[Logica-l] Re: Meio off-topic: Construção do Reino de Deus na UFRN

2021-12-09 Por tôpico Cassiano Terra Rodrigues
Camaradas, boas noites. 

Vou deixar aqui dois enlaces para vossa apreciação, antes de fazer algumas 
considerações. Perdoem-me a loquacidade. 
1º enlace: https://educare.fiocruz.br/resource/show?id=gMz-x5-F
2º enlace: 
https://www.revistaquestaodeciencia.com.br/artigo/2019/12/20/constelacao-familiar-machismo-e-pseudociencia-custas-do-sus
Consideração: 0,003% da classe médica nacional não deve ser 
bolsonarista, o que, convenhamos, é um bom sinal dadas as circunstâncias. 
Perdoem o sarcasmo, mas adoro perguntas retóricas: Como chegamos a 
Bolsonaro? #mistérioprofundo
Agora, deixando de lado apenas momentaneamente o exercício de cinismo 
salutar à sanidade mental, é preciso lembrar que o termo pseudociência já 
foi criticado por pressupor um sentido verdadeiro e único de ciência, o q, 
como se sabe, leva a dificuldades de maior monta. Eu, particularmente, não 
gosto da expressão, mas é a q se usa. Não tenho outra melhor para oferecer. 
Peirce usava "sham reasoning" para contrastar com "inquiry" (não apenas 
ciência, qq inquiry). Na inquiry, a conclusão é adotada após se raciocinar, 
por se ter raciocinado; no sham reasoning, a conclusão é adotada antes de 
raciocinar e o raciocínio é posteriormente usado apenas para justificar a 
conclusão previamente aceita. Como a racionalidade científica emerge do 
senso-comum, a relação é complicada. 
Mas, penso, o ponto mais importante não é esse, mas q os negacionismos 
atuais - o científico, o histórico e todos os outros q conseguirem 
identificar - são um sintoma da modernidade reflexiva, conforme a expressão 
q tomo do professor australiano Andy Blunden, isto é, são produzidos como 
efeitos de uma cultura de massificação do saber formal. Pela primeira vez 
na história, o século XX viu surgir uma massa de gente letrada, altamente 
especializada e intelectualizada, a par e em consequência da massificação 
da alfabetização (formal ou literal). Até o século XIX, a maior parte da 
população mundial não só morria de cólera (ou outras doenças) como as 
pessoas morriam analfabetas, sendo a literatura e a cultura científica 
reservada às classes dominantes. O Gattopardo de Lampedusa, p.ex., era 
astrônomo. Aquelas fotos da (ou das?) conferência que reuniu Einstein, 
Marie Curie, Poincaré e outros, no começo do século XX, é bem ilustrativa: 
quem fora dali já tinha ouvido falar em átomo, relatividade, radiação etc.? 
Hoje em dia, a comunidade científica não só se expandiu além de qualquer 
critério facilmente identificável como tornou obsoleto o ideal de 
esclarecimento q a filosofia um dia tomou para si. A nossa modernidade 
produziu um ceticismo racionalista altamente qualificado para questionar a 
si própria e os negacionismos são rebentos desse fenômeno social, um filho 
não reconhecido do Iluminismo (não diria bastardo; acho q bastardos são os 
outros filhos, reconhecidos, dentre os quais a ideia de democracia 
liberal). A reação romântica ao iluminismo tem muito desse ceticismo, 
aliás. O recurso a uma transcendentalização do humano é velho conhecido dos 
jovens místicos, desde mais ou menos Rudolf Steiner; mas a ideia remonta 
pelo menos a Locke e se vê em livros, filmes, séries etc., e eu a resumo 
assim: é da liberdade de cada um decidir viver segundo a norma da sociedade 
política ou não; quem não quiser, pode voltar ao estado de natureza. O 
abandono da civilização, no entanto, é artificial, pois não apenas as 
bombas cairão sobre quaisquer cabeças em caso de guerra, como no estado de 
natureza também tem gente, de forma que também tem normas (a não ser q 
mandem matar e botar fogo em tudo, o q sempre é uma opção, como é público e 
notório). Sobre esse ponto da idealização de uma vida fora dos padrões de 
racionalidade e cientificidade instituídas e fuga da civilização, a quem se 
interessar, sugiro a leitura de um livro muito bom, Jon Savage, A 
Criação/Invenção da Juventude, não lembro bem como traduziram. Mas eu 
poderia lembrar tb a história do Chris Supertramp, personagem real do livro 
e do filme homônimos Into the wild; ou ainda o garoto urso, Timothy 
Treadwell, cuja trágica história foi filmada por Werner Herzog. Num mundo 
em que as instituições cada vez mais se mostram extorsivas e a força de 
trabalho vale cada vez menos, não me espanta q mais gente com mais 
informação e sofisticado grau de educação formal tenda a recusar a 
civilização com base em argumentos de excepcionalidade individual (ouvi uma 
vez de uma mãe: "eu é q sei o que é melhor para o meu filho, e não vc ou a 
ciência"). Pois reencontrar uma essência natural que dará sentido à vida é 
mesmo uma ideia muito atraente. Resolveria nossos problemas, não 
precisariamos mais lutar contra as injustiças sociais ou contra o 
peleguismo, o fascismo, o sexismo nosso de cada dia etc. Isso dá muito 
trabalho, tem de existir outro jeito, né non? #sqn como se diz atualmente. 
Uma vez, um estudante q se dizia "libertário" me perguntou, com cara de 
espanto, "Então o senhor (quase caí de costas, fui 

Re: [Logica-l] E-mail de compilação para logica-l@dimap.ufrn.br - 8 atualizações em 1 tema

2021-12-09 Por tôpico Cassiano Terra Rodrigues
Camaradas, boas noites.

Vou deixar aqui dois enlaces para vossa apreciação, antes de fazer algumas
considerações. Perdoem-me a loquacidade.
1º enlace: https://educare.fiocruz.br/resource/show?id=gMz-x5-F
2º enlace:
https://www.revistaquestaodeciencia.com.br/artigo/2019/12/20/constelacao-familiar-machismo-e-pseudociencia-custas-do-sus
Consideração: 0,003% da classe médica nacional não deve ser
bolsonarista, o que, convenhamos, é um bom sinal dadas as circunstâncias.
Perdoem o sarcasmo, mas adoro perguntas retóricas: Como chegamos a
Bolsonaro? #mistérioprofundo
Agora, deixando de lado apenas momentaneamente o exercício de cinismo
salutar à sanidade mental, é preciso lembrar que o termo pseudociência já
foi criticado por pressupor um sentido verdadeiro e único de ciência, o q,
como se sabe, leva a dificuldades de maior monta. Eu, particularmente, não
gosto da expressão, mas é a q se usa. Não tenho outra melhor para oferecer.
Peirce usava "sham reasoning" para contrastar com "inquiry" (não apenas
ciência, qq inquiry). Na inquiry, a conclusão é adotada após se raciocinar,
por se ter raciocinado; no sham reasoning, a conclusão é adotada antes de
raciocinar e o raciocínio é posteriormente usado apenas para justificar a
conclusão previamente aceita. Como a racionalidade científica emerge do
senso-comum, a relação é complicada.
Mas, penso, o ponto mais importante não é esse, mas q os negacionismos
atuais - o científico, o histórico e todos os outros q conseguirem
identificar - são um sintoma da modernidade reflexiva, conforme a expressão
q tomo do professor australiano Andy Blunden, isto é, são produzidos como
efeitos de uma cultura de massificação do saber formal. Pela primeira vez
na história, o século XX viu surgir uma massa de gente letrada, altamente
especializada e intelectualizada, a par e em consequência da massificação
da alfabetização (formal ou literal). Até o século XIX, a maior parte da
população mundial não só morria de cólera (ou outras doenças) como as
pessoas morriam analfabetas, sendo a literatura e a cultura científica
reservada às classes dominantes. O Gattopardo de Lampedusa, p.ex., era
astrônomo. Aquelas fotos da (ou das?) conferência que reuniu Einstein,
Marie Curie, Poincaré e outros, no começo do século XX, é bem ilustrativa:
quem fora dali já tinha ouvido falar em átomo, relatividade, radiação etc.?
Hoje em dia, a comunidade científica não só se expandiu além de qualquer
critério facilmente identificável como tornou obsoleto o ideal de
esclarecimento q a filosofia um dia tomou para si. A nossa modernidade
produziu um ceticismo racionalista altamente qualificado para questionar a
si própria e os negacionismos são rebentos desse fenômeno social, um filho
não reconhecido do Iluminismo (não diria bastardo; acho q bastardos são os
outros filhos, reconhecidos, dentre os quais a ideia de democracia
liberal). A reação romântica ao iluminismo tem muito desse ceticismo,
aliás. O recurso a uma transcendentalização do humano é velho conhecido dos
jovens místicos, desde mais ou menos Rudolf Steiner; mas a ideia remonta
pelo menos a Locke e se vê em livros, filmes, séries etc., e eu a resumo
assim: é da liberdade de cada um decidir viver segundo a norma da sociedade
política ou não; quem não quiser, pode voltar ao estado de natureza. O
abandono da civilização, no entanto, é artificial, pois não apenas as
bombas cairão sobre quaisquer cabeças em caso de guerra, como no estado de
natureza também tem gente, de forma que também tem normas (a não ser q
mandem matar e botar fogo em tudo, o q sempre é uma opção, como é público e
notório). Sobre esse ponto da idealização de uma vida fora dos padrões de
racionalidade e cientificidade instituídas e fuga da civilização, a quem se
interessar, sugiro a leitura de um livro muito bom, Jon Savage, A
Criação/Invenção da Juventude, não lembro bem como traduziram. Mas eu
poderia lembrar tb a história do Chris Supertramp, personagem real do livro
e do filme homônimos Into the wild; ou ainda o garoto urso, Timothy
Treadwell, cuja trágica história foi filmada por Werner Herzog. Num mundo
em que as instituições cada vez mais se mostram extorsivas e a força de
trabalho vale cada vez menos, não me espanta q mais gente com mais
informação e sofisticado grau de educação formal tenda a recusar a
civilização com base em argumentos de excepcionalidade individual (ouvi uma
vez de uma mãe: "eu é q sei o que é melhor para o meu filho, e não vc ou a
ciência"). Pois reencontrar uma essência natural que dará sentido à vida é
mesmo uma ideia muito atraente. Resolveria nossos problemas, não
precisariamos mais lutar contra as injustiças sociais ou contra o
peleguismo, o fascismo, o sexismo nosso de cada dia etc. Isso dá muito
trabalho, tem de existir outro jeito, né non? #sqn como se diz atualmente.
Uma vez, um estudante q se dizia "libertário" me perguntou, com cara de
espanto, "Então o senhor (quase caí de costas, fui promovido a senhor!)
acredita que as massas são capazes de se 

[Logica-l] Re: Meio off-topic: Construção do Reino de Deus na UFRN

2021-12-09 Por tôpico Eduardo Ochs
Oi Daniel!

Eu consigo imaginar disciplinas chamada "medicina, saúde e
espiritualidade" que seriam interessantíssimas... a primeira imagem
que me vem à cabeça é um curso dado por um médico que fez formação
complementar em Homeopatia (ou: Homeopatia-no-sentido-Eduardo, que é
algo completamente diferente de Homeopatia-no-sentido-João-Marcos) e
que tenha um pouquinho de noção de Antropologia... e aí esse médico
mostraria vários modelos mentais de como os seres humanos funcionam,
mostraria várias noções diferentes de "saúde" e "doença", mostraria os
pontos cegos que cada grupo aponta nas visões de ser humano, saúde e
doença dos outros grupos, e poria todo mundo pra estudar e discutir...

Só que tem alguns grupos que eu _acho_ que têm um modelo mental tão
ruim de como os seres humanos funcionam que eu fico achando que
pessoas desses grupos não têm como ter a estrutura mental necessária
pra dar um curso como o acima.

Um dos links que eu mandei no meu post inicial foi esse aqui,

  https://archive.md/TeS69

que leva pra uma versão despaywallizada do artigo d'O Globo, e esse
trecho aqui do artigo. Olha esse trecho:

  "A Universidade tem a vocação institucional da busca do conhecimento
  em qualquer vertente que ele se apresente. Um dos conhecimentos mais
  significativos para a humanidade, foi aquele trazido por Jesus, que
  se dizia filho de Deus e comprovava isso com a produção de fenômenos
  que estasvam acima da capacidade humana do seu tempo e até os dias
  atuais, conforme relatos aceitos majoritariame pela maioria das
  pessoas que é informada.

  Ele explicava que veio ao mundo a pedido do Pai (Deus), assumir a
  personalidade do Cristo (Messias, Salvador) para ensinar a
  humanidade sobre o Amor, e a partir daí construir a família
  universal que seria a base para a construção do Reino de Deus, uma
  sociedade civil harmônica e sintonizada com a vontade de Deus.

  A importância de sua vida foi importante, a humanidade reconhece,
  pois dividiu o calendário em antes e depois do seu nascimento, nos
  fatos pré e pós Cristo.

  Muitas teses, livros, religiões foram desenvolvidas a partir dessas
  circunstâncias, que pretendem envolver o mundo e tornar realidade o
  Reino de Deus, a partir da Reforma Íntima feita por cada pessoa em
  seu próprio coração, tornando-se um cidadão do Reino de Deus, mesmo
  que esse reino não esteja ainda vigente na sociedade."

Esse trecho ativa vários gatilhos meus. Pra mim a frase "a família
universal que seria a base para a construção do Reino de Deus, uma
sociedade civil harmônica e sintonizada com a vontade de Deus" soa
como algo só pode ser dito por alguém que acha que indígenas e LGBTs
são não só pessoas doentes como maçãs podres que contaminam as outras
maçãs do cesto...

  [[]],
Eduardo Ochs

On Thu, 9 Dec 2021 at 16:38, Daniel Durante  wrote:
>
> Oi Eduardo e colegas,
>
> Nunca tinha ouvido falar deste curso. Não consigo ler o artigo do Globo. Tem 
> um paywall.
>
> Mas a ementa da disciplina "medicina, saúde e espiritualidade", que o João 
> Marcos postou, me pareceu interessante. Pessoalmente, eu teria real interesse 
> em cursar uma disciplina sobre medicina e espiritualidade, principalmente se 
> ela fosse verdadeiramente pluralista no que tange à religião.
>
> Antes da pandemia andei frequentando um grupo de estudos aqui do Depto de 
> Filosofia da UFRN sobre os pensamentos indígenas brasileiros. A proposta não 
> é antropologia, é filosófica mesmo. E é bem legal. Recomendo muito o livro "A 
> Queda do Céu", do xamã yanomami Davi Kopenawa e do antropólogo Bruce Albert. 
> Sem falar nos excelentes livros do Ailton Krenak.
>
> A medicina "ocidental" acadêmica é ainda um luxo em muitos lugares do "Brasil 
> profundo" e do raso também. Os passes, rezas, chás, impostação de mãos, 
> promessas,... sempre estiveram lá, com os doentes e as doenças, muito antes 
> da medicina chegar. E não vão embora quando as ambulâncias chegam. Em minha 
> opinião, faz muito bem à universidade, aos médicos e demais profissionais 
> interessados em saúde aprenderem um pouco sobre estas tradições, sob diversos 
> aspectos, inclusive sob a perspectiva dos que a praticam e nelas acreditam.
>
> Claro que eu não conheço este curso e não sei exatamente o que eles fazem. 
> Mas enquanto ideia geral, me parece positivo. Afinal, a saúde é um conceito 
> muito mais amplo do que aquilo que cabe na medicina e mesmo na biologia.
>
> Saudações xamânicas,
> Daniel.
>
> Em quarta-feira, 8 de dezembro de 2021 às 00:14:15 UTC-3, eduardoochs 
> escreveu:
>>
>> Meio off-topic, mas lá vai.
>> Pessoas da UFRN, como está sendo a repercussão disso na universidade
>> de vocês?
>>
>> https://oglobo.globo.com/brasil/educacao/construcao-do-reino-de-deus-novo-curso-da-ufrn-choca-estudantes-de-medicina-25309373
>> https://archive.md/TeS69
>>
>> [[]],
>> E.

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[Logica-l] Re: Meio off-topic: Construção do Reino de Deus na UFRN

2021-12-09 Por tôpico Daniel Durante
Oi Eduardo e colegas,

Nunca tinha ouvido falar deste curso. Não consigo ler o artigo do Globo. 
Tem um paywall.

Mas a ementa da disciplina "medicina, saúde e espiritualidade", que o João 
Marcos postou, me pareceu interessante. Pessoalmente, eu teria real 
interesse em cursar uma disciplina sobre medicina e espiritualidade, 
principalmente se ela fosse verdadeiramente pluralista no que tange à 
religião.

Antes da pandemia andei frequentando um grupo de estudos aqui do Depto de 
Filosofia da UFRN sobre os pensamentos indígenas brasileiros. A proposta 
não é antropologia, é filosófica mesmo. E é bem legal. Recomendo muito o 
livro "A Queda do Céu", do xamã yanomami Davi Kopenawa e do antropólogo 
Bruce Albert. Sem falar nos excelentes livros do Ailton Krenak.

A medicina "ocidental" acadêmica é ainda um luxo em muitos lugares do 
"Brasil profundo" e do raso também. Os passes, rezas, chás, impostação de 
mãos, promessas,... sempre estiveram lá, com os doentes e as doenças, muito 
antes da medicina chegar. E não vão embora quando as ambulâncias chegam. Em 
minha opinião, faz muito bem à universidade, aos médicos e demais 
profissionais interessados em saúde aprenderem um pouco sobre estas 
tradições, sob diversos aspectos, inclusive sob a perspectiva dos que a 
praticam e nelas acreditam.

Claro que eu não conheço este curso e não sei exatamente o que eles fazem. 
Mas enquanto ideia geral, me parece positivo. Afinal, a saúde é um conceito 
muito mais amplo do que aquilo que cabe na medicina e mesmo na biologia.

Saudações xamânicas,
Daniel.

Em quarta-feira, 8 de dezembro de 2021 às 00:14:15 UTC-3, eduardoochs 
escreveu:

> Meio off-topic, mas lá vai.
> Pessoas da UFRN, como está sendo a repercussão disso na universidade
> de vocês?
>
>
> https://oglobo.globo.com/brasil/educacao/construcao-do-reino-de-deus-novo-curso-da-ufrn-choca-estudantes-de-medicina-25309373
> https://archive.md/TeS69
>
> [[]],
> E.
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