[PSL-Brasil] Parabéns - KDE 20 Anos!

2016-10-14 Por tôpico Filipe Saraiva
Car@s, estamos muito felizes pelo KDE ter atingido essa marca histórica
- não é todo projeto de software livre que consegue fazer 2 décadas! :)

De uma interface gráfica que objetivava tornar o GNU/Linux mais
acessível a qualquer pessoa, o KDE hoje é um grande guarda-chuva de
projetos dos mais variados tipos para além de um ambiente desktop
completo. Muitas pessoas usam KDE ou algo derivado de suas tecnologias
no dia-a-dia mesmo sem necessariamente usar o Plasma - para ficar em
alguns exemplos, temos o Krita, Kdenlive, Konsole, KTextEditor, Kile,
KDE-Edu, GCompris, KHTML (que depois virou Webkit e ainda depois Blink,
renderizador presente nos principais browsers do mercado),
ownCloud/Nextcloud (que nasceram de membros da comunidade KDE), e muitos
outros.

O KDE Brasil escreveu um txt sobre a data, com links para o livro
comemorativo, a timeline, algumas festas que irão rolar, e o projeto do
KDE 1 compilado para distros modernas. :)

https://br.kde.org/node/321

Grande abraço e kudos para todos do KDE;

-- 
Filipe Saraiva
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Re: [PSL-Brasil] Lançado FreeBSD 11 (oficialmente)

2016-10-14 Por tôpico Adonay Felipe Nogueira
É importante notar que quando me refiro a "distribuições de sistemas"
não estou me referindo apenas àqueles que possuem o kernel Linux, mas
sim a qualquer sistema operacional, kernel, userland, conjunto, etc.,
seja o sistema operacional GNU ou não GNU. Como é o caso do Replicant,
que é uma distribuição de sistema livre não GNU.


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Re: [PSL-Brasil] Lançado FreeBSD 11 (oficialmente)

2016-10-14 Por tôpico Rodolpho Eckhardt

On 09:04 Fri 14 Oct , Adonay Felipe Nogueira wrote:

Concordo que o FreeBSD possui uma licença de software livre, mas nesse
caso (como foi anunciado pela primeira mensagem com este assunto)
fala-se da distribuição em si, não da licença.

A licença FreeBSD é sim uma licença de software livre, e neste ponto
todos concordamos.

Porém, como o assunto é o anúncio do lançamento da nova versão da
distribuição de sistemas chamada FreeBSD, e como assume-se que esta não
é livre (pois as versões anteriores também não eram), são necessárias as
observações que mencionei.


O problema é que não existe uma "distribuição de sistema" diferente do FreeBSD
em si, uma confusão muito comum para quem está acostumado no mundo Linux.

Diferente do kernel Linux que pode ser distribuído com vários userlands
diferentes (embrulhado em software, por isso o nome "distribuição de software"),
o kernel FreeBSD é distribuído com o userland FreeBSD e tudo isso é um único
projeto, todo licenciado com a mesma licença FreeBSD (BSD 2-cláusulas).

Enquanto o Linux por si é só um kernel, o FreeBSD já é um SO completo.

(Há projetos utilizando parte do kernel do FreeBSD sem seu userland, mas são
forks à parte do FreeBSD em si - o FreeBSD publica um só conjunto contendo
kernel e userland.)

Então quem diz que FreeBSD não é uma distribuição livre está correto, porque
mesmo se seguisse às normas de distribuição de Linux "livres" ainda não seria
uma "distribuição". O FreeBSD não é uma distribuição (no sentido de "Linux
distro") da mesma forma que não é um carro.

Dessa forma, quem quer avaliar se o FreeBSD é livre ou não, basta ver a licença
utilizada quando o software é publicado:

https://svnweb.freebsd.org/base/release/11.0.1/COPYRIGHT?view=markup


Ainda respondendo ao Sr. Eckhardt: O movimento do software livre não
está interessado em controlar o que fazemos privadamente, mas sim o que
deixamos transparecer ao público, apesar de que, algumas atitudes
privadas podem transparecer ao público, deixando nossos esforços ainda
mais difíceis (vejam exemplos na seção "Exemplos de situações
complexas").


Infelizmente essa frase não representa a maioria esmagadora das pesoas que
conheço que desenvolvem, divulgam e defendem software livre. Para essas
o que cada um deixa transparecer não interessa - a única coisa que importa é
a licença do software que se distribui. Por isso não levo a sério quando
afirma "o movimento do software livre" como se fosse uma posição comum entre
todos.


É importante notar ainda que existe maior rigorosidade nos critérios de
aceitação para que uma distribuição de sistema seja considerada como
livre do que para que um software seja considerado como tal.


Entendo isso e é, a meu ver, mais uma consequência da miopia resultante em
se focar unica e exclusivamente em sistemas baseados no kernel Linux. Para
muitos outros sistemas, o conceito de "distribuição" é indistinguível de
"um software", logo a afirmação não faz sentido.

Abraços!
--
Rodolpho Eckhardt

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Re: [PSL-Brasil] Lançado FreeBSD 11 (oficialmente)

2016-10-14 Por tôpico Adonay Felipe Nogueira
Concordo que o FreeBSD possui uma licença de software livre, mas nesse
caso (como foi anunciado pela primeira mensagem com este assunto)
fala-se da distribuição em si, não da licença.

A licença FreeBSD é sim uma licença de software livre, e neste ponto
todos concordamos.

Porém, como o assunto é o anúncio do lançamento da nova versão da
distribuição de sistemas chamada FreeBSD, e como assume-se que esta não
é livre (pois as versões anteriores também não eram), são necessárias as
observações que mencionei.

Ainda respondendo ao Sr. Eckhardt: O movimento do software livre não
está interessado em controlar o que fazemos privadamente, mas sim o que
deixamos transparecer ao público, apesar de que, algumas atitudes
privadas podem transparecer ao público, deixando nossos esforços ainda
mais difíceis (vejam exemplos na seção "Exemplos de situações
complexas").

É importante notar ainda que existe maior rigorosidade nos critérios de
aceitação para que uma distribuição de sistema seja considerada como
livre do que para que um software seja considerado como tal. Isto
acontece pois, diferente da crença popular, em tais avaliações,
preocupa-se em garantir ao **usuário final** um projeto com ajudantes
comprometidos em corrigir problemas que quebram as mesmas diretrizes que
garantiram a aprovação de tal projeto como livre, e nesta mesma
avaliação e diretrizes procura-se analisar o seguinte: Quando o
**usuário final** descobre tal distribuição de sistema, o que tal
projeto está oferecendo ao usuário? Será que se oferece software não
livre? O quão resistentes e educadoras as pessoas envolvidas com o
projeto são em prol do software livre? Será que elas costumam recomendar
instalação de software não livre? Se sim, será que as outras se
preocupam e protestar dizendo o contrário e explicando seus motivos
inclusive aos novatos?

Ainda sobre a avaliação mencionada anteriormente, faz-se um teste que
não necessariamente está inserido nas diretrizes, mas que antecede as
demais etapas da avaliação: Será que o projeto de distribuição de
sistema está realmente interessado em ter prova concreta para poder ser
chamado de "livre"? Esta pergunta é respondida apenas quando o projeto
em si entra em contato via
. Caso a
pergunta anterior seja respondida negativamente, ou não seja respondida,
ou caso a distribuição não seja aprovada, ela não pode ser considerada
livre e logo não pode ser recomendada por nós ativistas ao público.
Assim, ao menos no início da avaliação de tal projeto, esta é puxada
pelo projeto, não empurrada por nós ativistas.

# Exemplos de situações complexas

## Exemplo 1

* Vida privada: **Ativista** (mais que um "usuário") do software livre
usando Windows (ou qualquer distribuição não livre) para suas tarefas
**pessoais** não relacionadas ao ativismo.

* Visão do público: Possivelmente vão questionar o motivo pelo qual o
ativista segue usando tal distribuição de sistema não livre, e para ele
provar que não é dele, somente se for muito rápido em esconder seus
arquivos e dados pessoais (que provavelmente estarão visíveis).

* Nota: Sabe-se que algumas pessoas adquirem aparelhos e/ou hardware que
funciona apenas no Windows ou em alguma distribuição não livre, e para
estas pessoas, recomenda-se trocar tais por alguém que esteja disponível
em  ou por aqueles com uma nota boa em
.

## Exemplo 2

* Vida privada: Ativista do software livre usando um hardware que só
funciona com firmware, driver ou módulo não livre, em suas tarefas
pessoais não relacionadas ao ativismo.

* Visão do público: Se já são usuários de software livre e de
distribuições livres, vão pensar que tal hardware é a melhor opção de
compra na região, e vão querer comprar o mesmo, apenas para descobrir
que o ativista citado fez seu kernel customizado baseado naquele gerado
pelos scripts do projeto Linux-libre.

* Nota: Quando o bug que afeta a forma com a qual as coisas são
carregadas no kernel Linux gerado pelos scripts do Linux-libre for
corrigido, a frase "apenas para descobrir que o ativista citado fez seu
kernel customizado baseado naquele gerado pelos scripts do projeto
Linux-libre" pode ser substituída por "apenas para descobrir que o
ativista citado usou um software não livre", sem prejudicar o sentido. O
bug é mencionado em:

 (em resposta à pergunta "Is there anything that the project wants to do that 
it can't do now?").

## Exemplo 3

* Vida privada: Ativista do software livre usando emuladores,
tradutores, virtualizadores ou simuladores (assume-se que estes sejam
livres) para usufruir de outros softwares não livres para tarefas
pessoais não relacionadas ao ativismo.

* Visão do público: O público vai querer usar tal software não livre
dentro de tal software livre, cria-se uma situação equilibrada (na
prática), mas que só atrairá a pessoa pelas