Re: [naval] Estaleiros no Brasil

1999-12-08 Por tôpico ELIZABETH KOSLOVA

Perfeito Pedro concordo com o seu raciocínio, e acho
que vai concordar com o meu. 

A EMBRAER só é oque é hoje devido a longa e cara
gestação estatal que a empresa teve, com as encomendas
generosas  que a FAB fez de praticamente todos os seus
modelos, etc. ... existe muito dinheiro publico
investido ali, hoje a empresa é privada, alto
suficiente gera 7000 empregos diretos e um numero
expressivo de , na sua maioria de alta especialização,
e é a maior exportadora do brasil.

Se em 1969, o governo não entrasse na jogada
seguramente não seria nenhum pouco aconselhável a um
grupo privado produzir aviões aqui, e hoje nada disto
existiria. Foi subsidio? Claro que sim, valeu a pena?
Tem brasileiros que acham que sim, outros que não. 

No próprio EUA pais que tem toda a imagem de que o
mercado é o senhor dos desafios, quando na década de
60 se a NASA não tivesse bancado toda a corrida
espacial e descascado o abacaxi para que florescesse
uma industria de lançamento de satélites que hoje é
privada e gera um beneficio ótimo ao pais, será que em
sã consciência antes do SPUTINK, uma empresa privada
queimaria bilhões de dólares para colocar satélites em
orbita, com o risco tecnológico que isto representava?
Tem dinheiro publico, ai? Claro que sim, foi subsidio?
Foi. Valeu a pena? Tem americanos que acham que sim,
outros que não.

Se o Brasil fosse os EUA ou o JAPAO também acho que
teríamos condições de confiar no mercado apenas, para
empreitadas em áreas onde o risco pela pouca cultura
do pais na atividade é grande, mas aqui infelizmente é
diferente.

No caso dos navios, não estou defendendo de forma
alguma uma estatal para construir navios brasileiros
para o mundo, nada disto, apenas que para quem quiser
fazer navios no brasil exista uma política tributaria
justa, e financiamento próprio para exportações.

Ai vem o celebre argumento, o estado é deficitário,
não pode se dar ao luxo de não tributar plenamente
esta industria, entao este estado simplesmente vai
continuar não tributando esta industria por uma razão
bem simples ela morreu.


--- "Pedro M. Calmon" <[EMAIL PROTECTED]> escribió:
> 
> 
> > Vou repetir oque ja escrevi a um mes atras, se
> somos
> > competitivos em avioes podemos ser em navios. 
> 
> 
>Nao se preocupe nao Koslova, se a construcao de
> navios no Brasil for realmente viavel, algum grupo
> vai
> acabar investindo no setor. Foi o que aconteceu com
> a
> Embraer. Se nao aparecer ninguem, e' porque os
> riscos
> relacionados ao investimento sao maiores que o
> potencial de lucro.
> 
> 
> Human behavior is economic behavior. The particulars
> may vary, but competition for limited resources
> remains a constant. Need as well as greed will
> follow
> us to the stars, and the rewards of wealth still
> await
> those wise enough to recognize this deep
> thrumming of our common pulse.
> 
> -- CEO Nwabudike Morgan
>"The Monopoly"
>  
> 
> =
> Pedro M. Calmon
> PO BOX 2248
> Thibodaux, LA 70310
> USA
> PHONE (504)449-1682
> FAX   (209)755-5642
> ICQ: 48463895
> __
> Do You Yahoo!?
> Thousands of Stores.  Millions of Products.  All in
> one place.
> Yahoo! Shopping: http://shopping.yahoo.com
> ==
> Lista naval
> Para sair desta lista mande mensagem para:
> [EMAIL PROTECTED]
> sem nada no Subject
> e com o comando a seguir no corpo da msg:
> "unsubscribe naval" (sem aspas)
> ==
> 

_
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Obtenga su dirección de correo-e gratis @yahoo.com
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Re: [naval] Estaleiros no Brasil

1999-12-07 Por tôpico Pedro M. Calmon



> Vou repetir oque ja escrevi a um mes atras, se somos
> competitivos em avioes podemos ser em navios. 


   Nao se preocupe nao Koslova, se a construcao de
navios no Brasil for realmente viavel, algum grupo vai
acabar investindo no setor. Foi o que aconteceu com a
Embraer. Se nao aparecer ninguem, e' porque os riscos
relacionados ao investimento sao maiores que o
potencial de lucro.


Human behavior is economic behavior. The particulars
may vary, but competition for limited resources
remains a constant. Need as well as greed will follow
us to the stars, and the rewards of wealth still await
those wise enough to recognize this deep
thrumming of our common pulse.

-- CEO Nwabudike Morgan
   "The Monopoly"
 

=
Pedro M. Calmon
PO BOX 2248
Thibodaux, LA 70310
USA
PHONE (504)449-1682
FAX   (209)755-5642
ICQ: 48463895
__
Do You Yahoo!?
Thousands of Stores.  Millions of Products.  All in one place.
Yahoo! Shopping: http://shopping.yahoo.com
==
Lista naval
Para sair desta lista mande mensagem para:
[EMAIL PROTECTED]
sem nada no Subject
e com o comando a seguir no corpo da msg:
"unsubscribe naval" (sem aspas)
==



Re: [naval] Estaleiros no Brasil

1999-12-07 Por tôpico ELIZABETH KOSLOVA

ola Luiz, estava sumido. tudo bem com voce?

como niguem que é da "area" contestou esta reportagem
parece ter credibilidade, admintindo que a situaçao é
esta mesmo, so posso lamentar a falta de visao
estratégica do nosso estado em deixar morrer uma
industria tao importante. 

Mas por gentilesa, nao venham depois diser que o
estado  que defendo é paternalista, etc... etc é
claro que uma parcela de culpa os estaleioros tiveram
nisto, falta de visao estratégica, pouca
competitividade etc... mas culpas a parte é
lamentavel.

Vou repetir oque ja escrevi a um mes atras, se somos
competitivos em avioes podemos ser em navios. 

--- Luis Mendes <[EMAIL PROTECTED]>
escribió:
> Saiu hoje no caderno económico de um dos maiores
> jornais diários
> Portugueses, www.dn.pt:
> 
> 
> "Estaleiros procuram encomendas
> 
> Construção de iates de luxo e navios de apoio a
> plataformas petrolíferas
> podem ser a tábua de salvação deste sector
> 
> Sérgio Barreto Motta
> 
> O Brasil vive a sua pior fase tanto na marinha
> mercante como na construção
> naval.
> No final da década de 70, os estaleiros empregavam
> 40 mil pessoas e hoje não
> chegam a quatro mil. Este ano houve apenas dois
> lançamentos: um navio de
> transporte de gás e produtos químicos, de 8250
> toneladas, construído no
> estaleiro Itajaí, de Santa Catarina (a 1500 km do
> Rio de Janeiro), e um
> barco de apoio. O navio químico/gasista pode
> transportar produtos a uma
> temperatura de até menos 105 graus centígrados e foi
> construído com apoio da
> empresa belga Tractebel. O presidente do Estaleiro
> Itajaí, Frank Wlasek,
> dono também da empresa que encomendou o navio, a
> Metalnave, disse ao DN que
> "o nosso estaleiro é uma excepção" à crise no
> sector, acrescentando que "já
> lançámos o primeiro e pretendemos construir mais
> três unidades similares".
> 
> Além disso, o Itajaí pretende construir iates de
> luxo, até dois por ano, ao
> preço de 15 milhões de dólares por unidade, para
> exportação. Frank Wlasek
> participou, recentemente, no Boat Show, de Fort
> Lauderdale, nos EUA, para
> apresentar os seus iates no mercado americano, após
> tê-lo feito no Mónaco,
> para o mercado europeu.
> 
> O outro lançamento deste ano foi de um barco de
> apoio a plataformas
> petrolíferas, o CBO Campos, no estaleiro Promar, do
> Rio de Janeiro. O
> presidente do Promar, Ariovaldo Rocha, revelou que
> sua empresa começou
> timidamente com reparações navais, beneficiando do
> encerramento do
> centenário estaleiro Mauá e, agora, já construiu um
> barco de 3000 toneladas
> e inicia a produção de um igual. "O potencial do
> Brasil é enorme, basta
> dar-se condições ao sector e os estaleiros
> transmitirão credibilidade
> novamente", disse.
> 
> Estão fechados, de momento, além do estaleiro Mauá,
> os estaleiros Caneco e
> IVI-Angra (ex-Verolme), enquanto o estaleiro
> IVI-Caju (ex-Ishikawajima do
> Brasil) está parcialmente ocupado com reparações
> navais e o restante
> transformado em pátio para contentores. Fala-se que
> o grupo Fels, de
> Singapura, deverá investir no IVI-Caju, mas ainda
> não há confirmação
> oficial. O presidente do Sindicato dos Estaleiros e
> também do estaleiro
> Mauá, Omar Peres, acha que a recuperação está
> próxima e virá,
> principalmente, de encomendas da indústria
> petrolífera. "Só numa segunda
> etapa é que os estaleiros voltarão a produzir navios
> em grande escala",
> afirma. A realidade é que os dois navios lançados
> este ano, um do estaleiro
> Itajaí e outro do Promar, totalizam 11 250
> toneladas, muito abaixo do
> recorde, em 1978, de 1 235 000 toneladas - 28 navios
> lançados ao mar - em
> 1978.
> 
> Quanto à navegação, o ambiente é igualmente
> deprimente. Na década de 70, o
> Brasil transportava cerca de 30 % do seu comércio em
> navios próprios e,
> hoje, essa quota é de apenas 3 %. O défice anual nos
> fretes é de seis mil
> milhões de dólares. Está na mesa uma proposta
> tendente à recuperação, que
> consiste na criação de uma grande empresa
> brasileira. Trata-se da Austral,
> com 50 % de capital da empresa V. Ships, sedeada no
> Mónaco, e o restante de
> empresários brasileiros. De início, a Austral quer
> encomendar seis grandes
> porta-contentores com capacidade para 3800
> contentores.
> 
> Os ministros dos Transportes, Eliseu Padilha, e do
> Desenvolvimento, Alcides
> Tápias, estudam a possibilidade de darem apoio à
> Austral.
> 
> Confiante no êxito da nova empresa, o seu
> presidente, Carlos Augusto
> Carvalho, acrescenta que os riscos do empreendimento
> são praticamente nulos,
> pois o grupo alemão Thyssen/Ferrostaal compromete-se
> a financiar a obra e
> responsabilizar-se por cada navio até ao momento da
> entrega ao armador. A
> partir daí, seria financiado pelo BNDES, banco
> oficial brasileiro.
> 
> Nos últimos anos, observou-se a venda de empresas
> brasileiras de navegação.
> Pela nova legislação brasileira, uma empresa de
> navegação tem todos os
> direitos desde que tenha sede e navios no país, não
> i

[naval] Estaleiros no Brasil

1999-12-06 Por tôpico Luis Mendes

Saiu hoje no caderno económico de um dos maiores jornais diários
Portugueses, www.dn.pt:


"Estaleiros procuram encomendas

Construção de iates de luxo e navios de apoio a plataformas petrolíferas
podem ser a tábua de salvação deste sector

Sérgio Barreto Motta

O Brasil vive a sua pior fase tanto na marinha mercante como na construção
naval.
No final da década de 70, os estaleiros empregavam 40 mil pessoas e hoje não
chegam a quatro mil. Este ano houve apenas dois lançamentos: um navio de
transporte de gás e produtos químicos, de 8250 toneladas, construído no
estaleiro Itajaí, de Santa Catarina (a 1500 km do Rio de Janeiro), e um
barco de apoio. O navio químico/gasista pode transportar produtos a uma
temperatura de até menos 105 graus centígrados e foi construído com apoio da
empresa belga Tractebel. O presidente do Estaleiro Itajaí, Frank Wlasek,
dono também da empresa que encomendou o navio, a Metalnave, disse ao DN que
"o nosso estaleiro é uma excepção" à crise no sector, acrescentando que "já
lançámos o primeiro e pretendemos construir mais três unidades similares".

Além disso, o Itajaí pretende construir iates de luxo, até dois por ano, ao
preço de 15 milhões de dólares por unidade, para exportação. Frank Wlasek
participou, recentemente, no Boat Show, de Fort Lauderdale, nos EUA, para
apresentar os seus iates no mercado americano, após tê-lo feito no Mónaco,
para o mercado europeu.

O outro lançamento deste ano foi de um barco de apoio a plataformas
petrolíferas, o CBO Campos, no estaleiro Promar, do Rio de Janeiro. O
presidente do Promar, Ariovaldo Rocha, revelou que sua empresa começou
timidamente com reparações navais, beneficiando do encerramento do
centenário estaleiro Mauá e, agora, já construiu um barco de 3000 toneladas
e inicia a produção de um igual. "O potencial do Brasil é enorme, basta
dar-se condições ao sector e os estaleiros transmitirão credibilidade
novamente", disse.

Estão fechados, de momento, além do estaleiro Mauá, os estaleiros Caneco e
IVI-Angra (ex-Verolme), enquanto o estaleiro IVI-Caju (ex-Ishikawajima do
Brasil) está parcialmente ocupado com reparações navais e o restante
transformado em pátio para contentores. Fala-se que o grupo Fels, de
Singapura, deverá investir no IVI-Caju, mas ainda não há confirmação
oficial. O presidente do Sindicato dos Estaleiros e também do estaleiro
Mauá, Omar Peres, acha que a recuperação está próxima e virá,
principalmente, de encomendas da indústria petrolífera. "Só numa segunda
etapa é que os estaleiros voltarão a produzir navios em grande escala",
afirma. A realidade é que os dois navios lançados este ano, um do estaleiro
Itajaí e outro do Promar, totalizam 11 250 toneladas, muito abaixo do
recorde, em 1978, de 1 235 000 toneladas - 28 navios lançados ao mar - em
1978.

Quanto à navegação, o ambiente é igualmente deprimente. Na década de 70, o
Brasil transportava cerca de 30 % do seu comércio em navios próprios e,
hoje, essa quota é de apenas 3 %. O défice anual nos fretes é de seis mil
milhões de dólares. Está na mesa uma proposta tendente à recuperação, que
consiste na criação de uma grande empresa brasileira. Trata-se da Austral,
com 50 % de capital da empresa V. Ships, sedeada no Mónaco, e o restante de
empresários brasileiros. De início, a Austral quer encomendar seis grandes
porta-contentores com capacidade para 3800 contentores.

Os ministros dos Transportes, Eliseu Padilha, e do Desenvolvimento, Alcides
Tápias, estudam a possibilidade de darem apoio à Austral.

Confiante no êxito da nova empresa, o seu presidente, Carlos Augusto
Carvalho, acrescenta que os riscos do empreendimento são praticamente nulos,
pois o grupo alemão Thyssen/Ferrostaal compromete-se a financiar a obra e
responsabilizar-se por cada navio até ao momento da entrega ao armador. A
partir daí, seria financiado pelo BNDES, banco oficial brasileiro.

Nos últimos anos, observou-se a venda de empresas brasileiras de navegação.
Pela nova legislação brasileira, uma empresa de navegação tem todos os
direitos desde que tenha sede e navios no país, não importando se o capital
é ou não nacional.

Assim, a Aliança foi vendida ao grupo alemão Hamburg Sud e a Libra foi
alienada ao grupo chileno CSAV. A Flumar tem capital 75 % norueguês (Odfjel
e Jebsen) e 25 % francês (Dreyfus), enquanto a Transroll vendeu as linhas
internacionais à Hamburg Sud, mas mantendo os navios em seu poder.

O presidente do Sindicato dos Armadores, Hugo Figueiredo, afirma que a
recuperação da marinha mercante terá de ocorrer de qualquer maneira, pois um
dia faltarão ao Brasil dólares para fazer face ao crescente défice de
fretes."



"Tempos há para usar de coruja e outros há para usar de falcão"
D. João II

==
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