Jornal do Estado PR
José Marcos Lopes
O juiz eleitoral José Laurindo de Souza Netto convocou ontem
representantes de partidos e coligações para explicar como funcionará a
votação paralela, que será realizada no primeiro turno das eleições, no
dia 6 de outubro, e no segundo turno, no dia 27. O objetivo da votação
paralela é garantir a credibilidade das urnas eletrônicas. Souza Netto é
presidente da Comissão de Votação Paralela, que é formada por juízes
eleitorais, servidores da Justiça Eleitoral e promotores de Zonas
Eleitorais.
A votação paralela funcionará no mesmo horário das eleições. No dia 5
de outubro, um dia antes do primeiro turno, a Justiça Eleitoral fará o
sorteio de duas urnas eletrônicas, uma de Curitiba e outra do interior do
Estado. As duas urnas ficarão sob guarda da Polícia Federal e serão
encaminhadas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A urna do interior virá
a Curitiba de helicóptero, com fiscais escolhidos pelos partidos. Essas
urnas serão substituídas no dia da eleição.
Para realizar a votação paralela, a Justiça Eleitoral começou ontem a
distribuir 500 cédulas de papel entre os partidos ou coligações. Essas
cédulas deverão ser preenchidas e encaminhadas ao TRE até o dia 5 de
outubro. As cédulas ficarão em uma urna lacrada.
No dia da eleição, funcionários da Justiça Eleitoral farão uma
simulação, em uma sala fechada do TRE, que será equipada com três câmeras
de vídeo. As cédulas serão mostradas aos fiscais dos partidos, filmadas e
em seguida os votos serão digitado nas urnas.
Quando a votação estiver encerrada nas seções eleitorais, às 17 horas,
a votação paralela também chegará ao fim. Fiscais de partidos e
funcionários da Justiça Eleitoral farão a contagem dos votos de papel e
dos votos eletrônicos. Em seguida será emitido um boletim de urna, para a
que os dados sejam conferidos. Partidos podem inscrever fiscais para
acompanhar a votação paralela até o dia 17 deste mês.
"Se houver alguma diferença, podemos localizar o erros pelas fitas de
vídeo", afirmou o juiz José Laurindo de Souza Netto. O juiz Ivan
Gradowski, diretor-geral do TRE, não acredita que possam haver erros que
levem o sistema das urnas eletrônicas à descrença por parte de partidos e
coligações. "Isso não ocorrerá. O processo foi testado na convenção do PT
e não houve discrepâncias", disse. "Qualquer erro será detectado pelas
câmeras. Só haverá erros se alguém digitar errado ou entender errado o que
está na cédula de papel. A votação paralela serve para dar credibilidade
às urnas eletrônicas".
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