Re: [obm-l] lim (n -- oo) e^(-n) (1 + n + (n^2)/2!...+(n^n)/n!)
O difícil desse argumento é a famosa convergência uniforme. Eu acho (como uma certa metade das pessoas que responderam aqui) que não está certo, um pouco pelo fato de parecer meio roubado pegar o limite assim. Usando umas coisas que eu escrevi na minha mensagem um pouco acima (ou abaixo, dependendo do que você usa), note que os termos importantes da soma estão no meio da série... e a gente truncou ! Vou tentar explicar (além do mais, acabei de ver que isso dá quase uma prova de que a resposta é 1/2 ) : Os termos a_k = n^k/k! (que é o que a gente soma) são crescentes até o n^(n-1)/(n-1)! = n^n/n!. Antes, o quociente entre o a_(n-k) e a_(n-k+1) é (n-k)/n = 1 - k/n. Depois, o quociente entre a_(n+k+1) e a_(n+k) é n/(n+k+1) = 1 - (k+1)/(n+k+1). Se a gente fosse arrumar isso num triângulo como na minha primeira mensagem, depois de dividir por n^n/n!, fica : (1 - 1/n )(1 - 2/n )(1 - 3/n)(1 - 4/n)...(1/n) + ... + (1 - 1/n )(1 - 2/n )(1 - 3/n)(1 - 4/n) + (1 - 1/n )(1 - 2/n )(1 - 3/n) + (1 - 1/n )(1 - 2/n ) + (1 - 1/n ) + 1 + 1 ( os termos do meio n^n/n! = n^(n-1)/(n-1)! ) + (1 - 1/(n+1) ) + (1 - 1/(n+1) )(1 - 2/(n+2) ) + (1 - 1/(n+1) )(1 - 2/(n+2) )(1 - 3/(n+3) ) + (1 - 1/(n+1) )(1 - 2/(n+2) )(1 - 3/(n+3) )(1 - 4/(n+4) ) + ... Note que quando n - inf, os termos de cada lado do 1+1 convergem pra 1 (de forma não uniforme) mas ainda mais, os de baixo convergem para os de cima mais rápido ainda (não tenho muito tempo para detalhar isso). Ou seja, se pararmos de somar no termo k = n^alpha com alpha perto de 1 mas menor do que 1, temos uma convergência dos termos depois aos termos antes do meio e com isso dá pra ver que na verdade a gente só tem metade da série que realmente contribui para e^n até os n primeiros termos (é aí que entra a tal história da convergência uniforme, a gente precisa cada vez mais de termos para a soma dar certo : com n fixo, a gente consegue majorar a soma por uma PG de razão n/(n+1) a partir do primeiro termo depois, mas veja que tanto a razão quanto o termo que a gente majora tendem pro lugar errado com n - infinito). Faça as contas com n = 1,2,3, para ver como os termos se comportam nessa série, é bem legal (e se você tiver maple / mathematica / matlab / scilab / octave / ... veja com n = 20 e em torno!) Artur : você acha que dá pra tentar formalizar essa idéia do meio da série ? Rogério : passo a bola pra você me convencer ! Abraços, -- Bernardo Freitas Paulo da Costa 2008/4/5 Rogerio Ponce [EMAIL PROTECTED]: Oi Marcelo, quando voces quiserem repetir a dose, e' so' avisar - e juro que o Nehab tambem vai :-) Bem, voltando 'a vaca fria, vou explicar um pouquinho melhor o que eu vejo. A questao original e' calcular lim (n -- oo) e^(-n) (1 + n + (n^2)/2!...+(n^n)/n!) Repare que o segundo fator corresponde aos n primeiros termos da expansao de Taylor para e^n. O que eu sustento e' que, quando n vai para infinito, o segundo fator passa a ser EXATAMENTE a expansao de Taylor para e^n. E neste ponto, tanto faz que o n desse tal fator e^n esteja no infinito ou nao, porque ele se anula com o -n do primeiro fator e^(-n). Em outras palavras, a expressao valera' e^(-n) * e^(n) = 1 , simplesmente porque aquele segundo termo alcancou o valor de e^n. Nunca estive preocupado com o valor do numerador de cada parcela, mas apenas com o numero de parcelas da segundo termo. A partir dai e' que estabeleco que o limite vale 1. Grande abraco, Rogerio Ponce. Em 04/04/08, Marcelo Salhab Brogliato[EMAIL PROTECTED] escreveu: Olá Ponce, quanto tempo... eu penso um pouco diferente, vejamos: e^x = 1 + x + x^2/2! + x^3/3! + ... = lim {u-inf} Sum{k=0 .. u} x^k/k! não vejo sentido, fazermos x = k do somatório... entende? vejamos: 1 = e^(-x) * e^(x) = e^(-x) * lim {u-inf} Sum{k=0 .. u} x^k/k! lim {x-inf} e^(-x) * lim {u-inf} Sum{k=0 .. u} x^k/k! lim {x-inf} lim {u-inf} e^(-x) . Sum{k=0 .. u} x^k/k! vou chamar x de n, entao: 1 = lim {n-inf} lim {u-inf} e^(-n) . Sum{k=0 .. u} n^k/k! ou então: 1 = lim {n-inf} lim {u-inf} e^(-n) . (1 + n + n^2/2! + ... + n^u/u!) agora vem minha dúvida.. n e u tendem a infinito.. podemos dizer que: lim {n-inf} lim {u-inf} e^(-n) . (1 + n + n^2/2! + ... + n^u/u!) = lim {n-inf} e^(-n) . (1 + n + n^2/2! + ... + n^n/n!) ?? se sim, como provamos isso? vou tentar provar, caso consiga, mando aqui.. abraços, Salhab 2008/4/4 Rogerio Ponce [EMAIL PROTECTED]: Oi Artur, minha conclusao e' que vale o mesmo que e^(-n) * e^(n) = 1. []'s Rogerio Ponce Em 04/04/08, Artur Costa Steiner[EMAIL PROTECTED] escreveu: Mas como concluir que é 1/2? Artur -Mensagem original- De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED] nome de Rogerio Ponce Enviada em: quarta-feira, 2 de abril de 2008 16:58 Para: obm-l@mat.puc-rio.br Assunto: Re: [obm-l]
[obm-l] Matemática discreta
O professor da Uerj de matemática discreta, passou um desafio, que consiste no seguinte: Alguém seria capaz, de matematicamente, ensinar o computador jogar purrinha. Acredito que seja escrever um algoritimo, alguém tem idéia ? -- Kleber B. Bastos
Re: [obm-l] Exercicios de Analise 4
Ola Marcelo e demais colegas desta lista ... OBM-L, Em primeiro lugar, obrigado : palavras de incentivo nos motivam a prosseguir. A ideia me parece muito boa por tres razoes : 1) Todas as solucoes ficariam armazenadas em um mesmo lugar, o que facilitaria consultas. 2) Outras pessoas poderiam aperfeicoar e/ou corrigir as provas 3) Esta nossa lista receberia o link a medida que eu fosse postando as solucoes. Um problema que ocorre e que eu so posso ir colocando as solucoes na medida em que vou arranjando tempo livre, o que significa que eu posso ficar, as vezes, varias semanas sem publicar nada. Se estas ausencias nao ijmplicarem algum problema maior, podemos tocar este projeto ( o Arthur Steiner, que gosta muito de Analise, pode querer ajudar. E bom perguntar a ele ), sem problemas Eu nao tenho nenhum interesse financeiro, holofotes naome atraem e so desejo contribuir para o progresso e elevacao desta maravilhosa ciencia : sou um Matematico, do dedao do pe ate os cabelos da cabeca. Alem disso, tenho uma divida de gratidao tanto para com o Nicolau, que aqui me recebeu com lhaneza, respeito e dignidade bem como com outros professores, com os quais aprendi muito ( Ralph, Gugu, Eduardo Wagner e o falecido Morgado, so para citar alguns ). Assim, esta lista estara sempre sob os meus cuidados, mesmo que muitas vezes, por falta de tempo, eu nao possa dar a ela a devida atencao. Um Abracao Paulo santa Rita 7,0B23,050408 Muitos estudantes de outros paises da America do Sul e mesmo de outros paises costumam nos acompanhar. Vi isso quando traduzi os problemas russos e recebia em off muitos pedidos. 2008/4/4 Marcelo Salhab Brogliato [EMAIL PROTECTED]: Olá Paulo, gostaria de parabenizá-lo pelas soluções. Tem o interesse de postar estas soluções diretamente em uma wiki? Você utilizaria os benefícios do Latex, de forma prática e que fica disponível para toda a comunidade, não sendo necessário procurar nos arquivos da lista. E para enviar para a lista, basta postar o link. ;) Pensei em criarmos alguma coisa assim: == Análise na reta - Elon == * Capítulo 1 ** Exercício 1 ** Exercício 2 ** : * Capítulo 2 ** ... e assim por diante. Se quiser, crio para você e mando o link por pvt. Um grande abraço, Salhab 2008/4/3 Paulo Santa Rita [EMAIL PROTECTED]: Ola Pessoal, Tenho publicado algumas solucoes de exercicios de Analise retirados do excelente Livro : Curso de Analise - Volume 1 - Projeto Euclides - IMPA 11 edicao - 2 impressao Autor : Elon Lages Lima Eu nao publiquei nenhuma solucao dos capitulos 1, 2 e 3 porque sao assuntos que, em geral, o estudante ja viu em cursos anteriores, principalmente na Graduacao. Alem disso, eles sao bastante simples. Entretanto, algumas pessoas me escreveram em off e pediram que eu publicasse 2 ou 3 solucoes desses capitulos. Assim, selecionei 3 exercicios do capitulo 1 e estou publicando agora. Escolhi os que achei mais interessantes ou/e desafiadore. Seguem as solucoes : NOTACAO : A letra lambda sera representada nestes exercicios por m. Os simbolos de uniao e intersecao serao representados respectivamente pelos prefixos UNI e INTER. Os simbolos e representarao, respectivamente, contem e esta contido. O Simbolo de pertence a sera representado pela letra E e f_a representa a letra f com indice a. A barra / representara a expressao tal que ( EXERCICIO 1.14) NOTACAO : Seja f : A - B uma funcao. Se Y B, f(-1)(Y) sera o conjunto de todos os elementos x E A tais que f(x) E Y. No caso de Y ser unitario, tal como em Y={b}, f(-1)(Y) sera representado por f(-1)(b) ITEM A : Seja X A, a E X. Existe b E f(X) / b = f(a) = a E f(-1)(b) = a E f(-1)( f(a) ). Como f(a) = b E f(X) = f(-1)( f(X) ) f(-1)(f(a)) = a E f(-1)( f(X) ). Assim, a E X = a E f(-1)( f(X) ). Isto estabelece que X f(-1)(f(X)), qualquer que seja o X A, tal como queriamos demonstrar. ADVERTENCIA : No meu livro o enunciado esta errado, pois la pede-se para demonstrar que f(-1)(f(X)) X para todo X A. Isto e evidentemente impossivel. Basta considerar a funcao f:{1,2,3} -{4,5,6 } tal que f(1)=f(2)=f(3)=4. Tomado X={1,2} temos que f(-1)(f(X))={1,2,3}, isto e, f(-1)(f(X)) NAO ESTA CONTIDO em X ITEM B : No item anterior, mostramos que se f:A - B e uma funcao qualquer entao para todo X A, f(-1)( f(X) ) X. Agora, supondo que f:A-B e injetiva, mostraremos que vale tambem f(-1)( f(X) ) X. Faremos isso por reducao ao absurdo. Com efeito, suponhamos que f(-1)( f(X) ) NAO ESTA CONTIDO X. Nests caso, existe um a E f(-1)( f(X) ) tal que a NAO PERTENCE a X, vale dizer, existe b E f(X) tal que b=f(a) mas a NAO PERTENCE a X. Como b E f(X), existe c E X tal que b=f(c). Assim, existem a e c, a # c, tal que f(a) = f(c) = b = f nao e injetiva ... ABSURDO ! Portanto, f:A- B injetiva = f(-1)( f(X) ) X, para todo X ªA. Como f(-1)( f(X) ) X vale para qualquer funcao,
[obm-l] INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Olá amigos, Estou fazendo um trabalho com meus alunos do ensino médio sobre Inteligência Artificial. Alguém conhece algum site ou livro introdutório ao assunto q seja acessível aos alunos? Grato, Jorge
[obm-l] ajuda
EM UM CICLO DE TRÊS CONFERÊNCIAS, QUE OCORRERAM EM HORÁRIOS DISTINTOS, HAVIA SEMPRE O MESMO NÚMERO DE PESSOAS ASSISTINDO A CADA UMA DELAS. SABE-SE QUE A METADE DOS QUE COMPARECERAM À PRIMEIRA CONFERÊNCIA NÃO FOI A MAIS NENHUMA OUTRA; UM TERÇO DOS QUE COMPARECERAM À SEGUNDA CONFERÊNCIA ASSISTIU A APENAS ELA E UM QUARTO DOS QUE COMPARECERAM À TERCEIRA CONFERÊNCIA NÃO ASSISTIU NEM A PRIMEIRA NEM A SEGUNDA. SABENDO AINDA QUE HAVIA UM TOTAL DE 300 PESSOAS PARTICIPANDO DO CICLO DE CONFERÊNCIAS, E QUE CADA UMA ASSISTIU A PELO MENOS UMA CONFERÊNCIA, O NÚMERO MÁXIMO DE PESSOAS EM CADA CONFERÊNCIA FOI: A) 180 B) 80 C) 156 D) 210 E) 96 = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html =
[obm-l] ajuda
EM UM CICLO DE TRÊS CONFERÊNCIAS, QUE OCORRERAM EM HORÁRIOS DISTINTOS, HAVIA SEMPRE O MESMO NÚMERO DE PESSOAS ASSISTINDO A CADA UMA DELAS. SABE-SE QUE A METADE DOS QUE COMPARECERAM À PRIMEIRA CONFERÊNCIA NÃO FOI A MAIS NENHUMA OUTRA; UM TERÇO DOS QUE COMPARECERAM À SEGUNDA CONFERÊNCIA ASSISTIU A APENAS ELA E UM QUARTO DOS QUE COMPARECERAM À TERCEIRA CONFERÊNCIA NÃO ASSISTIU NEM A PRIMEIRA NEM A SEGUNDA. SABENDO AINDA QUE HAVIA UM TOTAL DE 300 PESSOAS PARTICIPANDO DO CICLO DE CONFERÊNCIAS, E QUE CADA UMA ASSISTIU A PELO MENOS UMA CONFERÊNCIA, O NÚMERO MÁXIMO DE PESSOAS EM CADA CONFERÊNCIA FOI: A) 180 B) 80 C) 156 D) 210 E) 96 = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html =
[obm-l] RES: [obm-l] INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Quando eu fazia a faculdade, ouvi dizer que o livro do Norvig é muito bom ! Realmente, uma olhada nele foi compensadora. MAs não mergulhei na leitura, pois tinha outros trabalhos a fazer. Russell, S.J.; Norvig, P.: Artificial Intelligence : a Modern Approach Há tradução em português / BR. []s Paulo _ De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED] Em nome de Jorge Paulino Enviada em: sábado, 5 de abril de 2008 17:07 Para: obm-l@mat.puc-rio.br Assunto: [obm-l] INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL Olá amigos, Estou fazendo um trabalho com meus alunos do ensino médio sobre Inteligência Artificial. Alguém conhece algum site ou livro introdutório ao assunto q seja acessível aos alunos? Grato, Jorge
[obm-l] RES: [obm-l] Matemática discreta
Dá prá fazer, sem usar matemática discreta. Vejamos: 1. Um módulo para contar as peças que provavelmente esão na mão de cada um 2. Um módulo de estratégia 3. um módulo de regras 4. Um módulo que aprenda o comportamento dos outros jogadores (avançado). Mas veja, isso está mais para a olimpíada de informática (rs..). Veja http://www.sbc.org.br/index.php?language=1 http://www.sbc.org.br/index.php?language=1subject=60content=newsid=6555 subject=60content=newsid=6555 []s Paulo _ De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED] Em nome de Kleber Bastos Enviada em: sábado, 5 de abril de 2008 10:04 Para: obm-l@mat.puc-rio.br Assunto: [obm-l] Matemática discreta O professor da Uerj de matemática discreta, passou um desafio, que consiste no seguinte: Alguém seria capaz, de matematicamente, ensinar o computador jogar purrinha. Acredito que seja escrever um algoritimo, alguém tem idéia ? -- Kleber B. Bastos
[obm-l] Métodos Numéricos - Erros
Senhores, Por favor, alguém pode me ajudar a entender este problema? Seja um sistema de aritmética de ponto flutuante de quatro dígitos,base decimal e com acumulador de precisão dupla. Dados os números: x = 0,7237*10^4y = 0,2145*10^-3z = 0,2585*10^1 efetue as seguintes operações e obtenha o erro relativo no resultado,supondo que x, y e z estão exatamente representados: a) x + y + zb) x - y - z Eu sei efetuar as operações, mas não sei encontrar o erro relativo As respostas encontradas no livro, para os erros relativos, são: a) abs(ER) 10^-3b) abs(ER) 1,0002*10^-3 Obrigado. Daniel. = Instru��es para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html =