[obm-l] Motivos da raiz quadrada

2008-07-23 Por tôpico Sérgio Martins da Silva

Colegas,

   Aprendi no milênio passado, e continuo sabendo, os algoritmos de 
extração das raízes quadrada e cúbica. No entanto, não sei como se chega a 
esses algoritmos. Procurei na Lista e na internet mas não achei a 
explicação. A propósito, existem algoritmos para raiz de grau genérico?


Um abraço,

Sérgio 


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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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[obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações

2007-12-23 Por tôpico Sérgio Martins da Silva
Lucas,

Gostei do exemplo. Ele poderia ser generalizado e formalizado como um
teorema? Pode me indicar links ou bibbliografia sobre o tema?

Um abraço,

Sérgio

- Original Message - 
From: Lucas Prado Melo [EMAIL PROTECTED]
To: obm-l@mat.puc-rio.br
Sent: Sunday, December 23, 2007 1:39 PM
Subject: Re: [obm-l] Demonstrações


 On Dec 16, 2007 11:56 PM, Sérgio Martins da Silva [EMAIL PROTECTED]
wrote:
  Doutores,
 
  Penso que a palavra mais comum nesta lista e, quiçá, da matemática é
  demonstração. Por isto, gostaria de saber como se demonstra que uma
  demonstração está correta. E mais, que é completa. Quais são os
requisitos,
  condições, etc ?
 
  Abraços,
 
  Sérgio
 
 Oi,
 Se eu estiver errado, por favor me corrijam,
 Demonstrar que uma demonstração é válida é provar que a conclusão
 deriva das premissas. (isso é lógica matemática)
 Se, ao analisarmos uma prova a partir de suas premissas, chegamos (por
 implicações sempre verdadeiras (também chamadas tautológicas)) à mesma
 conclusão que a prova chegou, então a prova é válida, caso contrário
 não.
 Uma prova é dita completa quando não existem axiomas não declarados
 (se eu não me engano).
 Ex:
 Se Alberto viajar e Bruno ir à praia
 Então Daniel vai ao mercado
 Prova:
 Sabemos isso também:
 - Se Alberto vai viajar e Bruno ir à praia, então Creuza vai limpar a
 casa de Alberto
 - Se Daniel não vai ao mercado, então Creuza não vai limpar a casa de
 Alberto ou Alberto não vai viajar
 Por lógica matemática:
 A := Alberto ir viajar
 B := Bruno ir à praia
 C := Creuza ir limpar a casa de Alberto
 D := Daniel ir ao mercado
 Temos:
 A e B e ( A e B - C ) e ( ¬D - ¬C ou ¬A )
 Usando algumas regras de lógica:
 ( ¬D - ¬C ou ¬A ) = ( A e C - D )
 A e B e ( A e B - C ) = C
 A e C e ( A e C - D ) = D
 Ou seja, D é verdade...

 Resumindo (para não-leigos): uma prova é válida sse a conjunção das
 premissas implica a conclusão da prova.

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 http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [o bm-l] Re: [obm-l] Demonstrações

2007-12-23 Por tôpico Sérgio Martins da Silva
Albert,

Obrigado pelos links. Navegando e aprendendo.

Sérgio
  - Original Message - 
  From: albert richerd carnier guedes 
  To: obm-l@mat.puc-rio.br 
  Sent: Sunday, December 23, 2007 8:00 PM
  Subject: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações


  Realmente eu deixei pouco claro o modo como escrevi sobre o problema.
  Eu quis dizer que a correlação com o problema P versus NP é a demonstração 
de uma demonstração é que
  é preciso provar se existe uma demonstração para demonstração antes de 
tentar achar uma.
  Isso está no ambito de pesquisa do problema NP.

  Quanto aos problemas do milênio Sérgio, são 7 problemas matemáticos 
apresentados pelo Instituto de matemática Clay, e eles estão oferecerendo $ 
1.000.000,00 por problema para quem os resolver.

  O link oficial dos problemas:

  http://www.claymath.org/millennium/

  Para uma versão em portugues

  http://www.dm.ufscar.br/hp/hp853/hp853001/hp853001.html

  Um noticia legal é que foi apresenteada este ano a solução de um dos 
problemas do milênio - a conjectura de Poincaré - ele foi resolvido pelo 
  matemático russo Grigory Perelman.
  O cara faturou um milhão de verdinhas alem de ganhar a medalha Fields - o 
nobel da matemática.
  Aqui tem a noticia:
  http://www.e-escola.pt/site/destaque.asp?dest=87

  Ainda têm os problemas de Hilbert, caso você não conheça:

  http://pt.wikipedia.org/wiki/Problemas_de_Hilbert

  Espero ter te inspirado ainda mais a pratica da matemática. Pra mim estes 
problemas são extremamente estimulantes, alem claro do meu gosto natural pela 
matematica.
  Abraços.



[obm-l] Cônicas

2007-11-24 Por tôpico Sérgio Martins da Silva
Colegas,

Como se demonstra que interseção de um plano com um cone é uma elipse,
parábola ou hipérbole? Tenho visto nos livros apenas a declaração disto mas
não o caminho.

Um abraço,

Sérgio

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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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[obm-l] Re: [obm-l] Além dos complexos

2007-11-20 Por tôpico Sérgio Martins da Silva
Acessei o wikipedia, como o Bruno indicou, e vi que números não são apenas 
números, nada mais que números. A ótima explicação do Angelo serviu para 
iluminar este admirável mundo novo. Descobri até os surreais!
Eu admirava os complexos pelo aspecto operacional deles mas me convenci de 
que, sem álgebra, não passarei de um utilizador de calculadoras. Pelo jeito, os 
números são uma estratégia de marketing das álgebras para a atração de 
estudantes incautos. 

Um abraço, 

Sérgio
  - Original Message - 
  From: Angelo Schranko 
  To: obm-l@mat.puc-rio.br 
  Sent: Tuesday, November 20, 2007 9:59 AM
  Subject: Re: [obm-l] Além dos complexos


  Meu caro, dê uma olhada em:

  http://en.wikipedia.org/wiki/Hypercomplex_number

  Há várias informações interessantes e servem como ponto de partida.

  [ ]´s
  Angelo

  Bruno França dos Reis [EMAIL PROTECTED] escreveu:
Não sou nem o Nehab nem o Arthur, mas arrisco.

Sugiro vc procurar sobre quatérnions. Se não me engano, Hamilton ficou 
muito tempo tentando fazer o que vc esta querendo, e concluiu que para 
conseguir aumetar o conjunto dos complexos da forma que vc propoe, não seria 
possivel colocando apenas mais um eixo sem perder muitas propriedades 
algebricas interessantes. Mesmo colocando mais dois eixos, o j e o k, somos 
obrigados a abrir mão de alguma coisa, no caso da comutatividade. Hamilton 
definiu que: 
i^2 = j^2 = k^2 = -1
ij = k
ji = -k
jk = i
kj = -i
ki = j
ik = -j
Nesse espaço vc consegue construir uma metrica, e assim identifica-lo com 
um espaço euclidiano de dimensão 4, da mesma forma como faz com os complexos, 
identificando-os com um plano, ie, um espaço euclidiano de dimensão 2. 

De forma semelhante, vc define os octonios (ai vc tera um sistema de 8 
eixos) abrindo mao tambem da associatividade. Vc pode extender isso pra qq 
dimensao da forma 2^n, mas a partir de n=4 (ie, dimensao 16), ja nao presta pra 
muita coisa: vc perdeu comutatividade, associatividade e alem disso nao 
conseguira fazer uma identificacao com um espaço euclidiano (pois nao consegue 
definir uma métrica). 

Abraço
Bruno




Re: [obm-l] Vetores e complexos

2007-11-16 Por tôpico Sérgio Martins da Silva
Artur,

Gostei da perspectiva de estruturas algébricas. 

Obrigado,

Sérgio
  - Original Message - 
  From: Artur Costa Steiner 
  To: obm-l@mat.puc-rio.br 
  Sent: Wednesday, November 14, 2007 10:20 AM
  Subject: RES: [obm-l] Vetores e complexos


  A diferença  fundamental entre o plano cartesiano e o plano complexo não 
reside, na realidade, na natureza de seus componentes. Tanto os elementos de 
R^2 como os elementos dos complexos C são pares ordenados de números reais. Ate 
aí, não há absolutamente nenhuma diferença. 

  A diferenca aparece quando deixamos de considera-los apenas como conjuntos e 
passamos a considera-los como estruturas algebricas. O R^2 eh um espaco 
vetorial sobre o corpo dos reais, mas o R^2, com a estrutura algebrica nele 
definida, nao eh um corpo, Nao podemos dois multiplicar elementos de R^2 e 
obter outro elemento de R^2. O chamado produto escalar, ou interno, nao atende 
a esta condicao. Nem o chamado produto vetorial, geralmente definido em R^3, na 
Fisica, e muito usado na mecanica e no eletromagnetismo.

  Mas, quando equipamos R^2 com as operacoes de soma e multiplicacao, definidas 
por (a ,b) + (c , d) = (a +b, c + d)  e (a ,b) * (c , d) = ((ac - bd) ,  (ad + 
bc)), obtemos um corpo. A estrutura algebrica conhecida como corpo e que 
satisfaz a todos os axiomas que a definem. 

  Assim, vistos meramente como conjuntos, R^2 e C sao identicos. Mas vistos 
como estruturas algebricas, sao diferentes. 

  De forma rigorosa, ao nos referrimos ao corpo dos complexos, nao deveriamos  
escrever apenas C, mas sim (C, + , *), para siginificar um corpo com relacao as 
operacoes de adicao e multiplicacao anteriormente citadas. Uma terna composta 
pelo conjunto C, formado pelos pares de reais, pela operacao + e pela operacao 
*, jah citadas. Mas, por uma questao de simplicidade, escreve-se apenas C, 
estando subentendida estrutura de corpo e as operacoes + e *.. 

  Eh usual representar-se o elemento de C de parte real a e parte imaginaria b 
por a + bi, e nao por (a, b). Mas eh a mesma coisa. Isso dah aos complexos um 
sentido mais de numero e podemos entao dizer que os reais sao subconnjunto (ou 
melhor, sub corpo) de C, formado pelos elementos com parte imaginaria nula. 

  Matematicamente, hah um isomorfismo entre o conjunto dos pares (a, b) e os 
numeros a + bi, o qual identifica um conjunto com o outro. Por exemplo, o real 
1 eh identificado com (1,0) e i é identificado com (0 , 1). Em um bom livro de 
algebra voce acha estes conceitos.

  Artur   
-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED] nome de colombo
Enviada em: terça-feira, 13 de novembro de 2007 21:08
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Assunto: Re: [obm-l] Vetores e complexos


Não tem nenhuma diferença, a única coisa que muda é que quando estamos no 
plano complexo podemos multiplicar os vetores (a,b)(c,d), o que não existia no 
plano cartesiano. E lógico quando podemos multiplicar os vetores, dizemos que 
estamos multiplicando números complexos. 
t+
Jones


On Nov 13, 2007 1:12 PM, Sérgio Martins [EMAIL PROTECTED] wrote:

  Colegas,

  Qual a diferença do plano cartesiano para o plano complexo, ou seja, 
entre (a,b) representando um vetor e um número complexo? 

  Um abraço,

  Sérgio 



Re: [obm-l] Vetores e complexos etc

2007-11-15 Por tôpico Sérgio Martins da Silva
Nehab,

Gostei do entusiasmo pela didática. Aguardo o produto de complexos.

Abraços,

Sérgio
  - Original Message - 
  From: Carlos Nehab 
  To: obm-l@mat.puc-rio.br 
  Sent: Wednesday, November 14, 2007 12:05 AM
  Subject: Re: [obm-l] Vetores e complexos etc


  Oi, Sérgio,

  Interessante a pergunta e tive um ataque maluco de prolixidade na 
resposta  Virou quase uma aula de introdução a como criar intuição sobre 
isto mas já que escrevi , ai vai  :-)

  Ficou ENOORME   Espero que te ajuda...  e que o majordomo não me 
cape...



[obm-l] Re: [obm-l] Primeira dúvida

2007-11-15 Por tôpico Sérgio Martins da Silva
Angelo, 

Obrigado. 

Mas fiquei intrigado: como um número ( i ^ i ) pode ser equivalente a infinitos 
valores reais? Não estranharia se se tratasse de uma função, uma equação ... 
Assim, dois reais diferentes, que sejam equivalentes a i^î , seriam 
equivalentes entre si. Onde estou errando?

Abraços, 

Sérgio
  - Original Message - 
  From: Angelo Schranko 
  To: obm-l@mat.puc-rio.br 
  Sent: Monday, November 12, 2007 10:48 AM
  Subject: Re: [obm-l] Primeira dúvida


  i = e^[i(PI/2 + K.PI)], K pertencente a Z, logo

  i^i = e^[-(PI/2 + K.PI)], K pertencente a Z

  i^i tem infinitos valores Reais, em particular,
  quando k = 0, i^i = e^(-PI/2), conforme já foi mostrado.

  [ ]´s
  Angelo


[obm-l] Primeira dúvida

2007-11-11 Por tôpico Sérgio Martins da Silva
Caros participantes da lista,

Gosto de matemática e estou chegando agora à lista. Eis minha primeira dúvida:

Quanto é i ^ i ? Significa alguma coisa?

Sérgio