transparência do voto eletrônico em: http://www.votoseguro.com/alertaprofessores Fórum do Voto-E - http://www.votoseguro.org __ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo remetente, e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __
[VotoEletronico] RES: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa
Estimado Colega Amilcar Brunazo Filho, Falta ainda indentificar de onde vem a verba para massificar a idéia na população brasileira de que as Urnas Eletrônicas Atuais são totalmente confiáveis. Com certeza, esta veiculação nacional não está saindo de graça. POR UMA URNA ELETRÔNICA REALMENTE SEGURA, subscrevo-me Atenciosamente, Leamartine Pinheiro de Souza Rua Conde de Baependi 78, Ap 1310, Flamengo 22231-140 Rio de Janeiro, RJ http://www.LeamartineP.Souza.nom.br [EMAIL PROTECTED] Tel.: 21 2558-9814 -Mensagem original- De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED] Em nome de Amilcar Brunazo Filho Enviada em: quinta-feira, 21 de outubro de 2004 09:36 Para: [EMAIL PROTECTED] Cc: Pedro Antonio Dourado de Rezende; Aldo Novak Assunto: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa At 22:55 20/10/04, Francisco wrote: Há uma questão que precede todas e que tomei conhecimento hoje na palestra de Pedro Rezende aqui na Bahia. De onde veio o dinheiro para financiar o sistema da urna? F.Santana. Esta questao foi colocada ao prof. Pedro Rezende e a mim pelo prof. David Shaum quanto esteve no Brasil para dar palestras na UnB, na Unicamp e no ITA em 2003. O David sugeriu seguirmos o dinheiro, para descobrir quais os interesses envolvidos. No livro do Paulo Camarão, secretário do TSE, se fala em financiamento pelo BID de 50% da verba necessária para implantação do sistema de voto eletrônico entre 1996 e 2000. A verba era estimada em mais de 500 milhões de Dólares e no final superou este valor. Naquela época, o segundo mandato do FHC, o governo estava cortanto todos os investimentos internos em infra-estrutura, para se adaptar as exigências do BID/FMI. Foram sucateadas as empresas governamentais e foram minimizados os investimentos em produção de energia, em prospecção de petróleo, em construção de estradas, em pesquisas de ponta que poderiam provocar um futuro desenvolvimento e retorno do investimento. Mas, neste mesmo periodo, se gastou uma enormidade para implantar toda a infraestrutura necessária fazer funcionar 450 mil urnas eletrônicas. E é um investimento que não produz retorno comercial (lembrem a recente nota do presidente do TSE dizendo que o TSE não exporta suas urnas, apenas a empresta através da OEA aos países que as solicitarem). O David Shaum procurou nos bancos de dados do BID e não encontrou esta verba destinada ao Brasil. Se o governo brasileiro não tinha o dinheiro e o BID não o forneceu, de onde o dinheiro veio? Logo em seguida surgiu a denúncia daquele espião americano (português de nascença) sobre o financiamento direto do governo americano (financiamento fechado, a fundo perdido) a órgãos governamentais brasileiros . Ficou a dúvida se esta não seria a via de financiamento do sistema brasileiro de votar sem conferência da apuração. É o Brasil servindo de cobaia para ver se um sistema sem auditabilidade seria aceito sem reclamação pela sociedade. E, fora o exército de brancaleone aqui no Fórum do Voto-e, o resto dos brasileiros aceitaram docilmente o sistema eleitoral do 1º mundo, sem auditabilidade, que nos impuseram Quem financiou isto? É a pergunta do Pedro Rezende. [ ]s Eng. Amilcar Brunazo Filho - Santos, SP SE A URNA NÃO IMPRIMIR, SEU VOTO PODE SUMIR! SEI EM QUEM VOTEI, ELES TAMBÉM, MAS SÓ ELES SABEM QUEM RECEBEU MEU VOTO. Assine o manifesto pela segurança e transparência do voto eletrônico em: http://www.votoseguro.com/alertaprofessores Fórum do Voto-E - http://www.votoseguro.org __ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo remetente, e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __ __ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo remetente, e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __
[VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa
Olá, Eu posso ajudar na elaboração desse FAQ. ;-)) Minha sugestão é que o FAQ trabalhe com dois tipos de questões: - Questões técnicas sobre o funcionamento da urna; - Questões sobre as leis que foram aprovadas e prejudicam os pontos técnicos. Em ambos os casos, o foco é atingir um público mais técnico que posso ler o FAQ e tirar algumas conclusões básicas sobre nossa urna eletrônica. O que vocês acham ? On Tue, 19 Oct 2004 16:29:58 -0200 (BRST), [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED] wrote: Prezado Fernando Em 13/10/04 escrevi a mensagem abaixo (está no Arquivo do Fórum). Também senti falta de respostas mais específicas para profissionais da área. É assustadora a passividade de colegas informatas; parece que têm preguiça de pensar por conta própria. Precisamos dar-lhes o fio da meada. Muitos tenho conquistado (veja quantos colegas da USP assinaram o apoio ao Manifesto), mas o universo a conquistar é enorme. O Eng. Benjamin, pessoa gabaritada para uma tarefa dessa importância, respondeu que não poderia coordenar a elaboração de um manual (poderia ser de perguntas e respostas mais freqüentes, com as críticas às cerimônias inócuas do TSE, mostrando os furos do sistema sob o ponto de vista da segurança de dados). Acho prioritário 'capturar corações e mentes das pessoas consideradas pela mídia como as que 'entendem' do assunto, isto é, os profissionais de informática', e um manual de Principais Perguntas e Respostas (um PPR? - FAQ, para os gringos) seria de grande valia para isso. Alguém com conhecimento da área poderia coordenar o trabalho? Muita coisa já está escrita no Arquivo do Fórum (www.votoseguro.org , em Fórum, Ler mensagens, Date index), em mensagens do Benjamin, Amilcar, Chadel, Márcio. Reitero meu oferecimento de ajudar na redação e nas revisões. Depois, colocando na lista do voto-e e na Civilis, ficaria aberto às críticas e sugestões. Walter Del Picchia - Escola Politécnica da Universidade de S.Paulo Fernando Lima escreveu Olá, Existe uma questão interessante sobre o sistema de votação eletrônica no Brasil que talvez não tenha sido discutido nessa lista. Desde que eu começei a ler sobre a insegurança de nossas urnas e entender dos porques, passei a conversar sobre o problema com meus colegas de trabalho e amigos que como eu trabalham com tecnologia de Informação (Popularmente conhecido como informática). Meus amigos são analistas de sistemas, administradores de rede, banco de dados etc... acostumados a trabalharem em grandes sistemas e com alguma experiência em segurança da informação. Posso dizer que não são leigos em tecnologia entendendo suas vantagens e desvantagens. Mas, curiosamente, 99 % deles não consideravam o sistema de votação eletrônico brasileiro inseguro. Em conversas com eles, quase todos consideravam nossa solução excelente porque acabou com a fraude do processo manual. Nenhum deles parou para pensar nas diferenças entre os sistemas que eles trabalham e o sistema de votação eletrônica que, como sabemos, possuí características únicas que dificultam a auditoria da informação. No meu entendimento, acho que que precisamos capturar corações e mentes das pessoas consideradas pela mídia como as que entendem do assunto, isto é, os profissionais de informática. Se um jornalista prentende fazer uma reportagem sobre urnas eletrônicas e todas as suas fontes (amigos e colegas) que trabalham com informática disserem que a urna é segura, não vai ser um desconhecido, por mais qualificado que seja, que irá mudar sua visão. O que vocês acham ? == Walter Del Picchia escreveu em 13/10/2004 (Comentários/Sugestão): . Tenho tido várias objeções e solicitações de esclarecimento de cunho mais técnico, como a de alguns que escreveram comentários. Talvez agora eu possa me fazer entender melhor do que quando, há dias, sugeri ao Benjamim a escrita de esclarecimentos técnicos, em linguagem simples mas precisa. Ele citou o seu discurso no Seminário de Brasília; eu já ouvira sua ótima palestra e já lera no Livro Burla Eletrônica. Pois li de novo e vi que não era isso que eu estava querendo. O que está lá e nas Nossas Posições no sítio do Fórum, é um resumo um tanto vago, válido para um início de conversa (o mesmo vale para o Alerta). Não serve para satisfazer um público alvo mais exigente - como engenheiros colegas meus, colegas da Eneida, pessoas da Perícia Forense e outros que tenho encontrado (profissionais em Processamento de Dados). O que eu sugeri é responder de modo mais analítico e preciso às objeções. Algumas perguntas e respostas eu tenho lido (escritas pelo Amilcar, pelo Chadel, pelo Benjamin). Teríamos que explicar aos mal-informados, o mais resumido possível, os defeitos da votação paralela, da inseminação das urnas, do teste
[VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa
Olá, Gostaria de desenvolver um pouco mais meu raciocínio quanto a ignorância dos profissionais de TI quando confrontados com as urnas eletrônicas. A cerca de duas semanas atrás conversei com dois colegas sobre nossa votação eletrônica. Um deles, um analista de sistema com anos de experiênica na área. O outro, um engenheiro de rede que participou na montagem do ambiente do TRE para recepção dos votos nessa eleição. Ambos, em princípio, concordavam que nossa votação eletrônica é segura. Note que o posicionamento deles não tem nada ver como preferências políticas ou interesses pessoais. Simplesmente pelo feeling e pela experiência com TI que eles possuem, eles acreditam que a urna eletrônica é essencialmente segura. Na minha opinião eles não são excessão, são a regra. Em participo de listas de discussão sobre Segurança da Informação onde eu tive o mesmo problema quando levantei a questão da insegurança das urnas eletrônicas. Pela percepção que eles tinham as urnas eletrônicas pareciam muito mais segura que o processo manual. No meu entender a omissão dessa massa de desconhecidos é o que fornece sustentação para o atual modelo de votação eletrônica. São eles que quando confrontados com a segurança da urna eletrônica dizem algo do tipo Claro que a urna eletrônica é muito melhor que a votação manual. O computador é muito mais confiável que um monte de pessoas contando votos. Eu acredito que esse grupo forma um tipo de suporte técnico confiável e independente para o modelo atual de votação. Por esta razão, acredito que um caminho para mudarmos a situação é esclarecer estes profissionais. São eles que podem minar a confiança cega que a população brasileira depositou nas urnas eletrônicas. Obrigado. On Tue, 19 Oct 2004 22:33:59 -0200, Luiz [EMAIL PROTECTED] wrote: Prezado Fernando. No fundo, no fundo, conscientemente ou não, esse problema que V. cita, de experts de áreas técnicas em geral e/ou informática que não atinam (ou dizem que não atinam) para a gravidade das atuais possibilidades e não se mexem, na linha do não é comigo, não é problema meu, parece-me que possa ter explicação parcial com aquela famosa tese de marcar território, muito presente no reino animal, por exemplo gatos e cachorros, que delimitam seu espaço com seus cheirosos e espantadores xixis... Muitos dos que poderiam endossar tudo o que falamos e aumentar as pressões na medida de suas capacidades próprias, podem estar-se omitindo por verem ameaçados os seus territórios profissionais. Nessas quadras graves que atravessamos, convenha, é, de fato, muito melindroso. Ameaças diretas ou indiretas e, pelo menos por enquanto, apenas profissionais. Muitos deles, em empresas interessadas direta ou indiretamente, não se mexem porque, já imaginou se se convier que isso não é mesmo seguro? Vai passar uma insegurança geral e eu posso me prejudicar. Que que eu vou fazer depois, vender amendoim na praça? E se a minha empresa perder esse contrato, com minha ajuda ? Eu é que vou para a rua... Esse tipo de atitude ficou-me bem claro no dia em que apresentei o site do votoseguro, o manifesto, um monte de artigos e livros que tenho a respeito a um amigo que trabalha na USP (!) daqui. Pois foi exatamente esse o raciocínio que ele empregou, verdadeiro ou não. A princípio e a meio, concordou com tudo, mesmo sem grande entusiasmo. No final, quando pressionei para que assinasse o manifesto, recuou direto: Concordo com tudo que vi e li. Mas só na teoria, na essência da coisa, não participo pessoalmente, não assino nada... Porque se um superior meu vir que assinei e ele não compartilhar da idéia, ou até por outros motivos quiser me ferrar, isso vai ser uma arma na mão dele. Vou sofrer perseguições como ocorreu com Fulano de Tal ou Cicrano, por muito menos disso aí. E se eu perder a minha colocação, que que eu faço ? Experiência viva, vivida, vívida e chorada. De alguns meses atrás. Conclusão: consertar mesmo pode incomodar muita gente. Muitas mais do que a princípio podemos imaginar. Mas explicita um pouco da nossa dificuldade em corrigir o que está errado. Mesmo sabendo todos, como sabemos, que há muita coisa escancaradamente errada. Cordioli - Original Message - From: Fernando Lima [EMAIL PROTECTED] To: [EMAIL PROTECTED] Sent: Tuesday, October 19, 2004 2:50 PM Subject: [VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa Olá, Existe uma questão interessante sobre o sistema de votação eletrônica no Brasil que talvez não tenha sido discutido nessa lista. Desde que eu começei a ler sobre a insegurança de nossas urnas e entender dos porques, passei a conversar sobre o problema com meus colegas de trabalho e amigos que como eu trabalham com tecnologia de Informação (Popularmente conhecido como informática). Meus amigos são analistas de sistemas, administradores de rede, banco de dados etc... acostumados a trabalharem em grandes sistemas e com
[VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa
Há uma questão que precede todas e que tomei conhecimento hoje na palestra de Pedro Resende aqui na Bahia. De onde veio o dinheiro para financiar o sistema da urna? F.Santana. - Original Message - From: Fernando Lima [EMAIL PROTECTED] To: [EMAIL PROTECTED] Sent: Wednesday, October 20, 2004 2:36 PM Subject: [VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa Olá, Eu posso ajudar na elaboração desse FAQ. ;-)) Minha sugestão é que o FAQ trabalhe com dois tipos de questões: - Questões técnicas sobre o funcionamento da urna; - Questões sobre as leis que foram aprovadas e prejudicam os pontos técnicos. Em ambos os casos, o foco é atingir um público mais técnico que posso ler o FAQ e tirar algumas conclusões básicas sobre nossa urna eletrônica. O que vocês acham ? On Tue, 19 Oct 2004 16:29:58 -0200 (BRST), [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED] wrote: Prezado Fernando Em 13/10/04 escrevi a mensagem abaixo (está no Arquivo do Fórum). Também senti falta de respostas mais específicas para profissionais da área. É assustadora a passividade de colegas informatas; parece que têm preguiça de pensar por conta própria. Precisamos dar-lhes o fio da meada. Muitos tenho conquistado (veja quantos colegas da USP assinaram o apoio ao Manifesto), mas o universo a conquistar é enorme. O Eng. Benjamin, pessoa gabaritada para uma tarefa dessa importância, respondeu que não poderia coordenar a elaboração de um manual (poderia ser de perguntas e respostas mais freqüentes, com as críticas às cerimônias inócuas do TSE, mostrando os furos do sistema sob o ponto de vista da segurança de dados). Acho prioritário 'capturar corações e mentes das pessoas consideradas pela mídia como as que 'entendem' do assunto, isto é, os profissionais de informática', e um manual de Principais Perguntas e Respostas (um PPR? - FAQ, para os gringos) seria de grande valia para isso. Alguém com conhecimento da área poderia coordenar o trabalho? Muita coisa já está escrita no Arquivo do Fórum (www.votoseguro.org , em Fórum, Ler mensagens, Date index), em mensagens do Benjamin, Amilcar, Chadel, Márcio. Reitero meu oferecimento de ajudar na redação e nas revisões. Depois, colocando na lista do voto-e e na Civilis, ficaria aberto às críticas e sugestões. Walter Del Picchia - Escola Politécnica da Universidade de S.Paulo Fernando Lima escreveu Olá, Existe uma questão interessante sobre o sistema de votação eletrônica no Brasil que talvez não tenha sido discutido nessa lista. Desde que eu começei a ler sobre a insegurança de nossas urnas e entender dos porques, passei a conversar sobre o problema com meus colegas de trabalho e amigos que como eu trabalham com tecnologia de Informação (Popularmente conhecido como informática). Meus amigos são analistas de sistemas, administradores de rede, banco de dados etc... acostumados a trabalharem em grandes sistemas e com alguma experiência em segurança da informação. Posso dizer que não são leigos em tecnologia entendendo suas vantagens e desvantagens. Mas, curiosamente, 99 % deles não consideravam o sistema de votação eletrônico brasileiro inseguro. Em conversas com eles, quase todos consideravam nossa solução excelente porque acabou com a fraude do processo manual. Nenhum deles parou para pensar nas diferenças entre os sistemas que eles trabalham e o sistema de votação eletrônica que, como sabemos, possuí características únicas que dificultam a auditoria da informação. No meu entendimento, acho que que precisamos capturar corações e mentes das pessoas consideradas pela mídia como as que entendem do assunto, isto é, os profissionais de informática. Se um jornalista prentende fazer uma reportagem sobre urnas eletrônicas e todas as suas fontes (amigos e colegas) que trabalham com informática disserem que a urna é segura, não vai ser um desconhecido, por mais qualificado que seja, que irá mudar sua visão. O que vocês acham ? == Walter Del Picchia escreveu em 13/10/2004 (Comentários/Sugestão): . Tenho tido várias objeções e solicitações de esclarecimento de cunho mais técnico, como a de alguns que escreveram comentários. Talvez agora eu possa me fazer entender melhor do que quando, há dias, sugeri ao Benjamim a escrita de esclarecimentos técnicos, em linguagem simples mas precisa. Ele citou o seu discurso no Seminário de Brasília; eu já ouvira sua ótima palestra e já lera no Livro Burla Eletrônica. Pois li de novo e vi que não era isso que eu estava querendo. O que está lá e nas Nossas Posições no sítio do Fórum, é um resumo um tanto vago, válido para um início de conversa (o mesmo vale para o Alerta). Não serve para satisfazer um público alvo mais exigente - como engenheiros colegas meus, colegas da Eneida, pessoas da Perícia Forense e outros que tenho encontrado (profissionais em Processamento de Dados). O que eu sugeri é
[VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa
Olá, Existe uma questão interessante sobre o sistema de votação eletrônica no Brasil que talvez não tenha sido discutido nessa lista. Desde que eu começei a ler sobre a insegurança de nossas urnas e entender dos porques, passei a conversar sobre o problema com meus colegas de trabalho e amigos que como eu trabalham com tecnologia de Informação (Popularmente conhecido como informática). Meus amigos são analistas de sistemas, administradores de rede, banco de dados etc... acostumados a trabalharem em grandes sistemas e com alguma experiência em segurança da informação. Posso dizer que não são leigos em tecnologia entendendo suas vantagens e desvantagens. Mas, curiosamente, 99 % deles não consideravam o sistema de votação eletrônico brasileiro inseguro. Em conversas com eles, quase todos consideravam nossa solução excelente porque acabou com a fraude do processo manual. Nenhum deles parou para pensar nas diferenças entre os sistemas que eles trabalham e o sistema de votação eletrônica que, como sabemos, possuí características únicas que dificultam a auditoria da informação. No meu entendimento, acho que que precisamos capturar corações e mentes das pessoas consideradas pela mídia como as que entendem do assunto, isto é, os profissionais de informática. Se um jornalista prentende fazer uma reportagem sobre urnas eletrônicas e todas as suas fontes (amigos e colegas) que trabalham com informática disserem que a urna é segura, não vai ser um desconhecido, por mais qualificado que seja, que irá mudar sua visão. O que vocês acham ? On Mon, 18 Oct 2004 19:22:16 -0200, Amilcar Brunazo Filho [EMAIL PROTECTED] wrote: Olá, Enviei as seguintes respostas aos comentários que foram colocados na página do Relatório Alfa Amilcar Resposta 1: ao comentário do Vicent Acho que é muito grave quando um funcionário da empresa fabricante das urnas-e brasileiras comparece para desinformar o eleitor. O Vicent está totalmente equivocado pois: - O Sistema VirtuOS é usado apenas nas urnas-e modelo 1998 e 2000 (ambas fornacidas pela Diebold/Procomp) Nas urnas modelo 2002 (da Unisys) e 2004 (da Diebold/Procomp) se utiliza o sistema Windows CE. - O VirtuOS NÂO FOI desenvolvido pela Procomp, coisa nenhuma. Foi desenvolvido e é de propriedade da MICROBASE. O código-fonte do VirtuOS, que está em umas 300 mil urnas, NUNCA FOI ABERTO para exame ou conferência dos partidos políticos. Ou seja, nas urnas-e, há código fechado. - Nos EUA, neste ano, 1/3 do eleitorado votará em máquinas eletrônicas de votar. A Própria Diebold, empresa do Vicent, é uma das maiores fornecedoras de urnas-e nos EUA. Em 10 Estados americanos, urnas-e como a brasileira que não imprimem o voto para conferência do eleitor, está ou estará proibida até 2006. - Foi exatamente por causa de afirmações mentirosas dadas por seus funcionários, como as que o Vicent afirmou aqui, que a Diebold foi BANIDA como fornecedora de urnas-e no Estado da Califórnia em março de 2004 e está sendo processada. Parece que o costume de mentir da matriz americana, chegou a filial brasileira. -- Resposta 2: comentários em geral O Vicent, para defender as urnas inauditáveis brasileiras recorre a mentiras (como está descrito na minha resposta ao seu primeiro comentário). O Vinícius recorre a argumentos absolutamente equivocados. Dizer que os fiscais conferem os votos! Que bobagem! Conferir o que com o que, se não há os votos conferidos por cada eleitor para servir de base de recontagem? A Zérésima não prova absolutamente nada. É facílimo fazer um programa que imprime a zerésima e depois desvia votos. Neste ano, o PT e o PDT solitaram permissão ao TSE para fazerem testes de resistência a ataques nos esquenas de segurança das urnas-e. O TSE não permitiu que os testes fossem feitos, mas esconde esta proibição do público. Como se pode afirmar que o sistema não pode ser fraudado se não se permite a ninguém testá-los? __ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo remetente, e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __
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Prezado Fernando Em 13/10/04 escrevi a mensagem abaixo (está no Arquivo do Fórum). Também senti falta de respostas mais específicas para profissionais da área. É assustadora a passividade de colegas informatas; parece que têm preguiça de pensar por conta própria. Precisamos dar-lhes o fio da meada. Muitos tenho conquistado (veja quantos colegas da USP assinaram o apoio ao Manifesto), mas o universo a conquistar é enorme. O Eng. Benjamin, pessoa gabaritada para uma tarefa dessa importância, respondeu que não poderia coordenar a elaboração de um manual (poderia ser de perguntas e respostas mais freqüentes, com as críticas às cerimônias inócuas do TSE, mostrando os furos do sistema sob o ponto de vista da segurança de dados). Acho prioritário 'capturar corações e mentes das pessoas consideradas pela mídia como as que 'entendem' do assunto, isto é, os profissionais de informática', e um manual de Principais Perguntas e Respostas (um PPR? - FAQ, para os gringos) seria de grande valia para isso. Alguém com conhecimento da área poderia coordenar o trabalho? Muita coisa já está escrita no Arquivo do Fórum (www.votoseguro.org , em Fórum, Ler mensagens, Date index), em mensagens do Benjamin, Amilcar, Chadel, Márcio. Reitero meu oferecimento de ajudar na redação e nas revisões. Depois, colocando na lista do voto-e e na Civilis, ficaria aberto às críticas e sugestões. Walter Del Picchia - Escola Politécnica da Universidade de S.Paulo Fernando Lima escreveuOlá,Existe uma questão interessante sobre o sistema de votação eletrônicano Brasil que talvez não tenha sido discutido nessa lista.Desde que eu começei a ler sobre a insegurança de nossas urnas eentender dos porques, passei a conversar sobre o problema com meuscolegas de trabalho e amigos que como eu trabalham com tecnologia deInformação (Popularmente conhecido como informática).Meus amigos são analistas de sistemas, administradores de rede, bancode dados etc... acostumados a trabalharem em grandes sistemas e comalguma experiência em segurança da informação. Posso dizer que não sãoleigos em tecnologia entendendo suas vantagens e desvantagens. Mas,curiosamente, 99 % deles não consideravam o sistema de votaçãoeletrônico brasileiro inseguro.Em conversas com eles, quase todos consideravam nossa soluçãoexcelente porque acabou com a fraude do processo manual. Nenhumdeles parou para pensar nas diferenças entre os sistemas que elestrabalham e o sistema de votação eletrônica que, como sabemos, possuícaracterísticas únicas que dificultam a auditoria da informação.No meu entendimento, acho que que precisamos capturar corações ementes das pessoas consideradas pela mídia como as que entendem doassunto, isto é, os profissionais de informática.Se um jornalista prentende fazer uma reportagem sobre urnaseletrônicas e todas as suas fontes (amigos e colegas) que trabalhamcom informática disserem que a urna é segura, não vai ser umdesconhecido, por mais qualificado que seja, que irá mudar sua visão.O que vocês acham ?==Walter Del Picchia escreveu em 13/10/2004 (Comentários/Sugestão): . Tenho tido várias objeções e solicitações de esclarecimento de cunho mais técnico, como a de alguns que escreveram comentários. Talvez agora eu possa me fazer entender melhor do que quando, há dias, sugeri ao Benjamim a escrita de esclarecimentos técnicos, em linguagem simples mas precisa. Ele citou o seu discurso no Seminário de Brasília; eu já ouvira sua ótima palestra e já lera no Livro Burla Eletrônica. Pois li de novo e vi que não era isso que eu estava querendo. O que está lá e nas Nossas Posições no sítio do Fórum, é um resumo um tanto vago, válido para um início de conversa (o mesmo vale para o Alerta). Não serve para satisfazer um público alvo mais exigente - como engenheiros colegas meus, colegas da Eneida, pessoas da Perícia Forense e outros que tenho encontrado (profissionais em Processamento de Dados). O que eu sugeri é responder de modo mais analítico e preciso às objeções. Algumas perguntas e respostas eu tenho lido (escritas pelo Amilcar, pelo Chadel, pelo Benjamin). Teríamos que explicar aos mal-informados, o mais resumido possível, os defeitos da votação paralela, da inseminação das urnas, do teste da assinatura digital (em que ambiente é feito o teste), da totalização (com as dificuldades em obter os boletins de urna), porque todas essas cerimônias são um faz-de-conta sob o ponto de vista da segurança de dados; explicar a necessidade do teste de penetração e em que consiste; etc. etc.. Acho que temos massa crítica para juntar tudo em um texto conciso e as vantagens seriam grandes. Mandem-me um texto básico que eu ajudo na redação e nas revisões. Depois, colocando na lista do voto-e e na Civilis, ficaria aberto às críticas e sugestões. Penso que a pessoa mais indicada para coordenar seria o Benjamin, que entende, e muito, do riscado.
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Prezado Fernando. No fundo, no fundo, conscientemente ou não, esse problema que V. cita, de experts de áreas técnicas em geral e/ou informática que não atinam (ou dizem que não atinam) para a gravidade das atuais possibilidades e não se mexem, na linha do não é comigo, não é problema meu, parece-me que possa ter explicação parcial com aquela famosa tese de marcar território, muito presente no reino animal, por exemplo gatos e cachorros, que delimitam seu espaço com seus cheirosos e espantadores xixis... Muitos dos que poderiam endossar tudo o que falamos e aumentar as pressões na medida de suas capacidades próprias, podem estar-se omitindo por verem ameaçados os seus territórios profissionais. Nessas quadras graves que atravessamos, convenha, é, de fato, muito melindroso. Ameaças diretas ou indiretas e, pelo menos por enquanto, apenas profissionais. Muitos deles, em empresas interessadas direta ou indiretamente, não se mexem porque, já imaginou se se convier que isso não é mesmo seguro? Vai passar uma insegurança geral e eu posso me prejudicar. Que que eu vou fazer depois, vender amendoim na praça? E se a minha empresa perder esse contrato, com minha ajuda ? Eu é que vou para a rua... Esse tipo de atitude ficou-me bem claro no dia em que apresentei o site do votoseguro, o manifesto, um monte de artigos e livros que tenho a respeito a um amigo que trabalha na USP (!) daqui. Pois foi exatamente esse o raciocínio que ele empregou, verdadeiro ou não. A princípio e a meio, concordou com tudo, mesmo sem grande entusiasmo. No final, quando pressionei para que assinasse o manifesto, recuou direto: Concordo com tudo que vi e li. Mas só na teoria, na essência da coisa, não participo pessoalmente, não assino nada... Porque se um superior meu vir que assinei e ele não compartilhar da idéia, ou até por outros motivos quiser me ferrar, isso vai ser uma arma na mão dele. Vou sofrer perseguições como ocorreu com Fulano de Tal ou Cicrano, por muito menos disso aí. E se eu perder a minha colocação, que que eu faço ? Experiência viva, vivida, vívida e chorada. De alguns meses atrás. Conclusão: consertar mesmo pode incomodar muita gente. Muitas mais do que a princípio podemos imaginar. Mas explicita um pouco da nossa dificuldade em corrigir o que está errado. Mesmo sabendo todos, como sabemos, que há muita coisa escancaradamente errada. Cordioli - Original Message - From: Fernando Lima [EMAIL PROTECTED] To: [EMAIL PROTECTED] Sent: Tuesday, October 19, 2004 2:50 PM Subject: [VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa Olá, Existe uma questão interessante sobre o sistema de votação eletrônica no Brasil que talvez não tenha sido discutido nessa lista. Desde que eu começei a ler sobre a insegurança de nossas urnas e entender dos porques, passei a conversar sobre o problema com meus colegas de trabalho e amigos que como eu trabalham com tecnologia de Informação (Popularmente conhecido como informática). Meus amigos são analistas de sistemas, administradores de rede, banco de dados etc... acostumados a trabalharem em grandes sistemas e com alguma experiência em segurança da informação. Posso dizer que não são leigos em tecnologia entendendo suas vantagens e desvantagens. Mas, curiosamente, 99 % deles não consideravam o sistema de votação eletrônico brasileiro inseguro. Em conversas com eles, quase todos consideravam nossa solução excelente porque acabou com a fraude do processo manual. Nenhum deles parou para pensar nas diferenças entre os sistemas que eles trabalham e o sistema de votação eletrônica que, como sabemos, possuí características únicas que dificultam a auditoria da informação. No meu entendimento, acho que que precisamos capturar corações e mentes das pessoas consideradas pela mídia como as que entendem do assunto, isto é, os profissionais de informática. Se um jornalista prentende fazer uma reportagem sobre urnas eletrônicas e todas as suas fontes (amigos e colegas) que trabalham com informática disserem que a urna é segura, não vai ser um desconhecido, por mais qualificado que seja, que irá mudar sua visão. O que vocês acham ? On Mon, 18 Oct 2004 19:22:16 -0200, Amilcar Brunazo Filho [EMAIL PROTECTED] wrote: Olá, Enviei as seguintes respostas aos comentários que foram colocados na página do Relatório Alfa Amilcar Resposta 1: ao comentário do Vicent Acho que é muito grave quando um funcionário da empresa fabricante das urnas-e brasileiras comparece para desinformar o eleitor. O Vicent está totalmente equivocado pois: - O Sistema VirtuOS é usado apenas nas urnas-e modelo 1998 e 2000 (ambas fornacidas pela Diebold/Procomp) Nas urnas modelo 2002 (da Unisys) e 2004 (da Diebold/Procomp) se utiliza o sistema Windows CE. - O VirtuOS NÂO FOI desenvolvido pela Procomp, coisa nenhuma. Foi desenvolvido e é de propriedade da MICROBASE. O código-fonte do VirtuOS, que está em umas 300 mil urnas, NUNCA FOI ABERTO para exame ou conferência
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E ainda há quem defenda o fim do sigilo do voto. - Original Message - From: Luiz [EMAIL PROTECTED] To: [EMAIL PROTECTED] Sent: Tuesday, October 19, 2004 10:33 PM Subject: [VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa Prezado Fernando. No fundo, no fundo, conscientemente ou não, esse problema que V. cita, de experts de áreas técnicas em geral e/ou informática que não atinam (ou dizem que não atinam) para a gravidade das atuais possibilidades e não se mexem, na linha do não é comigo, não é problema meu, parece-me que possa ter explicação parcial com aquela famosa tese de marcar território, muito presente no reino animal, por exemplo gatos e cachorros, que delimitam seu espaço com seus cheirosos e espantadores xixis... Muitos dos que poderiam endossar tudo o que falamos e aumentar as pressões na medida de suas capacidades próprias, podem estar-se omitindo por verem ameaçados os seus territórios profissionais. Nessas quadras graves que atravessamos, convenha, é, de fato, muito melindroso. Ameaças diretas ou indiretas e, pelo menos por enquanto, apenas profissionais. Muitos deles, em empresas interessadas direta ou indiretamente, não se mexem porque, já imaginou se se convier que isso não é mesmo seguro? Vai passar uma insegurança geral e eu posso me prejudicar. Que que eu vou fazer depois, vender amendoim na praça? E se a minha empresa perder esse contrato, com minha ajuda ? Eu é que vou para a rua... Esse tipo de atitude ficou-me bem claro no dia em que apresentei o site do votoseguro, o manifesto, um monte de artigos e livros que tenho a respeito a um amigo que trabalha na USP (!) daqui. Pois foi exatamente esse o raciocínio que ele empregou, verdadeiro ou não. A princípio e a meio, concordou com tudo, mesmo sem grande entusiasmo. No final, quando pressionei para que assinasse o manifesto, recuou direto: Concordo com tudo que vi e li. Mas só na teoria, na essência da coisa, não participo pessoalmente, não assino nada... Porque se um superior meu vir que assinei e ele não compartilhar da idéia, ou até por outros motivos quiser me ferrar, isso vai ser uma arma na mão dele. Vou sofrer perseguições como ocorreu com Fulano de Tal ou Cicrano, por muito menos disso aí. E se eu perder a minha colocação, que que eu faço ? Experiência viva, vivida, vívida e chorada. De alguns meses atrás. Conclusão: consertar mesmo pode incomodar muita gente. Muitas mais do que a princípio podemos imaginar. Mas explicita um pouco da nossa dificuldade em corrigir o que está errado. Mesmo sabendo todos, como sabemos, que há muita coisa escancaradamente errada. Cordioli - Original Message - From: Fernando Lima [EMAIL PROTECTED] To: [EMAIL PROTECTED] Sent: Tuesday, October 19, 2004 2:50 PM Subject: [VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa Olá, Existe uma questão interessante sobre o sistema de votação eletrônica no Brasil que talvez não tenha sido discutido nessa lista. Desde que eu começei a ler sobre a insegurança de nossas urnas e entender dos porques, passei a conversar sobre o problema com meus colegas de trabalho e amigos que como eu trabalham com tecnologia de Informação (Popularmente conhecido como informática). Meus amigos são analistas de sistemas, administradores de rede, banco de dados etc... acostumados a trabalharem em grandes sistemas e com alguma experiência em segurança da informação. Posso dizer que não são leigos em tecnologia entendendo suas vantagens e desvantagens. Mas, curiosamente, 99 % deles não consideravam o sistema de votação eletrônico brasileiro inseguro. Em conversas com eles, quase todos consideravam nossa solução excelente porque acabou com a fraude do processo manual. Nenhum deles parou para pensar nas diferenças entre os sistemas que eles trabalham e o sistema de votação eletrônica que, como sabemos, possuí características únicas que dificultam a auditoria da informação. No meu entendimento, acho que que precisamos capturar corações e mentes das pessoas consideradas pela mídia como as que entendem do assunto, isto é, os profissionais de informática. Se um jornalista prentende fazer uma reportagem sobre urnas eletrônicas e todas as suas fontes (amigos e colegas) que trabalham com informática disserem que a urna é segura, não vai ser um desconhecido, por mais qualificado que seja, que irá mudar sua visão. O que vocês acham ? On Mon, 18 Oct 2004 19:22:16 -0200, Amilcar Brunazo Filho [EMAIL PROTECTED] wrote: Olá, Enviei as seguintes respostas aos comentários que foram colocados na página do Relatório Alfa Amilcar Resposta 1: ao comentário do Vicent Acho que é muito grave quando um funcionário da empresa fabricante das urnas-e brasileiras comparece para desinformar o eleitor. O Vicent está totalmente equivocado pois: - O Sistema VirtuOS é usado apenas nas urnas-e modelo 1998 e 2000 (ambas fornacidas pela Diebold/Procomp) Nas urnas modelo 2002 (da Unisys) e 2004 (da Diebold/Procomp
[VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa
Olá, Enviei as seguintes respostas aos comentários que foram colocados na página do Relatório Alfa Amilcar Resposta 1: ao comentário do Vicent Acho que é muito grave quando um funcionário da empresa fabricante das urnas-e brasileiras comparece para desinformar o eleitor. O Vicent está totalmente equivocado pois: - O Sistema VirtuOS é usado apenas nas urnas-e modelo 1998 e 2000 (ambas fornacidas pela Diebold/Procomp) Nas urnas modelo 2002 (da Unisys) e 2004 (da Diebold/Procomp) se utiliza o sistema Windows CE. - O VirtuOS NÂO FOI desenvolvido pela Procomp, coisa nenhuma. Foi desenvolvido e é de propriedade da MICROBASE. O código-fonte do VirtuOS, que está em umas 300 mil urnas, NUNCA FOI ABERTO para exame ou conferência dos partidos políticos. Ou seja, nas urnas-e, há código fechado. - Nos EUA, neste ano, 1/3 do eleitorado votará em máquinas eletrônicas de votar. A Própria Diebold, empresa do Vicent, é uma das maiores fornecedoras de urnas-e nos EUA. Em 10 Estados americanos, urnas-e como a brasileira que não imprimem o voto para conferência do eleitor, está ou estará proibida até 2006. - Foi exatamente por causa de afirmações mentirosas dadas por seus funcionários, como as que o Vicent afirmou aqui, que a Diebold foi BANIDA como fornecedora de urnas-e no Estado da Califórnia em março de 2004 e está sendo processada. Parece que o costume de mentir da matriz americana, chegou a filial brasileira. -- Resposta 2: comentários em geral O Vicent, para defender as urnas inauditáveis brasileiras recorre a mentiras (como está descrito na minha resposta ao seu primeiro comentário). O Vinícius recorre a argumentos absolutamente equivocados. Dizer que os fiscais conferem os votos! Que bobagem! Conferir o que com o que, se não há os votos conferidos por cada eleitor para servir de base de recontagem? A Zérésima não prova absolutamente nada. É facílimo fazer um programa que imprime a zerésima e depois desvia votos. Neste ano, o PT e o PDT solitaram permissão ao TSE para fazerem testes de resistência a ataques nos esquenas de segurança das urnas-e. O TSE não permitiu que os testes fossem feitos, mas esconde esta proibição do público. Como se pode afirmar que o sistema não pode ser fraudado se não se permite a ninguém testá-los? [ ]s Eng. Amilcar Brunazo Filho - Santos, SP SE A URNA NÃO IMPRIMIR, SEU VOTO PODE SUMIR! SEI EM QUEM VOTEI, ELES TAMBÉM, MAS SÓ ELES SABEM QUEM RECEBEU MEU VOTO. Assine o manifesto pela segurança e transparência do voto eletrônico em: http://www.votoseguro.com/alertaprofessores __ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo remetente, e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __