[VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa

2004-10-21 Por tôpico Amilcar Brunazo Filho
At 22:55 20/10/04, Francisco wrote:
Há uma questão que precede todas e que tomei conhecimento hoje na palestra 
de Pedro Rezende aqui na Bahia.
De onde veio o dinheiro para financiar o sistema da urna?
F.Santana.
Esta questao foi colocada ao prof. Pedro Rezende e a mim pelo prof. David 
Shaum quanto esteve no Brasil para dar palestras na UnB, na Unicamp e no 
ITA em 2003.

O David sugeriu seguirmos o dinheiro, para descobrir quais os interesses 
envolvidos.

No livro do Paulo Camarão, secretário do TSE, se fala em financiamento pelo 
BID de 50% da verba necessária para implantação do sistema de voto 
eletrônico entre 1996 e 2000.
A verba era estimada em mais de 500 milhões de Dólares e no final superou 
este valor.

Naquela época, o segundo mandato do FHC, o governo estava cortanto todos os 
investimentos internos em infra-estrutura, para se adaptar as exigências do 
BID/FMI. Foram sucateadas as empresas governamentais e foram minimizados os 
investimentos em produção de energia, em prospecção de petróleo, em 
construção de estradas, em pesquisas de ponta que poderiam provocar um 
futuro desenvolvimento e retorno do investimento.

Mas, neste mesmo periodo, se gastou uma enormidade para implantar toda a 
infraestrutura necessária fazer funcionar 450 mil urnas eletrônicas. E é um 
investimento que não produz retorno comercial (lembrem a recente nota do 
presidente do TSE dizendo que o TSE não exporta suas urnas, apenas a 
empresta através da OEA aos países que as solicitarem).

O David Shaum procurou nos bancos de dados do BID e não encontrou esta 
verba destinada ao Brasil.
Se o governo brasileiro não tinha o dinheiro e o BID não o forneceu, de 
onde o dinheiro veio?

Logo em seguida surgiu a denúncia daquele espião americano (português de 
nascença) sobre o financiamento direto do governo americano (financiamento 
fechado, a fundo perdido) a órgãos governamentais brasileiros .
Ficou a dúvida se esta não seria a via de financiamento do sistema 
brasileiro de votar sem conferência da apuração.

É o Brasil servindo de cobaia para ver se um sistema sem auditabilidade 
seria aceito sem reclamação pela sociedade.
E, fora o exército de brancaleone aqui no Fórum do Voto-e, o resto dos 
brasileiros aceitaram docilmente o sistema eleitoral do 1º mundo, sem 
auditabilidade, que nos impuseram

Quem financiou isto? É a pergunta do Pedro Rezende.
[ ]s
 Eng.  Amilcar Brunazo Filho - Santos, SP
SE A URNA NÃO IMPRIMIR, SEU VOTO PODE SUMIR!
SEI EM QUEM VOTEI, ELES TAMBÉM,
MAS SÓ ELES SABEM QUEM RECEBEU MEU VOTO.
Assine o manifesto pela segurança
e transparência do voto eletrônico em:
http://www.votoseguro.com/alertaprofessores
Fórum do Voto-E - http://www.votoseguro.org
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O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu
autor, conforme identificado no campo remetente, e nao
representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E
O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas
eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos
sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas.
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Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico
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[VotoEletronico] RES: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa

2004-10-21 Por tôpico Leamartine Pinheiro de Souza

Estimado Colega Amilcar Brunazo Filho,

Falta ainda indentificar de onde vem a verba para massificar a idéia na
população brasileira de que as Urnas Eletrônicas Atuais são totalmente
confiáveis.  Com certeza, esta veiculação nacional não está saindo de graça.


POR UMA URNA ELETRÔNICA REALMENTE SEGURA, subscrevo-me

Atenciosamente,
 
Leamartine Pinheiro de Souza
Rua Conde de Baependi 78, Ap 1310, Flamengo
22231-140  Rio de Janeiro, RJ
http://www.LeamartineP.Souza.nom.br 
[EMAIL PROTECTED] 
Tel.:  21  2558-9814

-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED]
[mailto:[EMAIL PROTECTED] Em nome de Amilcar
Brunazo Filho
Enviada em: quinta-feira, 21 de outubro de 2004 09:36
Para: [EMAIL PROTECTED]
Cc: Pedro Antonio Dourado de Rezende; Aldo Novak
Assunto: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa

At 22:55 20/10/04, Francisco wrote:
Há uma questão que precede todas e que tomei conhecimento hoje na palestra 
de Pedro Rezende aqui na Bahia.
De onde veio o dinheiro para financiar o sistema da urna?
F.Santana.

Esta questao foi colocada ao prof. Pedro Rezende e a mim pelo prof. David 
Shaum quanto esteve no Brasil para dar palestras na UnB, na Unicamp e no 
ITA em 2003.

O David sugeriu seguirmos o dinheiro, para descobrir quais os interesses 
envolvidos.

No livro do Paulo Camarão, secretário do TSE, se fala em financiamento pelo 
BID de 50% da verba necessária para implantação do sistema de voto 
eletrônico entre 1996 e 2000.
A verba era estimada em mais de 500 milhões de Dólares e no final superou 
este valor.

Naquela época, o segundo mandato do FHC, o governo estava cortanto todos os 
investimentos internos em infra-estrutura, para se adaptar as exigências do 
BID/FMI. Foram sucateadas as empresas governamentais e foram minimizados os 
investimentos em produção de energia, em prospecção de petróleo, em 
construção de estradas, em pesquisas de ponta que poderiam provocar um 
futuro desenvolvimento e retorno do investimento.

Mas, neste mesmo periodo, se gastou uma enormidade para implantar toda a 
infraestrutura necessária fazer funcionar 450 mil urnas eletrônicas. E é um 
investimento que não produz retorno comercial (lembrem a recente nota do 
presidente do TSE dizendo que o TSE não exporta suas urnas, apenas a 
empresta através da OEA aos países que as solicitarem).

O David Shaum procurou nos bancos de dados do BID e não encontrou esta 
verba destinada ao Brasil.
Se o governo brasileiro não tinha o dinheiro e o BID não o forneceu, de 
onde o dinheiro veio?

Logo em seguida surgiu a denúncia daquele espião americano (português de 
nascença) sobre o financiamento direto do governo americano (financiamento 
fechado, a fundo perdido) a órgãos governamentais brasileiros .
Ficou a dúvida se esta não seria a via de financiamento do sistema 
brasileiro de votar sem conferência da apuração.

É o Brasil servindo de cobaia para ver se um sistema sem auditabilidade 
seria aceito sem reclamação pela sociedade.
E, fora o exército de brancaleone aqui no Fórum do Voto-e, o resto dos 
brasileiros aceitaram docilmente o sistema eleitoral do 1º mundo, sem 
auditabilidade, que nos impuseram

Quem financiou isto? É a pergunta do Pedro Rezende.


[ ]s
  Eng.  Amilcar Brunazo Filho - Santos, SP

SE A URNA NÃO IMPRIMIR, SEU VOTO PODE SUMIR!

SEI EM QUEM VOTEI, ELES TAMBÉM,
MAS SÓ ELES SABEM QUEM RECEBEU MEU VOTO.

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[VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa

2004-10-20 Por tôpico Fernando Lima
Olá,

Eu posso ajudar na elaboração desse FAQ. ;-))

Minha sugestão é que o FAQ trabalhe com dois tipos de questões:

- Questões técnicas sobre o funcionamento da urna;
- Questões sobre as leis que foram aprovadas e prejudicam os pontos técnicos.

Em ambos os casos, o foco é atingir um público mais técnico que posso
ler o FAQ e tirar algumas conclusões básicas sobre nossa urna
eletrônica.

O que vocês acham ?


On Tue, 19 Oct 2004 16:29:58 -0200 (BRST), [EMAIL PROTECTED]
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 
 
  Prezado Fernando
 
 
  Em 13/10/04 escrevi a mensagem abaixo (está no Arquivo do Fórum).
 Também senti falta de respostas mais específicas para profissionais da área.
 É assustadora a passividade de colegas informatas; parece que têm preguiça
 de pensar por conta própria. Precisamos dar-lhes o fio da meada. Muitos
 tenho conquistado (veja quantos colegas da USP assinaram o apoio ao
 Manifesto), mas o universo a conquistar é enorme. 
 
  O Eng. Benjamin, pessoa gabaritada para uma tarefa dessa importância,
 respondeu que não poderia coordenar a elaboração de um manual (poderia ser
 de perguntas e respostas mais freqüentes, com as críticas às cerimônias
 inócuas do TSE, mostrando os furos do sistema sob o ponto de vista da
 segurança de dados). 
 
  Acho prioritário 'capturar corações e mentes das pessoas consideradas
 pela mídia como as que 'entendem' do assunto, isto é, os profissionais de
 informática', e um manual de Principais Perguntas e Respostas (um PPR? -
 FAQ, para os gringos) seria de grande valia para isso. Alguém com
 conhecimento da área poderia coordenar o trabalho? Muita coisa já está
 escrita no Arquivo do Fórum (www.votoseguro.org  , em Fórum, Ler mensagens,
 Date index), em mensagens do Benjamin, Amilcar, Chadel, Márcio. Reitero meu
 oferecimento de ajudar na redação e nas revisões. Depois, colocando na lista
 do voto-e e na Civilis, ficaria aberto às críticas e sugestões.
 
 
  Walter Del Picchia - Escola Politécnica da Universidade de S.Paulo 
 
 
 
 
   Fernando Lima escreveu
 
 Olá,
 
 Existe uma questão interessante sobre o sistema de votação eletrônica
 no Brasil que talvez não tenha sido discutido nessa lista.
 
 Desde que eu começei a ler sobre a insegurança de nossas urnas e
 entender dos porques, passei a conversar sobre o problema com meus
 colegas de trabalho e amigos que como eu trabalham com tecnologia de
 Informação (Popularmente conhecido como informática).
 
 Meus amigos são analistas de sistemas, administradores de rede, banco
 de dados etc... acostumados a trabalharem em grandes sistemas e com
 alguma experiência em segurança da informação. Posso dizer que não são
 leigos em tecnologia entendendo suas vantagens e desvantagens. Mas,
 curiosamente, 99 % deles não consideravam o sistema de votação
 eletrônico brasileiro inseguro.
 
 Em conversas com eles, quase todos consideravam nossa solução
 excelente porque acabou com a fraude do processo manual. Nenhum
 deles parou para pensar nas diferenças entre os sistemas que eles
 trabalham e o sistema de votação eletrônica que, como sabemos, possuí
 características únicas que dificultam a auditoria da informação.
 
 No meu entendimento, acho que que precisamos capturar corações e
 mentes das pessoas consideradas pela mídia como as que entendem do
 assunto, isto é, os profissionais de informática.
 
 Se um jornalista prentende fazer uma reportagem sobre urnas
 eletrônicas e todas as suas fontes (amigos e colegas) que trabalham
 com informática disserem que a urna é segura, não vai ser um
 desconhecido, por mais qualificado que seja, que irá mudar sua visão.
 
 O que vocês acham ?
 
 ==
 Walter Del Picchia escreveu em 13/10/2004 (Comentários/Sugestão): 
 
 
 . 
 
 Tenho tido várias objeções e solicitações de esclarecimento de cunho
 mais técnico, como a de alguns que escreveram comentários. Talvez agora eu
 possa me fazer entender melhor do que quando, há dias, sugeri ao Benjamim a
 escrita de esclarecimentos técnicos, em linguagem simples mas precisa. Ele
 citou o seu discurso no Seminário de Brasília; eu já ouvira sua ótima
 palestra e já lera no Livro Burla Eletrônica. Pois li de novo e vi que não
 era isso que eu estava querendo. O que está lá e nas Nossas Posições no
 sítio do Fórum, é um resumo um tanto vago, válido para um início de conversa
 (o mesmo vale para o Alerta). Não serve para satisfazer um público alvo mais
 exigente - como engenheiros colegas meus, colegas da Eneida, pessoas da
 Perícia Forense e outros que tenho encontrado (profissionais em
 Processamento de Dados). O que eu sugeri é responder de modo mais analítico
 e preciso às objeções. Algumas perguntas e respostas eu tenho lido (escritas
 pelo Amilcar, pelo Chadel, pelo Benjamin). Teríamos que explicar aos
 mal-informados, o mais resumido possível, os defeitos da votação paralela,
 da inseminação das urnas, do teste 

[VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa

2004-10-20 Por tôpico Fernando Lima
Olá,

Gostaria de desenvolver um pouco mais meu raciocínio quanto a
ignorância dos profissionais de TI quando confrontados com as urnas
eletrônicas.

A cerca de duas semanas atrás conversei com dois colegas sobre nossa
votação eletrônica. Um deles, um analista de sistema com anos de
experiênica na área. O outro, um engenheiro de rede que participou na
montagem do ambiente do TRE para recepção dos votos nessa eleição.

Ambos, em princípio, concordavam que nossa votação eletrônica é
segura. Note que o posicionamento deles não tem nada ver como
preferências políticas ou interesses pessoais. Simplesmente pelo
feeling e pela experiência com TI que eles possuem, eles acreditam
que a urna eletrônica é essencialmente segura.

Na minha opinião eles não são excessão, são a regra. Em participo de
listas de discussão sobre Segurança da Informação onde eu tive o mesmo
problema quando levantei a questão da insegurança das urnas
eletrônicas. Pela percepção que eles tinham as urnas eletrônicas
pareciam muito mais segura que o processo manual.

No meu entender a omissão dessa massa de desconhecidos é o que fornece
sustentação para o atual modelo de votação eletrônica. São eles que
quando confrontados com a segurança da urna eletrônica dizem algo do
tipo Claro que a urna eletrônica é muito melhor que a votação manual.
O computador é muito mais confiável que um monte de pessoas contando
votos. Eu acredito que  esse grupo forma um tipo de suporte técnico
confiável e independente para o modelo atual de votação.

Por esta razão, acredito que um caminho para mudarmos a situação é
esclarecer estes profissionais. São eles que podem minar a confiança
cega que a população brasileira depositou nas urnas eletrônicas.

Obrigado.






On Tue, 19 Oct 2004 22:33:59 -0200, Luiz [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Prezado Fernando.
 
 No fundo, no fundo, conscientemente ou não, esse problema que V. cita, de
 experts de áreas técnicas em geral e/ou informática que não atinam (ou dizem
 que não atinam) para a gravidade das atuais possibilidades e não se mexem,
 na linha do não é comigo, não é problema meu, parece-me que possa ter
 explicação parcial com aquela famosa tese de marcar território, muito
 presente no reino animal, por exemplo gatos e cachorros, que delimitam seu
 espaço com seus cheirosos e espantadores xixis...
 
 Muitos dos que poderiam endossar tudo o que falamos e aumentar as pressões
 na medida de suas capacidades próprias, podem estar-se omitindo por verem
 ameaçados os seus territórios profissionais.
 Nessas quadras graves que atravessamos, convenha, é, de fato, muito
 melindroso.
 Ameaças diretas ou indiretas e, pelo menos por enquanto, apenas
 profissionais.
 
 Muitos deles, em empresas interessadas direta ou indiretamente, não se mexem
 porque, já imaginou se se convier que isso não é mesmo seguro? Vai passar
 uma insegurança geral e eu posso me prejudicar. Que que eu vou fazer depois,
 vender amendoim na praça? E se a minha empresa perder esse contrato, com
 minha ajuda ? Eu é que vou para a rua...
 
 Esse tipo de atitude ficou-me bem claro no dia em que apresentei o site do
 votoseguro, o manifesto, um monte de artigos e livros que tenho a respeito a
 um amigo que trabalha na USP (!) daqui.
 Pois foi exatamente esse o raciocínio que ele empregou, verdadeiro ou não.
 A princípio e a meio, concordou com tudo, mesmo sem grande entusiasmo.
 No final, quando pressionei para que assinasse o manifesto, recuou direto:
 Concordo com tudo que vi e li. Mas só na teoria, na essência da coisa, não
 participo pessoalmente, não assino nada...
 Porque se um superior meu vir que assinei e ele não compartilhar da idéia,
 ou até por outros motivos quiser me ferrar, isso vai ser uma arma na mão
 dele. Vou sofrer perseguições como ocorreu com Fulano de Tal ou Cicrano, por
 muito menos disso aí. E se eu perder a minha colocação, que que eu faço ? 
 
 Experiência viva, vivida, vívida e chorada.
 De alguns meses atrás.
 
 Conclusão: consertar mesmo pode incomodar muita gente. Muitas mais do que a
 princípio podemos imaginar.
 
 Mas explicita um pouco da nossa dificuldade em corrigir o que está errado.
 Mesmo sabendo todos, como sabemos, que há muita coisa escancaradamente
 errada.
 
 Cordioli
 
 
 
 
 - Original Message -
 From: Fernando Lima [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Sent: Tuesday, October 19, 2004 2:50 PM
 Subject: [VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa
 
  Olá,
 
  Existe uma questão interessante sobre o sistema de votação eletrônica
  no Brasil que talvez não tenha sido discutido nessa lista.
 
  Desde que eu começei a ler sobre a insegurança de nossas urnas e
  entender dos porques, passei a conversar sobre o problema com meus
  colegas de trabalho e amigos que como eu trabalham com tecnologia de
  Informação (Popularmente conhecido como informática).
 
  Meus amigos são analistas de sistemas, administradores de rede, banco
  de dados etc... acostumados a trabalharem em grandes sistemas e com

[VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa

2004-10-20 Por tôpico Francisco
Há uma questão que precede todas e que tomei conhecimento hoje na palestra 
de Pedro Resende aqui na Bahia.

De onde veio o dinheiro para financiar o sistema da urna?
F.Santana.
- Original Message - 
From: Fernando Lima [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Wednesday, October 20, 2004 2:36 PM
Subject: [VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa


Olá,
Eu posso ajudar na elaboração desse FAQ. ;-))
Minha sugestão é que o FAQ trabalhe com dois tipos de questões:
- Questões técnicas sobre o funcionamento da urna;
- Questões sobre as leis que foram aprovadas e prejudicam os pontos 
técnicos.

Em ambos os casos, o foco é atingir um público mais técnico que posso
ler o FAQ e tirar algumas conclusões básicas sobre nossa urna
eletrônica.
O que vocês acham ?
On Tue, 19 Oct 2004 16:29:58 -0200 (BRST), [EMAIL PROTECTED]
[EMAIL PROTECTED] wrote:

 Prezado Fernando
 Em 13/10/04 escrevi a mensagem abaixo (está no Arquivo do Fórum).
Também senti falta de respostas mais específicas para profissionais da 
área.
É assustadora a passividade de colegas informatas; parece que têm 
preguiça
de pensar por conta própria. Precisamos dar-lhes o fio da meada. Muitos
tenho conquistado (veja quantos colegas da USP assinaram o apoio ao
Manifesto), mas o universo a conquistar é enorme.

 O Eng. Benjamin, pessoa gabaritada para uma tarefa dessa 
importância,
respondeu que não poderia coordenar a elaboração de um manual (poderia 
ser
de perguntas e respostas mais freqüentes, com as críticas às cerimônias
inócuas do TSE, mostrando os furos do sistema sob o ponto de vista da
segurança de dados).

 Acho prioritário 'capturar corações e mentes das pessoas 
consideradas
pela mídia como as que 'entendem' do assunto, isto é, os profissionais de
informática', e um manual de Principais Perguntas e Respostas (um PPR? -
FAQ, para os gringos) seria de grande valia para isso. Alguém com
conhecimento da área poderia coordenar o trabalho? Muita coisa já está
escrita no Arquivo do Fórum (www.votoseguro.org  , em Fórum, Ler 
mensagens,
Date index), em mensagens do Benjamin, Amilcar, Chadel, Márcio. Reitero 
meu
oferecimento de ajudar na redação e nas revisões. Depois, colocando na 
lista
do voto-e e na Civilis, ficaria aberto às críticas e sugestões.

 Walter Del Picchia - Escola Politécnica da Universidade de S.Paulo


  Fernando Lima escreveu
Olá,
Existe uma questão interessante sobre o sistema de votação eletrônica
no Brasil que talvez não tenha sido discutido nessa lista.
Desde que eu começei a ler sobre a insegurança de nossas urnas e
entender dos porques, passei a conversar sobre o problema com meus
colegas de trabalho e amigos que como eu trabalham com tecnologia de
Informação (Popularmente conhecido como informática).
Meus amigos são analistas de sistemas, administradores de rede, banco
de dados etc... acostumados a trabalharem em grandes sistemas e com
alguma experiência em segurança da informação. Posso dizer que não são
leigos em tecnologia entendendo suas vantagens e desvantagens. Mas,
curiosamente, 99 % deles não consideravam o sistema de votação
eletrônico brasileiro inseguro.
Em conversas com eles, quase todos consideravam nossa solução
excelente porque acabou com a fraude do processo manual. Nenhum
deles parou para pensar nas diferenças entre os sistemas que eles
trabalham e o sistema de votação eletrônica que, como sabemos, possuí
características únicas que dificultam a auditoria da informação.
No meu entendimento, acho que que precisamos capturar corações e
mentes das pessoas consideradas pela mídia como as que entendem do
assunto, isto é, os profissionais de informática.
Se um jornalista prentende fazer uma reportagem sobre urnas
eletrônicas e todas as suas fontes (amigos e colegas) que trabalham
com informática disserem que a urna é segura, não vai ser um
desconhecido, por mais qualificado que seja, que irá mudar sua visão.
O que vocês acham ?
==
Walter Del Picchia escreveu em 13/10/2004 (Comentários/Sugestão):
.
Tenho tido várias objeções e solicitações de esclarecimento de cunho
mais técnico, como a de alguns que escreveram comentários. Talvez agora 
eu
possa me fazer entender melhor do que quando, há dias, sugeri ao Benjamim 
a
escrita de esclarecimentos técnicos, em linguagem simples mas precisa. 
Ele
citou o seu discurso no Seminário de Brasília; eu já ouvira sua ótima
palestra e já lera no Livro Burla Eletrônica. Pois li de novo e vi que 
não
era isso que eu estava querendo. O que está lá e nas Nossas Posições no
sítio do Fórum, é um resumo um tanto vago, válido para um início de 
conversa
(o mesmo vale para o Alerta). Não serve para satisfazer um público alvo 
mais
exigente - como engenheiros colegas meus, colegas da Eneida, pessoas da
Perícia Forense e outros que tenho encontrado (profissionais em
Processamento de Dados). O que eu sugeri é

[VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa

2004-10-19 Por tôpico Fernando Lima
Olá,

Existe uma questão interessante sobre o sistema de votação eletrônica
no Brasil que talvez não tenha sido discutido nessa lista.

Desde que eu começei a ler sobre a insegurança de nossas urnas e
entender dos porques, passei a conversar sobre o problema com meus
colegas de trabalho e amigos que como eu trabalham com tecnologia de
Informação (Popularmente conhecido como informática).

Meus amigos são analistas de sistemas, administradores de rede, banco
de dados etc... acostumados a trabalharem em grandes sistemas e com
alguma experiência em segurança da informação. Posso dizer que não são
leigos em tecnologia entendendo suas vantagens e desvantagens. Mas,
curiosamente, 99 % deles não consideravam o sistema de votação
eletrônico brasileiro inseguro.

Em conversas com eles, quase todos consideravam nossa solução
excelente porque acabou com a fraude do processo manual. Nenhum
deles parou para pensar nas diferenças entre os sistemas que eles
trabalham e o sistema de votação eletrônica que, como sabemos, possuí
características únicas que dificultam a auditoria da informação.

No meu entendimento, acho que que precisamos capturar corações e
mentes das pessoas consideradas pela mídia como as que entendem do
assunto, isto é, os profissionais de informática.

Se um jornalista prentende fazer uma reportagem sobre urnas
eletrônicas e todas as suas fontes (amigos e colegas) que trabalham
com informática disserem que a urna é segura, não vai ser um
desconhecido, por mais qualificado que seja, que irá mudar sua visão.

O que vocês acham ?




On Mon, 18 Oct 2004 19:22:16 -0200, Amilcar Brunazo Filho
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Olá,
 Enviei as seguintes respostas aos comentários que foram colocados na página
 do Relatório Alfa
 
 Amilcar
 
 Resposta 1: ao comentário do Vicent
 
 Acho que é muito grave quando um funcionário da empresa fabricante das
 urnas-e brasileiras comparece para desinformar o eleitor.
 
 O Vicent está totalmente equivocado pois:
 
 - O Sistema VirtuOS é usado apenas nas urnas-e modelo 1998 e 2000 (ambas
 fornacidas pela Diebold/Procomp)
 Nas urnas modelo 2002 (da Unisys) e 2004 (da Diebold/Procomp) se utiliza o
 sistema Windows CE.
 
 - O VirtuOS NÂO FOI desenvolvido pela Procomp, coisa nenhuma. Foi
 desenvolvido e é de propriedade da MICROBASE.
 O código-fonte do VirtuOS, que está em umas 300 mil urnas, NUNCA FOI ABERTO
 para exame ou conferência dos partidos políticos. Ou seja, nas urnas-e, há
 código fechado.
 
 - Nos EUA, neste ano, 1/3 do eleitorado votará em máquinas eletrônicas de
 votar. A Própria Diebold, empresa do Vicent, é uma das maiores fornecedoras
 de urnas-e nos EUA.
 Em 10 Estados americanos, urnas-e como a brasileira que não imprimem o voto
 para conferência do eleitor, está ou estará proibida até 2006.
 
 - Foi exatamente por causa de afirmações mentirosas dadas por seus
 funcionários, como as que o Vicent afirmou aqui, que a Diebold foi BANIDA
 como fornecedora de urnas-e no Estado da Califórnia em março de 2004 e está
 sendo processada.
 
 Parece que o costume de mentir da matriz americana, chegou a filial brasileira.
 
 --
 Resposta 2: comentários em geral
 
 O Vicent, para defender as urnas inauditáveis brasileiras recorre a
 mentiras (como está descrito na minha resposta ao seu primeiro comentário).
 
 O Vinícius recorre a argumentos absolutamente equivocados. Dizer que os
 fiscais conferem os votos! Que bobagem!
 
 Conferir o que com o que, se não há os votos conferidos por cada eleitor
 para servir de base de recontagem?
 
 A Zérésima não prova absolutamente nada. É facílimo fazer um programa que
 imprime a zerésima e depois desvia votos.
 
 Neste ano, o PT e o PDT solitaram permissão ao TSE para fazerem testes de
 resistência a ataques nos esquenas de segurança das urnas-e.
 
 O TSE não permitiu que os testes fossem feitos, mas esconde esta proibição
 do público.
 
 Como se pode afirmar que o sistema não pode ser fraudado se não se permite
 a ninguém testá-los?

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[VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa

2004-10-19 Por tôpico wdeltapi
 Prezado Fernando Em 13/10/04 escrevi a mensagem
abaixo (está no Arquivo do Fórum). Também senti falta de respostas mais
específicas para profissionais da área. É assustadora a passividade de
colegas informatas; parece que têm preguiça de pensar por conta própria.
Precisamos dar-lhes o fio da meada. Muitos tenho conquistado (veja quantos
colegas da USP assinaram o apoio ao Manifesto), mas o universo a
conquistar é enorme.  O Eng. Benjamin, pessoa gabaritada para
uma tarefa dessa importância, respondeu que não poderia coordenar a
elaboração de um manual (poderia ser de perguntas e respostas mais
freqüentes, com as críticas às cerimônias inócuas do TSE, mostrando os
furos do sistema sob o ponto de vista da segurança de dados). 
Acho prioritário 'capturar corações e mentes das pessoas consideradas pela
mídia como as que 'entendem' do assunto, isto é, os profissionais de
informática', e um manual de Principais Perguntas e Respostas (um PPR? -
FAQ, para os gringos) seria de grande valia para isso. Alguém com
conhecimento da área poderia coordenar o trabalho? Muita coisa já está
escrita no Arquivo do Fórum (www.votoseguro.org  , em Fórum, Ler
mensagens, Date index), em mensagens do Benjamin, Amilcar, Chadel, Márcio.
Reitero meu oferecimento de ajudar na redação e nas revisões. Depois,
colocando na lista do voto-e e na Civilis, ficaria aberto às críticas e
sugestões. Walter Del Picchia - Escola Politécnica da
Universidade de S.Paulo   Fernando Lima
escreveuOlá,Existe uma questão interessante sobre o sistema
de votação eletrônicano Brasil que talvez não tenha sido discutido
nessa lista.Desde que eu começei a ler sobre a insegurança de
nossas urnas eentender dos porques, passei a conversar sobre o
problema com meuscolegas de trabalho e amigos que como eu trabalham
com tecnologia deInformação (Popularmente conhecido como
informática).Meus amigos são analistas de sistemas, administradores
de rede, bancode dados etc... acostumados a trabalharem em grandes
sistemas e comalguma experiência em segurança da informação. Posso
dizer que não sãoleigos em tecnologia entendendo suas vantagens e
desvantagens. Mas,curiosamente, 99 % deles não consideravam o
sistema de votaçãoeletrônico brasileiro inseguro.Em conversas
com eles, quase todos consideravam nossa soluçãoexcelente porque
acabou com a fraude do processo manual. Nenhumdeles
parou para pensar nas diferenças entre os sistemas que elestrabalham
e o sistema de votação eletrônica que, como sabemos, possuícaracterísticas únicas que dificultam a auditoria da
informação.No meu entendimento, acho que que precisamos capturar
corações ementes das pessoas consideradas pela mídia como as que
entendem doassunto, isto é, os profissionais de
informática.Se um jornalista prentende fazer uma reportagem sobre
urnaseletrônicas e todas as suas fontes (amigos e colegas) que
trabalhamcom informática disserem que a urna é segura, não vai ser
umdesconhecido, por mais qualificado que seja, que irá mudar sua
visão.O que vocês acham
?==Walter Del Picchia
escreveu em 13/10/2004 (Comentários/Sugestão):    
.     Tenho tido várias objeções e
solicitações de esclarecimento de cunho mais técnico, como a de alguns que
escreveram comentários. Talvez agora eu possa me fazer entender melhor do
que quando, há dias, sugeri ao Benjamim a escrita de esclarecimentos
técnicos, em linguagem simples mas precisa. Ele citou o seu discurso no
Seminário de Brasília; eu já ouvira sua ótima palestra e já lera no Livro
Burla Eletrônica. Pois li de novo e vi que não era isso que eu estava
querendo. O que está lá e nas Nossas Posições no sítio do Fórum, é um
resumo um tanto vago, válido para um início de conversa (o mesmo vale para
o Alerta). Não serve para satisfazer um público alvo mais exigente - como
engenheiros colegas meus, colegas da Eneida, pessoas da Perícia Forense e
outros que tenho encontrado (profissionais em Processamento de Dados). O
que eu sugeri é responder de modo mais analítico e preciso às objeções.
Algumas perguntas e respostas eu tenho lido (escritas pelo Amilcar, pelo
Chadel, pelo Benjamin). Teríamos que explicar aos mal-informados, o mais
resumido possível, os defeitos da votação paralela, da inseminação das
urnas, do teste da assinatura digital (em que ambiente é feito o teste),
da totalização (com as dificuldades em obter os boletins de urna), porque
todas essas cerimônias são um faz-de-conta sob o ponto de vista da
segurança de dados; explicar a necessidade do teste de penetração e em que
consiste; etc. etc.. Acho que temos massa crítica para juntar tudo em um
texto conciso e as vantagens seriam grandes. Mandem-me um texto básico que
eu ajudo na redação e nas revisões. Depois, colocando na lista do voto-e e
na Civilis, ficaria aberto às críticas e sugestões. Penso que a pessoa
mais indicada para coordenar seria o Benjamin, que entende, e muito, do
riscado. 

[VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa

2004-10-19 Por tôpico Luiz
Prezado Fernando.
No fundo, no fundo, conscientemente ou não, esse problema que V. cita, de 
experts de áreas técnicas em geral e/ou informática que não atinam (ou dizem 
que não atinam) para a gravidade das atuais possibilidades e não se mexem, 
na linha do não é comigo, não é problema meu, parece-me que possa ter 
explicação parcial com aquela famosa tese de marcar território, muito 
presente no reino animal, por exemplo gatos e cachorros, que delimitam seu 
espaço com seus cheirosos e espantadores xixis...

Muitos dos que poderiam endossar tudo o que falamos e aumentar as pressões 
na medida de suas capacidades próprias, podem estar-se omitindo por verem 
ameaçados os seus territórios profissionais.
Nessas quadras graves que atravessamos, convenha, é, de fato, muito 
melindroso.
Ameaças diretas ou indiretas e, pelo menos por enquanto, apenas 
profissionais.

Muitos deles, em empresas interessadas direta ou indiretamente, não se mexem 
porque, já imaginou se se convier que isso não é mesmo seguro? Vai passar 
uma insegurança geral e eu posso me prejudicar. Que que eu vou fazer depois, 
vender amendoim na praça? E se a minha empresa perder esse contrato, com 
minha ajuda ? Eu é que vou para a rua...

Esse tipo de atitude ficou-me bem claro no dia em que apresentei o site do 
votoseguro, o manifesto, um monte de artigos e livros que tenho a respeito a 
um amigo que trabalha na USP (!) daqui.
Pois foi exatamente esse o raciocínio que ele empregou, verdadeiro ou não.
A princípio e a meio, concordou com tudo, mesmo sem grande entusiasmo.
No final, quando pressionei para que assinasse o manifesto, recuou direto:
Concordo com tudo que vi e li. Mas só na teoria, na essência da coisa, não 
participo pessoalmente, não assino nada...
Porque se um superior meu vir que assinei e ele não compartilhar da idéia, 
ou até por outros motivos quiser me ferrar, isso vai ser uma arma na mão 
dele. Vou sofrer perseguições como ocorreu com Fulano de Tal ou Cicrano, por 
muito menos disso aí. E se eu perder a minha colocação, que que eu faço ? 

Experiência viva, vivida, vívida e chorada.
De alguns meses atrás.
Conclusão: consertar mesmo pode incomodar muita gente. Muitas mais do que a 
princípio podemos imaginar.

Mas explicita um pouco da nossa dificuldade em corrigir o que está errado.
Mesmo sabendo todos, como sabemos, que há muita coisa escancaradamente 
errada.

Cordioli
- Original Message - 
From: Fernando Lima [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, October 19, 2004 2:50 PM
Subject: [VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa


Olá,
Existe uma questão interessante sobre o sistema de votação eletrônica
no Brasil que talvez não tenha sido discutido nessa lista.
Desde que eu começei a ler sobre a insegurança de nossas urnas e
entender dos porques, passei a conversar sobre o problema com meus
colegas de trabalho e amigos que como eu trabalham com tecnologia de
Informação (Popularmente conhecido como informática).
Meus amigos são analistas de sistemas, administradores de rede, banco
de dados etc... acostumados a trabalharem em grandes sistemas e com
alguma experiência em segurança da informação. Posso dizer que não são
leigos em tecnologia entendendo suas vantagens e desvantagens. Mas,
curiosamente, 99 % deles não consideravam o sistema de votação
eletrônico brasileiro inseguro.
Em conversas com eles, quase todos consideravam nossa solução
excelente porque acabou com a fraude do processo manual. Nenhum
deles parou para pensar nas diferenças entre os sistemas que eles
trabalham e o sistema de votação eletrônica que, como sabemos, possuí
características únicas que dificultam a auditoria da informação.
No meu entendimento, acho que que precisamos capturar corações e
mentes das pessoas consideradas pela mídia como as que entendem do
assunto, isto é, os profissionais de informática.
Se um jornalista prentende fazer uma reportagem sobre urnas
eletrônicas e todas as suas fontes (amigos e colegas) que trabalham
com informática disserem que a urna é segura, não vai ser um
desconhecido, por mais qualificado que seja, que irá mudar sua visão.
O que vocês acham ?

On Mon, 18 Oct 2004 19:22:16 -0200, Amilcar Brunazo Filho
[EMAIL PROTECTED] wrote:
Olá,
Enviei as seguintes respostas aos comentários que foram colocados na 
página
do Relatório Alfa

Amilcar

Resposta 1: ao comentário do Vicent
Acho que é muito grave quando um funcionário da empresa fabricante das
urnas-e brasileiras comparece para desinformar o eleitor.
O Vicent está totalmente equivocado pois:
- O Sistema VirtuOS é usado apenas nas urnas-e modelo 1998 e 2000 (ambas
fornacidas pela Diebold/Procomp)
Nas urnas modelo 2002 (da Unisys) e 2004 (da Diebold/Procomp) se utiliza 
o
sistema Windows CE.

- O VirtuOS NÂO FOI desenvolvido pela Procomp, coisa nenhuma. Foi
desenvolvido e é de propriedade da MICROBASE.
O código-fonte do VirtuOS, que está em umas 300 mil urnas, NUNCA FOI 
ABERTO
para exame ou conferência

[VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa

2004-10-19 Por tôpico Francisco
E ainda há quem defenda o fim do sigilo do voto.
- Original Message - 
From: Luiz [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, October 19, 2004 10:33 PM
Subject: [VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa


Prezado Fernando.
No fundo, no fundo, conscientemente ou não, esse problema que V. cita, de 
experts de áreas técnicas em geral e/ou informática que não atinam (ou 
dizem que não atinam) para a gravidade das atuais possibilidades e não se 
mexem, na linha do não é comigo, não é problema meu, parece-me que possa 
ter explicação parcial com aquela famosa tese de marcar território, 
muito presente no reino animal, por exemplo gatos e cachorros, que 
delimitam seu espaço com seus cheirosos e espantadores xixis...

Muitos dos que poderiam endossar tudo o que falamos e aumentar as pressões 
na medida de suas capacidades próprias, podem estar-se omitindo por verem 
ameaçados os seus territórios profissionais.
Nessas quadras graves que atravessamos, convenha, é, de fato, muito 
melindroso.
Ameaças diretas ou indiretas e, pelo menos por enquanto, apenas 
profissionais.

Muitos deles, em empresas interessadas direta ou indiretamente, não se 
mexem porque, já imaginou se se convier que isso não é mesmo seguro? Vai 
passar uma insegurança geral e eu posso me prejudicar. Que que eu vou 
fazer depois, vender amendoim na praça? E se a minha empresa perder esse 
contrato, com minha ajuda ? Eu é que vou para a rua...

Esse tipo de atitude ficou-me bem claro no dia em que apresentei o site do 
votoseguro, o manifesto, um monte de artigos e livros que tenho a respeito 
a um amigo que trabalha na USP (!) daqui.
Pois foi exatamente esse o raciocínio que ele empregou, verdadeiro ou não.
A princípio e a meio, concordou com tudo, mesmo sem grande entusiasmo.
No final, quando pressionei para que assinasse o manifesto, recuou direto:
Concordo com tudo que vi e li. Mas só na teoria, na essência da coisa, 
não participo pessoalmente, não assino nada...
Porque se um superior meu vir que assinei e ele não compartilhar da idéia, 
ou até por outros motivos quiser me ferrar, isso vai ser uma arma na mão 
dele. Vou sofrer perseguições como ocorreu com Fulano de Tal ou Cicrano, 
por muito menos disso aí. E se eu perder a minha colocação, que que eu 
faço ? 

Experiência viva, vivida, vívida e chorada.
De alguns meses atrás.
Conclusão: consertar mesmo pode incomodar muita gente. Muitas mais do que 
a princípio podemos imaginar.

Mas explicita um pouco da nossa dificuldade em corrigir o que está errado.
Mesmo sabendo todos, como sabemos, que há muita coisa escancaradamente 
errada.

Cordioli
- Original Message - 
From: Fernando Lima [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, October 19, 2004 2:50 PM
Subject: [VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Comentários no Relatório 
Alfa


Olá,
Existe uma questão interessante sobre o sistema de votação eletrônica
no Brasil que talvez não tenha sido discutido nessa lista.
Desde que eu começei a ler sobre a insegurança de nossas urnas e
entender dos porques, passei a conversar sobre o problema com meus
colegas de trabalho e amigos que como eu trabalham com tecnologia de
Informação (Popularmente conhecido como informática).
Meus amigos são analistas de sistemas, administradores de rede, banco
de dados etc... acostumados a trabalharem em grandes sistemas e com
alguma experiência em segurança da informação. Posso dizer que não são
leigos em tecnologia entendendo suas vantagens e desvantagens. Mas,
curiosamente, 99 % deles não consideravam o sistema de votação
eletrônico brasileiro inseguro.
Em conversas com eles, quase todos consideravam nossa solução
excelente porque acabou com a fraude do processo manual. Nenhum
deles parou para pensar nas diferenças entre os sistemas que eles
trabalham e o sistema de votação eletrônica que, como sabemos, possuí
características únicas que dificultam a auditoria da informação.
No meu entendimento, acho que que precisamos capturar corações e
mentes das pessoas consideradas pela mídia como as que entendem do
assunto, isto é, os profissionais de informática.
Se um jornalista prentende fazer uma reportagem sobre urnas
eletrônicas e todas as suas fontes (amigos e colegas) que trabalham
com informática disserem que a urna é segura, não vai ser um
desconhecido, por mais qualificado que seja, que irá mudar sua visão.
O que vocês acham ?

On Mon, 18 Oct 2004 19:22:16 -0200, Amilcar Brunazo Filho
[EMAIL PROTECTED] wrote:
Olá,
Enviei as seguintes respostas aos comentários que foram colocados na 
página
do Relatório Alfa

Amilcar

Resposta 1: ao comentário do Vicent
Acho que é muito grave quando um funcionário da empresa fabricante das
urnas-e brasileiras comparece para desinformar o eleitor.
O Vicent está totalmente equivocado pois:
- O Sistema VirtuOS é usado apenas nas urnas-e modelo 1998 e 2000 (ambas
fornacidas pela Diebold/Procomp)
Nas urnas modelo 2002 (da Unisys) e 2004 (da Diebold/Procomp

[VotoEletronico] Comentários no Relatório Alfa

2004-10-18 Por tôpico Amilcar Brunazo Filho
Olá,
Enviei as seguintes respostas aos comentários que foram colocados na página 
do Relatório Alfa

Amilcar

Resposta 1: ao comentário do Vicent
Acho que é muito grave quando um funcionário da empresa fabricante das 
urnas-e brasileiras comparece para desinformar o eleitor.

O Vicent está totalmente equivocado pois:
- O Sistema VirtuOS é usado apenas nas urnas-e modelo 1998 e 2000 (ambas 
fornacidas pela Diebold/Procomp)
Nas urnas modelo 2002 (da Unisys) e 2004 (da Diebold/Procomp) se utiliza o 
sistema Windows CE.

- O VirtuOS NÂO FOI desenvolvido pela Procomp, coisa nenhuma. Foi 
desenvolvido e é de propriedade da MICROBASE.
O código-fonte do VirtuOS, que está em umas 300 mil urnas, NUNCA FOI ABERTO 
para exame ou conferência dos partidos políticos. Ou seja, nas urnas-e, há 
código fechado.

- Nos EUA, neste ano, 1/3 do eleitorado votará em máquinas eletrônicas de 
votar. A Própria Diebold, empresa do Vicent, é uma das maiores fornecedoras 
de urnas-e nos EUA.
Em 10 Estados americanos, urnas-e como a brasileira que não imprimem o voto 
para conferência do eleitor, está ou estará proibida até 2006.

- Foi exatamente por causa de afirmações mentirosas dadas por seus 
funcionários, como as que o Vicent afirmou aqui, que a Diebold foi BANIDA 
como fornecedora de urnas-e no Estado da Califórnia em março de 2004 e está 
sendo processada.

Parece que o costume de mentir da matriz americana, chegou a filial brasileira.
--
Resposta 2: comentários em geral
O Vicent, para defender as urnas inauditáveis brasileiras recorre a 
mentiras (como está descrito na minha resposta ao seu primeiro comentário).

O Vinícius recorre a argumentos absolutamente equivocados. Dizer que os 
fiscais conferem os votos! Que bobagem!

Conferir o que com o que, se não há os votos conferidos por cada eleitor 
para servir de base de recontagem?

A Zérésima não prova absolutamente nada. É facílimo fazer um programa que 
imprime a zerésima e depois desvia votos.

Neste ano, o PT e o PDT solitaram permissão ao TSE para fazerem testes de 
resistência a ataques nos esquenas de segurança das urnas-e.

O TSE não permitiu que os testes fossem feitos, mas esconde esta proibição 
do público.

Como se pode afirmar que o sistema não pode ser fraudado se não se permite 
a ninguém testá-los?

[ ]s
 Eng.  Amilcar Brunazo Filho - Santos, SP
SE A URNA NÃO IMPRIMIR, SEU VOTO PODE SUMIR!
SEI EM QUEM VOTEI, ELES TAMBÉM,
MAS SÓ ELES SABEM QUEM RECEBEU MEU VOTO.
Assine o manifesto pela segurança
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