[VotoEletronico] Doce de criança
Lut, At 20:10 21/10/02 -0300, you wrote: Olha, eu já ouvi o Amilcar falar sobre isso, de colocar o BU na rede. Só não imagino como operacionalizar isso. Tb não imagino, se a gente fala em segurança e já tem tantos furos que não são nossa culpa (cidadãos preocupados com o voto-e), pra onde vai a segurança disso, digitar, scanear, ou seja lá o que for com os BU's. A idéia que apresentei ao TSE em março e em junho é simples demais e soluciona a questão da totalização paralela. Não precisa escanear nada. O BU de cada seção é transmitido ao TRE assim que odisquete dá entrada e é aprovado pelo sistema gerenciator da totalização. Quer dizer , os dados já estão lá dentro dos computadores do TRE, digitados e conferidos. Basta o TRE disponibiliza-los na Internet. Só isso! Não tem nenhum trabalho a mais. A única condição de segurança a atender é que o computador do TRE, onde estão os BU, não está conectado à Internet no dia da eleição; Basta, então, copiar os BUs em CDROM, e passá-los fisicamente a um computador na Internet. Este procedimento pode ser feito em menos de 10 minutos por um único operador em cada TRE. Não aumenta custo, nem riscos e torna viável a conferência estatistica da totalização feita por agentes independentes da justiça eleitoral, os partidos, que poderiam mandar seus fiscais de seção eleitoral conferirem os BU impressos, que teriam pego nas seções, com os publicados na Internet pela Justiça eleitoral.. Simples, prático, eficiente e negado pelos técnicos do TSE que prometeram, falaram enrolaram, mas não aceitaram fazer... Por que? Voce sabe o porquê do TSE se recusar a publicar os BU na Internet, Lut? Certamente esta decisão não é fruto de quem esteja preocupado com a transparência do processo. []s , Amilcar __ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __
[VotoEletronico] RES: [VotoEletronico] Doce de criança
Tem mais uma coisa: a quinta via de BU deve ser afixada no local da seção. Mas para quê, se no dia seguinte da eleição ela é logo depositada no lixo? Por que então não se colocam estes BU's escaneados na internet, com as rubricas dos mesários? GIL. -Mensagem original- De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:voto-eletronico-owner@;pipeline.iron.com.br]Em nome de Amilcar Brunazo Filho Enviada em: quinta-feira, 17 de outubro de 2002 11:49 Para: [EMAIL PROTECTED] Assunto: [VotoEletronico] Doce de criança Olá Lut e Eneida, Permitam-me por a mão nesta discussão sobre os BUs e o comitê interpartidário. Primeiro, que se diga que existem comitês interpartidário em todos os niveis da justiça eleitoral onde há atividade de apuração. Então, tem o comitê em cada junta de apuração em cada cidade (e até vários por cidade) e um comite junto a Junta Estadual. Alguns destes comitês funcionam muito bem, com os representantes dos partidos se entendendo e colaborando entre si, mas a grande maioria prevalece a disputa eleitoral local com o presidente do comitê (que é nomeado pelo juiz local, nem sempre isento de ligações políticas) discriminando descaradamente e até sabotando os demais representantes de partidos concorrentes. Isto é a realidade. É o Brasil. Para ilustrar onde quero chegar lembro um caso que soube outro dia. Um diplomata brasileiro estava passeando a pé em Genebra, num dia de eleições na Suiça, ao lado de um diplomata de lá. Estranhou não haver propaganda política, cartases, panfletos e nem trabalho de boca de urna. Perguntou como se explicava aquela calma e ordem em dia de eleição e lhe foi explicado que era assim mesmo que as coisas aconteciam lá. Haviam urnas para receber os votos em determinadas esquinas e os eleitores do local iam lá e depositavam os seus votos. O diplomata brasileiro perguntou atônito: - E quem impede que algum eleitor vá lá e vote duas vezes?!!! Ouviu como resposta outra pergunta atônita do representante suiço: - E quem iria querer fazer isso?!!! Pois é Lut, supor que a fiscalização do processo eleitoral (especificamente a totalização paralela por meio da coleta e soma das BUs) só possa ser feita depois que todos as rivalidades políticas regionais (muitas vezes com juras de morte) forem atenuadas e resolvidas, na prática, é uma forma de impedir que haja fiscalização do processo eleitoral, pois estamos no Brasil e não na Suiça. Agora, cá entre nós, o TSE decidir que a fiscalização eleitoral externa (no caso, a totalização paralela) deva ser limitada e até tolhida por que, apesar da sua "liderança mundial" em tecnologia eleitoral, apesar do Brasil ser fornecedor de madeira para o mundo, dizer que não há papel para imprimir BU, é dose!!! É muita cara de pau! (e quem repetir este argumento corre o risco de ser visto como mal intensionado.) Para quem não leu o livro Burla eletrônica, eu sugiro ler a fala do procurador Celso Três, quando ele comenta sobre esta arrogância de membros da justiça eleitoral que insistem em estabelecer e dar ordens os fiscais em lugar de cumprir a lei que estabelece a plena transparência do processo eleitoral. Ele considera esta atitude uma verdadeira usurpação de direitos do eleitor e dos candidatos por estes membros da justiça eleitoral (nos quais você, Lut, não se inclui, diga-se para o bem da verdade) [ ]s Amilcar At 18:15 16/10/02 -0300, you wrote: >Agora eu vou ser um pouquinho cáustico, pois infelizmente, aquela coisa do >"Comitê Interpartidário" não funciona em alguns locais por pura falta de >educação, organização, politização e maturidade. Por que a via do Comitê é >de todos os partidos. Imaginem se o nosso sistema fosse como o da Alemanha, >onde os partidos fazem a eleição e a justiça (comum) apenas dirime as >dúvidas!? Nem um BU eles sabem compartilhar. > >Mas o problema não é só esse. A orientação dada aos treinadores de mesários >era a de que fosse esclarecido aos fiscais que a via do Comitê era de todo >mundo. Se o Comitê não se entendesse, que fossem emitidas as demais cinco >vias. Mas aí há aquela velha história do telefone sem fio, a ponto de o >chefe de cartório orientar alguém a não emitir nada além dos cinco BUs. Está >errado, como responsável pelo treinamento de mesários em todo o estado de >São Paulo, não dei essa orientação pra ninguém e também acredito que ninguém >da minha equipe o fez. Além disso, todos hão de concordar que a limitação a >+ cinco privilegia os mais espertos. Quem pedir primeiro (e o mesário >estiver bem treinado e consciente) leva. Não acho justo isso, por isso >considero que o Comitê deveria funcionar melhor, até num esforço >interpartidário de apuração paralela. Infelizmente o que reina por aqui é o >salve-se quem puder e quem puder prejudique o outro... > >Bem, espero que no segundo turno isso seja um pouco melhor. Exijam seus >BUs []s , Amilcar __
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Olá Lut e Eneida, Permitam-me por a mão nesta discussão sobre os BUs e o comitê interpartidário. Primeiro, que se diga que existem comitês interpartidário em todos os niveis da justiça eleitoral onde há atividade de apuração. Então, tem o comitê em cada junta de apuração em cada cidade (e até vários por cidade) e um comite junto a Junta Estadual. Alguns destes comitês funcionam muito bem, com os representantes dos partidos se entendendo e colaborando entre si, mas a grande maioria prevalece a disputa eleitoral local com o presidente do comitê (que é nomeado pelo juiz local, nem sempre isento de ligações políticas) discriminando descaradamente e até sabotando os demais representantes de partidos concorrentes. Isto é a realidade. É o Brasil. Para ilustrar onde quero chegar lembro um caso que soube outro dia. Um diplomata brasileiro estava passeando a pé em Genebra, num dia de eleições na Suiça, ao lado de um diplomata de lá. Estranhou não haver propaganda política, cartases, panfletos e nem trabalho de boca de urna. Perguntou como se explicava aquela calma e ordem em dia de eleição e lhe foi explicado que era assim mesmo que as coisas aconteciam lá. Haviam urnas para receber os votos em determinadas esquinas e os eleitores do local iam lá e depositavam os seus votos. O diplomata brasileiro perguntou atônito: - E quem impede que algum eleitor vá lá e vote duas vezes?!!! Ouviu como resposta outra pergunta atônita do representante suiço: - E quem iria querer fazer isso?!!! Pois é Lut, supor que a fiscalização do processo eleitoral (especificamente a totalização paralela por meio da coleta e soma das BUs) só possa ser feita depois que todos as rivalidades políticas regionais (muitas vezes com juras de morte) forem atenuadas e resolvidas, na prática, é uma forma de impedir que haja fiscalização do processo eleitoral, pois estamos no Brasil e não na Suiça. Agora, cá entre nós, o TSE decidir que a fiscalização eleitoral externa (no caso, a totalização paralela) deva ser limitada e até tolhida por que, apesar da sua "liderança mundial" em tecnologia eleitoral, apesar do Brasil ser fornecedor de madeira para o mundo, dizer que não há papel para imprimir BU, é dose!!! É muita cara de pau! (e quem repetir este argumento corre o risco de ser visto como mal intensionado.) Para quem não leu o livro Burla eletrônica, eu sugiro ler a fala do procurador Celso Três, quando ele comenta sobre esta arrogância de membros da justiça eleitoral que insistem em estabelecer e dar ordens os fiscais em lugar de cumprir a lei que estabelece a plena transparência do processo eleitoral. Ele considera esta atitude uma verdadeira usurpação de direitos do eleitor e dos candidatos por estes membros da justiça eleitoral (nos quais você, Lut, não se inclui, diga-se para o bem da verdade) [ ]s Amilcar At 18:15 16/10/02 -0300, you wrote: Agora eu vou ser um pouquinho cáustico, pois infelizmente, aquela coisa do "Comitê Interpartidário" não funciona em alguns locais por pura falta de educação, organização, politização e maturidade. Por que a via do Comitê é de todos os partidos. Imaginem se o nosso sistema fosse como o da Alemanha, onde os partidos fazem a eleição e a justiça (comum) apenas dirime as dúvidas!? Nem um BU eles sabem compartilhar. Mas o problema não é só esse. A orientação dada aos treinadores de mesários era a de que fosse esclarecido aos fiscais que a via do Comitê era de todo mundo. Se o Comitê não se entendesse, que fossem emitidas as demais cinco vias. Mas aí há aquela velha história do telefone sem fio, a ponto de o chefe de cartório orientar alguém a não emitir nada além dos cinco BUs. Está errado, como responsável pelo treinamento de mesários em todo o estado de São Paulo, não dei essa orientação pra ninguém e também acredito que ninguém da minha equipe o fez. Além disso, todos hão de concordar que a limitação a + cinco privilegia os mais espertos. Quem pedir primeiro (e o mesário estiver bem treinado e consciente) leva. Não acho justo isso, por isso considero que o Comitê deveria funcionar melhor, até num esforço interpartidário de apuração paralela. Infelizmente o que reina por aqui é o salve-se quem puder e quem puder prejudique o outro... Bem, espero que no segundo turno isso seja um pouco melhor. Exijam seus BUs []s , Amilcar __ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __
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Gil, At 12:43 11/10/02 -0300, Gil wrote: 2) Continuo frisando que, entre outros problemas, a identidade do eleitor deve acompanhar o título para ele votar. E MAIS: a lista de votação NÃO DEVE INDICAR O NÚMERO COMPLETO DO TÍTULO DO ELEITOR, pois esta lista com a informação explícita do nº de todos os títulos propicia aquela "carreirinha eletrônica" por mesários corrompíveis. Vide aquilo que foi dito pelo candidato aí, que foi convocado a ser presidente de mesa. Na minha opinião (me parece até que o Jobim disse que faria isso, porém mais uma vez SE DESDISSE), quem não tiver os dois (VOU ATÉ ALÉM: o eleitor deveria apresentar título, identidade E COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA), não deve mais votar. Deve simplesmente justificar sua abstenção, via lotéricas ou via correios, DEPOIS DO DIA DA VOTAÇÃO. Pelo Código eleitoral , art. 146, inciso VI, o eleitor tem direito de votar MESMO QUE NÃO ESTEJA PORTANDO O SEU TÍTULO. O direito de votar se sobrepõe às necessidades informáticas do TSE. O TSE deveria adaptar a urna ao CE e não o contrário. []s , Amilcar __ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __
[VotoEletronico] ENC: [VotoEletronico] Re:[VotoEletronico] Doce de criança
-Mensagem original- De: GIL CARLOS [SMTP:[EMAIL PROTECTED]] Enviada em: Quarta-feira, 9 de Outubro de 2002 18:58 Para: '[EMAIL PROTECTED]' Assunto:RES: [VotoEletronico] Re:[VotoEletronico] Doce de criança Algumas considerações: 1) O mesário pode ter se enganado sim. Acontece (e muito) o seguinte: - 1º -O eleitor não traz o seu título, traz outro documento de identidade. - 2º -O secretário retira o número daquele recibo de votação, que é picotado da lista de eleitores, e o entrega para o presidente da mesa digitar o nº do título que o eleitor não trouxe. Só que ele pode se enganar e passar o recibo do eleitor logo abaixo ou logo acima. No meu caso, eu quase passei o de um irmão do eleitor que iria votar, já que os dois caras tinham pré-nomes e sobrenomes idênticos, com diferenças em uma ou duas letras do segundo nome (tipo: José Márcio Silva, irmão de José Marco Silva). 2) Continuo frisando que, entre outros problemas, a identidade do eleitor deve acompanhar o título para ele votar. E MAIS: a lista de votação NÃO DEVE INDICAR O NÚMERO COMPLETO DO TÍTULO DO ELEITOR, pois esta lista com a informação explícita do nº de todos os títulos propicia aquela "carreirinha eletrônica" por mesários corrompíveis. Vide aquilo que foi dito pelo candidato aí, que foi convocado a ser presidente de mesa. Na minha opinião (me parece até que o Jobim disse que faria isso, porém mais uma vez SE DESDISSE), quem não tiver os dois (VOU ATÉ ALÉM: o eleitor deveria apresentar título, identidade E COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA), não deve mais votar. Deve simplesmente justificar sua abstenção, via lotéricas ou via correios, DEPOIS DO DIA DA VOTAÇÃO. 3) Eleições majoritárias não precisam de urnas eletrônicas. Basta apenas que os mesários apurem as urnas na presença de eleitores e fiscais, imediatamente após o encerramento das votações. A eleição do segundo turno, por exemplo, seria muito mais barata e confiável pelo método convencional. Se quiserem um método rápido, porém menos convencional, poderíamos usar o sistema de leitura ótica no segundo turno. Aliás, se as eleições para o senado também são majoritárias, por que não há segundo turno para Senador? Amanhã faço outros comentários, pois já está na hora de pegar meu ônibus para o Rio. GIL, de Volta Redonda-RJ. -Mensagem original- De: mcdebate [SMTP:[EMAIL PROTECTED]] Enviada em: Quarta-feira, 9 de Outubro de 2002 10:14 Para: [EMAIL PROTECTED] Assunto:[VotoEletronico] Re:[VotoEletronico] Doce de criança Meu caro Maneschy, tudo bem? Uma pequena correção: o TSE este ano entregou, em CD-ROM, a relação de votos por urna. O arquivo veio num formato um pouco diferente do que eles haviam dito, mas deu para extrair. É bom que se diga que o prazo de impugnação já está esgotado. Este foi o verdadeiro sentido da proclamação do resultado pelo TSE, mesmo ANTES do final da apuração. O argumento usado pelo TSE foi o de facilitar a vida dos dois candidatos e permitir que a campanha fosse iniciada imediatamente. Os próprios candidatos (Lula e Serra) fizeram um acordo para só começarem a fazer campanha segunda-feira. O Jefferson tem razão quando diz que a fraude não se limita àquela existente no próprio sistema (embora esta seja a fundamental). No Rio de Janeiro, em Santa Tereza (sem desmerecer, não estou me referindo à perifeira de Varre-e- Sai) havia mesários fazendo a tal "colinha" que o TSE instituiu. Além de instituir a colinha, o TSE quis botar o Exército para prender (violando as atribuições constitucionais) quem estivesse fazendo boca-de-urna. Pois bem, houve caso de uma senhora (com jeito de não saber como votar, demonstrando insegurança) dizer que iria votar em Brizola e mostrou a colinha recebida para uma outra pessoa visualmente identificada com Brizola (boné, etc). Surpresa! Surpresa? O voto era para Crivela e Sérgio Cabral. Qual a materialidade da denúncia? Nenhuma. Outra ação sistemática: a dificuldade criada para a obtenção, por parte dos partidos políticos, do BU. Pelo menos no Rio de Janeiro. Em Santa Tereza, mesários jogavam para o alto (literalmente) a determinação do TRE para que os boletins fossem entregues. Apenas diziam que havia sido revogada (a determinação datava de 05/10/2002). E há caso de partidos que ficaram com a presidência da interpartidária regional (não estadual) e ficaram com todas as cópias dos boletins, impedindo o acesso aos mesmos por parte dos demais partidos. Apenas para esclarecer, não foi do pessoal do Serra. Aliás, no Rio de Janeiro, nenhum dos partidos que apóiam Serra demonstrou interesse em participar dos comitês, exceto do Estadual. Certamente eles já estavam bem representados por funcionários, quiçá juízes, da Justiça Eleitoral. Eu tenho muitos amigos brizolistas e outros anti-brizolistas (para quem não é do Rio, explico: esta divisão, ou seja, Brizola como referencial,
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Oi Eneida, At 17:15 10/10/02 -0300, you wrote: >Fui presidente de mesa, e recebi um manual do TRE e uma apostila do >cartório, que às vezes eram conflitantes. Essa apostila dizia, por >exemplo, que não era necessário afixar uma cópia do BU na escola (contrário >ao que dizia o manual), que deveria ser entregue essa cópia aos >supervisores, que eles se encarregariam de afixar. Não houve, na minha >seção, instrução de que os boletins não fossem entregues aos fiscais. >Houve sim, uma recomendação de que não se imprimisse muitos BU's além dos 5 >exigidos (3 em envelope lacrado, 1 entregue ao supervisor, e 1 entregue aos >fiscais), porque não haveria papel suficiente na impressora, mas foi >impresso, na minha seção, o BU para os fiscais. De que forma lhe foi passada a "recomendação" para não imprimir muitas BUs "para não faltar papel para o segundo turno"? Quem lhe deu esta recomendação? Foi durante o treinamento? No TRE ou no Cartório? Foi o juiz ou funcionário dop Cartório? (desculpe tantas perguntas, Eneida, mas estou realmente curioso para saber por que tantos mesários se recusavam terminantemente a entregar cópia da BU e também a registrar na ata a recusa) Outra pergunta. Os presidentes de mesa foram informados do art. 68 da lei 9.504 que tipifica como crime a não entrega do BU ao fiscal? Veja: "Lei 9.504/97 (lei eleitoral em vigor) Art. 68. O boletim de urna, segundo o modelo aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral, conterá os nomes e os números dos candidatos nela votados. § 1o O Presidente da Mesa Receptora é obrigado a entregar cópia do boletim de urna aos partidos e coligações concorrentes ao pleito cujos representantes o requeiram até uma hora após a expedição. § 2o O descumprimento do disposto no parágrafo anterior constitui crime, punível com detenção, de um a três meses, com a alternativa de prestação de serviço à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de um mil a cinco mil UFIR." Será que os presidentes de mesa que se recusaram a entregar os BUs, para a tender a recomendação, sabiam que podem ser presos por isto? []s , Amilcar __ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __
[VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Re:[VotoEletronico] Doce de criança
- Original Message - From: "Jefferson Abreu" <[EMAIL PROTECTED]> To: <[EMAIL PROTECTED]> Sent: Thursday, October 10, 2002 2:12 AM Subject: Re: [VotoEletronico] Re:[VotoEletronico] Doce de criança > Naõ consegui enviar resposta no e-mail anterior que discutímos, vou mandar a > resposta neste. > > > mcdebate, > É quase impossível se discutir uma questão tão "intrauterina" como o uso de > um sistema eletrônico fraudador de votos das eleições, em plena eleição, sem > discutir o aspecto político e até partidário, contra o instrumento que > possibilita a fraude, sem citar políticos e sem tomar partido daqueles que > são nossos aliados nesta causa. É impossível, já que a decisão de modificar > os erros, de tornar todo o processo eleitoral viável, seguro e que cumpra > sua finalidade, é eminentemente dos políticos, prós e contras, como também é > impossível não citar o nome deles, sem tomar partido contra ou a favor dos > que são contra ou a favor da Causa. > O aspecto político é o que temos que vencer, é a luta política que deve ser > conquistada independente de partido, mas com a finalidade da inclusão de > todos os partidos a favor da Causa, que é a Democratização do Brasil. > > Os aspectos técnicos já estão convincentes e COMPROVADOS, as falhas já foram > detectadas, inclusive pelos auditores contratados do TSE, a UNICAMP. O mais > importante é que as soluções são simples e fáceis de serem implantadas, mas > o TSE se nega a aplica-las. Isto é que denuncia e prova a má fé! > Eu não tenho capacidade de discutir as questões técnicas do processo > eletrônico da votação, isto é da alçada dos técnicos e especialistas que > fazem parte da Lista, como o moderador Amílcar e outros. > Mas com os conhecimentos de ossuário de informática e com o conhecimento da > opinião dos técnicos e da impossibilidade de se ter segurança em se tratando > de informática, justamente pela sua "robustez" e as infinitas > possibilidades, que é o que caracteriza a grande utilidade da informática e > que também possibilita a fraude, são estes fatos que me convencem. > Eu participo desta Lista justamente para discutir os aspectos políticos e > para tentar aprender dos técnicos alguma coisa sobre o caráter técnico do > Processo eletrônico. > > Quanto a usar o exemplo de SC, realmente acabei excedendo minhas posições > políticas e preferências de candidatos e peço desculpas, mas não foi tão > intencional como pôde parecer. Mas fiz porque citei imparcialmente em e-mail > anterior e tentando ser imparcial, em determinado momento o texto deu a > impressão que eu seria contra o meu candidato. > > Por outro lado, não posso deixar de tomar partido em favor à eleição de > Lula, tanto pelo futuro do Brasil e dos brasileiros por questões óbvias, > quanto para impedir que os agentes da fraude eleitoral imponham o opositor > de Lula, este impostor, representante do grupo de traidores da Pátria, > chamado José Serra. > Sendo eu democrata, não poderia aceitar a fraude, mesmo que o beneficiário > da fraude fosse meu candidato, sendo isto contra a vontade da maioria da > população. > > A intenção de fraude por parte de José Serra é evidente, como já demonstra > em declarações e contas manipulando números, de que os eleitores de > Garotinho e Ciro irão votar nele, o impostor. Isto é uma grande mentira e o > povo nas ruas ou nas cavernas não vão aceitar. Apenas muito poucos eleitores > de Ciro podem votar em Serra, mas a maioria esmagadora dos eleitores de > Garotinho votarão em Lula e até os que não foram votar se abstendo do voto, > que em protesto não votaram, irão votar em Lula para garantir a oposição à > Serra e tudo o que ele representa. > > Jefferson Abreu > > > > - Original Message - > From: "mcdebate" <[EMAIL PROTECTED]> > To: <[EMAIL PROTECTED]> > Sent: Wednesday, October 09, 2002 10:13 AM > Subject: [VotoEletronico] Re:[VotoEletronico] Doce de criança > > > > Meu caro Maneschy, tudo bem? > > > > Uma pequena correção: o TSE este ano entregou, em CD-ROM, a > > relação de votos por urna. O arquivo veio num formato um > > pouco diferente do que eles haviam dito, mas deu para extrair. > > É bom que se diga que o prazo de impugnação já está esgotado. > > Este foi o verdadeiro sentido da proclamação do resultado > > pelo TSE, mesmo ANTES do final da apuração. O argumento usado > > pelo TSE foi o de facilitar a vida dos dois candidatos e > > permitir que a campanha fosse iniciada imediatamente. Os > > próprios candidatos (Lula e Serra) fizeram um acordo para só > > começarem a fazer campanha segunda-feira. > > > > O Jefferson tem razão quando diz que a fraude não se limi
[VotoEletronico] Re:[VotoEletronico] Doce de Criança II
Calma, Maneschy! Manuel Pinheiro, não! Conheço dois Manoel Pinheiro: eu e aquele de Cuba. O pastor do casal é Manoel Ferreira. :)) Manoel Carlos. *** De: Osvaldo Maneschy Para: Voto Eletronico Data: 09/10/2002 09:48 Assunto: [VotoEletronico] Doce de Criança II Cometi uma imensa injustiça que quero reparar. Tinha muito mais gente do PDT correndo atrás e duas delas, pelo menos, quero citar. O Manoel Carlos, analista de sistemas e filiado ao PDT, que acompanhou de cabo a rabo, também, a tal votaçao paralela inventada pelo Casagrande, lá em Brasília, que segundo Jobim seria "mais uma garantia" da integridade do sistema, acho que Manoel Carlos pode explicar melhor para voces o que aconteceu na paralela, e a Dra. Denize Trindade, que correu atrás - muito - dessas coisas também. Ainda no jurídico do PDT, tenho que citar a Rita, a Mara, o Bruno e va'rios outros advogados que sairam atrás - como a Elzinha que estava conosco la no TRE-RJ, correndo atras. Enfim, Brizola estava em quinto lugar na pesquisas - eles erraram a mao na fraude, puseram Brizola em sexto, abaixo de um tal de Manuel Pinheiro que ninguém no Rio de Janeiro conhece - mas nos corremos atrás. E na pior das hipóteses, estamos aqui - junto com a Cida e o Brunazo - para contar a historia. Brunazo fez mais: correu atra's também em Santos e em Sáo Paulo. A eleiçao de Saó Paulo, para quem nao sabe que Jobim gosta de uma lorota, também foi impgunada - toda - pelo PDT. A Dra. Cida pode passar cópia da açao para voces. Ou o próprio Amilcar. Abraço. --- UOL Eleições 2002 - Todos os lances da disputa política http://eleicoes.uol.com.br/ __ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __
[VotoEletronico] Re:[VotoEletronico] Doce de criança
Meu caro Maneschy, tudo bem? Uma pequena correção: o TSE este ano entregou, em CD-ROM, a relação de votos por urna. O arquivo veio num formato um pouco diferente do que eles haviam dito, mas deu para extrair. É bom que se diga que o prazo de impugnação já está esgotado. Este foi o verdadeiro sentido da proclamação do resultado pelo TSE, mesmo ANTES do final da apuração. O argumento usado pelo TSE foi o de facilitar a vida dos dois candidatos e permitir que a campanha fosse iniciada imediatamente. Os próprios candidatos (Lula e Serra) fizeram um acordo para só começarem a fazer campanha segunda-feira. O Jefferson tem razão quando diz que a fraude não se limita àquela existente no próprio sistema (embora esta seja a fundamental). No Rio de Janeiro, em Santa Tereza (sem desmerecer, não estou me referindo à perifeira de Varre-e- Sai) havia mesários fazendo a tal "colinha" que o TSE instituiu. Além de instituir a colinha, o TSE quis botar o Exército para prender (violando as atribuições constitucionais) quem estivesse fazendo boca-de-urna. Pois bem, houve caso de uma senhora (com jeito de não saber como votar, demonstrando insegurança) dizer que iria votar em Brizola e mostrou a colinha recebida para uma outra pessoa visualmente identificada com Brizola (boné, etc). Surpresa! Surpresa? O voto era para Crivela e Sérgio Cabral. Qual a materialidade da denúncia? Nenhuma. Outra ação sistemática: a dificuldade criada para a obtenção, por parte dos partidos políticos, do BU. Pelo menos no Rio de Janeiro. Em Santa Tereza, mesários jogavam para o alto (literalmente) a determinação do TRE para que os boletins fossem entregues. Apenas diziam que havia sido revogada (a determinação datava de 05/10/2002). E há caso de partidos que ficaram com a presidência da interpartidária regional (não estadual) e ficaram com todas as cópias dos boletins, impedindo o acesso aos mesmos por parte dos demais partidos. Apenas para esclarecer, não foi do pessoal do Serra. Aliás, no Rio de Janeiro, nenhum dos partidos que apóiam Serra demonstrou interesse em participar dos comitês, exceto do Estadual. Certamente eles já estavam bem representados por funcionários, quiçá juízes, da Justiça Eleitoral. Eu tenho muitos amigos brizolistas e outros anti-brizolistas (para quem não é do Rio, explico: esta divisão, ou seja, Brizola como referencial, é mais comum que vocês possam imaginar). Os brizolistas, evidentemente votaram em Brizola e muitos anti-brizolistas também! O que se via? Carros com adesivos de Lula, Bené e Brizola; Ciro, Jorge Roberto e Brizola; Lula, Jorge Roberto e Brizola. E qual o resultado? Brizola em sexto lugar! Neste caso (viu Jefferson? bem sei que você considera este um caso relevante para a fraude) qual a explicação política? E aí, surgem alguns analistas políticos tentando justificando o resultado. Não dá! Manoel Carlos De: Osvaldo Maneschy Para: Pedro Paulo Cc: Marcio Bicalho Sobrino , 'Gilberto Seródio' , Ricardo de Souza Franco Peixoto' , Voto Eletronico , Praxis Data: 09/10/2002 08:57 Assunto: [VotoEletronico] Doce de criança Pedro Paulo, as pesquisas induzem o eleitorado - ao contrário do que o Montenegro do Ibope afirmou ontem na "Tribuna da Imprensa". O que nao é nenhuma novidade em se tratando de processo eleitoral onde todos que decidem, desconversam quando questionados com razao. As pesquisas preparam o ambiente para a fraude informatizada. A fraude pode ser feita a partir do cadastro nacional de eleitores que inclui como eleitores aptos a votar cachorrro, elefante, lebre e gato; passando pelas urnas eletronicas de programas inauditáveis e fechando o ciclo - uma totalizaçao relampago onde as partes (por seccáo, zona eleitoral, municipio e estado) do todo são escondidas pela justiça eleitoral - que só mostra totais, sem revelar a origem dos votos. Somas que são imediatamente enfiadas goela abaixo da opiniao publica pela mídia subserviente e comprada (por qualquer um), em tempo real. Marcio, como diz o Brizola, estou vindo de longe desta historia. Como fiscal do PDT, acompanhado do Amilcar Brunazo Filho e da Dra. Aparecida Cortiz, passei 10 dias dos últimos dois meses enfiado dentro do TSE, em Brasília, acompanhando a apresentaçao para os partidos políticos dos programas da urna eletronica; como fiscal do PDT acompanhei de novo os dois (Amilcar e Cida) no processo de inseminaçao das urnas, nos polos de informática, aqui no Rio de Janeiro - quando o Amílcar descobriu que o programa vaudit.exe, o que verifica a integridade dos demais, estava ele com defeito; e fui fiscal do PDT, acompanhado de novo do Amilcar e da Cida - ambos contratados pelo PDT - para fiscalizar a totalizaçao dos votos, no TRE-RJ. E depois dessa andança toda, o meu depoimento - para voces e mais a torcida do Flamengo é que fiscalizaçao mesmo, controle do processo, nem pensar. A Justiça Eleitoral jo
[VotoEletronico] Doce de Criança II
Cometi uma imensa injustiça que quero reparar. Tinha muito mais gente do PDT correndo atrás e duas delas, pelo menos, quero citar. O Manoel Carlos, analista de sistemas e filiado ao PDT, que acompanhou de cabo a rabo, também, a tal votaçao paralela inventada pelo Casagrande, lá em Brasília, que segundo Jobim seria "mais uma garantia" da integridade do sistema, acho que Manoel Carlos pode explicar melhor para voces o que aconteceu na paralela, e a Dra. Denize Trindade, que correu atrás - muito - dessas coisas também. Ainda no jurídico do PDT, tenho que citar a Rita, a Mara, o Bruno e va'rios outros advogados que sairam atrás - como a Elzinha que estava conosco la no TRE-RJ, correndo atras. Enfim, Brizola estava em quinto lugar na pesquisas - eles erraram a mao na fraude, puseram Brizola em sexto, abaixo de um tal de Manuel Pinheiro que ninguém no Rio de Janeiro conhece - mas nos corremos atrás. E na pior das hipóteses, estamos aqui - junto com a Cida e o Brunazo - para contar a historia. Brunazo fez mais: correu atra's também em Santos e em Sáo Paulo. A eleiçao de Saó Paulo, para quem nao sabe que Jobim gosta de uma lorota, também foi impgunada - toda - pelo PDT. A Dra. Cida pode passar cópia da açao para voces. Ou o próprio Amilcar. Abraço. __ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __
[VotoEletronico] Doce de criança
Pedro Paulo, as pesquisas induzem o eleitorado - ao contrário do que o Montenegro do Ibope afirmou ontem na "Tribuna da Imprensa". O que nao é nenhuma novidade em se tratando de processo eleitoral onde todos que decidem, desconversam quando questionados com razao. As pesquisas preparam o ambiente para a fraude informatizada. A fraude pode ser feita a partir do cadastro nacional de eleitores que inclui como eleitores aptos a votar cachorrro, elefante, lebre e gato; passando pelas urnas eletronicas de programas inauditáveis e fechando o ciclo - uma totalizaçao relampago onde as partes (por seccáo, zona eleitoral, municipio e estado) do todo são escondidas pela justiça eleitoral - que só mostra totais, sem revelar a origem dos votos. Somas que são imediatamente enfiadas goela abaixo da opiniao publica pela mídia subserviente e comprada (por qualquer um), em tempo real. Marcio, como diz o Brizola, estou vindo de longe desta historia. Como fiscal do PDT, acompanhado do Amilcar Brunazo Filho e da Dra. Aparecida Cortiz, passei 10 dias dos últimos dois meses enfiado dentro do TSE, em Brasília, acompanhando a apresentaçao para os partidos políticos dos programas da urna eletronica; como fiscal do PDT acompanhei de novo os dois (Amilcar e Cida) no processo de inseminaçao das urnas, nos polos de informática, aqui no Rio de Janeiro - quando o Amílcar descobriu que o programa vaudit.exe, o que verifica a integridade dos demais, estava ele com defeito; e fui fiscal do PDT, acompanhado de novo do Amilcar e da Cida - ambos contratados pelo PDT - para fiscalizar a totalizaçao dos votos, no TRE-RJ. E depois dessa andança toda, o meu depoimento - para voces e mais a torcida do Flamengo é que fiscalizaçao mesmo, controle do processo, nem pensar. A Justiça Eleitoral joga para a platéia e, se dependesse dela, pessoas desagradáveis como eu, Amilcar e Cida seríamos proibidos de entrar nas dependencias da Justiça Eleitoral. Como eles fizeram com Amilcar no domingo, quando os computadores estavam totalizando os votos usando o programa da Módulo. Mas eu sou um brizolista chato e Amilcar e Cida são dois caras mais chatos ainda, porque como eu na midia, sabem exatamente do que estão falando - quando o assunto é informática ou direito eleitoral. Bem ou mal, nós corremos atrás e estamos aqui para dar esse depoimento. Agora, fiscalizaçao mesmo disto tudo, nem pensar. Os partidos em geral são desmotivados pelas "pesquisas" ou são incompetentes mesmo. O PT disse, antes da eleiçao, que reuniuy 700 mil fiscais no primeiro turno - no país inteiro. Na hora da totalizaçao, aqui no Rio de Janeiro, nao tinha nenhum deles lá dentro. Nenhum. Aqui no Rio, exatamente porque as pesquisas diziam que o Brizola estava em quinto lugar e nós entendemos de eleiçao - estávamos vendo outra coisa nas ruas e na vontade eleitoral dos fluminenses. Por isto, o PDT foi o único partido realmente preocupado em checar a integridade da coisa. De cabo a rabo. Por isso acompanhamos a abertura dos programas de informática em Brasília, a inseminaçao das urnas em vários dos polos de informa'tica do RJ e a totalizaçao, no TRE-RJ, em si. E constatamos que é impossível fiscalizar. Porque a Justiça Eleitoral na maior parte do tempo age de má fé. E também faltaram braços para fiscalizar. Fomos muito poucos nesta tarefa, tinhamos que ter uma grande equipe treinada e apta a atuar no campo, impugnando todas as irregularidades - foram centenas, basta ler os jornais - que ocorreram no Rio de Janeiro. Nao tivemos gente suficiente, Jobim teve quase razão em dizer que nao houve impugnaçao. Mas ele não falou a verdade. É importante que pelo menos voces e os listeiros do voto eletronico - saibam que houve impugnaçoes aqui no Rio sim. Antes, na inseminaçao das urnas, e no dia da eleiçao - várias. Na sexta-feira, antes da votaçao, impugnamos toda a eleiçao. Mas só nós fizemos isto. Entre as impugnaçoes do dia das eleiçoes - mais nove, todas feitas pelo PDT - houve o caso de uma moça que foi votar e alguém já tinha votado no seu lugar. Aconteceram dezenas de casos assim, registrados pela imprensa e através de comentários de pessoas do PDT, em outros lugares do Rio de Janeiro Convesei com Amilcar e ele me explicou: isto não foi erro de digitaçao. Foi fraude descarada porque ninguém erra a digitaçao dos cerca de 10 números que correspondem aos de um título de eleitor. Casos semelhantes provocaram até uma matéria na televisao, no dia da eleiçao. O Ronaldo Mourão, candidato do PSDB, teve alguns eleitores seus, na região de Itaperuna, passando pelo mesmo problema. Em Niterói, por exemplo, terra do Jorge Roberto Silveira, candidado do PDT a governador, os juízes eleitorais se recusaram a entregar os boletins de urna, no final do dia, quando terminou a votaçao. Argumentando que só o fariam para o tal "comitê interpartidário". Como ele nao chegou a ser organizado, nao adiantou o pessoal do PDT pedir o boletim. O pior é que eu só soube disto a noite, na porta do TRE, quando conversei