com um abraço de Marko Ajdaric, que vê que este
aliado, parece que não teremos
**Diário do Povo (PI)
Afonso Gil pode ser expulso do PC
do B
Brasília - Em uma reunião sábado a noite na s sede do partido
em São Paulo, o PC do B, que compõe a base do governo Lula, decidiu instaurar
processo disciplinar contra os quatro deputados da legenda que contrariaram a
orientação da bancada na Câmara e votaram contra a reforma da Previdência,
aprovada em primeiro turno na última quinta-feira (7).
A decisão foi tomada por unanimidade, com votos de 18 integrantes da Comissão Política Nacional, e oficializada em carta intitulada “Em defesa da unidade e da política do partido”, no final da noite. Pela resolução, o Comitê Central da legenda, histórico aliado do PT, deliberará sobre o processo num prazo máximo de 50 dias, seguindo o artigo 12 do estatuto partidário. Os quatro dissidentes terão direito de apresentar defesa e podem até enfrentar processo de expulsão. O partido alega que os deputados Sérgio Miranda (MG), Jandira Feghali (RJ), Alice Portugal (BA) e Afonso Gil (PI) desrespeitaram a recomendação da direção, feriram a unidade partidária e “causaram prejuízo a imagem do partido, trazendo como consequência o enfraquecimento político” do PC do B. “A democracia partidária em partidos comunistas não se confunde com anarquia, com ausência de normas e princípios, que só traz instabilidade e divisão.” Miranda e Feghali integram a Comissão Política. O primeiro, inclusive, compareceu à reunião, mas se retirou logo no início após tentar intervir à pauta. “O partido apresentou-se dividido, acontecimento que causou indignação da militância e estranhamento da opinião pública (...) Confrontando a atitude desses parlamentares com o estatuto do partido salta aos olhos que eles infringiram várias normas partidárias, transgrediram o próprio princípio diretor da organização do partido, o centralismo democrático”, diz o texto. A resolução reitera a recomendação do presidente do sigla, Renato Rabelo, de que o partido votaria unido pela proposta do governo de reforma previdenciária, conforme decisão acordada na 9ª Conferência Nacional, realizada no último dia 2. Afonso Gil afirma que vai vencer a eleição O deputado federal Afonso Gil Castelo Branco (PCdoB) está se reunindo com representantes do PSB, PV, PDT e PHS para formar uma frente política e se lançar candidato a prefeito de Teresina. “Nós estamos ouvindo as bases e nos preparando para isso”, comentou. No entanto, o deputado disse que só sai do PCdoB expulso. “Estes partidos querem me apoiar. E, eu digo, todos que me apoiarem terão espaço na administração”, garantiu Afonso Gil. Ele espera o tempo dizer como ficará o quadro político para a sucessão municipal, depois do falecimento da deputada federal Francisca Trindade (PT) que era franca favorita para a disputa da prefeitura da capital. O deputado disse que não vai fechar as portas para ninguém. Ele está atrás de mais apoio para viabilizar suas pretensões políticas. “Eu vou disputar a prefeitura de Teresina e vou ganhar. O povo é que quer isso”, assegurou. Afonso Gil considera que entendimentos são questões políticas e fatalmente vai acontecer. Mas ele alerta para o PCdoB que deve tomar um outro rumo, pois não está sendo coerente ideologicamente. “Não podemos ser um partido burguês. Não podemos ser aliados dos latifundiários. Não podemos ser o partido de uma família, mas ser um partido do povo", disse. O deputado falou que o PCdoB “montou na garupa do governo de Wellington Dias”. “Nós temos que descer desta garupa. Não podemos ficar andando em círculo", concluiu. |