Re: [obm-l] Problemas(polinomoi- ideias!)

2011-07-06 Por tôpico Johann Dirichlet
Continuando: acho que, quando se faz alguma manipulação algébrica, a
conta falha miseravelmente para graus grandes.

Usando a ideia do Ralph, o polinomio em questão é par ou ímpar. Mas
quando eu abro as contas, usando um exemplo finito (uma tentativa do
genero f(x)=ax^2+bx+c), dá muito desencontro de expoentes. Vou mostrar
as contas outro dia (elas sao grandinhas!).

Em 05/07/11, Johann Dirichletpeterdirich...@gmail.com escreveu:
 Eu, na verdade, tentei achar um polinomio que desse certo. E cantei
 vitória antes do tempo...
 E a sua ideia de par-ou-impar matou de vez as esperanças: L^2+1
 aumenta o módulo.

 O Marcone tambem me enviou este e-mail corrigido. Eu estou matutando
 nele, e achei alguns exemplos. Ao que me parece, para cada grau de
 polinomio, existe um único polinômio que resolve a equação funcional.

 Eu descobri que estes poucos polinomios tem coeficiente líder 1 e
 sub-líder 0. Mas não avencei muito para dar um parecer final.

 No mais, acho que x^2+1 me lembra de usar i^2=-1...

 Em 04/07/11, Ralph Teixeiraralp...@gmail.com escreveu:
 Como voce disse, se a eh uma raiz de P(x), entao a^2+1 tem que ser raiz
 de
 P(x) tambem. Entao se voce pegar as raizes de P(x) e aplicar x^2+1
 nelas,
 voce ainda tem que cair em raizes. Portanto, dada uma raiz qualquer a,
 temos
 que a^2+1, (a^2+1)^2+1, etc. gera varias raizes de P(x). Como P(x) tem
 que
 ter um numero finito de raizes distintas, essa sequencia tem que gerar um
 ciclo, tem que repetir em algum momento.

 Que ciclo? O caso mais simples seria fazer um ciclo de tamanho 1, ou
 seja,
 fazer logo a^2+1=a, para o ciclo soh ter um termo. Foi a ideia que voce
 colocou... mas nao dah certo -- a condicao deste ciclo ser finita eh
 NECESSARIA para ter a igualdade pedida, mas ter um ciclo de raizes nao eh
 SUFICENTE para garantir a igualdade pedida.

 O Shine botou a bola embaixo do braco e levou para casa: nao ha polinomio
 com a condicao pedida... :)

 Mas, olha soh:* o Marcone, que propos o problema original, me mandou um
 E-mail dizendo que realmente o enunciado original era mesmo
 p(x^2+1)=(p(x))^2+1, mas por algum motivo ele nao conseguiu colocar a
 correcao na lista.* Entao ainda ha um problema interessante (mas bem
 diferente) para fazer.

 (Eu jah vi isso em algum lugar, mas nao lembro onde...)

 Abraco,
 Ralph
 2011/7/4 Johann Dirichlet peterdirich...@gmail.com

 Puxa! Mas onde esta o erro da minha solução?

 Anyway, inicialmente pensei em fatorar o dito polinomio.
 Creio que ele seja mônico, abrindo a expressão geral o fator máximo é
 a^2=a.
 Aí, escreve ele na forma deprodutos (x-a_i).. Basicamente, um lado
 fica na forma
 x^2+1-a_ i, e o outro como (x-a_ i)^2. Supóndo que as raízes são, em
 alguma ordem, iguais, dá pra chegar em algum lugar.




 Em 01/07/11, Ralph Teixeiraralp...@gmail.com escreveu:
  O raciocínio do Dirichlet mostra que basta achar UM polinômio (não
  constante) que tenha esta propriedade. Afinal, como ele mostrou, se
  p(x)
  serve, então q(x)=(p(x))^2 também serve.
 
  Mas seja lá quem for o polinômio mágico, eu sei que ou ele é um
  polinômio
  par ou ele é ímpar. Afinal, escreva p(x)=P(x)+I(x) onde P(x) tem
  apenas
 os
  termos de grau par e I(x) tem apenas os de grau ímpar.
 
  Ora, p(x)^2=(P^2+I^2)+2PI. Note que P^2+I^2 é um polinômio par e 2PI é
  ímpar.
 
  Mas a condição manda que p^2=p(x^2+1), que é uma função par. Então o
 termo
  2PI não pode existir, isto é, P=0 ou I=0. Assim, p(x) é par ou ímpar.
  E
  x^2-x+1 não é um nem outro, então não funcionou...
 
  Então precisamos ainda mostrar que existe UM tal polinômio!
 
  Abraço,
Ralph
 
  P.S.: Tem certeza que o enunciado é esse mesmo? Não seria, sei lá,
  p(x^2+1)=(p(x))^2+1 ao invés?
  2011/7/1 Johann Dirichlet peterdirich...@gmail.com
 
  Em 01/07/11, Johann Dirichletpeterdirich...@gmail.com escreveu:
   Em 30/06/11, marcone augusto araújo
   borgesmarconeborge...@hotmail.com escreveu:
  
   1) Se p é inteiro primo ímpar,mostre que o numerador da fração
   1+1/2+1/3+...1/(p-1) é um múltiplo de p.
  
   1) Teorema de Wolstenholme, se não me engano...
  
   Bora lá, usar o velho truque das pontas de Gauss:
   1/k+1/(p-k)=p/(k(p-k));
   assim sendo, temos um monte de frações p/(alguma coisa). Esta coisa
   não será múltipla de p em momento nenhum, logo nada aniquila este
   fator p.
  
  
   2) Mostre que existem infinitos polinômios p(x) com coeficientes
 reais
   tais
   que p(x^2+1) = [p(x)]^2.
 
  É mais mole do que eu pensei!
 
  1 - Se P e Q são soluções da equação acima, P*Q também será. Óbvio!
  2 - Um polinômio possível é x^2-x+1.
  Como sei? Simples:
 
  Se L é um zero de P, então L^2+1 também será.
  Se eu conseguir L=L^2+1, terei uma solução pronta!
  Basta abrir o polinomio sem medo.
 
 
  P.S.: saber todas as soluções me parece mais desgastante. Aplicando a
  transformação T(L)=L^2+1 um numero finito de vezes, todos os
  polinômios dos pontos fixos são soluções. A treta é saber se não
  escapa nenhum (até porque muitos desses 

Re: [obm-l] Problemas(polinomoi- ideias!)

2011-07-05 Por tôpico Johann Dirichlet
Eu, na verdade, tentei achar um polinomio que desse certo. E cantei
vitória antes do tempo...
E a sua ideia de par-ou-impar matou de vez as esperanças: L^2+1
aumenta o módulo.

O Marcone tambem me enviou este e-mail corrigido. Eu estou matutando
nele, e achei alguns exemplos. Ao que me parece, para cada grau de
polinomio, existe um único polinômio que resolve a equação funcional.

Eu descobri que estes poucos polinomios tem coeficiente líder 1 e
sub-líder 0. Mas não avencei muito para dar um parecer final.

No mais, acho que x^2+1 me lembra de usar i^2=-1...

Em 04/07/11, Ralph Teixeiraralp...@gmail.com escreveu:
 Como voce disse, se a eh uma raiz de P(x), entao a^2+1 tem que ser raiz de
 P(x) tambem. Entao se voce pegar as raizes de P(x) e aplicar x^2+1 nelas,
 voce ainda tem que cair em raizes. Portanto, dada uma raiz qualquer a, temos
 que a^2+1, (a^2+1)^2+1, etc. gera varias raizes de P(x). Como P(x) tem que
 ter um numero finito de raizes distintas, essa sequencia tem que gerar um
 ciclo, tem que repetir em algum momento.

 Que ciclo? O caso mais simples seria fazer um ciclo de tamanho 1, ou seja,
 fazer logo a^2+1=a, para o ciclo soh ter um termo. Foi a ideia que voce
 colocou... mas nao dah certo -- a condicao deste ciclo ser finita eh
 NECESSARIA para ter a igualdade pedida, mas ter um ciclo de raizes nao eh
 SUFICENTE para garantir a igualdade pedida.

 O Shine botou a bola embaixo do braco e levou para casa: nao ha polinomio
 com a condicao pedida... :)

 Mas, olha soh:* o Marcone, que propos o problema original, me mandou um
 E-mail dizendo que realmente o enunciado original era mesmo
 p(x^2+1)=(p(x))^2+1, mas por algum motivo ele nao conseguiu colocar a
 correcao na lista.* Entao ainda ha um problema interessante (mas bem
 diferente) para fazer.

 (Eu jah vi isso em algum lugar, mas nao lembro onde...)

 Abraco,
 Ralph
 2011/7/4 Johann Dirichlet peterdirich...@gmail.com

 Puxa! Mas onde esta o erro da minha solução?

 Anyway, inicialmente pensei em fatorar o dito polinomio.
 Creio que ele seja mônico, abrindo a expressão geral o fator máximo é
 a^2=a.
 Aí, escreve ele na forma deprodutos (x-a_i).. Basicamente, um lado
 fica na forma
 x^2+1-a_ i, e o outro como (x-a_ i)^2. Supóndo que as raízes são, em
 alguma ordem, iguais, dá pra chegar em algum lugar.




 Em 01/07/11, Ralph Teixeiraralp...@gmail.com escreveu:
  O raciocínio do Dirichlet mostra que basta achar UM polinômio (não
  constante) que tenha esta propriedade. Afinal, como ele mostrou, se p(x)
  serve, então q(x)=(p(x))^2 também serve.
 
  Mas seja lá quem for o polinômio mágico, eu sei que ou ele é um
  polinômio
  par ou ele é ímpar. Afinal, escreva p(x)=P(x)+I(x) onde P(x) tem apenas
 os
  termos de grau par e I(x) tem apenas os de grau ímpar.
 
  Ora, p(x)^2=(P^2+I^2)+2PI. Note que P^2+I^2 é um polinômio par e 2PI é
  ímpar.
 
  Mas a condição manda que p^2=p(x^2+1), que é uma função par. Então o
 termo
  2PI não pode existir, isto é, P=0 ou I=0. Assim, p(x) é par ou ímpar. E
  x^2-x+1 não é um nem outro, então não funcionou...
 
  Então precisamos ainda mostrar que existe UM tal polinômio!
 
  Abraço,
Ralph
 
  P.S.: Tem certeza que o enunciado é esse mesmo? Não seria, sei lá,
  p(x^2+1)=(p(x))^2+1 ao invés?
  2011/7/1 Johann Dirichlet peterdirich...@gmail.com
 
  Em 01/07/11, Johann Dirichletpeterdirich...@gmail.com escreveu:
   Em 30/06/11, marcone augusto araújo
   borgesmarconeborge...@hotmail.com escreveu:
  
   1) Se p é inteiro primo ímpar,mostre que o numerador da fração
   1+1/2+1/3+...1/(p-1) é um múltiplo de p.
  
   1) Teorema de Wolstenholme, se não me engano...
  
   Bora lá, usar o velho truque das pontas de Gauss:
   1/k+1/(p-k)=p/(k(p-k));
   assim sendo, temos um monte de frações p/(alguma coisa). Esta coisa
   não será múltipla de p em momento nenhum, logo nada aniquila este
   fator p.
  
  
   2) Mostre que existem infinitos polinômios p(x) com coeficientes
 reais
   tais
   que p(x^2+1) = [p(x)]^2.
 
  É mais mole do que eu pensei!
 
  1 - Se P e Q são soluções da equação acima, P*Q também será. Óbvio!
  2 - Um polinômio possível é x^2-x+1.
  Como sei? Simples:
 
  Se L é um zero de P, então L^2+1 também será.
  Se eu conseguir L=L^2+1, terei uma solução pronta!
  Basta abrir o polinomio sem medo.
 
 
  P.S.: saber todas as soluções me parece mais desgastante. Aplicando a
  transformação T(L)=L^2+1 um numero finito de vezes, todos os
  polinômios dos pontos fixos são soluções. A treta é saber se não
  escapa nenhum (até porque muitos desses polinomios são fatoráveis, I
  think so).
 
  
   3) Uma corda AB,de comprimento constante,desliza sobre uma
   semicircunferência determinada por um diâmetro d.
   Considere o triângulo cujos vértices são: o ponto médio da corda e
   as
   projeções ortogonais dos seus extremos A e B
   sobre o diâmetro d.Mostre que ,durante o deslizamento da corda,esse
   triângulo é sempre isósceles e nunca muda de formato(i.é.,os ângulos
 do
   triângulo são 

Re: [obm-l] Problemas(polinomoi- ideias!)

2011-07-04 Por tôpico Johann Dirichlet
Puxa! Mas onde esta o erro da minha solução?

Anyway, inicialmente pensei em fatorar o dito polinomio.
Creio que ele seja mônico, abrindo a expressão geral o fator máximo é a^2=a.
Aí, escreve ele na forma deprodutos (x-a_i).. Basicamente, um lado
fica na forma
x^2+1-a_ i, e o outro como (x-a_ i)^2. Supóndo que as raízes são, em
alguma ordem, iguais, dá pra chegar em algum lugar.




Em 01/07/11, Ralph Teixeiraralp...@gmail.com escreveu:
 O raciocínio do Dirichlet mostra que basta achar UM polinômio (não
 constante) que tenha esta propriedade. Afinal, como ele mostrou, se p(x)
 serve, então q(x)=(p(x))^2 também serve.

 Mas seja lá quem for o polinômio mágico, eu sei que ou ele é um polinômio
 par ou ele é ímpar. Afinal, escreva p(x)=P(x)+I(x) onde P(x) tem apenas os
 termos de grau par e I(x) tem apenas os de grau ímpar.

 Ora, p(x)^2=(P^2+I^2)+2PI. Note que P^2+I^2 é um polinômio par e 2PI é
 ímpar.

 Mas a condição manda que p^2=p(x^2+1), que é uma função par. Então o termo
 2PI não pode existir, isto é, P=0 ou I=0. Assim, p(x) é par ou ímpar. E
 x^2-x+1 não é um nem outro, então não funcionou...

 Então precisamos ainda mostrar que existe UM tal polinômio!

 Abraço,
   Ralph

 P.S.: Tem certeza que o enunciado é esse mesmo? Não seria, sei lá,
 p(x^2+1)=(p(x))^2+1 ao invés?
 2011/7/1 Johann Dirichlet peterdirich...@gmail.com

 Em 01/07/11, Johann Dirichletpeterdirich...@gmail.com escreveu:
  Em 30/06/11, marcone augusto araújo
  borgesmarconeborge...@hotmail.com escreveu:
 
  1) Se p é inteiro primo ímpar,mostre que o numerador da fração
  1+1/2+1/3+...1/(p-1) é um múltiplo de p.
 
  1) Teorema de Wolstenholme, se não me engano...
 
  Bora lá, usar o velho truque das pontas de Gauss:
  1/k+1/(p-k)=p/(k(p-k));
  assim sendo, temos um monte de frações p/(alguma coisa). Esta coisa
  não será múltipla de p em momento nenhum, logo nada aniquila este
  fator p.
 
 
  2) Mostre que existem infinitos polinômios p(x) com coeficientes reais
  tais
  que p(x^2+1) = [p(x)]^2.

 É mais mole do que eu pensei!

 1 - Se P e Q são soluções da equação acima, P*Q também será. Óbvio!
 2 - Um polinômio possível é x^2-x+1.
 Como sei? Simples:

 Se L é um zero de P, então L^2+1 também será.
 Se eu conseguir L=L^2+1, terei uma solução pronta!
 Basta abrir o polinomio sem medo.


 P.S.: saber todas as soluções me parece mais desgastante. Aplicando a
 transformação T(L)=L^2+1 um numero finito de vezes, todos os
 polinômios dos pontos fixos são soluções. A treta é saber se não
 escapa nenhum (até porque muitos desses polinomios são fatoráveis, I
 think so).

 
  3) Uma corda AB,de comprimento constante,desliza sobre uma
  semicircunferência determinada por um diâmetro d.
  Considere o triângulo cujos vértices são: o ponto médio da corda e as
  projeções ortogonais dos seus extremos A e B
  sobre o diâmetro d.Mostre que ,durante o deslizamento da corda,esse
  triângulo é sempre isósceles e nunca muda de formato(i.é.,os ângulos do
  triângulo são constantes)
 
  Faz um desenho!
  Diâmetro r;centro O, raio 1; corda AB, tamanho d, médio M; AB
  projetado em r dá XY.
 
  O triangulo AOB é obviamente isósceles.
  Os quadrilateros XOMA e YOMB são inscritíveis de diâmetros OA e OB
  respectivamente (angulos de 90 graus).
 
  Temos OXM=OAM=OBM=OYM, logo XMY é isosceles. E o angulo OBA depende
  unicamente de d.
 
  P.S.: duvido que os triangulos sejam todos congruentes. O angulo XOM
  define o tamanho de XM.
 
 
  Meus agradecimentos por qualquer esclarecimento.
 
 
  --
  /**/
  神が祝福
 
  Torres
 


 --
 /**/
 神が祝福

 Torres

 =
 Instru�ões para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 =




-- 
/**/
神が祝福

Torres

=
Instru��es para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Problemas(polinomoi- ideias!)

2011-07-04 Por tôpico Carlos Yuzo Shine
Eu acho que não existem infinitos polinômios (a única solução é o polinômio 
nulo). Isso, é claro, falando do problema P(x^2 + 1) = [P(x)]^2.

Antes, lembramos que zero não pode ser raiz de P: como o Ralph já provou, isso 
gera infinitas raízes e aí P é o polinômio nulo.

Olha só: derivando P(x^2 + 1) = P(x)^2 dos dois lados encontramos 2xP'(x^2+1) = 
2P(x)P'(x). Aí vou tentar usar uma ideia parecida com a do Ralph. x = 0 só pode 
ser raiz de P' (o que atesta o fato de P ser par, que também foi provado). 
Agora 
note que se x diferente de zero é raiz de P' então x^2 + 1 também é. Pena que 
só 
temos o zero. Mas aí fazemos de trás para frente (isto é, aplicamos uma inversa 
f de x^2 + 1): troca x = f(0) = i. Então i é raiz de P ou P'. Mas se for raiz 
de 
P, então i^2 + 1 = 0 é raiz e dá problema do mesmo jeito. Então é raiz de P'. 
Mas aí é só continuar.

Definindo f melhor: f(r) é a raiz quadrada de r - 1 que tem argumento arg(r - 
1)/2. A minha pergunta é: partindo do r = 0, ele entra em loop?

Eu acho que não. De fato, f é injetiva: f(r) = f(s) implica (f(r))^2 + 1 = 
(f(s))^2 + 1 que é o mesmo que r = s. Então se a sequência n_0 = 0 e n_k = 
f(n_{k-1}) é periódica, ela é puramente periódica. Mas 0 não é periódica para 
f^{-1}(x) = x^2 + 1, então acabou (eu acho).


Isso faz sentido?

[]'s
Shine


- Original Message 
From: Johann Dirichlet peterdirich...@gmail.com
To: obm-l@mat.puc-rio.br
Sent: Mon, July 4, 2011 12:46:11 PM
Subject: Re: [obm-l] Problemas(polinomoi- ideias!)

Puxa! Mas onde esta o erro da minha solução?

Anyway, inicialmente pensei em fatorar o dito polinomio.
Creio que ele seja mônico, abrindo a expressão geral o fator máximo é a^2=a.
Aí, escreve ele na forma deprodutos (x-a_i).. Basicamente, um lado
fica na forma
x^2+1-a_ i, e o outro como (x-a_ i)^2. Supóndo que as raízes são, em
alguma ordem, iguais, dá pra chegar em algum lugar.




Em 01/07/11, Ralph Teixeiraralp...@gmail.com escreveu:
 O raciocínio do Dirichlet mostra que basta achar UM polinômio (não
 constante) que tenha esta propriedade. Afinal, como ele mostrou, se p(x)
 serve, então q(x)=(p(x))^2 também serve.

 Mas seja lá quem for o polinômio mágico, eu sei que ou ele é um polinômio
 par ou ele é ímpar. Afinal, escreva p(x)=P(x)+I(x) onde P(x) tem apenas os
 termos de grau par e I(x) tem apenas os de grau ímpar.

 Ora, p(x)^2=(P^2+I^2)+2PI. Note que P^2+I^2 é um polinômio par e 2PI é
 ímpar.

 Mas a condição manda que p^2=p(x^2+1), que é uma função par. Então o termo
 2PI não pode existir, isto é, P=0 ou I=0. Assim, p(x) é par ou ímpar. E
 x^2-x+1 não é um nem outro, então não funcionou...

 Então precisamos ainda mostrar que existe UM tal polinômio!

 Abraço,
   Ralph

 P.S.: Tem certeza que o enunciado é esse mesmo? Não seria, sei lá,
 p(x^2+1)=(p(x))^2+1 ao invés?
 2011/7/1 Johann Dirichlet peterdirich...@gmail.com

 Em 01/07/11, Johann Dirichletpeterdirich...@gmail.com escreveu:
  Em 30/06/11, marcone augusto araújo
  borgesmarconeborge...@hotmail.com escreveu:
 
  1) Se p é inteiro primo ímpar,mostre que o numerador da fração
  1+1/2+1/3+...1/(p-1) é um múltiplo de p.
 
  1) Teorema de Wolstenholme, se não me engano...
 
  Bora lá, usar o velho truque das pontas de Gauss:
  1/k+1/(p-k)=p/(k(p-k));
  assim sendo, temos um monte de frações p/(alguma coisa). Esta coisa
  não será múltipla de p em momento nenhum, logo nada aniquila este
  fator p.
 
 
  2) Mostre que existem infinitos polinômios p(x) com coeficientes reais
  tais
  que p(x^2+1) = [p(x)]^2.

 É mais mole do que eu pensei!

 1 - Se P e Q são soluções da equação acima, P*Q também será. Óbvio!
 2 - Um polinômio possível é x^2-x+1.
 Como sei? Simples:

 Se L é um zero de P, então L^2+1 também será.
 Se eu conseguir L=L^2+1, terei uma solução pronta!
 Basta abrir o polinomio sem medo.


 P.S.: saber todas as soluções me parece mais desgastante. Aplicando a
 transformação T(L)=L^2+1 um numero finito de vezes, todos os
 polinômios dos pontos fixos são soluções. A treta é saber se não
 escapa nenhum (até porque muitos desses polinomios são fatoráveis, I
 think so).

 
  3) Uma corda AB,de comprimento constante,desliza sobre uma
  semicircunferência determinada por um diâmetro d.
  Considere o triângulo cujos vértices são: o ponto médio da corda e as
  projeções ortogonais dos seus extremos A e B
  sobre o diâmetro d.Mostre que ,durante o deslizamento da corda,esse
  triângulo é sempre isósceles e nunca muda de formato(i.é.,os ângulos do
  triângulo são constantes)
 
  Faz um desenho!
  Diâmetro r;centro O, raio 1; corda AB, tamanho d, médio M; AB
  projetado em r dá XY.
 
  O triangulo AOB é obviamente isósceles.
  Os quadrilateros XOMA e YOMB são inscritíveis de diâmetros OA e OB
  respectivamente (angulos de 90 graus).
 
  Temos OXM=OAM=OBM=OYM, logo XMY é isosceles. E o angulo OBA depende
  unicamente de d.
 
  P.S.: duvido que os triangulos sejam todos congruentes. O angulo XOM
  define o tamanho de XM.
 
 
  Meus agradecimentos por qualquer

Re: [obm-l] Problemas(polinomoi- ideias!)

2011-07-04 Por tôpico Johann Dirichlet
Sobre a sua mesg: por indução infinita na derivação, nunca acharemos
um polinômio?

Comments:
Bem, não tô com a mensagem full, mas basicamente o Ralph provou que o
polinômio é par ou ímpar. Não dá pra ser coluna do meio.
Realmente, raiz 0 falha miseravelmente, isto é imediato. Mas, o lance
é: não existe nenhum polinômio que funcione??

Realmente,pensando na minha ideia das raizes, pareece que L^2+1 tem
modulo maior que L (uma desigualdade das medias mataria isso). Ou
seja, não tem como, depois de aplicar L^2+1 um numero finito de vezes,
voltar a L.

Quanto a outra, comecei a atacar hoje.


Em 04/07/11, Carlos Yuzo Shinecysh...@yahoo.com escreveu:
 Eu acho que não existem infinitos polinômios (a única solução é o polinômio
 nulo). Isso, é claro, falando do problema P(x^2 + 1) = [P(x)]^2.

 Antes, lembramos que zero não pode ser raiz de P: como o Ralph já provou,
 isso
 gera infinitas raízes e aí P é o polinômio nulo.

 Olha só: derivando P(x^2 + 1) = P(x)^2 dos dois lados encontramos
 2xP'(x^2+1) =
 2P(x)P'(x). Aí vou tentar usar uma ideia parecida com a do Ralph. x = 0 só
 pode
 ser raiz de P' (o que atesta o fato de P ser par, que também foi provado).
 Agora
 note que se x diferente de zero é raiz de P' então x^2 + 1 também é. Pena
 que só
 temos o zero. Mas aí fazemos de trás para frente (isto é, aplicamos uma
 inversa
 f de x^2 + 1): troca x = f(0) = i. Então i é raiz de P ou P'. Mas se for
 raiz de
 P, então i^2 + 1 = 0 é raiz e dá problema do mesmo jeito. Então é raiz de
 P'.
 Mas aí é só continuar.

 Definindo f melhor: f(r) é a raiz quadrada de r - 1 que tem argumento arg(r
 -
 1)/2. A minha pergunta é: partindo do r = 0, ele entra em loop?

 Eu acho que não. De fato, f é injetiva: f(r) = f(s) implica (f(r))^2 + 1 =
 (f(s))^2 + 1 que é o mesmo que r = s. Então se a sequência n_0 = 0 e n_k =
 f(n_{k-1}) é periódica, ela é puramente periódica. Mas 0 não é periódica
 para
 f^{-1}(x) = x^2 + 1, então acabou (eu acho).


 Isso faz sentido?

 []'s
 Shine


 - Original Message 
 From: Johann Dirichlet peterdirich...@gmail.com
 To: obm-l@mat.puc-rio.br
 Sent: Mon, July 4, 2011 12:46:11 PM
 Subject: Re: [obm-l] Problemas(polinomoi- ideias!)

 Puxa! Mas onde esta o erro da minha solução?

 Anyway, inicialmente pensei em fatorar o dito polinomio.
 Creio que ele seja mônico, abrindo a expressão geral o fator máximo é a^2=a.
 Aí, escreve ele na forma deprodutos (x-a_i).. Basicamente, um lado
 fica na forma
 x^2+1-a_ i, e o outro como (x-a_ i)^2. Supóndo que as raízes são, em
 alguma ordem, iguais, dá pra chegar em algum lugar.




 Em 01/07/11, Ralph Teixeiraralp...@gmail.com escreveu:
 O raciocínio do Dirichlet mostra que basta achar UM polinômio (não
 constante) que tenha esta propriedade. Afinal, como ele mostrou, se p(x)
 serve, então q(x)=(p(x))^2 também serve.

 Mas seja lá quem for o polinômio mágico, eu sei que ou ele é um polinômio
 par ou ele é ímpar. Afinal, escreva p(x)=P(x)+I(x) onde P(x) tem apenas os
 termos de grau par e I(x) tem apenas os de grau ímpar.

 Ora, p(x)^2=(P^2+I^2)+2PI. Note que P^2+I^2 é um polinômio par e 2PI é
 ímpar.

 Mas a condição manda que p^2=p(x^2+1), que é uma função par. Então o termo
 2PI não pode existir, isto é, P=0 ou I=0. Assim, p(x) é par ou ímpar. E
 x^2-x+1 não é um nem outro, então não funcionou...

 Então precisamos ainda mostrar que existe UM tal polinômio!

 Abraço,
   Ralph

 P.S.: Tem certeza que o enunciado é esse mesmo? Não seria, sei lá,
 p(x^2+1)=(p(x))^2+1 ao invés?
 2011/7/1 Johann Dirichlet peterdirich...@gmail.com

 Em 01/07/11, Johann Dirichletpeterdirich...@gmail.com escreveu:
  Em 30/06/11, marcone augusto araújo
  borgesmarconeborge...@hotmail.com escreveu:
 
  1) Se p é inteiro primo ímpar,mostre que o numerador da fração
  1+1/2+1/3+...1/(p-1) é um múltiplo de p.
 
  1) Teorema de Wolstenholme, se não me engano...
 
  Bora lá, usar o velho truque das pontas de Gauss:
  1/k+1/(p-k)=p/(k(p-k));
  assim sendo, temos um monte de frações p/(alguma coisa). Esta coisa
  não será múltipla de p em momento nenhum, logo nada aniquila este
  fator p.
 
 
  2) Mostre que existem infinitos polinômios p(x) com coeficientes reais
  tais
  que p(x^2+1) = [p(x)]^2.

 É mais mole do que eu pensei!

 1 - Se P e Q são soluções da equação acima, P*Q também será. Óbvio!
 2 - Um polinômio possível é x^2-x+1.
 Como sei? Simples:

 Se L é um zero de P, então L^2+1 também será.
 Se eu conseguir L=L^2+1, terei uma solução pronta!
 Basta abrir o polinomio sem medo.


 P.S.: saber todas as soluções me parece mais desgastante. Aplicando a
 transformação T(L)=L^2+1 um numero finito de vezes, todos os
 polinômios dos pontos fixos são soluções. A treta é saber se não
 escapa nenhum (até porque muitos desses polinomios são fatoráveis, I
 think so).

 
  3) Uma corda AB,de comprimento constante,desliza sobre uma
  semicircunferência determinada por um diâmetro d.
  Considere o triângulo cujos vértices são: o ponto médio da corda e as
  projeções ortogonais dos

Re: [obm-l] Problemas(polinomoi- ideias!)

2011-07-04 Por tôpico Ralph Teixeira
Como voce disse, se a eh uma raiz de P(x), entao a^2+1 tem que ser raiz de
P(x) tambem. Entao se voce pegar as raizes de P(x) e aplicar x^2+1 nelas,
voce ainda tem que cair em raizes. Portanto, dada uma raiz qualquer a, temos
que a^2+1, (a^2+1)^2+1, etc. gera varias raizes de P(x). Como P(x) tem que
ter um numero finito de raizes distintas, essa sequencia tem que gerar um
ciclo, tem que repetir em algum momento.

Que ciclo? O caso mais simples seria fazer um ciclo de tamanho 1, ou seja,
fazer logo a^2+1=a, para o ciclo soh ter um termo. Foi a ideia que voce
colocou... mas nao dah certo -- a condicao deste ciclo ser finita eh
NECESSARIA para ter a igualdade pedida, mas ter um ciclo de raizes nao eh
SUFICENTE para garantir a igualdade pedida.

O Shine botou a bola embaixo do braco e levou para casa: nao ha polinomio
com a condicao pedida... :)

Mas, olha soh:* o Marcone, que propos o problema original, me mandou um
E-mail dizendo que realmente o enunciado original era mesmo
p(x^2+1)=(p(x))^2+1, mas por algum motivo ele nao conseguiu colocar a
correcao na lista.* Entao ainda ha um problema interessante (mas bem
diferente) para fazer.

(Eu jah vi isso em algum lugar, mas nao lembro onde...)

Abraco,
Ralph
2011/7/4 Johann Dirichlet peterdirich...@gmail.com

 Puxa! Mas onde esta o erro da minha solução?

 Anyway, inicialmente pensei em fatorar o dito polinomio.
 Creio que ele seja mônico, abrindo a expressão geral o fator máximo é
 a^2=a.
 Aí, escreve ele na forma deprodutos (x-a_i).. Basicamente, um lado
 fica na forma
 x^2+1-a_ i, e o outro como (x-a_ i)^2. Supóndo que as raízes são, em
 alguma ordem, iguais, dá pra chegar em algum lugar.




 Em 01/07/11, Ralph Teixeiraralp...@gmail.com escreveu:
  O raciocínio do Dirichlet mostra que basta achar UM polinômio (não
  constante) que tenha esta propriedade. Afinal, como ele mostrou, se p(x)
  serve, então q(x)=(p(x))^2 também serve.
 
  Mas seja lá quem for o polinômio mágico, eu sei que ou ele é um polinômio
  par ou ele é ímpar. Afinal, escreva p(x)=P(x)+I(x) onde P(x) tem apenas
 os
  termos de grau par e I(x) tem apenas os de grau ímpar.
 
  Ora, p(x)^2=(P^2+I^2)+2PI. Note que P^2+I^2 é um polinômio par e 2PI é
  ímpar.
 
  Mas a condição manda que p^2=p(x^2+1), que é uma função par. Então o
 termo
  2PI não pode existir, isto é, P=0 ou I=0. Assim, p(x) é par ou ímpar. E
  x^2-x+1 não é um nem outro, então não funcionou...
 
  Então precisamos ainda mostrar que existe UM tal polinômio!
 
  Abraço,
Ralph
 
  P.S.: Tem certeza que o enunciado é esse mesmo? Não seria, sei lá,
  p(x^2+1)=(p(x))^2+1 ao invés?
  2011/7/1 Johann Dirichlet peterdirich...@gmail.com
 
  Em 01/07/11, Johann Dirichletpeterdirich...@gmail.com escreveu:
   Em 30/06/11, marcone augusto araújo
   borgesmarconeborge...@hotmail.com escreveu:
  
   1) Se p é inteiro primo ímpar,mostre que o numerador da fração
   1+1/2+1/3+...1/(p-1) é um múltiplo de p.
  
   1) Teorema de Wolstenholme, se não me engano...
  
   Bora lá, usar o velho truque das pontas de Gauss:
   1/k+1/(p-k)=p/(k(p-k));
   assim sendo, temos um monte de frações p/(alguma coisa). Esta coisa
   não será múltipla de p em momento nenhum, logo nada aniquila este
   fator p.
  
  
   2) Mostre que existem infinitos polinômios p(x) com coeficientes
 reais
   tais
   que p(x^2+1) = [p(x)]^2.
 
  É mais mole do que eu pensei!
 
  1 - Se P e Q são soluções da equação acima, P*Q também será. Óbvio!
  2 - Um polinômio possível é x^2-x+1.
  Como sei? Simples:
 
  Se L é um zero de P, então L^2+1 também será.
  Se eu conseguir L=L^2+1, terei uma solução pronta!
  Basta abrir o polinomio sem medo.
 
 
  P.S.: saber todas as soluções me parece mais desgastante. Aplicando a
  transformação T(L)=L^2+1 um numero finito de vezes, todos os
  polinômios dos pontos fixos são soluções. A treta é saber se não
  escapa nenhum (até porque muitos desses polinomios são fatoráveis, I
  think so).
 
  
   3) Uma corda AB,de comprimento constante,desliza sobre uma
   semicircunferência determinada por um diâmetro d.
   Considere o triângulo cujos vértices são: o ponto médio da corda e as
   projeções ortogonais dos seus extremos A e B
   sobre o diâmetro d.Mostre que ,durante o deslizamento da corda,esse
   triângulo é sempre isósceles e nunca muda de formato(i.é.,os ângulos
 do
   triângulo são constantes)
  
   Faz um desenho!
   Diâmetro r;centro O, raio 1; corda AB, tamanho d, médio M; AB
   projetado em r dá XY.
  
   O triangulo AOB é obviamente isósceles.
   Os quadrilateros XOMA e YOMB são inscritíveis de diâmetros OA e OB
   respectivamente (angulos de 90 graus).
  
   Temos OXM=OAM=OBM=OYM, logo XMY é isosceles. E o angulo OBA depende
   unicamente de d.
  
   P.S.: duvido que os triangulos sejam todos congruentes. O angulo XOM
   define o tamanho de XM.
  
  
   Meus agradecimentos por qualquer esclarecimento.
  
  
   --
   /**/
   神が祝福
  
   Torres
  
 
 
  --