Oi Paulo, interessantes as suas colocações, mas tenho algumas observações a fazer
2015-12-25 14:37 GMT-02:00 Paulo Carvalho <paulo.r.m.carva...@gmail.com>: > A coisa é muito simples e funciona. Darei dois exemplos de sucesso já > comprovado: software open-source e publicações científicas. > Nenhum dos dois modelos involve leigos, mas pessoas altamente especializadas. Ninguém contribui num projeto de software sem ao menos um domínio básico das linguagens envolvidas. Ninguém publica em revistas científicas sem muitos anos de especialização. Outro ponto é que o número de pessoas envolvido num projeto de software é bastante restrito, assim como o número de pessoas que estão envolvidas numa publicação caberiam numa sala (exceto nas colaborações de física de partículas, exemplo LHC). Já o modelo do OSM envolve uma variedade de pessoas muito grandes, desde especialistas em GIS até leigos totais em cartografia (como eu por exemplo). Também o número de pessoas envolvido aqui é bem maior do que em qualquer projeto de software típico. > Ambos os processos são pautados no princípio do terceiro confiável. O OSM > não aplica esse princípio, ou seja assume que uma das partes (no caso os > usuários) é confiável, e o resultado são as frustrações e as consequentes > perdas de tempo consertando que vemos com frequência. Conclusão: o modelo > de colaboração do OSM é ineficiente. A solução para essa ineficiência está > aí. Não fazem porque não querem. > Não sei como se poderia operacionalizar um modelo de validação eficiente no OSM diante de um público tão heterogêneo. Qualquer que seja a solução ela envolve gente para operacionalizar isto. A lógica dominante no OSM é que tendo uma massa grande de mapeadores qualquer problema seja rapidamente solucionado. O nosso problema aqui na América do Sul é que não temos essa massa de gente e por isto a lógica que funciona na Europa não funciona para nós. > > Os mapas do OSM existem em forma de XML, o que seria perfeito de se > sujeitar a um sistema de versionamento moderno como o Git e o Mercurial. > > O ser humano é falho, seja por má intenção ou por descuido. O peer review > e o merge request são mecanismos criados para justamente impedir tais > falhas de contaminem os respectivos produtos de forma que o reparo seja > muito custoso ou que traga consequências ruins. > > Bom, eu trabalho com peer review diariamente e posso te contar cada história, mas isto é outra conversa ;) Agora, como o atual sistema funciona bem na Europa, eu percebo uma resistência muito grande em introduzir qualquer mecanismo que possa ser visto como uma barreira. A recente tentativa do Arlindo de solicitar um simples aviso no Id é bem emblemático disto, os desenvolvedores do Id nem deram papo e fecharam a requisição horas depois. Mas uma idéia que eu acho que podemos emprestar da área de software é trabalhar com versões beta e versões estáveis da base. Por exemplo, fazemos uma cópia local da base do OSM (digamos só do Brasil) da qual temos razoável confiança de não ter nenhum problema maior e declaramos ela como versão estável. A partir desta versão poderíamos produzir um índice de qualidade calculado a partir de validações e testes. A versão estável só seria substituída periódicamente por uma versão com índice de qualidade maior, ou algo do gênero. A gente só usaria a versão estável para gerar mapas para dispositivos ou quaisquer outros fins. A gente poderia até eliminar localmente os changesets duvidoso da base estável, da mesma maneira como bugs são corrigidos em versões estáveis de software. Bom, é só uma idéia que precisa de amadurecer, mas se a gente conseguir por algo assim para funcionar eu acho que a gente poderia conseguir a aceitação disto de muita gente por aí que depende de maneira crítica da base. abraço Gerald
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