Que eu saiba o Brigadeiro Ferolla, que era o responsável pelo projeto do
Sivam, deixou o posto há pouco tempo, exatamente porque as empresas
brasileiras (legítimas) tinham sido excluídas do projeto.  Ele inclusive
escreveu uma carta falando sobre isso, que, como esperado, não foi
publicada na grande imprensa.

Aliás, o próprio texto deixa óbvio que tudo foi desenvolvido nos Estados
Unidos.  Tem a cara de pau de dizer que os técnicos "brasileiros" ficaram 4
anos desenvolvendo o sistema nos EUA, entre outras passagens do texto.

[  ]'s
Eneida Melo



                                                                                       
                                  
                                                                                       
                                  
                   "Alejanro Carriles"                       Para:     
<[EMAIL PROTECTED]>            
                   <[EMAIL PROTECTED]>               cc:                       
                                  
                   Enviado Por:                              Assunto:  
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                   [EMAIL PROTECTED]                                  
                                  
                   n.com.br                                                            
                                  
                   25/07/2002 21:04                                                    
                                  
                   Favor responder a voto-eletronico                                   
                                  
                                                                                       
                                  
                                                                                       
                                  



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Parece com a estória da Módulo Security ou é só impressão minha ?


Original em :
http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/jul/25/252.htm


"Inteligência" do Sivam tem tecnologia 100% nacional


São Paulo - Embora muito se fale no Sistema de Vigilância da Amazônia
(Sivam) - desde denúncias de irregularidade na concorrência à parafernália
instrumental que o compõe ?, pouco se comenta sobre a "inteligência" do
sistema, totalmente desenvolvida por brasileiros. A tecnologia utilizada
para integração de dados do projeto, cuja primeira fase foi inaugurada hoje
pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, é 100% nacional.


A tarefa de integrar todos os dados, capturados e gerados por mais de cinco
centenas de sensores, radares, estações terrestres, satélites e aeronaves,
coube à Atech Tecnologias Críticas. Constituída em 1997, a empresa ficou
responsável pela integração do sistema, incluindo a rede de
telecomunicações, vigilância territorial e logística ? daí o nome oficial
de integradora.


Para tanto, a Atech desenvolveu os softwares que constituem a inteligência
artificial do Sivam. "Por isso, costumo chamá-lo de sistema estratégico de
informações", afirma o presidente da empresa, Tarcísio Takashi. Os termos
do contrato com o governo federal fizeram necessária a abertura de uma nova
empresa, controlada pela Atech, nos Estados Unidos ? país de origem do
financiamento do sistema.


Ali, segundo Takashi, foi constituída a Amazon Technologies, cujo quadro de
funcionários contava somente com brasileiros. "Fomos para lá porque somente
15% dos recursos podiam ser utilizados no Brasil e tivemos de inovar na
maneira de usar o dinheiro", diz o executivo. Baseada em plataforma Unix, a
rede de informações do Sivam contou, em parte, com apoio de desenvolvedores
norte-americanos.


                             Linhas de código


Segundo Takashi, a Raytheon, vencedora da concorrência, auxiliou no
desenvolvimento de algumas das aplicações. "Porém nós acompanhamos todo o
processo e seremos responsáveis pelo treinamento dos técnicos, de forma que
já absorvemos tecnologia", afirma. Uma equipe composta por 70 técnicos foi
enviada aos Estados Unidos e trabalhou durante quatro anos no
desenvolvimento de mais de 90 aplicações, equivalente a mais de 1 milhão de
linhas de código, que constituem os programas usados no sistema.


"Esses programas vão cruzar informações provenientes dos mais variados
sensores e produzir conhecimento", diz o executivo. "Não se trata do
registro de dados isolados, mas da análise conjunta das informações". Para
o desenvolvimento dos softwares, a Atech teve de se basear em normas MIL
(de militar), que garantem eficácia e confiabilidade ao sistema.


                                  Aportes


Desde 1997, quando o projeto do Sivam começou a ser executado, foram
investidos US$ 1,395 bilhão. Do total, cerca de US$ 50 milhões foram
destinados para o "cérebro" do sistema. "Um projeto destes demanda
equipamentos muito sofisticados, de forma que os gastos com hardware são
enormes", afirma Takashi. Os números comprovam: dos recursos totais, US$
1,285 bilhão foi utilizado para a compra de equipamentos e contratação de
serviços.


De acordo com Takashi, a abertura da CPI do Sivam não atrapalhou o
cronograma da empresa. "Tivemos alguma dificuldade após o corte de
investimentos", diz. "Apesar de o financiamento estar em dólares, os
recursos não podiam ser transformados em crédito e tivemos de custear a
equipe até a liberação da verba".


Com o sistema em operação, o desafio será mantê-lo atualizado a partir de
tecnologia nacional. "O sistema cobrirá nada menos que 60% da área total do
País, o que explica sua importância", afirma. "Portanto, levamos em conta
uma responsabilidade não contratual de manter o conhecimento necessário
para que o sistema possa ser atualizado".


                               Parafernália


O Sivam compreende três redes, que conectam os centros regionais de
vigilância (CRV), o Centro de Coordenação Geral (CCG), em Brasília, e
estações. O primeiro CRV, em Manaus, foi inaugurado hoje e inclui ainda um
Centro de Vigilância Aérea (CVA). Dois outros CRVs, em Belém e Porto Velho,
serão inaugurados ainda neste ano. Juntos, os três centros vão administrar
20 unidades de vigilância, 25 estações de radar, seis das quais
transportáveis, e sete estações de telecomunicações.


Além dos sensores, o Sivam contará com oito aeronaves de alerta aéreo
antecipado e de vigilância eletrônica e sensoriamento remoto de superfície.
Fornecidos pela Embraer, os aviões serão comandados pelo Sistema de
Proteção da Amazônia (Sipam), que está subordinado ao Sivam. O Sipam será
responsável pela execução das ordens de proteção, a partir das informações
recolhidas pelo Sivam.


O Sipam terá controle total do tráfego aéreo na região, de forma que nenhum
avião, incluídos os de pequeno porte, poderá sobrevoar a área sem ser
imediatamente detectado pelo sistema. Dessa forma, auxiliará o governo no
combate ao tráfico de drogas e armas, muito freqüente na região por conta
da existência de pistas de pouso clandestinas e da falta de fiscalização.
Além disso, o sistema possibilitará o controle de queimadas e coibirá a
extração ilegal de madeira na região amazônica.


Para a transmissão de dados via satélite, o Sivam firmou contrato de R$
16,5 milhões com a StarOne, subsidiária da Embratel. Brasil Telecom e
Telemar foram as vencedoras, respectivamente, para o fornecimento das redes
de telefonia fixa e acesso à Internet e um canal privado de comunicação a
longa distância.


                                                              Stella Fontes







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