[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] ensino de matemática

2018-07-11 Por tôpico Felipe Vieira Frujeri
Olá. Eu também tenho a mesma visão de mundo que vcs :)

On Wed, Jul 11, 2018, 5:51 PM Leandro Martins 
wrote:

> Caros,
>
> Também tenho interesse em participar de tal discussão. Maior que minha
> aproximação com a Matemática Olímpica, é minha aproximação com a
> Matemática. Ainda maior é a aproximação de muitos alunos, sob diversos
> aspectos.
>
> Vejamos no que dá...
>
> Abraço!
>
> Em 11 de julho de 2018 12:30, Claudio Buffara 
> escreveu:
>
>> Prezados colegas da lista:
>>
>> Entendo que o tema pode ser off-topic pois não trata especificamente de
>> problemas olímpicos, mas aqui vai de qualquer forma...
>>
>> Algum de vocês se interessa pelo ensino de matemática (escolar ou
>> universitário)?
>>
>> Pergunto porque há anos tenho pensado na melhor forma de ensinar
>> matemática (principalmente em termos de composição do currículo e de
>> apresentação dos tópicos nos livros didáticos), estou convencido de que não
>> estamos fazendo certo, nem na escola e nem na universidade, e gostaria de
>> ter gente interessada pra debater idéias e, quem sabe, elaborar algum
>> projeto mais concreto.
>>
>> Em linhas gerais, discordo da ordem em que os assuntos são abordados, na
>> maioria dos livros.
>> O foco é muito mais na ordem lógica (seguindo o rigor do método
>> axiomático, mesmo em livros pra ensino médio) sem nenhuma preocupação:
>> - com a motivação para os resultados que são apresentados (e, nos ensinos
>> fundamental e médio, quase nunca demonstrados);
>> - com tornar estes resultados intuitivos para o estudante.
>>
>> Também acho que certos assuntos deveriam ser incluídos e outros excluídos
>> do currículo, mas este, pra mim, é um problema menor. Pois, qualquer que
>> seja o tópico, se for bem ensinado e incentivar o aluno a pensar, já tá
>> valendo.
>>
>> A meu ver, seria ideal se cada tópico do currículo de matemática fosse
>> apresentado seguindo a sequência:
>> identificação de padrões ("patterns") ==> formulação de conjecturas ==>
>> demonstração destas conjecturas.
>> Pois esta é a maneira como a matemática é criada.
>> Mas acho que muito poucos professores estão capacitados pra ensinar
>> matemática deste jeito.
>>
>> Em particular, no Ensino Médio, a ênfase nos últimos anos tem sido na tal
>> contextualização, que pode ser vista em todo o seu esplendor nas provas do
>> Enem.
>> O resultado disso me parece ser um retrocesso na formação matemática dos
>> alunos e também a disseminação da mentalidade de que a única matemática que
>> deve ser estudada é aquela que é usada no dia-a-dia dos cidadãos comuns.
>>
>> E, na universidade, a coisa não é muito melhor, mesmo num assunto que só
>> é visto na graduação em matemática. a análise real.
>> Vejam só:
>> Os livros tratam da topologia da reta antes de conceitos tais como
>> compacidade e conexidade se mostrarem realmente necessários (o que, de
>> fato, só ocorre em dimensão > 1; na reta, quase tudo pode ser demonstrado
>> com base em sequências e no método da bisseção, que são coisas bastante
>> intuitivas, mas que quase nunca são usadas).
>>
>> Limites e continuidade podem ser introduzidos também com base em
>> sequências, interpretando-se os epsilons como margens de erro em
>> aproximação.
>>
>> Aliás, a noção de que análise nada mais é do que uma teoria de
>> aproximações quase nunca é mencionada.
>> Por exemplo, foi só estudando a análise do R^n é que eu me dei conta de
>> que a derivada é uma aproximação de uma função arbitrária por uma função
>> afim.
>> Antes disso, eu só sabia que "derivada = inclinação da reta tangente".
>>
>> Os livros também mencionam critérios de convergência de séries
>> (Dirichlet, Abel, etc.) que vêm do nada (pois foram inventados para o
>> estudo de séries de Fourier, que estes liros não abordam).
>>
>> E o principal resultado sobre convergência de séries de potências decorre
>> quase trivialmente do estudo das PGs infinitas (assunto de Ensino Médio).
>> Mas qual livro deixa isso explícito?
>>
>> E, pra terminar, poucos têm uma figura para ilustrar o teorema
>> fundamental do cálculo que, com uma figura bem feita, fica bem intuitivo.
>> No entanto, a análise na reta em geral é apresentada com um caráter
>> aritmético/algébrico, mas quase nunca geométrico.
>>
>> Obrigado pela atenção.
>>
>> []s,
>> Claudio.
>>
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>> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>> acredita-se estar livre de perigo.
>
>
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> acredita-se estar livre de perigo.

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 acredita-se estar livre de perigo.



Re: [obm-l] Apostila de Desenho 2 Impacto OFF TOPIC

2013-11-30 Por tôpico Felipe Vieira Frujeri
Não seria interessante scannear essa apostila e deixá-la no formato
digital, tornando mais fácil o envio às pessoas que o desejarem?


2013/11/30 jjun...@fazenda.ms.gov.br

 Senhores:

 1) Ontem, ainda antes do meio em Campo Grande - MS, foi enviada a apostila
 para Maurício de Araújo (Uberlândia - MG), mesmo com a escrita sem acentos
 da atendente no envelope.

 2) Ela (a atendente) afirmou que o CEP de Jefferson França (66095-100) de
 Belém - PA, não existe, e estranhou (assim com eu) que o número viesse após
 ao que parece ser o bairro:  (...) São Miguel, 03 (...).

 3) Eram os únicos endereços que eu tinha até ontem.

 4) Ao que parece, outros também têm interesse na apostila, seria um
 presente a todos... mas, se muitos passarem a desejá-la, estou pensando em
 repassar o custo de R$ 15,00 a cada um, conforme alguns me já têm
 perguntado. R$ 9,00 referem-se à cópia, R$ 6,00 a postagem registrada.

 5) Hoje, se possível, enviarei as outras. Também, tirarei novas cópias.

 ATT.
 João




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Felipe Vieira Frujeri

Instituto Tecnológico de Aeronáutica
Engenharia Eletrônica - Turma 2015

Telefone de contato: (61) 9663-3566

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Re: [obm-l] ITA vs. MIT

2013-04-05 Por tôpico Felipe Vieira Frujeri
Venha no ITA.. Assista umas aulas
On Apr 5, 2013 7:36 PM, João Maldonado joao_maldona...@hotmail.com
wrote:

 Já faz um tempo que estou interessado em prestar ITA. Um amigo meu,
 entretando, foi recentemente aprovado no MIT (dizem que é a melhor
 faculdade de engenharia do mundo). Queria runir o máximo de informações
 possíveis dos  dois institutos, o método de aula, professores, notas,
 pontos fracos, pontos fortes, etc, e tentar chegar a um veredicto do ITA em
 relação ao MIT. Se alguém já esteve em Massachusetts, ou conhece o
 instituto de alguma forma, pode ajudar.

 Quanto ao método de aula. Pelo que me parece as aulas no MIT (pelo menos
 as que eu assisti no Youtube) me pareceram bem mais práticas que teóricas.
 Em algumas frentes o professor chega a fazer de 5 a 10 experimentos em uma
 aula de 50 minutos. Não tem aquela sede em resolver problemas teóricos mais
 difíceis, com mais matemática, etc. No ITA eu acho que a coisa já é meio
 diferente. Tem menos prática e mais hardcore na teoria. Alguém concorda?

 Quanto à admissão. 90% dos alunos do MIT são americanos. Um número bem
 alto  se tratando da melhor universidade do planeta. Por que há um número
 tão baixo de estrangeiros? Será mesmo que os EUA concentram 90% das mentes
 mais brilhantes do mundo? Acho que não

 Quanto ao custo. A anuidade no MIT custa cerca de 100 mil dólares,
 enquanto no ITA o curso é gratuito (há uma taxa de 50 reais pela moradia no
 H8). Ouvi dizer que o MIT dá bolsas aos estudantes estrangeiros, mas não
 sei ao certo. O MIT tem alojamento interno?

 Quanto ao ensino. O que difere o MIT das outras universidades,
 especialmente do ITA? O que faz o seu curso ser considerado melhor e
 diferenciado?

 Quanto aos recursos. Mesmo o ITA não sendo uma universidade paga acho que
 não falta recursos (tanto para o professor quanto para o aluno0),
 justamente pela quantidade de laboratórios e o pólo tecnológico de SJC.
 Alguém tem alguma opinião?

 Quanto às iniciativas. Nunca conheci nenhuma universidade com tantas
 iniciativas quanto o ITA, mesmo para o primeiro ano. O MIT, do mesmo modo,
 participa de infinitas competições de robôs, foguetes, etc. Alguém concorda?

 Quanto à formação. Qual dos dois formam engenheiros mais bem capacitados?
 Qual o estilo dos engenheiros do ITA e qual o do MIT?

 Quanto ao mercado de trabalho. A meu ver um diploma do MIT conta mais do
 que um do ITA (é a mesma coisa que comparar Harvard com USP). Por mais que
 o engenheiro do ITA seja laureado e tudo mais, qual dos dois formandos você
 acha que terá uma vida profissional melhor (em relação ao salário, ao tipo
 de emprego, etc.)?

 FInalmente. Qual das duas vocês preferim cursar, ITA ou MIT?

 []'s
 João

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