coloquei em OT...
Em Ter, 2009-04-14 às 16:23 -0300, Ricardo Bánffy escreveu:
> Tá.
>
> Deixa ver se eu entendo.
>
> Você está me chamando de neoliberal.
tuas posições em quase todos os temas políticos refletem uma posição
neoliberal...
Não é uma ofensa, mas uma percepção que tenho a teu respeito pelos teus
escritos nesta lista.
> Não acho que seja o caso.
>
> Você também parece achar que eu confundo política industrial com
> excesso regulamentação sobre uma iniciativa privada existente. Eu não
> tenho nada contra incentivos governamentais ao desenvolvimento de
> setores específicos. Usualmente eles estimulam, inclusive, a
> competição de que eu gosto tanto. O que eu não gosto é o excesso de
> regulamentação, como nos países socialistas do leste europeu que, a
> despeito do que você parece acreditar, não eram um exemplo de
> modernidade.
Foram modelos que sucumbiram pelo controle burocrático do Estado.
Eu acho que a experiência inicial da União Soviética poderia ter dado
certo se a questão da democracia tivesse sido resolvida.
Isto é, se os "soviets" estivessem controlando democraticamente o
Estado, ao invés da burocracia partidária este modêlo poderia ter sido
um bom exemplo a ser seguido pela humanidade. Nota-se que nos primeiros
anos (1 década) a Russia saiu da miséria absoluta de um País pobre para
ser a segunda-ou-primeira potência mundial. A economia e a qualidade de
vida da população deram saltos anos luz comparados com o período
anterior. Passaram por uma guerra civil e foi o País que mais sofreu com
a invasão nazista na segunda guerra. Depois disso se levantou
economicamente e os soviéticos (ou russos) tiveram uma qualidade de vida
superior a maioria dos povos do planeta. No início do século passado a
economia da União Soviética foi um exemplo de modernidade pra época. Mas
isso é passado...
> Planos quinquenais não são, exatamente, modelos de
> agilidade. São, na verdade, a exemplos típicos do excesso de
> intervenção (ou "direcionamento", como querem os da velha-guarda) com
> o qual governos conseguem arruinar setores inteiros.
Não foi o caso dos primeiro anos da União Soviética. Do nada, de um país
agrícola arruinado eles chegaram a ser uma super-potência.
Na economia é inquestionável, no meu ponto de vista, o sucesso dos
primeiros anos da US comparado com todas as demais economias
capitalistas.
O problema esteve sempre na democracia...ou na falta de democracia que
foi se aprofundado quando os burocratas do partido usurparam o poder
popular dos "soviets" e destruíra a democracia popular tranformando a US
num Estado Totalitário e burocrático.
Mas falta de democracia e regimes totalitários não é uma exclusividade
dos Paíse chamados de socialistas (na época).
Ainda hoje alguns países capitalistas importantes não são democráticos.
No meu ponto de vista é equivocado pensar que o capitalismo é igual e
democracia e socialismo é igual a controle burocrático e falte de
democracia.
> Não que isso seja completamente inútil. Esse tipo de coisa funciona
> bem por um certo tempo em lugares devastados. Funcionou na antiga
> União Soviética, que estava mais ou menos na idade do bronze quando da
> revolução comunista e funcionou na Europa devastada pela segunda
> guerra mundial. Eu duvido que funcione hoje em dia, sobretudo em uma
> indústria tão ágil como a nossa.
quase um século depois não funciona.
nem o capitalismo de Adam Smith nem o dito- socialismo de Stalin...
mas fazendo um up-grade nesta discussão, verificamos que os capitalismos
neoliberais que abominavam o papel do Estado na economia e pregavam a
mão invisível do Estado se transformaram numa tragédia para seus povos.
Estas teorias foram pro buraco.
Agora vemos Obama salvando (estatizando) a economia...todos os discursos
dos capitalistas no Foro de Davos falaram em controle e regulamentação
da economia. Quem diria...
Não sou a favor do controle Estatal da economia, mas nem a favor que as
empresas e coorporações ditem as regras do mercado e da
economia...afinal de contas nós não votamos nos Presidentes destas
corporações nem delegamos poderes para eles comandarem o destino de
nossas vidas. Defendo, em tese, um controle social sobre a economia.
> O máximo que eu me arrisco a pregar é
> o incentivo ao investimento local dos recursos de governo,
é uma política que concordamos...desde que não seja só a isenção de
impostos e que o resultado reverta para toda a sociedade.
Na Califórnia, berço do capitalismo da nova economia, os impostos são
uns dos mais altos do mundo. Somente com os impostos é possível fazer
distribuição de renda e política industrial...
> por uma
> questão de desenvolvimento, e o uso de padrões abertos por questões de
> transparência e continuidade e em cuidadosas intervenções (muito
> cuidadosas) quando um mercado corre o risco de ser monopolizado.
+1
> Mas mesmo as políticas industriais precisam ser usadas com muito
> cuidado porque pode ter consequências inesperadas. O exemplo que me
> vem à cabe