OT:Re: [PSL-Brasil] Fwd: [Celld -group] AT&T proíbeP2P na sua rede

2009-04-14 Por tôpico rafael
Pela história...
Sem negar os erros da construção de um sistema novo, erros que servem de
lição as presentes gerações, também por:

1) Ter sido o país mais afetado na Segunda Mundial. Nos 30 milhões de
russos que morreram na guerra, quantos eram dos melhores quadros do
país? Os mais capazes, mas sobretudo os mais dignos foram para a frente
de batalha combater a invasão dos nazistas. Não podemos em nossa
realidade conceber o que significou a destruição provocada por esse
conflito.

2) Ter empreendido uma corrida armamentista com os EUA em condições
muito desiguais, já a URSS não absorvia fluxos de capitais de países
explorados, como os EUA e a Europa (neocolonialismo). Pelo contrário, a
URSS ajudava materialmente os países pobres da África, Ásia e America
Latina. Soldiariedade essa que foi de armas nas guerras por
descolonização (África, Ásia), até milhares de vagas para formar
profissionais de outros países (vide a Universidade Patrice Lumumba, e
compare isso com o processo de roubo de cérebros)

3)  Mas principalmente, porque a luta de classes representa isso, ondas
de fluxo e refluxo na história da humanidade. Não é porque em 1815 a
Santa Aliança estava instalada na Europa, restaurando por algumas
décadas o Antigo Regime e a ordem feudal, que a história havia parado.
Logo a Revolução dos detentores de capital retomaria o seu curso e 1830
e 1848 seriam anos de reviravolta e consolidação burguesa na Europa.
  O mesmo se passa com a revolução dos trabalhadores. ela não éuma linha
reta, mas um processo histórica que cada dia mais se anuncia na própria
  Você que gosta tanto da competição: Qual sistema sobreviverá, dado que
os seres humanos tem capacidade de raciocínio: aquele que tem o lucro
como objetivo principal, que favorece 1% da população, ou aquele que tem
o desenvolvimento humano como prioridade?
Isso não é óbvio?





Ricardo Bánffy escreveu:
> Boa pergunta. Por que não existem mais?
>
> 2009/4/14 rafael :
>   
>> Você tem que analisar porque não existem mais...
>>
>>
>> Ricardo Bánffy escreveu:
>>
>> Países que nem mesmo existem mais valem como casos de sucesso?
>>
>> 
>
>   

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OT:Re: [PSL-Brasil] Fwd: [Celld-group] AT&T proíbeP2P na sua rede

2009-04-14 Por tôpico Marcelo Branco
coloquei em OT...

Em Ter, 2009-04-14 às 16:23 -0300, Ricardo Bánffy escreveu:

> Tá.
> 
> Deixa ver se eu entendo.
> 
> Você está me chamando de neoliberal.


tuas posições em quase todos os temas políticos refletem uma posição
neoliberal...
Não é uma ofensa, mas uma percepção que tenho a teu respeito pelos teus
escritos nesta lista.



> Não acho que seja o caso.
> 
> Você também parece achar que eu confundo política industrial com
> excesso regulamentação sobre uma iniciativa privada existente. Eu não
> tenho nada contra incentivos governamentais ao desenvolvimento de
> setores específicos. Usualmente eles estimulam, inclusive, a
> competição de que eu gosto tanto. O que eu não gosto é o excesso de
> regulamentação, como nos países socialistas do leste europeu que, a
> despeito do que você parece acreditar, não eram um exemplo de
> modernidade.

Foram modelos que sucumbiram pelo  controle burocrático do Estado.
Eu acho que a experiência inicial da União Soviética poderia ter dado
certo se a questão da democracia tivesse sido resolvida.
Isto é, se os "soviets" estivessem controlando democraticamente o
Estado, ao invés da burocracia partidária este modêlo poderia ter sido
um bom exemplo a ser seguido pela humanidade. Nota-se que nos primeiros
anos (1 década) a Russia saiu da miséria absoluta de um País pobre para
ser a segunda-ou-primeira potência mundial. A economia e a qualidade de
vida da população deram saltos anos luz comparados com o período
anterior. Passaram por uma guerra civil e foi o País que mais sofreu com
a invasão nazista na segunda guerra. Depois disso se levantou
economicamente e os soviéticos (ou russos) tiveram uma qualidade de vida
superior a maioria dos povos do planeta. No início do século passado a
economia da União Soviética foi um exemplo de modernidade pra época. Mas
isso é passado...


>  Planos quinquenais não são, exatamente, modelos de
> agilidade. São, na verdade, a exemplos típicos do excesso de
> intervenção (ou "direcionamento", como querem os da velha-guarda) com
> o qual governos conseguem arruinar setores inteiros.


Não foi o caso dos primeiro anos da União Soviética. Do nada, de um país
agrícola arruinado eles chegaram a ser uma super-potência.
Na economia é inquestionável, no meu ponto de vista, o sucesso dos
primeiros anos da US comparado com todas as demais economias
capitalistas.

O problema esteve sempre na democracia...ou na falta de democracia que
foi se aprofundado quando os burocratas do partido usurparam o poder
popular dos "soviets" e destruíra a democracia popular tranformando a US
num Estado Totalitário e burocrático.
Mas falta de democracia e regimes totalitários não é uma exclusividade
dos Paíse  chamados de socialistas (na época).
Ainda hoje alguns países capitalistas importantes não são democráticos.
No meu ponto de vista é equivocado pensar que o capitalismo é igual e
democracia e socialismo é igual a controle burocrático e falte de
democracia.



> Não que isso seja completamente inútil. Esse tipo de coisa funciona
> bem por um certo tempo em lugares devastados. Funcionou na antiga
> União Soviética, que estava mais ou menos na idade do bronze quando da
> revolução comunista e funcionou na Europa devastada pela segunda
> guerra mundial. Eu duvido que funcione hoje em dia, sobretudo em uma
> indústria tão ágil como a nossa.


quase um século depois não funciona.
nem  o capitalismo de Adam Smith nem o dito- socialismo de Stalin...
mas fazendo um up-grade nesta discussão, verificamos que os capitalismos
neoliberais que abominavam o papel do Estado na economia e pregavam a
mão invisível do Estado se transformaram numa tragédia para seus povos.
Estas teorias foram pro buraco.
Agora vemos Obama salvando (estatizando) a economia...todos os discursos
dos capitalistas no Foro de Davos  falaram em controle e regulamentação
da economia. Quem diria...

Não sou a favor do controle Estatal da economia, mas nem a favor que as
empresas e coorporações ditem as regras do mercado e da
economia...afinal de contas nós não votamos nos Presidentes destas
corporações nem delegamos poderes para eles comandarem o destino de
nossas vidas. Defendo, em tese, um controle social sobre a economia.


>  O máximo que eu me arrisco a pregar é
> o incentivo ao investimento local dos recursos de governo,


é uma política que concordamos...desde que não seja só a isenção de
impostos e que o resultado reverta para toda a sociedade.
Na Califórnia, berço do capitalismo da nova economia, os impostos são
uns dos mais altos do mundo. Somente com os impostos é possível fazer
distribuição de renda e política industrial...



>  por uma
> questão de desenvolvimento, e o uso de padrões abertos por questões de
> transparência e continuidade e em cuidadosas intervenções (muito
> cuidadosas) quando um mercado corre o risco de ser monopolizado.


+1



> Mas mesmo as políticas industriais precisam ser usadas com muito
> cuidado porque pode ter consequências inesperadas. O exemplo que me
> vem à cabe