[VotoEletronico] RES: Re: FC: Depois da Guerra...

2003-06-28 Por tôpico Gil Carlos Vieira de Rezende









    É
muito interessante ler as coisas ditas anteriormente.

    Atualmente,
apesar da óbvia tentativa da mídia global em desviar o foco deste noticiário,
vemos que há uma guerrilha sem trégua e sem liderança central no Iraque,
fazendo emboscadas mortais a qualquer soldado americano ou inglês. Talvez aí
esteja o retrato de nosso futuro a médio/longo prazo.
Tipo Exterminadores do futuro no terceiro mundo, se é que me
entendem...

    Aliás,
no mesmo estilo que os nordestinos brasileiros fizeram com americanos nas bases
militares que lá permaneceram depois da Segunda Guerra Mundial (o Francisco já
tinha até revisitado esta nossa
passagem histórica, em mensagem antiga). 

    Ao
mesmo tempo, mostra-se na TV uma passeata de xiitas (rivais históricos da
hegemônica minoria sunita no Iraque de Saddan) na qual protestavam contra estas emboscadas e ainda
defendiam a permanência das tropas anglo-americanas. E outra, ontem, com cinco
jovens iraquianos cantando em inglês no estilo boys band do Nsinc e Back Street Boys.

    Definitivamente,
sinto que estou vivendo numa contagem regressiva. Cada vez mais vejo o futuro
como incerto. No caso do Brasil de Lula, o presente é de
desesperança. O futuro, no entanto, para mim já é certo: DESILUSÃO TOTAL.

    Desculpem
o desabafo e o pessimismo. Mas talvez, piore com o tempo, com a CPI do Banestado sendo abafada, com a retirada do voto impresso
das urnas etc...

    GIL,
RJ.  



-Mensagem original-
De:
[EMAIL PROTECTED]iron.com.br
[mailto:[EMAIL PROTECTED] Em nome de Francisco José Santana
Enviada em: quinta-feira, 19 de
junho de 2003 20:02
Para: [EMAIL PROTECTED]iron.com.br
Assunto: [VotoEletronico]
Re: FC: Depois da Guerra...





Aconteceu coisa semelhante aqui no
Brasil, quando do golpe de 64







- Original Message - 





From: Fabio Zugman 





To: [EMAIL PROTECTED]






Sent: Wednesday,
April 09, 2003 2:26 PM





Subject: [VotoEletronico] FC: Depois da Guerra...











Acabei de ver na TV cenas de Bagdá:
Povo correndo na rua, fazendo festa e subindo em tanques para derrubar estátuas
de Saddam...





Ao que me pergunto:





Cade os intelectuais agora?











Essa corja de
pseudos-analistas-internacionais, com seus textículos sobre imperialismo, euro,
dólar, petróleo, assassinato do povo iraquiano, e citações
deturpadas e patéticas de gente como Marx, Maquiavel e outros menos cotados...











Bem, os iraquianos pareciam felizes
demais p/ quem foi massacrado pelos americanos.





Basra tem um novo prefeito, pela
primeira vez em muito tempo um líder comunitário. Pela festa de hoje, Bagdá
está no mesmo caminho. O povo iraquiano se calou durante todo esse tempo por
medo do regime, hoje gritam de alegria.











Maso que mais me espanta, no
momento, foi a reação brasileira. Hoje, o mesmo
embaixador aplaudido de pé na assembléia, queima papéis no jardim da embaixada.
Deputados que deveriam estar preocupados com a fome, dívida externa e o déficit
comercial pareciam moleques agitando boicotes insensatos a empresas americanas.
(por pura ironia, em seus PC´s americanos, pela
Internet, usando sistemas americanos, aliás, a matéria prima do próprio teclado
é o petróleo tão difamado. Prova de que até p/ agitador é preciso um mínimo de
competência.)











O que nos leva a uma conclusão
interessante: Vou usar agora, a teoria do inimigo externoaos seus próprios proponentes:P/ quem não
sabe, essa teoria parte de uma observação da Psicologia que, quando temos
sucesso, tendemos a assumir os louros da vitória para nós mesmos, mas quando
fracassamos, nossa tendência é culpar um fator externo. Encontrar um
culpado e o combater, é, portanto, tão
natural ao ser humano quanto se apaixonar ou sentir dor quando levamos um
choque.











Na minha opinião, muita gente
encontrou nos Estados Unidos esse culpado. Teorias
conspiratórias brotavam a cada segundo, seja por qual motivo, osEUA
querem dominar o mundo. Teve até deputado (acredite) propondo reforçar a defesa
da Amazônia, pois nós seríamos os próximos.











Acredito que grande parte da
população entrou em um frenesi, jogando suas frustrações no primeiro alvo que encontraram
(e quem melhor que os EUA, a maior potência do mundo, que nem de santo, nem de
diabo tem nada?), fez passeatas, protestos, tudo contra o ataque ao Iraque. Só
esqueceram de uma coisa: Checar os fatos, a história, a geo-política local.
Duvido que a grande maioria desses manifestantes ensandecidos saiba sequer
citar de cor os países com o qual o Iraque faz fronteira. E quem aproveitou a
oportunidade? Os pseudo-intelectuais. Esses indivíduos de 5.a categoria,vendo a discussão gerada em torno da guerra,
encontraram uma ótima maneira de aparecer. Naturalmente, como em todo lugar que
se metem, piorando a situação.E de repente os defensores da
liberdade estavam tão enlouquecidos por sua causa que fecharam os olhos
para o outro lado. Essa postura, em si só, foi um 

[VotoEletronico] RES: Re: FC: Depois da Guerra...

2003-06-28 Por tôpico Gil Carlos Vieira de Rezende









    É
muito interessante ler as coisas ditas anteriormente.

    Atualmente,
apesar da óbvia tentativa da mídia global em desviar o foco deste noticiário,
vemos que há uma guerrilha sem trégua e sem liderança central no Iraque, fazendo
emboscadas mortais a qualquer soldado americano ou inglês. Talvez aí esteja o
retrato de nosso futuro a médio/longo prazo. Tipo
Exterminadores do futuro no terceiro mundo, se é que me
entendem...

    Aliás,
no mesmo estilo que os nordestinos brasileiros fizeram com americanos nas bases
militares que lá permaneceram depois da Segunda Guerra Mundial (o Francisco já
tinha até revisitado esta nossa
passagem histórica, em mensagem antiga). 

    Ao
mesmo tempo, mostra-se na TV uma passeata de xiitas (rivais históricos da
hegemônica minoria sunita no Iraque de Saddan) na qual protestavam contra estas emboscadas e ainda
defendiam a permanência das tropas anglo-americanas. E outra, ontem, com cinco
jovens iraquianos cantando em inglês no estilo boys band do Nsinc e Back Street Boys.

    Definitivamente,
sinto que estou vivendo numa contagem regressiva. Cada vez mais vejo o futuro
como incerto. No caso do Brasil de Lula, o presente é de
desesperança. O futuro, no entanto, para mim já é certo: DESILUSÃO TOTAL.

    Desculpem
o desabafo e o pessimismo. Mas talvez, piore com o tempo, com a CPI do Banestado sendo abafada, com a retirada do voto impresso
das urnas etc...

    GIL,
RJ.  



-Mensagem original-
De:
[EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED]
Em nome de Francisco José Santana
Enviada em: quinta-feira, 19 de
junho de 2003 20:02
Para:
[EMAIL PROTECTED]
Assunto: [VotoEletronico] Re: FC:
Depois da Guerra...





Aconteceu coisa semelhante aqui no
Brasil, quando do golpe de 64







- Original Message - 





From: Fabio Zugman 





To: [EMAIL PROTECTED]






Sent: Wednesday,
April 09, 2003 2:26 PM





Subject:
[VotoEletronico] FC: Depois da Guerra...











Acabei de ver na TV cenas de Bagdá:
Povo correndo na rua, fazendo festa e subindo em tanques para derrubar estátuas
de Saddam...





Ao que me pergunto:





Cade os intelectuais agora?











Essa corja de
pseudos-analistas-internacionais, com seus textículos sobre imperialismo, euro,
dólar, petróleo, assassinato do povo iraquiano, e citações
deturpadas e patéticas de gente como Marx, Maquiavel e outros menos cotados...











Bem, os iraquianos pareciam felizes
demais p/ quem foi massacrado pelos americanos.





Basra tem um novo prefeito, pela
primeira vez em muito tempo um líder comunitário. Pela festa de hoje, Bagdá
está no mesmo caminho. O povo iraquiano se calou durante todo esse tempo por
medo do regime, hoje gritam de alegria.











Maso que mais me espanta, no
momento, foi a reação brasileira. Hoje, o mesmo embaixador aplaudido de pé na
assembléia, queima papéis no jardim da embaixada. Deputados que deveriam estar
preocupados com a fome, dívida externa e o déficit comercial pareciam moleques
agitando boicotes insensatos a empresas americanas. (por pura ironia, em seus
PC´s americanos, pela Internet, usando sistemas americanos, aliás, a matéria
prima do próprio teclado é o petróleo tão difamado. Prova de que até p/
agitador é preciso um mínimo de competência.)











O que nos leva a uma conclusão
interessante: Vou usar agora, a teoria do inimigo externoaos
seus próprios proponentes:P/ quem não sabe, essa teoria parte de uma
observação da Psicologia que, quando temos sucesso, tendemos a assumir os
louros da vitória para nós mesmos, mas quando fracassamos, nossa tendência é
culpar um fator externo. Encontrar um culpado e o combater, é,
portanto, tão natural ao ser humano quanto se apaixonar ou sentir dor quando
levamos um choque.











Na minha opinião, muita gente
encontrou nos Estados Unidos esse culpado. Teorias conspiratórias brotavam a
cada segundo, seja por qual motivo, osEUA querem dominar o mundo. Teve
até deputado (acredite) propondo reforçar a defesa da Amazônia, pois nós
seríamos os próximos.











Acredito que grande parte da
população entrou em um frenesi, jogando suas frustrações no primeiro alvo que
encontraram (e quem melhor que os EUA, a maior potência do mundo, que nem de
santo, nem de diabo tem nada?), fez passeatas, protestos, tudo contra o ataque
ao Iraque. Só esqueceram de uma coisa: Checar os fatos, a história, a
geo-política local. Duvido que a grande maioria desses manifestantes
ensandecidos saiba sequer citar de cor os países com o qual o Iraque faz
fronteira. E quem aproveitou a oportunidade? Os pseudo-intelectuais.
Esses indivíduos de 5.a categoria,vendo a discussão gerada em torno
da guerra, encontraram uma ótima maneira de aparecer. Naturalmente, como em
todo lugar que se metem, piorando a situação.E de repente os
defensores da liberdade estavam tão enlouquecidos por sua causa que
fecharam os olhos para o outro lado. Essa postura, em si só, foi um
atentadoà liberdade